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A misteriosa morte do magnata Boris Berezovsky

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A misteriosa morte do magnata Boris Berezovsky Empty Boris Berezovsky, morte esquisita

Mensagem por marcelo l. Seg Mar 25, 2013 6:46 pm

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A nova teoria agora é que foi morto pelo serviço secreto britânico, por que iria voltar para Rússia..e desde quando a KGB perdoa A misteriosa morte do magnata Boris Berezovsky 974167872

Para quem tem peninha delea, aqui um grande texto sobre Berezovsky da Forbes:

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A misteriosa morte do magnata Boris Berezovsky Empty A misteriosa morte do magnata Boris Berezovsky

Mensagem por Questao Ter Mar 26, 2013 5:58 pm

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A morte do magnata russo Boris Berezovsky é um mistério. A própria polícia britânica admitiu isso. “As causas são inexplicáveis”, declarou o inspetor Kevin Brown, na última segunda. “Não há razões para acreditar em assassinato, e poucas provas de que se trata de um suicídio. Seria errado especular sobre as causas da morte.” Fosse Berezovsky um cidadão comum, o caso já despertaria curiosidade. Sendo ele um dos maiores inimigos do presidente russo, Vladimir Putin, e um dos milionários mais ativos da nova Rússia capitalista, as perguntas e especulações se acumulam.
Um guarda-costas de Berezovsky encontrou o corpo do magnata em sua mansão na vila de Ascot, no Condado de Berkshire. O funcionário estranhou que o celular de Berezovsky estivesse em cima da mesa, com várias ligações não atendidas. Subiu até o quarto do russo, arrombou a porta do banheiro, que teria sido trancado por dentro, e encontrou o corpo de Berezovsky no chão, vestido e com cordas amarradas no pescoço. O funcionário chamou a polícia, e um grupo de especialistas foi enviado ao local. Nenhuma prova do uso de químicos, de envenenamento ou da presença de terceiros foi encontrada na mansão. “Não temos nenhuma prova nesse momento que possa sugerir o envolvimento de terceiros”, afirmou o inspetor Brown.

As incertezas ainda rondam a morte de Berezovsky e nada está descartado. O magnata russo vivia no Reino Unido desde 2000, quando se impôs um autoexílio para fugir de apropriações do governo russo e de acusações de crimes financeiros e desvios de dinheiro. Na véspera de sua morte, Berezovsky teve uma conversa informal com a jornalista Ilya Zhegule, da versão russa da revista Forbes. Em um tom melancólico e saudosista, ele teria dito que não queria mais nada no mundo a não ser retornar para a Rússia. “Eu subestimei o quão importante é a Rússia para mim e o quão pouco eu aguento ser um imigrante”, afirmou. Ele teria dito a Ilya que a impossibilidade de retornar a Moscou tinha “tirado o sentido de sua vida”.
Pessoas ligadas a Berezovsky afirmaram que ele entrou em depressão nos últimos meses, depois de perder milhões de euros em uma disputa judicial contra outro magnata russo morador do Reino Unido, Roman Abramovich. Mas seus aliados e amigos próximos rejeitam a tese de suicídio e afirmam que ele pode ter sido forjado. “A ideia de que Berezovsky pudesse tirar a própria vida é besteira”, afirmou ao jornal britânico The Guardian o exilado russo e amigo do magnata, Nikolai Glushkov. “Ele estava cheio de vida, falando sobre uma certa jovem que o esperava em casa, sobre o futuro. Ele não parecia um suicida.” A ex-mulher de Berezovsky, uma das primeiras a chegar a mansão depois da polícia, também disse duvidar do suicídio do ex-marido: “Não condiz com a postura dele”, afirmou ao jornal britânico The Independent. O ativista de oposição Sergei Parkhomenko foi o último amigo a ver Berezovsky. “Ele estava bem, e até me disse: ‘A saúde é mais uma arma. Quem morrer primeiro perde, e eu nunca perco’.”

