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Tópico do Sarney - Supremo autoriza diligências da PF para investigar Roseana e Lobão

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Mensagem por Jamm Qui Fev 06, 2014 4:47 pm

Dilma recebe Sarney para pedir que intervenha na crise com o PMDB

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Dilma chamou Sarney hoje ao Planalto, depois de dois meses de ausência das conversas habituais com a presidente – para lhe pedir que intervenha na crise com o PMDB e acalme seus pares. Os demais canais de intermediação como o vice Michel Temer, estão esgotados.


Em meio a discussões sobre a reforma ministerial, a presidente Dilma Rousseff se reúne na manhã desta quinta-feira com o senador José Sarney (AP), um dos principais líderes do PMDB.

Ontem, os deputados da legenda decidiram que não vão mais indicar os substitutos dos ministros Gastão Vieira (Turismo) e Antônio Andrade (Agricultura), que saem para disputar a reeleição para a Câmara dos Deputados. A presidente não garantiu que os substitutos vão permanecer no cargo em 2015, em caso de reeleição do atual governo.

Sarney também vive uma crise em seu Estado natal, o Maranhão, onde sua filha, a governadora Roseana Sarney (PMDB) é alvo de denúncias de maus tratos nos presídios e uma guerra de facções pelo comando das cadeias chegou às ruas do Estado.

Também consta da agenda oficial da presidente, reunião com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas (PT), outro que deve deixar o ministério até março para disputa a reeleição para a Câmara dos Deputados.

(Raphael Di Cunto | Valor)


Última edição por Jamm em Qua Mar 11, 2015 11:01 am, editado 9 vez(es)
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Mensagem por Jamm Qui Fev 06, 2014 4:52 pm

Sarney é o fardo mais pesado para o PT, segundo avaliação da campanha

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O apoio à reeleição da governadora Roseana Sarney no Maranhão deve ser o maior desgaste que o PT terá com coligações neste ano.

Na avaliação da coordenação nacional da campanha da presidente Dilma Rousseff, o senador José Sarney (PMDB-AP) tem força no PMDB para barrar o apoio do partido à reeleição presidencial, caso o PT não esteja ao lado de sua filha no Maranhão. Como o PMDB é o aliado principal, terá de resistir às críticas. Pagar o preço pelo apoio ao clã Sarney não é novidade para os petistas.

O gesto já provocou o afastamento de militantes históricos no Estado, como o deputado federal Domingos Dutra, recém-filiado ao Solidariedade. O maior dos agravantes desta vez é que Sarney é considerado o último coronel político de sua geração no poder.

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Mensagem por Questao Qui Fev 06, 2014 8:43 pm

sarney é o maior fardo em votos mas é o maior trunfo politico,afinal ele sabe os podres de todo mundo(inclusive do pt) e pode pressionar votos se for algo importante para o governo,sem ele o governo não consegue governar então aposto que vão continuar até porque vendo os outros candidatos a dilma não terá problemas em vencer

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Mensagem por Jamm Seg Mar 31, 2014 4:02 pm

1964

‘Eu assumi para ser deposto’
Revela o apoiador do golpe, que depois garantiria a volta dos milicos para casa


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"Cumpri esse acordo, sem deixar hipoteca para trás", pondera. Aliado de primeira hora do regime, conta que teve momentos difíceis com Costa e Silva e Médici, em contraste com o bom trânsito com Castelo. E reconhece que sua proximidade com o generalato ajudou bastante a montagem da candidatura de Tancredo Neves à Presidência: "Eu ainda pude lhe dizer ‘Tancredo, você não governa sem base militar’". Ao fim de três horas de conversa, o senador longevo faz uma confissão à repórter: admite que deveria ter se despedido da vida pública e ido para casa ao passar a presidência para Collor de Mello, em 1990. "Ali eu já havia cumprido a minha missão. Me arrependo de ter continuado na política".

Onde o senhor estava quando aconteceu o golpe militar, há 50 anos?
Em Brasília. Não se sabia ao certo o que estava acontecendo. Atravessávamos um momento de dificuldades, grande insatisfação e agitação pelo País. Eu estava no segundo mandato como deputado federal, era membro do diretório nacional da UDN e não tinha contato com setores que pudessem estar articulando uma revolução contra o poder constituído. Dias antes, em 19 de março, fiz um discurso na Câmara pregando a conciliação, alertando que não poderíamos deixar o País marchar para uma ruptura institucional. Que deveríamos nos esforçar para que jamais isso ocorresse.

Qual era a sua posição em relação ao presidente João Goulart?

Eu era entrosado dentro do meu partido, a UDN. Fora isso, no meu Estado, o Maranhão, Jango prestigiava o Vitorino Freire, que era meu tradicional inimigo político. Então, eu tinha uma posição clara: era contra o Jango.

Sendo assim, o senhor de alguma forma teve sinais do que viria a acontecer ao presidente?
Quando recebemos as primeiras notícias do deslocamento de tropas de Minas para o Rio, o único contato estreito de que eu dispunha naquele momento era o (então governador mineiro) Magalhães Pinto. Liguei e consegui falar com ele. Perguntei se era verdade que havia tal movimentação. Ele confirmou que os generais Carlos Luiz Guedes e Olympio Mourão Filho estavam se dirigindo para o Rio. Diante disso, vi que já não era possível impedir as Forças Armadas de agir, especialmente depois que o presidente participou daquele ato de insubordinação dos sargentos.

Como chegou a essa percepção?
1964 foi a última das intervenções salvacionistas implantadas pelos militares no Brasil, na perspectiva daquilo que o almirante Custódio de Melo (foi ministro da Marinha e das Relações Exteriores no governo Floriano Peixoto) chamava de "a destinação histórica das Forças Armadas". Ou seja, intervir sempre que as instituições estivessem em crise. A primeira dessas intervenções foi a própria República, que já nasceu como uma questão militar, fruto de fermentação que vinha desde o Império. Depois, em 22, 24, 30, 32, 50, 54, 60, tem-se uma série dessas intervenções. A de 64, inclusive, foi capitaneada por aqueles mesmos tenentes do passado, já mais velhos - é o Cordeiro de Farias, o Brigadeiro Eduardo Gomes, o Costa e Silva, os irmãos Geisel.

