Europa - 1991

- Sinopse

Alemanha, 1945. Recém-derrotados pelos Aliados, o país está destruído e o povo, em condições miseráveis. As tropas americanas começam a desmilitarizar o país e a capturar os colaboradores do Partido Nazista, enquanto enfrentam o ataque furtivo dos "Lobisomens", um grupo terrorista que resiste à ocupação.
No meio desta guerra, chega Leopold Kessler, um jovem idealista americano de ascendência alemã que vai trabalhar na Zentropa, a empresa ferroviária que se torna um dos pivôs da luta entre americanos e "Lobisomens".
Os dois lados querem tirar vantagem do jovem Kessler, que, na tentativa de manter-se neutro, põe à prova seus ideais e expõe a complexidade do problema político do pós-guerra e o choque cultural entre europeus e americanos neste grande e importante filme de Lars von Trier, um diretor a frente de seu tempo.

EUROPA - Lars Von Trier - 1991
Direção: Lars von Trier.
Roteiro: Lars Von Trier, Niels Vørsel.
Produção: Bo Christensen, Peter Aalbæk Jensen.
Produção Executiva: François Duplat.
Música: Joachim Holbek.
Fotográfia: Henning Bendtsen, Edward Klosinski.
Edição: Hervé Schneid.
Elenco: Jean-Marc Barr, Udo Kier, Eddie Constantine, Barbara Sukowa, Ernst-Hugo Järegård, Erik Mørk, Jørgen Reenberg, Henning Jensen, Lars Von Trier, Max Von Sydow (Narração).

Eu não gosto de tentar escrever muito sobre filmes que eu assisti a muito tempo atrás, por isso mesmo não irei me estender.
Europa é provavelmente um dos melhores filmes que já vi na vida, acho que o Lars nunca mais irá conseguir criar imagens tão poderosas e belas como as que ele fez em Europa, tudo aqui funciona num estado de perfeita harmonia, da narração (FODA PRA CARALHO) do Max Von Sydow que te joga dentro do filme, a fotográfia que intercala momentos em preto e branco (quase noir) e em cor, isso quando não as sobrepõe, os takes brilhantemente orquestrados pelo Von Trier, como a da primeira aparição de uma locomotiva, que mais parece uma pintura, e as técnicas "oldschool" que ele utiliza da mesma forma que elas surgiram, sem computação gráfica nem nada, são impressionantes.
O roteiro também é excelente, todo o desenvolvimento psicológico do personagem, que era extremamente manipulado por todos ao seu redor, até o momento em que explode e acaba virando o jogo de uma maneira extremamente drástica, méritos ao Jean-Marc Barr que deve ter tido a melhor atuação da carreira.

"You want to wake up to free yourself of the image of Europa. But it is not possible." Sem mais.

Mais uma vez, a dupla acertou no argumento. Vou seguindo juntamente com o Shadows e digo que também é o meu favorito. Se não me engano, foi o primeiro que eu assisti e tive a infelicidade de não revisar essa obra. Pretendo ver nas férias e escrever sobre ele. Fechou a trilogia muito bem. Com chave de ouro.