Gatos pensam que donos também são gatos, diz livro

Em Cat Sense, o "antropo-zoólogo" John Bradshaw, professor da Universidade de Bristol, contesta as teorias de que os gatos veem seres humanos como bebês

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O autor de um livro recém-lançado no Reino Unido promete mudar algumas coisas que (achamos que) sabemos sobre o relacionamento entre gatos e seres humanos.

Em Cat Sense, o "antropo-zoólogo" John Bradshaw, professor da Universidade de Bristol, contesta as teorias de que os gatos veem seres humanos como bebês, em função dos "presentes" que eles oferecem ao deixar pássaros mortos e outras presas abatidas nos arredores da cama dos donos, supostamente para alimentá-los.

Segundo Bradshaw, os felinos domésticos enxergam as pessoas como se fossem outros gatos - só que maiores. O autor ainda sugere que os gatos podem chegar a nos considerar "mães", mesmo que nos vejam, ao mesmo tempo, como intelectualmente inferiores - e isso porque, diz Bradshaw, os gatos percebem que nos movemos de forma menos graciosa.

Se os gatos deixam "comida" no quarto dos donos, é por acharem que aquele é um local seguro para se alimentar. Mas, se isso estivesse correto, os gatos devorariam a sua presa, e não a abandonariam no chão, certo? Bradshaw tem uma explicação esquisita: os gatos se lembram que têm uma comida mais saborosa deixado pela "mamãe" - a ração - e deixa o animal morto para trás. É assim que os gatinhos reconheceriam os seres humanos como provedores de alimentos.

Segundo uma leitura prévia feita por críticos do New York Times, o livro tem os seus defeitos, mas pode "ensiná-lo aspectos sobre a biologia dos gatos que você nunca suspeitou".

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Dando uma viajada legal no assunto eu me interessei em ler o livro. Sempre curti muito esse negócio de discutir como é o mundo a depender do observador. Como se cada um vivesse sua própria realidade apesar de estarem inseridos no mesmo local.

alancosme32 escreveu:Dando uma viajada legal no assunto eu me interessei em ler o livro. Sempre curti muito esse negócio de discutir como é o mundo a depender do observador. Como se cada um vivesse sua própria realidade apesar de estarem inseridos no mesmo local.

Agora por outro lado. E se quando tu anda na rua, parte das pessoas pelo qual tu passa sequer são humanos. Sabe aquela pessoa, que pra ti é perfeitamente normal, passa por ela todos os dias, parecendo ir ao trabalho ou apenas cuidando da própria vida, mas que tu sequer pensa na possibilidade de parar pra conversar? E se isso é uma ilusão criada pelo seu cérebro, que te faz pensar nela como alguém igual a ti pelo simples fato de não conceber que outra espécie seja capaz de agir de forma parecida com a sua, inclusive sendo capaz de convívio?

volpi escreveu:

alancosme32 escreveu:Dando uma viajada legal no assunto eu me interessei em ler o livro. Sempre curti muito esse negócio de discutir como é o mundo a depender do observador. Como se cada um vivesse sua própria realidade apesar de estarem inseridos no mesmo local.

Agora por outro lado. E se quando tu anda na rua, parte das pessoas pelo qual tu passa sequer são humanos. Sabe aquela pessoa, que pra ti é perfeitamente normal, passa por ela todos os dias, parecendo ir ao trabalho ou apenas cuidando da própria vida, mas que tu sequer pensa na possibilidade de parar pra conversar? E se isso é uma ilusão criada pelo seu cérebro, que te faz pensar nela como alguém igual a ti pelo simples fato de não conceber que outra espécie seja capaz de agir de forma parecida com a sua, inclusive sendo capaz de convívio?

Grimm, Doctor Who, MIB... Tem tantas histórias de ficção que brincam com essa hipotese. Se você analisar bem, histórias de fantasia são representações de ideias que pelo menos uma pessoa acredita ser possível.