[Oscar] Brasil completa 20 anos sem disputar melhor filme em língua estrangeira
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[Oscar] Brasil completa 20 anos sem disputar melhor filme em língua estrangeira
FORA DO OSCAR, BRASIL COMPLETA 20 ANOS SEM DISPUTAR MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Conforme esperado, o Brasil ficou fora da lista de candidatos pré-selecionados para disputar o Oscar 2019 de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O comitê organizador da premiação anunciou uma pré-seleção com nove filmes que irão disputar as indicações oficiais, e o representante brasileiro não passou do primeiro corte.
Fato é que “O Grande Circo Místico” não aparecia nas previsões da imprensa internacional por não ter vencido – nem sequer disputado – prêmio algum. Além disso, tinha sido massacrado pelos críticos americanos ao ser projetado, fora de competição, no Festival de Cannes.
Mesmo assim, foi selecionado pela Academia Brasileira de Cinema, num menosprezo à boa repercussão e premiação internacional de outros trabalhos mais cotados. Pesou o nome de seu diretor, Cacá Diegues. Mas só para a Academia Brasileira.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos preferiu, obviamente, selecionar obras com comprovada aprovação no circuito dos festivais – algo de que “O Grande Circo Místico” jamais dispôs.
Entre os selecionados, estão o japonês “Assunto de Família”, de Hirokazu Koreeda, vencedor do Festival de Cannes, o mexicano “Roma”, de Alfonso Cuarón, vencedor do Festival de Veneza, o polonês “Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski, vencedor do European Film Awards (o “Oscar europeu”), o libanês “Cafarnaum”, de Nadine Labaki, vencedor do Prêmio do Júri em Cannes, o sul-coreano “Em Chamas”, de Lee Chang-dong, premiado pela crítica em Cannes, e outros longas com passagens premiadas por festivais internacionais.
Além de “Roma”, produção da Netflix de um diretor que já venceu o Oscar (por “Gravidade”), o cinema latino-americano é representado também pelo colombiano “Pássaros de Verão”, de Cristina Gallego e Ciro Guerra, vencedor do Festival de Havana.
Vale observar ainda que a Netflix, embora festeje “Roma”, não conseguiu emplacar o belga “Girl”, de Lukas Dhont, que venceu a Câmera de Ouro no Festival de Cannes.
Infelizmente, as opções mais competitivas do Brasil foram preteridas. “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, além de vencedor do Festival do Rio, foi premiado em dezenas de festivais internacionais e conta com 92% de aprovação no site americano Rotten Tomatoes. “Benzinho”, de Gustavo Pizzi, filme mais premiado no Festival de Gramado, também encantou a crítica americana ao passar pelo Festival de Sundance, arrancando 93% de aprovação no site Rotten Tomatoes – como parâmetro, “A Forma da Água”, vencedor do Oscar 2018, tem 92% de aprovação.
Assim, o cinema brasileiro completou 20 anos sem conseguir uma indicação ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira – desde “Central do Brasil”, em 1999.
Agora, os nove filmes pré-selecionados passarão por nova peneira dos membros da Academia para serem reduzidos aos cinco indicados de sua categoria.
Todos os indicados ao Oscar 2019 serão anunciados em 22 de janeiro e a cerimônia de premiação está marcada para 24 de fevereiro, com transmissão ao vivo para o Brasil pelos canais Globo e TNT.
Vale lembrar que, mesmo fora da disputa de filme estrangeiro, o Brasil ainda pode emplacar representantes em outras categorias. A maior chance é de “Tito e os Pássaros” como Melhor Animação. Essa foi a categoria que rendeu a última indicação a uma produção brasileira no Oscar, com “O Menino e o Mundo”, em 2016.
Em 2018, o diretor brasileiro Carlos Saldanha também teve um filme indicado como Melhor Animação, mas “Touro Ferdinando” era uma produção estrangeira. Foi o mesmo caso do produtor Rodrigo Teixeira, que participou da produção estrangeira “Me Chame pelo Seu Nome”, indicada a quatro Oscars.