Em que momento os militares sentiram que poderiam ser vitoriosos em 1964?
Eles tentaram ter o controle da situação na renúncia do Jânio. Não deu certo. Mas quando conseguiram atrair o Castelo Branco para o seu movimento, deu-se aquele ponto de inflexão que abre a possibilidade da vitória. E por que foi decisivo atrair o Castelo Branco? Porque ele era um legalista de vida inteira, tanto que o Juscelino o convidou para a presidência da Petrobrás e ele recusou dizendo que, como soldado, não poderia nunca ocupar um cargo civil. A adesão do Castelo foi chave. Ele tinha o respeito das tropas, não fazia parte de grupos, era tido como herói da FEB, grande estrategista, professor respeitado, senhor de posições sempre coerentes. A única vez assinou um manifesto foi para pedir a renúncia do Getúlio em 1954. Cobrado por isso, disse que não fora uma atitude pessoal, mas coletiva, em consonância com o generalato.

O que pesou mais no desenrolar dos fatos, na sua opinião: o contexto mundial ou a atuação do presidente João Goulart?

Temos a obrigação de contextualizar a paisagem de 1964. Sem isso não se compreende o que aconteceu. Os americanos tinham interesses aqui na região? Claro que tinham, tanto que governos foram sendo derrubados um após o outro - Argentina, Peru, Equador.... Além disso, vivíamos a Guerra Fria e estivemos perto de um conflito nuclear com a descoberta dos mísseis em Cuba. O clima já era tenso e havia quem jogasse mais fogo. Eu me lembro de uma declaração do Fidel Castro dizendo que, se fosse brasileiro, em dez dias derrubaria o Castelo Branco. Aquilo caiu muito mal aqui. Também acredito que Jango tenha feito de tudo para criar uma situação insustentável, porque não é possível entender, com a distância do tempo, como ele cometeu tantos erros naquele momento.

A que erros o senhor se refere?
Comparecer a um ato de rebeldia militar e ainda fazer discurso a favor da sublevação de cabos e sargentos contra os seus superiores. Justo ele, o comandante-em-chefe das Forças Armadas! Foi um erro incontornável. Tanto que o general Amaury Kruel (ex- ministro da Guerra de Jango), que era muito amigo dele, disse que não fizesse aquilo. Jango colocou em todos os comandos do Exército homens da sua extrema confiança. E depois colocou em xeque o papel institucional das Forças Armadas. Não dá para entender. Com habilidade maior, teria completado o mandato, pois as eleições não tardariam. E Juscelino seria eleito presidente.

Houve também um movimento para a permanência de Jango no poder.
Sim, o que também foi visto como meio de subverter as instituições. Não era um movimento forte, mas causou certo efeito. A meu ver, só fez aumentar a impopularidade do presidente, uniu contra o seu governo todos os jornais, depois setores produtivos e finalmente as Forças Armadas. Jango criou seu próprio isolamento - e historiadores hoje conseguem demonstrar bem isso. O que nos leva a pensar que ele talvez quisesse alcançar esse paroxismo, para depois ir embora. Ao participar do ato dos sargentos, talvez já soubesse que iria sair. Mas pode ter pensado "vou sair por cima".

Por que 1964 terá sido a última intervenção militar salvacionista no Brasil?
Porque houve um esgotamento fechando um longo ciclo. Antes de 1964, os generais não tinham regras claras de permanência no Exército. Eles atuavam como generais chineses, donos de exércitos. O Cordeiro (de Farias) tinha o seu grupo, o (Henrique Teixeira) Lott tinha o dele, os Geisel, também. O Castelo então limitou a permanência dos oficiais a quatro anos em cada posto. E a 16 anos na patente. Isso quebrou a espinha dorsal de uma estrutura que produzia facções que eram verdadeiros partidos políticos dentro do Exército. Só Castelo poderia fazer isso, porque era um militar de visão grande.

Em que medida o regime implantado em 1964 rompeu com o legado varguista?
Getúlio era um homem formado no positivismo castilhista e borgista do Rio Grande do Sul, o que explica seu perfil autoritário. Mas, ao deixar o Rio Grande, ele mudou de personalidade. Tornou-se o Getúlio esperto, ardiloso, passador de rasteiras, e assim atraiu o militares. Finda a Segunda Guerra, no entanto, os militares voltaram imbuídos de que o mundo deveria ser outro, a humanidade deveria atravessar um longo período de paz e deveria se buscar a vertente democrática. Getúlio ficou antiquado nesse contexto. Retornou ao poder em 1950, mas já não sabia lidar com os militares. Conseguiu perder a confiança até na guarda que fazia sua segurança no Catete, o que o levou a buscar proteção em capangas como o Gregório, bem ao estilo do Sul. Hoje podemos ver com clareza os efeitos negativos da figura do "pai dos pobres". Ver como o peleguismo sindical atrasou o Brasil. Isso só desaparece com a eclosão do sindicalismo de Lula, no ABC. Ali houve uma ruptura com o legado de Vargas.

Como os militares viram a emergência daquele novo sindicalismo?
Foi o Paulo Egydio quem levou ao general Golbery do Couto e Silva a notícia de um sindicalismo moderno no ABC, e o general achou aquilo muito bom, tinha até simpatia pelo movimento. Era o início de um Brasil diferente, com certo equilíbrio nas relações capital/trabalho. Getúlio não estava preparado para governar no regime democrático e saiu por uma porta genial, que foi o suicídio. Aquela bala matou a UDN e colocou-o na história. Como ele mesmo postulou.

