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Pequeno negócio se prepara para tomar lugar de domésticas

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Mensagem por Questao Sáb Abr 13, 2013 2:26 pm

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A nova legislação para empregados domésticos entrou em vigor há menos de uma semana, mas empresas que oferecem serviços para a casa já se preparam para ganhar novos clientes -famílias que não terão condições de manter esses funcionários, acreditam os empresários.

A aposta desses negócios é que, com o aumento de custos para contratação desses profissionais e o controle mais rígido sobre as horas trabalhadas, haja um aumento na demanda por serviços terceirizados de alimentação, lavanderia e limpeza.

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das domésticas ampliou o direito dessas profissionais, como o pagamento de FGTS, horas extras (limitadas a duas por dia) e jornada semanal de 44 horas.

Para aproveitar o novo cenário, as empresas estão fazendo ajustes. Ana Paula Nastri, 41, dona de uma franquia da lavanderia Prima Clean, por exemplo, vai adotar o sistema delivery. "Os clientes pedem para a doméstica fazer a entrega e a retirada da roupa, e essa funcionária pode não existir mais."

Ela espera até 30% de aumento de clientes em sua empresa, que adota o estilo americano de lavanderias, em que o próprio cliente pode lavar a roupa -a lavanderia oferece wi-fi e computadores aos clientes enquanto as peças estão na máquina.

FIQUE LIGADO

Guilherme Landgraf Neto, 50, dono de três lojas da lavanderia 5àsec, diz que procura fazer históricos de seus clientes para oferecer atendimentos sob medida.

"Tem cliente que gosta que a camisa seja entregue dobrada, porque é para uma viagem, e tem os que gostam delas penduradas. Tenho funcionárias que já conhecem os gostos dos clientes."

Também há oportunidades para os serviços que só podem ser feitos dentro dos lares, como o de limpeza. Esse é o foco da House Shine.

A companhia cobra a partir de R$ 92 para limpar uma casa de até 150 metros quadrados. Duas auxiliares de limpeza fazem o trabalho em até duas horas. Os produtos de limpeza estão inclusos.

A diretora de expansão da companhia, Lilian Esteves, 32, afirma que todas as lojas tiveram aumento de procura durante a última semana, por causa da nova legislação.

"Temos casos de clientes que já optaram por desistir da emprega doméstica, tanto pelo valor alto como pelo fato de esse tipo de profissional estar em escassez no país", afirma a executiva.

ENSINAR A FAZER
Já a "personal organizer" Ana Ziccardi, 49, investe no filão das famílias que vão manter as domésticas, mas precisam que elas sejam mais ágeis e trabalhem menos horas. Ela cobra R$ 250 para analisar os hábitos da casa e da funcionária e propor um projeto de mudanças.

"Muita gente não quer perder a comodidade de ter uma empregada, mas precisa reduzir as horas trabalhadas. Minha tarefa é estudar toda a rotina doméstica da casa para tornar as funções da empregada mais ágeis ou até fazer a família colaborar com o trabalho", afirma Ziccardi.

A profissional também oferece um serviço em que ela mesma vai à casa do cliente organizar closet, armários e rotinas domésticas, cobrando entre R$ 400 e R$ 600.

As empresas de refeições congeladas também vivem a expectativa de conseguir mais clientes. Christiane Jimenez, 54, uma das sócias da Keep Light, conta ter percebido "um movimento intenso de consultas" nos últimos dias. Com sede em São Paulo, a empresa atende todo o país -para localidades distantes, as refeições são enviadas em embalagens térmicas com gelo seco.

"Recebi consultas de famílias ou de solteiros que devem ficar sem empregadas ou de pessoas que vão tirar das domésticas as funções culinárias, para elas trabalharem menos", conta.

Jimenez iniciou um trabalho de marketing em redes sociais para prospectar mais consumidores e aproveitar o momento em que muitas pessoas estão falando sobre o assunto. Ela vende um kit semanal com seis refeições por dia por pessoa por R$ 405.

O professor do Insper afirma que a população em geral ainda tem receio de confiar em serviços domésticos feitos por empresas.

Por isso, pode ser interessante que essas companhias criem sistemas para que os próprios usuários avaliem seus serviços publicamente -algo que acontece em lojas virtuais, por exemplo.

"Isso naturalmente vai estimular mais consumo. O ramo de venda de livros usados, por exemplo, só decolou quando foram criados 'ratings' dos sebos", destaca.

Nelcindo Nascimento, diretor da 5àsec para a América Latina, usa uma outra estratégia. A empresa está fazendo convênios com condomínios e com empresas, para que moradores e funcionários tenham valores mais baixos, em troca de fidelização. Também lançou uma promoção em que a lavagem de dez peças sai por R$ 50.

A ideia é mostrar às pessoas que esse tipo de serviço pode ser acessível à população.

"Em países desenvolvidos, empregada doméstica é luxo, mas no Brasil era relativamente barato. A gente já vinha trabalhando com perspectiva de mudança comportamental, e a PEC vai acelerar isso", afirma.

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