Polícia britânica periciou no último sábado (23) a mansão do magnata russo Boris Berezovsky. Seu corpo foi encontrado em um banheiro por um funcionário da propriedade. (Foto: Matt Dunham/AP)
O que chama mais atenção na morte de Berezovsky é seu histórico de confronto com o governo russo. Berezovsky começou a amealhar sua fortuna logo após o colapso do regime soviético. No início dos processos de privatização, passou a vender Mercedes importadas e veículos de marcas nacionais. Logo se tornou proprietário da empresa petrolífera Sibneft e sócio majoritário do TV1, o principal canal de televisão da Rússia. Seu apoio midiático transformou a campanha de Boris Yeltsin e garantiu sua ascensão à Presidência. Nos últimos anos da presidência de Yeltsin, Berezovsky se tornou parte do ciclo íntimo do líder russo e vice-secretário do Conselho de Segurança da Rússia, quando ganhou o apelido de o “Cardeal Cinzento” do Kremlim.
Berezovsky também apoiou a ascensão do então primeiro-ministro, Vladimir Putin, que acabou sucedendo Yeltsin como presidente, em 1999. Quando Putin assumiu o poder, criou uma caça às bruxas contra empresários que se beneficiaram das privatizações dos anos 1990 – os chamados oligarcas russos. Berezovsky estava na mira do novo presidente, que pretendia se apropriar dos bens dos magnatas do país. Na época, Berezovsky já morava em Londres e se tornou um poderoso dissidente e inimigo político de Putin. “Não temos fatos. Mas a realidade é que tivemos uma série de mortes questionáveis de exilados russos”, afirma o historiador Yuri Felshtinski, autor de vários livros sobre a Rússia e sobre os métodos do governo Putin. “Sem dúvida, a morte de Berezovsky tem o mesmo ar suspeito da morte recente de outros dissidentes.”
Há pelo menos sete anos, Londres é um emblemático cemitério de inimigos graúdos do presidente russo Vladimir Putin. O magnata Boris Berezovsky não é o primeiro a ser encontrado morto em circunstâncias suspeitas na capital britânica. Antes dele, outros “desertores” do Kremlin também morreram no Reino Unido sem deixar qualquer vestígio imediato e aparente. O amigo pessoal de Berezovsky e ex-agente da KGB Alexander Litvinenko foi um dos que acabaram na lista de “casos inexplicáveis” dos investigadores britânicos. Em 2006, sua morte rápida e inesperada causou espanto. Em menos de um mês, Litvinenko ficou doente e morreu. Familiares não tinham notícia do diagnóstico de nenhuma doença agressiva. A surpresa veio com os exames da perícia, que verificaram doses elevadas de polônio 210 em seu organismo. Um micrograma dessa substância radioativa é o suficiente para matar um ser humano adulto de cerca de 80 quilos. A principal hipótese é de que alguém tenha dissolvido o veneno em alguma bebida durante uma reunião em um hotel de Londres. As investigações nunca comprovaram, mas o governo britânico acredita que agentes secretos russos tenham envenenado Litvinenko.
Em 2008, outro opositor público de Putin foi encontrado morto sem grandes pistas. Badri Patarkatsichvili era georgiano e foi sócio de Berezovsky na década de 1990. Vivia exilado em Londres porque se dizia perseguido por autoridades do Kremlin. Morreu aos 52 anos. Em um primeiro momento, investigadores julgaram o caso como “inexplicável”. No entanto, pouco tempo depois, alegou-se que ele havia sofrido uma parada cardíaca fulminante. A imprensa russa alinhada a Putin atribuiu sua morte a disputas de poder na Geórgia, seu país natal. Outra morte repleta de especulações é a de Alexandre Perepilitchni. O empresário russo de 44 anos não possuía vínculos aparentes com Berezovsky, mas muitos dizem que estava indiretamente associado a um amplo esquema de lavagem de dinheiro do funcionalismo público russo. Perepilitchni morava em uma propriedade do magnata Alexandre Lebedev, testemunha nesse caso de corrupção. Seu corpo foi encontrado em frente a sua casa na região de Surrey. À semelhança de seus demais compatriotas, as causas da morte nunca foram esclarecidas.
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No sábado, logo após a confirmação da morte de Berezovsky, um porta-voz do Kremlin revelou que o magnata havia enviado uma carta a Putin, dizendo que queria voltar para Rússia o mais rápido possível. Sua promessa era de não se envolver em política e se dedicar à ciência. Aliados de Berezovsky questionam a veracidade da carta. Acredita-se que o Kremlim também estivesse empenhando em uma campanha para mostrar que Berezovsky não era mais tão rico quanto fora na década de 1990. Muitos dizem que, ao longo dos últimos dois anos, seus cofres minguaram. Em 2011, um acordo de divórcio lhe custou cerca de 100 milhões de libras (R$ 300 milhões). No ano passado, o antigo sócio Roman Abramovich, proprietário do clube inglês Chelsea, ganhou uma causa avaliada em três bilhões de libras (cerca de nove bilhões de reais), o que obrigou Berezovsky a lhe pagar dezenas de milhões de dólares em custos judiciais.
Acusações de desvio de dinheiro, fraudes e negócios com a máfia russa eram uma constante na vida do magnata. Em 2007, as acusações de envolvimento de Berezovsky em redes mafiosas atravessaram o Atlântico e chegaram ao Brasil. Na ocasião, a Justiça Federal decretou a prisão do magnata devido à suspeita de envolvimento com esquemas de lavagem de dinheiro entre a empresa Media Sports Investment (MSI) e o Sport Club Corinthians Paulista. Berezovsky era responsável pela participação de investidores russos e britânicos interessados no setor esportivo. Ela era sediada em Londres e representada no Brasil pelo iraniano Kia Joorabchian. Segundo as acusações na época, Berezovsky teria injetado no Corinthians, por intermédio de Joorabchian, montantes obtidos de forma ilícita no exterior.
Putin e o Kremlim não eram os únicos desafetos de Berezovsky. O magnata russo sobreviveu a ao menos três tentativas de assassinato nos últimos dez anos. Em 1995, no auge de sua fortuna, Berezovsky escapou da morte quando uma bomba explodiu perto de seu carro, decapitando seu motorista. Em 2003, Alexander Litvinenko disse à polícia britânica haver um plano comandado pelo Serviço Estrangeiro de Inteligência da Rússia para assassinar Berezovsky com arma binária, uma espécie de arma química de uso pessoal. Em 2007, o MI-5, o serviço de inteligência doméstico britânico, prendeu um assassino de aluguel, acusado de tramar o assassinato de Berezovsky. Diante de tamanho mistério, interesses econômicos e inimizades políticas, a polícia britânica terá um árduo trabalho para desvendar a misteriosa morte de Boris Berezovsky.