O senhor presenciou o aprofundamento das diferenças entre o general Castelo Branco e seu sucessor, Costa e Silva. Que lembranças guarda disso?
Não há dúvida de que o plano do Castelo era terminar o mandato do Jango com eleições. Costa e Silva, por sua vez, formou o Alto Comando Revolucionário e, como oficial mais antigo, quis deixar claro que não queria o Castelo. Foi obrigado a aceitar. Uma vez ouvi do próprio Castelo que ele era muito cobrado por não enfrentar o Costa e Silva. E Castelo respondia dizendo não querer repetir o que acontecera entre os marechais Deodoro e o Floriano, aquele embate feroz que acabou dividindo as Forças Armadas. Só que o Castelo foi para o governo e logo começou a dar trombadas. A mais danosa para a sua imagem deu-se justamente quando Costa e Silva encaminhou o pedido de cassação do JK, à sua revelia. Castelo terminou sucumbindo à pressão do Costa e Silva, cassou o JK, no entanto chamou o Luís Vianna Filho, seu chefe do gabinete civil, ordenando que ele informasse à imprensa que Juscelino fora cassado por motivos políticos, não por corrupção.

A convocação de eleições para o governo dos Estados também opôs os dois generais.
Sim. Querendo cumprir o calendário que havia se proposto e fiel à ideia de fazer uma intervenção restauradora, Castelo fez as eleições de 1965, contra a vontade de Costa e Silva. Foram eleitos políticos como Negrão de Lima, pelo Estado da Guanabara, Israel Pinheiro , por Minas Gerais, e os militares da linha-dura diziam que não se daria posse a eles. Ali o Castelo ficou ameaçado de ser deposto. E saiu-se com aquela frase famosa, de que ele era o comandante-em-chefe das Forças Armadas, portanto, ele daria a posse, e não os oficiais do Exército, aos quais caberia obedecer. Costa e Silva então foi a Minas, para uma reunião com Castelo presente, e lá fez um discurso radical, censurando as eleições para governador. Castelo ficou calado. Ali foi construído um acordo, cujo principal articulador terá sido o Juracy Magalhães (embaixador do Brasil nos EUA e ministro da Justiça no governo Castelo Branco), e do qual sairia o AI-2, segundo o qual os governadores tomariam posse, mas com poderes restringidos. Hoje estou certo de que, não fosse o Castelo, 1964 teria degenerado numa quartelada, abrindo espaço para um ditador personalista, ao estilo do Pinochet. Castelo imaginou enquadrar a linha-dura com a Constituição de 1967. Não aconteceu. Costa e Silva, seu sucessor justamente, chega ao poder e baixa o AI-5. Aí a coisa degringolou.

O senhor participou dessa eleição para governador, em 1965, e foi eleito pelo Maranhão. Como era a sua relação como governador com o poder central?
Vou contar um caso. Com três dias de empossado, o comandante militar no Maranhão me pediu uma audiência e foi quando conheci a figura do S2, o oficial de informação. Ou seja, o comandante veio acompanhado do S2. Daí me entregou um ofício determinando que eu substituísse dois secretários meus, por serem comunistas. Li o ofício e disse "olha, comandante, eu não vou devolver o documento para não ser indelicado. Mas o senhor entregou-o à pessoa errada. Deveria entregá-lo ao presidente da República, porque eu fui eleito pelo povo, portanto, vou cumprir meu dever da melhor maneira possível, com todas as minhas forças e melhores das intenções. Mas, reconheço que sou um funcionário público e que o presidente pode me botar para fora. Então, vá direto a ele, comandante, porque aqui quem governa sou eu".

E como se resolveu o impasse?
No Rio de Janeiro, contei o episódio ao Castelo, que disse: "O senhor fez muito bem. Ele não tinha que se meter". Dois governadores no Nordeste foram respeitados pelos militares: João Agripino, na Paraíba, e eu, no Maranhão. Porque estávamos fazendo bons governos e porque não nos submetemos. Meu governo esteve sob vigilância, achavam que eu havia levado comunistas para o palácio. Tanto que quando terminei meu mandato, pegaram um secretário meu e prenderam por dez dias. Foi uma maneira de mostrar quem mandava. No Maranhão não precisamos de anistia, porque não demiti ninguém com base nos Atos Institucionais. E, quando da decretação do AI5, não passei um telegrama para Brasília. Fui o único governador a não enviar cumprimentos. E me preparei para ser afastado.

Acredita ter corrido o risco da cassação?
Naqueles dias de 1968, o presidente Costa e Silva convocou todos os governadores para uma reunião e então disse que uma coisa me olhando: "Fui aconselhado a cassar alguns governadores, mas não fiz isso para não destruir a Federação. E nem abalar o Supremo". Sim, porque quando ele estava lá no Alto Comando, havia proposto a dissolução não só do Congresso, mas do Supremo.

Como o senhor se saiu no período Médici?
Aí piorou, porque o general Medici até me hostilizou. Ele não foi ao Maranhão nenhuma vez em meu governo. E a estrada que fiz, de São Luiz a Teresina, foi inaugurada por ele em Teresina. A estrada toda corre toda no Maranhão, mas o Médici inaugurou no Piauí! Quando decidi concorrer ao Senado, fui comunicá-lo pessoalmente. E disse: saio para ser ou não candidato. Ele só me olhou, sem dizer nada.

O Senado marcou uma inflexão da sua carreira política, correto?
Sim. Cheguei ao Senado e logo me liguei ao Sacro Colégio, grupo que se reunia secretamente, com o propósito de evitar choques entre governo e oposição. Faziam parte do Sacro Colégio Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Teotonio Vilela, Roberto Freire, entre outros, e a coisa funcionou bem, pois evitamos que as crises chegassem a um ponto de ruptura e o Congresso pudesse ser fechado. Tínhamos em mente a reação do regime ao discurso do (deputado oposicionista) Márcio Moreira Alves, em 1968, quando o Congresso foi fechado, de fato. Lembro de uma visita do ex-presidente chileno Eduardo Frei Montalva a Brasília, naqueles tempos. Ele já estava bem doente, então fizemos um almoço em sua homenagem no Congresso mesmo. Foi quando ele nos disse "vocês façam tudo para o Congresso não desaparecer, pois só sabe o que a liberdade representa aquele que a perde. A chama da democracia não pode apagar".