Confira abaixo as nove produções que seguem na disputa pelo Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira – e não “Melhor Filme Estrangeiro”, já que produções faladas em inglês do Reino Unido, Austrália, Canadá e outros países não concorrem nessa categoria.
“Pássaros de Verão”, de Cristina Gallego e Ciro Guerra (Colômbia)
“Culpa”, de Gustav Möller (Dinamarca)
“Never Look Away”, de Florian Henckel von Donnersmarck (Alemanha)
“Assunto de Família”, de Hirokazu Koreeda (Japão)
“Ayka”, de Sergei Dvortsevoy (Cazaquistão)
“Cafarnaum”, de Nadine Labaki (Líbano)
“Roma”, de Alfonso Cuarón (México)
“Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski (Polônia)
“Em Chamas”, de Lee Chang-dong (Coreia do Sul)
Fonte:
Conforme esperado, o Brasil ficou fora da lista de candidatos pré-selecionados para disputar o Oscar 2019 de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O comitê organizador da premiação anunciou uma pré-seleção com nove filmes que irão disputar as indicações oficiais, e o representante brasileiro não passou do primeiro corte.
Fato é que “O Grande Circo Místico” não aparecia nas previsões da imprensa internacional por não ter vencido – nem sequer disputado – prêmio algum. Além disso, tinha sido massacrado pelos críticos americanos ao ser projetado, fora de competição, no Festival de Cannes.
Mesmo assim, foi selecionado pela Academia Brasileira de Cinema, num menosprezo à boa repercussão e premiação internacional de outros trabalhos mais cotados. Pesou o nome de seu diretor, Cacá Diegues. Mas só para a Academia Brasileira.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos preferiu, obviamente, selecionar obras com comprovada aprovação no circuito dos festivais – algo de que “O Grande Circo Místico” jamais dispôs.
Entre os selecionados, estão o japonês “Assunto de Família”, de Hirokazu Koreeda, vencedor do Festival de Cannes, o mexicano “Roma”, de Alfonso Cuarón, vencedor do Festival de Veneza, o polonês “Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski, vencedor do European Film Awards (o “Oscar europeu”), o libanês “Cafarnaum”, de Nadine Labaki, vencedor do Prêmio do Júri em Cannes, o sul-coreano “Em Chamas”, de Lee Chang-dong, premiado pela crítica em Cannes, e outros longas com passagens premiadas por festivais internacionais.
Além de “Roma”, produção da Netflix de um diretor que já venceu o Oscar (por “Gravidade”), o cinema latino-americano é representado também pelo colombiano “Pássaros de Verão”, de Cristina Gallego e Ciro Guerra, vencedor do Festival de Havana.
Vale observar ainda que a Netflix, embora festeje “Roma”, não conseguiu emplacar o belga “Girl”, de Lukas Dhont, que venceu a Câmera de Ouro no Festival de Cannes.
Infelizmente, as opções mais competitivas do Brasil foram preteridas. “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, além de vencedor do Festival do Rio, foi premiado em dezenas de festivais internacionais e conta com 92% de aprovação no site americano Rotten Tomatoes. “Benzinho”, de Gustavo Pizzi, filme mais premiado no Festival de Gramado, também encantou a crítica americana ao passar pelo Festival de Sundance, arrancando 93% de aprovação no site Rotten Tomatoes – como parâmetro, “A Forma da Água”, vencedor do Oscar 2018, tem 92% de aprovação.
Assim, o cinema brasileiro completou 20 anos sem conseguir uma indicação ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira – desde “Central do Brasil”, em 1999.
Agora, os nove filmes pré-selecionados passarão por nova peneira dos membros da Academia para serem reduzidos aos cinco indicados de sua categoria.
Todos os indicados ao Oscar 2019 serão anunciados em 22 de janeiro e a cerimônia de premiação está marcada para 24 de fevereiro, com transmissão ao vivo para o Brasil pelos canais Globo e TNT.
Vale lembrar que, mesmo fora da disputa de filme estrangeiro, o Brasil ainda pode emplacar representantes em outras categorias. A maior chance é de “Tito e os Pássaros” como Melhor Animação. Essa foi a categoria que rendeu a última indicação a uma produção brasileira no Oscar, com “O Menino e o Mundo”, em 2016.