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Mensagem por ediv_diVad Ter Mar 26, 2013 11:47 pm

Acontece

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Mensagem por marcelo l. Qua Mar 27, 2013 8:50 am

A Máfia russa que governa o país, sendo a máfia russa.
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Mensagem por ediv_diVad Qui Abr 04, 2013 1:16 pm

Mistério da morte de Berezovsky continua sem respostas

Talvez não saibam quem foi Boris Berezovsky. Este homem acaba de morrer em Londres e continuamos sem saber se se suicidou ou se foi morto. Digamos que Boris Berezovsky foi uma das figuras mais ricas e influentes da Rússia antes do atual presidente Vladimir Putin chegar ao poder.

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Oligarca, grande mestre de jogos políticos, "fazedor de presidentes", "padrinho do Kremlin", "Rasputin do Kremlin", "encarnação do Mal" – estes são apenas alguns dos apelidos que ele ganhou nas últimas décadas.

A sua morte caiu como uma bomba na Rússia e na Grã-Bretanha. O maior inimigo do atual presidente russo morreu, mas a polêmica sobre o que realmente aconteceu na manhã do último dia 23 de março, nos arredores de Londres, onde vivia exilado, continua dia após dia: são várias as versões da sua morte e poucas as informações fornecidas pela polícia britânica.

Uma vida excepcional

Boris Berezovsky, de origem judaica, conseguiu, durante a presidência de Yeltsin, nos anos 90, ditar as suas regras do jogo quer na Rússia, quer nos países pós-soviéticos. Ele foi um dos primeiros capitalistas russos a fazer uma enorme fortuna com a promiscuidade entre a política e os negócios. São muitos os que dizem que Boris Yeltsin só conseguiu ser reeleito em 1996 graças ao oligarca. Também teria sido precisamente ele quem sugeriu o atual presidente russo como "sucessor" de Yeltsin. No fim dos anos 90, Boris Berezovsky era um dos maiores magnatas da mídia na CEI e sabia que o controle da imprensa lhe trazia dinheiro e poder.