O que o moveu a aceitar ser vice na chapa do Tancredo?
Eu não aceitaria a candidatura presidencial do Paulo Maluf, pelo PDS, em primeiro lugar. E também havia um movimento para prorrogar o mandato do Figueiredo. A reação a tudo isso entrou pela porta da minha casa: vi meu filho Zequinha, que já era deputado, votar a favor das Diretas Já. Disse a ele que me orgulhava do seu voto. E disse a mim ter chegado a hora de ir para casa. Renunciei à presidência do PDS. Mas aí o Ulysses resolveu namorar comigo. Ia quase todo dia à minha casa, "você não pode ficar de fora e não ajudar o Brasil nesse momento...". Recusei, mas daí o Aureliano Chaves me chamou também, pregando a união e dizendo que o partido iria indicar o vice na chapa do Tancredo. Sugeri o nome do Marco Maciel. Foi quando o Tancredo, certa noite, mandou um avião me buscar em Brasília, para um jantar na casa do (escritor) Murilo Mendes, em Belo Horizonte. Fui. Murilo e sua senhora me receberam, Tancredo estava com a dona Risoleta. Enquanto as duas mulheres conversavam, os três homens tramavam.

O que exatamente?
Tancredo disse que o vice teria que ser eu e que essa seria uma das condições para ele deixar o governo de Minas e encabeçar a chapa. Reagi, "mas, Tancredo, eu fui presidente do PDS....". E aí ele veio com o argumento fatal: "Então você conhece o mapa da mina, sabe como os delegados vão para a convenção e pode articular muito mais". Lá pelas duas ou três horas da manhã disse que aceitaria, com uma condição: se não encontrassem um nome que agregasse mais. No dia seguinte, em Brasília, Aureliano bateu na mesa e disse "sem você na chapa, não tem aliança". Ulysses foi também muito correto comigo. A partir daí comecei a articular: construímos uma dissidência grande, evitamos a eleição do Maluf, a continuidade do Figueiredo e os militares aceitavam o Tancredo. Pude dizer a Tancredo: "Não pense que pode ser presidente sem uma base militar lhe sustentando".

As ligações com os militares foram sua maior contribuição naquele momento?
Ajudaram bastante. Logo procurei o general Leônidas (Pires Gonçalves, foi chefe militar na Amazônia e no Sul, depois ministro do exército apontado por Tancredo e durante todo o governo Sarney), estive muitas vezes com ele. Leônidas ficou montando uma base de resistência no 3º Exército, no Rio Grande do Sul. Procurei o brigadeiro Murilo Santos, que começou a articular na Aeronáutica. O Tancredo fez algo parecido em Minas Gerais, com o general Bayma Denys, e o Aureliano, com o almirante Maximiniano da Fonseca. Isso foi fundamental, pois na noite que o Tancredo caiu doente, o ministro do Exército do Figueiredo, Walter Pires, ao saber que eu assumiria, ameaçou levantar os quartéis para impedir a posse. Estávamos preparados para resistir.

Qual era o seu estado de espírito ao assumir a presidência, depois de um mês de suspense em torno da saúde de Tancredo?
Fui a última pessoa a acreditar que ele morreria. Porque aquilo pesava enormemente nos meus ombros. Eu vinha de um Estado pequeno, mal me preparara para ser o vice, não tinha participado das articulações para formar o ministério, não tinha plano de governo nem equipe, e, de repente, cai no meu colo a responsabilidade de fazer a transição democrática brasileira. A primeira coisa que pensei: preciso me legitimar logo ou serei deposto. Tancredo poderia adiar as coisas com as quais tinha se comprometido, inclusive a convocação da Constituinte. Mas eu não tinha esse timing. Tinha que fazer tudo rapidamente, ou as forças que emergiam da clandestinidade, e precisavam de espaço político, iriam se manifestar. O que fiz? Legalizei o Partido Comunista, acabei com as restrições aos sindicatos, dei anistia a trabalhadores, acabei com os municípios de segurança nacional, fiz eleição direta para prefeito em seguida, até o Ulysses me disse que era loucura, enfim, abri os espaços da liberdade logo de saída. Só depois parti para o plano econômico. E paguei caro por isso: enfrentei 12 mil greves no meu governo.

O que contou mais na estabilização da sua presidência, a Constituinte ou o Plano Cruzado?
Se não fosse o Cruzado, não teríamos tido condição de fazer a Constituinte, que foi uma obra de engenharia política, num tempo muito difícil. O Plano Cruzado foi importantíssimo, a partir dele conseguimos sair das fórmulas ortodoxas e entramos nas heterodoxas. Eu jamais aceitaria a fórmula do FMI. Depois vieram os outros planos, Cruzado 2, Bresser, Verão, e eu sempre me valendo dos colaboradores de circunstância, já que assumi sem equipe. Foram planos com problemas, mas, sem eles, não teria sido possível o Real.

Por quê?
O Plano Real passou pelas minhas, trazido pelo João Sayad, meu ministro do Planejamento. Reconheci que não teria mais condição de implantar aquilo. Mais tarde, quando Fernando Henrique chegou ao ministério da Fazenda, foi falar com os técnicos e o plano estava pronto. A verdade é que, quando o Cruzado começou a ter dificuldades, os economistas bateram em retirada. Não sabiam que efeitos aquilo surtiria, não tinham certezas. A meu ver, o grande mérito do Cruzado foi ter tido a coragem de romper com a ortodoxia.

O senhor se considera o condutor da transição democrática no Brasil?
Estudiosos dizem que conseguimos fazer a melhor transição da América do Sul. Há alguns fatores a ponderar. Primeiro: não deixei para trás hipoteca pendurada com os militares. Eles voltaram aos quartéis, depois que fechei o acordo de que a transição seria com eles, e não contra eles. Eu lhes dei essa garantia. Construímos uma Constituição democrática, avançamos no plano econômico, fomos para o "tudo pelo social". Esses programas que estão aí já haviam começado no meu governo - combate à fome, distribuição de leite, vale-transporte, tudo vem daquele tempo. O crescimento no meu governo foi 5% ao ano e hoje não se fala nisso! Os preços subiam, sim, mas subiam os salários, imediatamente. Com isso fizemos um colchão que nos protegeu de seguir o Fundo, com sua fórmula criada para a Europa. E saiba que se eu tivesse cedido ao FMI, teria sido deposto. Foi um governo de trepidações, sim, mas exitoso ao criar uma sociedade democrática. Um governo que terminou com um operário concorrendo à presidência da República, o que era inimaginável naqueles tempos.

