Documentário indicado ao Oscar é censurado em seu país

Abaixo retirado de um blog egípcio as razões:


Documentário indicado ao Oscar de Jehane Noujaim Square (A praça) ainda não foi conferido no Cairo. Ele estava programado para tocar em um festival de cinema local, mas puxado no último minuto; Gabinete do Censor não aprovou liberação geral do filme.

Não é difícil perceber porquê. As cenas de fervor revolucionário, exército e brutalidade da polícia estão em desacordo com a versão vigente de eventos aqui, em que os generais são salvadores e todos os manifestantes suspeitos. A primeira hora do filme de Noujaim está cheia de rostos familiares e violência solavancos. A coragem dos câmeras, que tempo e investidas policiais novamente mal esquivou, resulta em algumas cenas extraordinárias.

É difícil assistir a esta lembrança do desejo e do sofrimento que se seguiu a queda de Mubarak. Mas é importante ter esse registro. Eu imaginava que está sendo jogado em um loop contínuo em todos os canais de televisão do Egito, em vez de os rebocos contra o "terrorismo" e videoclipes de música pop apresentando destacamentos militares.

Noujaim conta sua história, seguindo três pessoas que se tornaram amigos em Tahrir. Magdy Ashour é um membro da Irmandade Muçulmana, que nem sempre segue as ordens da liderança; Khalid Abdalla é um ator e ativista de uma família de dissidentes, e Ahmed Hassan é um jovem de uma família pobre que abraça o levante como um direito de nascença . "Nós não estamos procurando um líder", diz ele, "tanto quanto nós estamos olhando para uma consciência." Os três homens chegaram à conclusão de que sua revolução está deslizando entre seus dedos.

Vemos oficiais do exército alegremente descartando as crianças na praça, e, em seguida, os assassinatos começam. Manifestantes  sangrando são tratados em hospitais de campanha. A mãe de um jovem cristão morto pelo exército se inclina contra a parede, dizendo: "Eu não estou chateado por o mártir, meu amor. Mas perder você me dói. " O oportunismo político e ascensão da Irmandade Muçulmana cepas amizade dos homens. Magdy no final escolhe 'o lado eu crese  e se junta ao Rabaa al-Adawiya r pedir a reintegração do presidente Morsi.

Mas a essa altura o filme - que foi atualizado quatro vezes - perdeu o foco, enquanto se esforça para manter-se com os eventos e se apega a uma conclusão vagamente edificante. Ela se alinha tão estreitamente com o ponto de vista de pretensos revolucionários que sucumbe à confusão, o esgotamento compreensível e o nevoeiro de otimismo intencional que desceu sobre muitos deles no verão passado. Ele fecha com um concerto em Tahrir, em vez de o massacre em uma praça diferente.

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Não é difícil perceber porquê. As cenas de fervor revolucionário, exército e brutalidade da polícia estão em desacordo com a versão vigente de eventos aqui, em que os generais são salvadores e todos os manifestantes suspeitos. A primeira hora do filme de Noujaim está cheia de rostos familiares e violência solavancos. A coragem dos câmeras, que tempo e investidas policiais novamente mal esquivou, resulta em algumas cenas extraordinárias.

Qualquer semelhança com a versão vigente dos heroicos policiais e malditos depredadores tupiniquins não é mera coincidência.
E tem gente que comprou de corpo e alma o "cala moleque" que o governo deu na sociedade e na população.  

Boa parte da narrativa criada quando o governo começa a repressão é idêntica a da Romênia em 1989 até por que os governos descobriram que a maioria das notícias vinculadas desses eventos quem repassa é sua agência estatal para agências internacionais, por isso a violência em quase todos movimentos é tão salientada.