Só que, em 2000, o atual presidente russo iniciou uma guerra aos oligarcas. Boris Berezovsky, tal como muitos outros, fugiu para Londres, onde obteve o estatuto de refugiado político, se tornando no maior crítico e inimigo do Kremlin.

A sua morte tem provocado inúmeras especulações.

Antes de analisar as versões sobre as causas da morte, vejamos alguns fatos sobre o que aconteceu nesse dia e alguns dias antes.

Uma morte insólita

O empresário foi encontrado morto no sábado de manhã às 9:30 na mansão de Ascot onde vivia, pertencente à sua ex-mulher, no banheiro, que estava fechado por dentro. Segundo a polícia, não havia sinais de violência e Berezovsky tinha um pedaço de tecido à volta do pescoço, havendo outro pedaço na haste do chuveiro. A única testemunha foi o guarda-costas, um ex-veterano da Mossad, que encontrou o corpo por volta das 15:00, altura em que chegou à casa. Todos os outros guarda-costas haviam sido dispensados por Berozovsky algumas semanas antes. Não havia qualquer carta de despedida, não tendo a polícia encontrado vestígios de quaisquer pessoas estranhas em casa. A câmera de vigilância do local também não registrou ninguém suspeito a sair ou entrar na casa. Segundo diversas fontes, o oligarca estaria deprimido por ter perdido recentemente diversos processos judiciais e teria dificuldades financeiras.

Tudo aponta para uma tese de suicídio. Mas teria sido isso mesmo que aconteceu?

O mais interessante nisto tudo é que, logo a seguir à morte, as autoridades russas anunciaram que Boris Berezovsky teria, há alguns meses, escrito uma carta a Vladimir Putin, onde se desculpava pelos erros antigos e pedia autorização para regressar à Rússia.

Embora a última namorada do oligarca, Katerina Sabirova, de 23 anos, tenha confirmado o envio da carta, o assessor de imprensa do presidente russo, Dmitri Peskov, já disse que a esta nunca será publicada, o que leva muitos a pôr em dúvida a sua existência.

A própria filha de Berezovsky, Lisa, nega veementemente que o pai tenha escrito tal carta, "porque isso seria totalmente o contrário do que ele fez a vida toda. Seria a última coisa que ele faria".

Suicídio ou assassinato?

Digamos que a opinião pública se divide em dois campos: os que acreditam no seu suicídio e os que julgam que possa ter sido assassinado.

Há até quem diga que o oligarca possa ter repetido o destino de Alexander Litvinenko, alegadamente morto com polônio radioativo por alguém ligado aos serviços secretos russos.

A ideia principal que pretendemos tratar é que Boris Berezovsky nem se suicidou nem foi assassinado. O oligarca pode ter encenado a sua morte, com o conhecimento dos serviços secretos ingleses, porque era a única saída vantajosa para ele.

Todos os elementos do enorme puzzle que a imprensa russa e inglesa nos faz chegar diariamente desde sábado se conjugam para este final lógico: só uma morte encenada está psicologicamente de acordo com a personalidade de Berezovsky e com os seus atos nas últimas semanas. Afirmando-se "cansado", só uma "morte" encenada lhe permitiria resolver todos os seus problemas jurídicos, financeiros e o deixaria viver em paz.

Vejamos os fatos que se conjugam com uma morte encenada e não se conjugam com as outras versões.

Primeiro, de acordo com a última namorada, Ekaterina Sabirova, ele nunca falou de suicídio mas disse um dia: "Imagina, se eu deixar de existir, todos os problemas desaparecerão logo". Mesmo assim, ela afirma que não entendeu estas palavras como desejo de suicídio. Para além disso, todos os amigos e pessoas próximas, conhecendo-o bem, são unânimes em não acreditar que se tenha suicidado. Na véspera ele passou o dia a falar ao telefone, combinou com Ekaterina encontrar-se com ela em Tel-Aviv, deu indicações para marcação de hotel, conversações de negócios, etc.

Nessas conversas telefônicas, os amigos afirmam ouvir um Berezovsky enérgico, cheio de entusiasmo, com planos para o futuro.

Boris Berezovsky teve pelo menos dois encontros com jornalistas nos últimos dias antes da "morte", o que não é compatível com uma pessoa com depressão grave. Na última, apenas algumas horas antes de "morrer", ele afirma-se cansado da política e diz que gostaria de voltar ao país de origem. Parece pois, que não desejava continuar o seu combate contra a Rússia.