Acha que a História não lhe faz justiça, Presidente?
Ainda vai fazer. A transição democrática brasileira se deve ao meu temperamento, também, esse jeito nordestino de dialogar. Cometi um erro ao voltar à política quando encerrei meu mandato presidencial. De novo, deveria ter ido para casa, mas daí veio o Collor, com todos aqueles problemas, e me chamaram de volta, isso, antes do impeachment. Saí então senador pelo Amapá, porque o PMDB não me deu legenda no Maranhão. Mas, enfim, olhando para esse meu retorno, vejo-o com arrependimento.Já havia encerrado a missão maior, que foi a transição democrática. E é só o que o País deve a este presidente improvisado, que assumiu para ser deposto
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Mensagem por Jamm Qua Abr 09, 2014 2:56 pm

No Maranhão, clã Sarney troca candidato “poste” e deve lançar filho de ministro ao governo

Depois de passar os últimos três meses tentando fazer o secretário estadual de Infra-estrutura, Luís Fernando Silva, decolar como candidato à sucessão da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, o clã Sarney foi obrigado a refazer toda sua estratégia. Mesmo depois de se desincompatibilizar do cargo, Luís Fernando, o “poste” escolhido pelo grupo político para concorrer ao governo, não será mais o candidato. A ideia agora é lançar o senador Édison Lobão Filho (PMDB), filho do ministro das Minas e Energia, Édison Lobão (PMDB), na corrida pelo governo.
A tarefa do senador não é das mais fáceis. O grupo da governadora Roseana enfrenta enorme desgaste político no Estado e tem um duro oponente pela frente, o ex-presidente da Embratur Flávio Dino (PCdoB). Além disso, o clã Sarney tem enfrentado resistências dentro do governo federal para garantir apoio para manter sua hegemonia. Embora ninguém confirme oficialmente, Palácio do Planalto e o PT nacional preferiam apoiar exclusivamente a campanha de Dino, cujo partido também integra a base de sustentação da presidente Dilma Rousseff. Para não desagradar o senador José Sarney (PMDB-AP), líder político do clã, o governo sinaliza com apoio (ou pelo menos neutralidade) para ambos.
A desistência de Luís Fernando teria acontecido depois que Roseana desistiu de disputar o Senado, preferindo completar seu mandato à frente do governo. O ex-secretário teria achado muito difícil enfrentar a campanha majoritária sem ter Roseana Sarney como candidata ao Senado, o que poderia alavancar seu nome.
Com a mudança de planos, se for confirmada, a candidatura de Lobão Filho complica para o Planalto a forma de tratar a campanha do Maranhão. Filho de um dos ministros mais próximos de Dilma, será difícil para o governo não participar diretamente de sua campanha, o que empurraria Flávio Dino para os braços da oposição nacional. Por coincidência ou não, PSDB e PSB locais deverão estar no palanque do candidato do PC do B.
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Mensagem por Jamm Qua Abr 30, 2014 4:52 pm

Sarney critica IBGE e diz que instituto é equivocado em apontar miséria no MA

UOL

O senador José Sarney (PMDB-AP) afirmou que os índices sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apontaram a miséria na população do Estado do Maranhão, estão equivocados.

Rosena e Sarney Sarney critica IBGE e diz que instituto é equivocado em apontar miséria no MAPara a crítica ao instituto, Sarney usou o equívoco do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) como exemplo –em uma pesquisa de estupros, o instituto concluiu que 65% das pessoas atribuíam a ocorrência do crime contra as mulheres pela facilitação delas no modo de vestir. Dias depois o Ipea informou que reviu os os dados e na verdade o percentual correto é 26%, e não 65%.

“Se fazem isso com as mulheres, num assunto tão sério e tão hediondo quanto o estupro, o que dizer das famosas estatísticas negativas contra o Maranhão?”, escreveu o senador, em um artigo publicado no jornal “O Estado de S.Paulo” domingo (27).

O texto do senador foi criticado pelos deputados estaduais Bira do Pindaré (PSB) e Othelino Neto (PC do B), que destacaram que a opinião de Sarney é uma afronta à população.

“Eu não sei onde é que o senador [José Sarney] está com a cabeça e agora resolveu atacar o IBGE. Ele acha que o único dado do IBGE que serve é do PIB, mas os dados do desenvolvimento social não servem para nada, aí ele critica o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano], critica todos os indicadores sociais tentando esconder o sol com a peneira, tentando escamotear a realidade”, protestou Bira do Pindaré.

Othelino Neto disse que para Sarney agora “estranhamente o IBGE virou um órgão de mentira, só porque retrata um Maranhão real”.

“Só porque mostra para o Brasil que o Maranhão, depois de quase 50 anos sob o mando do mesmo grupo, está cada vez mais pobre e que infelizmente é o Estado que tem os piores indicadores da nação”, declarou Othelino Neto.


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Mensagem por Jamm Ter Jul 15, 2014 1:50 pm

Wikileaks diz que Roseana Sarney tem 150 milhões de dólares em Caimãs

Um documento vazado pelo Wikileaks em 2009 não mereceu nenhuma atenção da mídia e nem do governo. É uma pena, porque ele tem um imenso interesse público. No documento, o Wikileaks fala de um dinheiro que Roseana Sarney, governadora do Maranhão, teria nas Ilhas Caimãs, um dos mais notórios paraísos fiscais do mundo.

Roseana, segundo o Wikileaks, tinha em 1999 cerca de 150 milhões de dólares em Caimãs. Em reais, seriam cerca de 350 milhões em valores de hoje.


