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Família de escrivã morta em delegacia vai processar governo do Maranhão

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Mensagem por Questao Qua maio 28, 2014 3:08 pm

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A família da escrivã Loane Maranhão Thé, morta nessa quinta-feira (15) ao ser apunhalada no pescoço por Francisco Alves que é suspeito de estupro e prestava depoimento na Delegacia da Mulher no Maranhão, revelou que vai processar o Governo do Estado do Maranhão pelo crime. Para o tio da vítima e advogado da família, Nazareno Thé, o estado deveria ter dado a segurança mínima para que a policial trabalhasse e, por isso, deve ser responsabilizado porque ela foi morta em seu local de trabalho. Francisco Alves foi intimado a depor após as suas duas filhas, de 15 e 17 anos, terem procurado a polícia para relatar que sofriam abuso sexual desde que tinham 9 e 10 anos.

Para o advogado houve negligência nos procedimentos policiais. “Primeiro ela não poderia colher depoimento. Isso é uma atribuição exclusiva do delegado do distrito. Para ela, como escrivã, caberia apenas acompanhar o delegado durante o procedimento e coletar as informações para colocá-las em forma de documento”, disse Nazareno.
O advogado aponta ainda falhas pelo fato do suspeito não ter sido revistado antes de entrar na sala para prestar depoimento. “Ele foi intimado e compareceu a Delegacia da Mulher de Caxias para prestar esclarecimentos sobre a acusação do crime de estupro contra duas filhas. Uma pessoa dessa deveria ser tratada com cautela e o delegado deveria estar presente para comandar o depoimento, assim como outro agente deveria revistá-lo na porta de entrada da delegacia”, afirmou.
Advogado e tio da vítima, Nazareno Thé, diz que família deve processar o Governo do Maranhão (Foto: Gil Oliveira/ G1 PI)

o tio da vitima vai trabalhar como advogado de acusação do suspeito.  “Contra ele não queremos uma vingança pessoal, apenas buscaremos uma punição exemplar para que passe um bom tempo na cadeia refletindo sobre as coisas ruins que fez. Pediremos uma punição pelos dois crimes, o homicídio duplamente qualificado com requintes de crueldade, já que ele desferiu um golpe no pescoço e no coração dela, e deve responder também pela tentativa de homicídio contra a outra investigadora que foi ferida durante a fuga dele da delegacia”, contou.
O delegado regional de Caxias, Celso Álvares Rocha, confirmou que no momento do crime a escrivã estava sozinha com o suspeito e que é comum um agente colher depoimento, apesar do procedimento não estar correto. “A delegada e o policial de plantão estavam no prédio, enquanto a escrivã conversava com o suspeito em uma sala separada. Essa é uma prática casual em muitas delegacias, às vezes um depoimento é colhido sem a presença do delegado”, afirmou Celso.
Sobre o fato do suspeito não ter sido revistado antes de entrar na sala com a escrivã, o delegado destacou ser inconstitucional abordar uma pessoa que foi apenas intimada a prestar depoimento e compareceu por conta própria a delegacia. “Ele não tinha passagens pela polícia e nós não temos essa prática de revistar pessoas intimadas”, revelou o delegado.

Ainda de acordo com Celso Rocha, Francisco Alves da Costa confessou o crime e disse que golpeou a escrivã de surpresa por medo de ser preso. “Ele contou que ela não fez nada para provocá-lo e estava apenas começando a fazer as perguntas e ficou com medo de ser preso. É comum em cidades do interior e nas comunidades da região as pessoas andarem com um canivete ou faca”, relatou Celso.
Depois de preso, o suspeito foi levado para a Central de Custódia de Caxias, onde está à disposição da Justiça. O inquérito que vai apurar o crime já está instaurado pelo delegado e algumas pessoas envolvidas foram ouvidas. “Já temos alguns depoimentos, inclusive do acusado, e vamos ouvir ainda hoje a policial ferida no momento que ele saía da delegacia. Ela estava internada, mas já recebeu alta médica. A delegada do distrito e as outras testemunhas serão ouvidas a partir da segunda-feira (19)”, disse o delegado.
Em nota, o superintendente de Polícia Civil do interior do estado do Maranhão, Jair Lima de Paiva Júnior, disse que todos os procedimentos administrativos já foram tomados para investiga se houve falha de conduta de servidores dentro da Delegacia da Mulher em Caxias.
Jair Lima informou também que todos os policiais civis são submetidos a treinamento e preparados para determinadas situações. Ainda de acordo com a nota, a Corregedoria Geral de Segurança Pública do Maranhão vai acompanhar as investigações.

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Mensagem por marcelo l. Qua maio 28, 2014 4:12 pm

Nem vou dizer que conheci um escrivão que por sorte não morreu, mas tem uma cicatriz por isso, depois de "imobilizar" o agressor, ele foi falar com policiais que informaram o meliante tinha sido bem revistado.

O problema é que você fica em uma sala sozinho com uma pessoa, louco em alguns casos que consegue fazer até de uma caneta uma arma, apesar da notícia eu acho que ela não estava sozinha pelo que me lembro teve uma investigadora também ferida.
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Mensagem por Jamm Ter Jun 10, 2014 9:38 am

situação triste. é justa a ação movida pela família.
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Mensagem por marcelo l. Ter Jun 10, 2014 10:18 am

Olhando o caso concreto, é raro pessoas que se apresentam a delegacia para prestar depoimento e são revistadas, mesmo na posição que tenha realizado um delito, a revista é usada para quem vem preso.
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