A tese de assassinato, seja por alguém ligado aos serviços secretos, seja por algum dos seus inúmeros inimigos no meio empresarial, não encontra nada concreto que a suporte: a polícia britânica, depois de detalhada investigação do local, afirmou não haver sinais de violência e não apresentou quaisquer dados ou provas compatíveis com assassinato.

Alguns meses antes da "morte", entre outubro de 2012 e março deste ano, a companhia de investimento Salford Capital Partners liquidou as empresas offshore de Boris Berezovsky, o que pode ter proporcionado ao oligarca 300 milhões de dólares. Este fato não é muito compatível com a tese de suicídio devido a dificuldades financeiras.

Berezovsky tinha de fato problemas nos tribunais ingleses: ele não chegou a entregar aos investigadores britânicos as suas declarações sobre o processo de Alexander Litvinenko, morto em Londres em 2006 e seu antigo colaborador. Neste processo devia ser analisada a sua implicação na morte de Litvinenko. O juiz havia recomendado que Berezovsky entregasse as suas declarações por escrito até ao dia 22 de março. No dia seguinte, Berezovsky "morreu". Convenhamos que a "morte" foi uma forma muito oportuna de resolver o problema.

Relações com os serviços secretos ingleses

Eram do conhecimento público as relações estreitas de Berezovsky com os serviços secretos ingleses. Ora estes não teriam interesse na morte do oligarca, nem o deixariam facilmente regressar à Rússia, uma vez que ele dispunha de muita informação confidencial sobre diversas figuras da atual elite política e empresarial russa, bem como sobre muitos processos ocorridos durante as "revoluções de veludo" na CEI, que ele financiou. Pelo contrário, foram as autoridades inglesas que há alguns anos lhe deram uma nova identidade (Platon Lebedev), pela qual é conhecido nos tribunais ingleses e com base na qual chegou a visitar a Geórgia e outros países da CEI, não obstante a Rússia fazer tudo para a sua extradição. Seria difícil ao MI-6 simular a morte de Berezovky, proporcionar-lhe uma nova identidade em troca de informação sensível sobre a Rússia? Não seria naturalmente difícil, bem como "orientar" a investigação da polícia britânica no sentido pretendido.

Onde está a foto?

O argumento mais curioso desta versão é o comportamento lacônico e contraditório da polícia inglesa: NÃO há ainda qualquer foto do falecido, as autoridades não falam com os jornalistas, remetendo-os para breves informações no site da entidade.

Ao que tudo indica, Boris Berezovsky, considerado culpado de fraude na Rússia e condenado a muitos anos de prisão, pode até ter escrito alguma carta ao presidente russo mas quase de certeza que não lhe pediu perdão porque sabia o que o esperava se voltasse a Moscou. Como escreveu um jornalista, "só idiotas podem acreditar no arrependimento de Bererzovsky". Não julgo que serviços secretos russos tenham tido ligação à sua "morte", uma vez que a atividade política do empresário em Londres tinha diminuído ultimamente e já não representava perigo para Moscou, especialmente depois de ter perdido em Londres um grande processo judicial contra Roman Abramovich. Berezovsky tinha até declarado a sua desilusão com os políticos ocidentais, que não entenderam as suas ações para "desmascarar Putin" e continuavam a apertar a mão ao presidente russo.

Por fim, Berezovsky tinha uma característica que muitos sublinham: ele era (ou é) um jogador nato, fazia as suas combinações financeiras e políticas não por desejo de dinheiro e poder mas porque gostava do jogo. Nunca poderia ele ter reconhecido o seu fracasso. Num dos últimos programas da TV russa sobre a sua "morte", programa no qual aliás também participou Andrei Lugovoi, alegado autor de envenenamento de Alexander Litvinenko, há um adjetivo aplicado a Berezovsky que é repetido por quase todos os intervenientes: grande mistificador.

Há poucos dias, a filha mais velha de Berezovsky, Lisa, disse em Londres, onde também reside, estar certa de que o pai "deixou algumas surpresas, que deixarão todos estupefatos".

O grande mistificador pode ter simulado a sua morte como a última cartada de um jogador cansado, mas não vencido.
De: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

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