Dinheiro em paraíso fiscal é uma tragédia para a economia de um país. Primeiro, e acima de tudo, porque significa sonegação de impostos. É com o dinheiro dos impostos que você constrói escolas, hospitais, estradas, portos, aeroportos e outras coisas que são absurdamente escassas, por exemplo, no Maranhão.

Depois, porque o envio de dinheiro para fora revela falta de confiança no país. Isto é ainda mais doloroso quando se trata de pessoas que tocam, que comandam o país. É um sinal de que tais pessoas sabem que estão fazendo um serviço abjeto em seus cargos públicos.

Um estudo escrito por James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, mostra que os super-ricos brasileiros tinham, em 2010, cerca de 520 bilhões de dólares (ou mais de 1 trilhão de reais) em paraísos fiscais. É quase um quarto do PIB nacional. O trabalho foi encomendado pela Tax Justice Network (TJN), organização que combate os paraísos fiscais.

“Quando vejo os ricos brasileiros reclamando de impostos, só posso crer que estejam brincando. Porque eles remetem dinheiro para paraísos fiscais há muito tempo”, afirma John Christensen, diretor da TJN.

As coisas ficam ainda mais complicadas quando você olha para uma conta num paraíso fiscal e se pergunta: como o titular acumulou tanto dinheiro? Vejamos um exemplo sem essa condição agravante.

Na Alemanha, o presidente do Bayern, Oli Hoeness, caiu imeditamente em desgraça quando a revista Focus publicou que ele tinha uma conta secreta na Suíça. Hoeness não pagava imposto sobre o patrimônio escondido na Suíça, e isso foi suficiente para que fosse decretada sua prisão.

Ele pagou uma fiança de 5 milhões de euros, cerca de 15 milhões de reais, para escapar provisoriamente da prisão. Em março, começa seu julgamento. Dificilmente ele vai de safar da cadeia. O governo alemão quer que ele seja punido exemplarmente por um motivo poderoso: você não constroi um país decente quando pessoas fazem o que Hoeness fez. Hoeness é um homem rico. Não causou estranheza o tamanho da conta suíça – mas o fato de ele não a ter declarado.

É mais dura a situação quando você examina o documento do Wikileaks sobre Roseana. De onde vieram os 150 milhões de dólares denunciados pelo Wikileaks? Por que ninguém investigou o caso nestes anos todos?

Sabemos os interesses da mídia. A Globo, particularmente, tem uma longa relação de amizade e parceria com a família Sarney no Maranhão. Esqueça então a Globo.

E o governo, por que não se movimentou? Uma hipótese é que a informação – embora pública – não tenha chegado a Brasília. Mas a alternativa mais real é a que diz respeito à assim chamada governabilidade. Mexer com os Sarneys – nem que fosse para meramente esclarecer um documento de elevado interesse público – é uma das últimas coisas que um governo que dependa do PMDB deseja.

E então nada muda e nada acontece. O preço colossal é pago, como sempre, pela sociedade. As Jornadas de Junho mostraram que as pessoas estão cansadas dos arranjos políticos em volta da governabilidade – porque eles atrasam consideravelmente o desenvolvimento social brasileiro.

A mensagem das ruas foi entendida?

Se sim, é hora de enfrentar certas realidades desagradáveis. Se não, as ruas fatalmente voltarão a se manifestar – contra a mídia que só defende seus próprios interesses e contra a “governabilidade” que perpetua iniquidades históricas nacionais.

Você pode ver o documento aqui: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
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Mensagem por Questao Ter Jul 15, 2014 1:57 pm

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Mensagem por Jamm Ter Nov 18, 2014 10:48 am

Risco de prisão mela possível renúncia de Roseana Sarney

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Com o risco de ter o pedido de prisão expedido pela Justiça Federal, a governadora do Maranhão reavalia possibilidade de renúncia.


Roseana Sarney deverá desistir de renunciar antes do final do mandato. Acusada de receber malas pretas cheias de propina do doleiro Alberto Yousseff para antecipar o pagamento de R$ 120 milhões em precatórios da Constran/UTC, a filha do senador José Sarney aparece entre os investigados pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.

Era certo que a governadora renunciaria ao cargo no início de dezembro, para favorecer o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Arnaldo Melo, que ascenderia imediatamente ao comando do Palácio dos Leões. A manobra forçaria uma nova eleição para a presidência do legislativo estadual e poderia influenciar na formação da próxima mesa diretora.

Por ter foro privilegiado, as denúncias contra Roseana foram remetidas pelo juiz Sérgio Moro ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O magistrado, no entanto, já decretou a prisão de outras 27 pessoas e o bloqueio de R$ 720 milhões dos suspeitos de integrar o esquema de pagamentos de propina e desvio de recursos públicos da Petrobras.

Uma possível renúncia poderia precipitar a prisão preventiva de Roseana. Yousseff, o empresário Ricardo Pessoa e os demais envolvidos no caso dos precatórios da Constran já estão atrás das grades.

No olho do furacão, ela estaria sujeita às decisões de Moro e teria que dar explicações sobre sua participação no esquema do doleiro Yousseff, podendo ter a prisão decretada a qualquer momento, com base nos fortes indícios da Polícia Federal e nos depoimentos de Youssef, da contadora Meire Poza e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
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Mensagem por Quero Café Ter Nov 18, 2014 11:45 am

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Mensagem por Questao Ter Nov 18, 2014 12:11 pm

a grande amiga dela a dilma não vai ajudar ela o máximo que puder uhaua

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Mensagem por Mogur Ter Nov 18, 2014 12:17 pm

Nada vai acontecer! Feijoada!

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Mensagem por Jamm Qua Nov 19, 2014 9:48 am

o fato é que, ela que é muito turrona e vaidosa, terá que escolher entre renunciar pra não passar a faixa pro novo governador, e aí probabilidade de prisão rolar, sendo assim uma mácula pra família sarney que sempre se vangloria nos bastidores de sempre fazer e não ser pega.

ou ficar até o final, passar a faixa pro cabra eleito e esperarem segurar a peteca pra ela ainda mais.
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Mensagem por Jamm Seg Dez 15, 2014 8:56 am

‘Homem da mala’ de doleiro revela que entregou R$ 900 mil a Roseana, diz revista Veja.