Em 2018, o diretor brasileiro Carlos Saldanha também teve um filme indicado como Melhor Animação, mas “Touro Ferdinando” era uma produção estrangeira. Foi o mesmo caso do produtor Rodrigo Teixeira, que participou da produção estrangeira “Me Chame pelo Seu Nome”, indicada a quatro Oscars.
Confira abaixo as nove produções que seguem na disputa pelo Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira – e não “Melhor Filme Estrangeiro”, já que produções faladas em inglês do Reino Unido, Austrália, Canadá e outros países não concorrem nessa categoria.
“Pássaros de Verão”, de Cristina Gallego e Ciro Guerra (Colômbia)
“Culpa”, de Gustav Möller (Dinamarca)
“Never Look Away”, de Florian Henckel von Donnersmarck (Alemanha)
“Assunto de Família”, de Hirokazu Koreeda (Japão)
“Ayka”, de Sergei Dvortsevoy (Cazaquistão)
“Cafarnaum”, de Nadine Labaki (Líbano)
“Roma”, de Alfonso Cuarón (México)
“Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski (Polônia)
“Em Chamas”, de Lee Chang-dong (Coreia do Sul)
Fonte:
- Código:
https://pipocamoderna.com.br/2018/12/fora-do-oscar-brasil-completa-20-anos-sem-disputar-melhor-filme-em-lingua-estrangeira/
Sirius Plissken- Não tenho mais vida fora daqui
- Mensagens : 8958
Data de inscrição : 09/06/2010
Idade : 103
Localização : Constelação Canis Major
Re: [Oscar] Brasil completa 20 anos sem disputar melhor filme em língua estrangeira
Enquanto o cinema brasileiro se resumir a Globo Filmes vai continuar essa mediocridade.
Re: [Oscar] Brasil completa 20 anos sem disputar melhor filme em língua estrangeira
Sem uma quantidade de filmes bons fica difícil, ano passado ainda teve Bingo que era um excelente filme, talvez se não fosse pelos problemas políticos Aquarius teria chance de estar na "short list", principalmente depois que alguns filmes como criada também não foram nomeados por seus países, mas nesses 20 anos o quadro é desolador, muito dinheiro gasto em filmes que nem comerciais são, mais que prêmios, o cinema brasileiro precisa fazer filmes para público, o resto é consequência, ainda mais em um intervalo tão grande.
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
- Mensagens : 6877
Data de inscrição : 15/06/2010
Re: [Oscar] Brasil completa 20 anos sem disputar melhor filme em língua estrangeira
Aquarius podia ter ido naquele ano.
Jamm- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 18745
Data de inscrição : 18/06/2010
Re: [Oscar] Brasil completa 20 anos sem disputar melhor filme em língua estrangeira
... Não conheço esse Aquarius... vou dar uma olhada...
Sirius Plissken- Não tenho mais vida fora daqui
- Mensagens : 8958
Data de inscrição : 09/06/2010
Idade : 103
Localização : Constelação Canis Major
Re: [Oscar] Brasil completa 20 anos sem disputar melhor filme em língua estrangeira
pra mim isso não e´novidade!
O Brasil ainda faz essas bostas?
Não tenho visto anúncios de filmes made in Brasil e quando vejo cade?
Bingo até que encontrei de boa.
O filme foi legal, mas fico desapontado por que suas referencias sobre os evolvidos da época foi tudo alterado brutalmente.
Alguma coisa ainda dava para arriscar um palpite.
Mas isso é normal, com certeza não tem como usar tal marca e não ser processado depois.
O Brasil ainda faz essas bostas?
Não tenho visto anúncios de filmes made in Brasil e quando vejo cade?
Bingo até que encontrei de boa.
O filme foi legal, mas fico desapontado por que suas referencias sobre os evolvidos da época foi tudo alterado brutalmente.
Alguma coisa ainda dava para arriscar um palpite.
Mas isso é normal, com certeza não tem como usar tal marca e não ser processado depois.
elcioch- Estou chegando lá
- Mensagens : 5875
Data de inscrição : 14/06/2010
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