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Reportagem publicada na revista Veja desta semana revela que a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney Murad (PMDB) –, que renunciou ao cargo na quarta-feira (10) –, recebeu R$ 900 mil do esquema de corrupção da Petrobras que tinha à frente o doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, em 17 de março passado, no Hotel Luzeiros, em São Luís.

Segundo a Veja, o dinheiro foi entregue em três parcelas de R$ 300 mil, por um dos “homens da mala” (entregadores de dinheiro) de Youssef, Rafael Ângulo Lopez, apelidado de “Véio”, para o ex-chefe da Casa Civil do governo maranhense João Guilherme Abreu, homem de confiança de Roseana Sarney.

O dinheiro faria parte de um acordo, firmado em setembro de 2013, entre o governo do Maranhão e Alberto Youssef, para que Roseana liberasse o pagamento de um precatório (dívida pública) de R$ 120 milhões beneficiando a empresa UTC-Constran.

O precatório se referia a um contrato, feito na metade da década de 1980, para serviços de terraplenagem e pavimentação da BR-230.

O governo do Maranhão teria exigido R$ 6 milhões em propina para pagar o precatório. Youssef receberia R$ 12 milhões das construtoras, caso o acordo fosse cumprido. Dias depois do acordo, o precatório, que era o quinto na ordem de pagamentos de precatórios do governo maranhense, “furou a fila” e foi liberado em 24 parcelas.

Esse caso do precatório da UTC-Constran e da suposta propina paga a Roseana já havia aparecido no começo da Operação Lava Jato, que investiga o escândalo do “petrolão” – pagamento de propinas a diretores da Petrobras e políticos, envolvendo doleiros.

Na ocasião, em agosto passado, Roseana Sarney e o mesmo João Abreu também foram citados pela contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Bonfim da Silva Poza, em depoimentos à Polícia Federal e à CPMI da Petrobras.

Poza afirmou que uma das remessas da propina de R$ 6 milhões a Roseana foi levada, também ao Palácio dos Leões, em São Luís, por outro “mala” de Alberto Youssef, segundo a Polícia Federal: Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte. O valor foi de R$ 300 mil.

A pessoa que recebeu o dinheiro teria reclamado da quantia e consultado a governadora Roseana para saber se o montante deveria ser recebido.

“Adarico esteve no meu escritório depois da prisão do Alberto. Ele disse que foi ao Maranhão levar o dinheiro e que a pessoa afirmou que era pouco. Ela então teria entrado em contato com a governadora para saber se ela concordaria em receber os R$ 300 mil, e ela teria concordado”, disse Meire Poza.

Roseana Sarney ainda é citada como beneficiária de propina no depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que foi preso na “Lava Jato” e fez acordo de delação premiada com a Justiça.

Na época das denúncias, Roseana Sarney se disse “indignada” e negou qualquer envolvimento com recebimento de propinas.

Também agora, por intermédio de sua assessoria, Roseana Sarney negou à Veja qualquer ligação com o esquema de propinas abrigado na Petrobras. Ela informou, ainda, que entrou em contato com João Abreu e que este também “negou veementemente que tivesse recebido dinheiro do doleiro Youssef”.

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Roseana Sarney e João Abreu: propina entregue na residência oficial da governadora do Maranhão
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Mensagem por Questao Seg Dez 15, 2014 1:05 pm

tem que ir tudo em cana,mas será que a dilma deixa uma chegas dela ir em cana? uaha

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Mensagem por Jamm Seg Fev 09, 2015 2:23 pm

Sarney de olho no impeachment de Dilma

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Reunido num jantar servido na noite da última segunda-feira no Palácio do Jaburu, o ex-senador e agora político aposentando José Sarney deu um apertado abraço no vice-presidente da República, Michel Temer. Magoado, José Sarney e outros peemedebistas insatisfeitos estimulam o impeachment de Dilma Rousseff. Assim, Temer, o número 2 da linha sucessória, assumiria o comando do país.

Em dois artigos publicados recentemente no jornal O Estado do Maranhão, pertencente à sua família, José Sarney atacou ferozmente a presidenta.

Reclamou do que chamou de “ingratidão” por parte de Dilma em função do desprestígio e da indiferença demostrados a ele. Informações dão conta de que Sarney mandou seu jornal priorizar notícias negativas sobre presidenta.

O intuito e desgastá-la mais ainda, criando um ambiente propício para o golpe.
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Mensagem por Jamm Sáb Mar 07, 2015 8:49 pm

Veja trechos da acusação de corrupção contra Roseana e Lobão


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O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em delação premiada, que em 2010 mandou entregar R$ 2 milhões em espécie para a campanha à reeleição da governadora do Maranhão Roseana Sarney, a pedido do então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. De acordo com Paulo Roberto, ele se reuniu pessoalmente com Lobão, que teria lhe feito o pedido.

Paulo Roberto declarou ainda que se encontrou várias vezes com Roseana, seja no Palácio dos Leões, sede do governo do Maranhão, ou na casa da própria Roseana. E que, nas reuniões onde estavam apenas os dois, ela sempre perguntava se estava tudo acertado: “As tratativas da governadora em relação ao pagamento de propina para o abastecimento de sua campanha eram breves e se restringia a perguntas se estava tudo acertado”.

LOBÃO

Um dos executivos da empreiteira Camargo Corrêa que passou a colaborar com as investigações da Operação Lava Jato disse a procuradores que o senador Edison Lobão (PMDB-MA) pediu e recebeu cerca de R$ 10 milhões de propina da empresa em 2011, quando ela foi contratada para participar da construção da usina de Belo Monte.

À época, Lobão era ministro das Minas e Energia do governo de Dilma Rousseff. O nome do então ministro já havia sido citado nas delações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.

Youssef dizia na carceragem da PF em Curitiba que Lobão era o “chefe” do esquema de desvios na Petrobras, segundo advogados ouvidos pela Folha.

O executivo da Camargo, Dalton Avancini, fez o relato sobre a suposta propina paga a Lobão durante as negociações com procuradores para o acordo de delação. Ele também citou que houve trataiva sobre suborno na contratação da Camargo para fazer a usina atômica Angra 3.

O pagamento a Lobão, segundo Avancini, ocorreu em 2011, ano em que a Camargo Corrêa foi contratada pela Norte Energia junto com outras nove empreiteiras para fazer as obras civis da hidrelétrica por R$ 13,8 bilhões. Aparte da Camargo Corrêa no consórcio corresponde a R$ 2,2 bilhões. A usina toda está orçada em R$ 19 bilhões; o valor inclui turbinas e outros equipamentos.

Recorte: Revista Péssima
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Mensagem por Questao Dom Mar 08, 2015 4:09 pm

tomara que vá todo mundo em cana

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Mensagem por Jamm Seg Mar 09, 2015 4:37 pm

Sarney diz que Janot agiu por ‘vingança’ ao incluir o nome de Roseana em lista

Por Oswaldo Viviani

O ex-presidente da República e ex-senador José Sarney (PMDB-MA) acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de agir por “vingança” contra ele, ao incluir o nome da ex-governadora Roseana Sarney no “listão” de políticos a serem investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no “propinoduto” da Petrobras (Operação Lava Jato). Na sexta-feira (6), o STF divulgou que vai abrir inquérito para investigar 47 políticos, entre eles Roseana Sarney.

Segundo José Sarney escreveu ontem (Cool em sua coluna no jornal “O Estado do Maranhão”, de sua propriedade, o motivo da vingança de Janot seria a recusa, pelo Senado, da aprovação do nome do procurador Nicolau Dino – irmão do atual governador maranhense Flávio Dino (PC do B), adversário político do grupo Sarney – no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

“Um cabeça coroada do órgão [MPF], cérebro e braço direito do dr. Janot, foi recusado para o CNMP. Agora, o dr.Janot, em solidariedade ao colega, coloca mal a instituição MP. Como vem fazendo desde a última eleição, quando pediu intervenção federal no Maranhão e perseguiu a governadora Roseana Sarney no episódio de Pedrinhas, resolve vingar-se de mim, atribuindo-me a culpa pela recusa do amigo”, escreveu Sarney.

No artigo, intitulado “As marcas do fanatismo”, Sarney fala, ainda, de “injustiça” contra ele e Roseana e defende a filha: “Ela nunca foi à Petrobras, nunca teve nenhuma relação com o sr. Paulo Roberto Costa, nunca teve nenhum pleito na Petrobras por firmas ou pessoas”.

De acordo com o pedido de instauração de inquérito do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou, em delação premiada, que em 2010 mandou entregar R$ 2 milhões em espécie para a campanha à reeleição da governadora do Maranhão Roseana Sarney, a pedido do então ministro de Minas e Energia Edison Lobão.

O pedido de Zavascki foi baseado em denúncia do procurador-geral Rodrigo Janot.

DINO – Em resposta a José Sarney, sem citar o nome nem o artigo do senador, o governador Flávio Dino manifestou-se no Twitter: “Dedico-me a governar o Maranhão, tentando superar a herança maldita deixada por Roseana Sarney e seu grupo. Quem tem problemas com a Polícia Federal que os resolva”.

E completou: “Afirmar ou insinuar que eu controlo a atuação do procurador-geral da República, além de sinal de desespero, agride a instituição MP. Tentar ‘politizar’ uma investigação séria é ridículo. O problema de Roseana e Lobão é com a Polícia Federal, o Ministério Público e o Supremo”.
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Mensagem por Jamm Qua Mar 11, 2015 11:03 am

Supremo autoriza diligências da PF para investigar Roseana e Lobão

BEATRIZ BULLA E ANDREZA MATAIS – O ESTADO DE S. PAULO

Brasília – As primeiras autorizações para que a Polícia Federal cumpra diligências de investigação de políticos supostamente envolvidos na Operação Lava Jato já começaram a sair do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Teori Zavascki, relator dos casos na Corte, assinou as autorizações na última sexta-feira, 6, mas só nesta semana as solicitações feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para que sejam colhidos indícios da participação de parlamentares e autoridades no esquema de corrupção da Petrobras começaram a ser encaminhados à PF.

Um dos casos que já foi remetido à PF é o inquérito que investiga a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney e o senador Edison Lobão (PMDB). Segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, Roseana recebeu R$ 2 milhões para sua campanha eleitoral de 2010, a pedido de Lobão, então ministro da Minas e Energia. Lobão e Roseana são investigados de forma conjunta em um inquérito por suposta prática de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro.

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Em delação premiada, Costa diz não se recordar se a reunião em que o pagamento foi acertado ocorreu no próprio ministério ou na residência de Lobão, em Brasília.

Para que as investigações do caso sejam feitas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que a polícia colha depoimentos de Julio Camargo, da Toyo Setal, além de ouvir Roseana e Lobão. O procurador quer também imagens da entrada do Hotel Blue Tree, em São Paulo, no ano de 2010, onde o doleiro Alberto Youssef disse ter feito um pagamento a beneficiário desconhecido no valor de R$ 2 milhões.

Também foram solicitados os registros de viagens de Paulo Roberto Costa, pela Petrobras, ao Maranhão, para verificar os encontros com Roseana Sarney; os registros de reuniões do governo do Estado na época; e a agenda de reuniões de Lobão de 2010 além das entradas no Ministério de Minas e Energia.

Na última sexta-feira, Teori Zavascki autorizou a abertura de inquérito para investigar, perante a Corte, 49 pessoas, entre elas os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Depois de colhidos os indícios necessários, a procuradoria decide se oferece uma denúncia ao STF – acusação formal para que se abra uma ação penal – ou se pede o arquivamento da investigação.
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