MPF pede anulação de concurso da Aeronáutica para padres e pastor

09 de outubro de 2010 | 0h 00
- O Estado de S.Paulo

O Ministério Público Federal no Distrito Federal pediu à Justiça que anule um concurso lançado pela Aeronáutica para a seleção de três padres e um pastor evangélico para servirem como capelães. De acordo com a procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira, autora da ação, a contratação desrespeita o princípio da Constituição segundo o qual o Estado deve ser laico e não privilegiar duas religiões em detrimento de outras.

"Pelo contrário, a laicidade impõe que o Estado se mantenha neutro em relação às diferentes concepções religiosas presentes na sociedade, sendo-lhe vedado tomar partido em questões de fé, bem como buscar o favorecimento ou o embaraço de qualquer crença", afirma a procuradora. Ela quer que a Justiça conceda uma liminar para suspender o concurso, que está com as inscrições encerradas. O salário previsto para os sacerdotes é de R$ 4.590 por mês.


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não entendi o problema,não pode ser sacerdote? mas não tem uma função militar para religiosos? não pode entrar então ninguem formado em teologia,ou budista ja que todo o budista tem obrigação de ser sacerdote

que hipocrisia do caramba até na china comunista é diferente,monge shaolin pode ser do exercito porque cristão não?

sinceramente a entrada deles não ofende NENHUMA lei,inclusive cabe uma ação DELES contra o estado já que na lei de racismo diz que é NEGAR direitos baseados em raça,nacionalidade,região,sexo,e opção RELIGIOSA,você nega o direito de um cara ser soldado somente baseado no preconceito

mas isso não é surpresa os militares sempre foram p da vida com sacerdotes,torturavam padres e pastores na ditadura por ajudar os "subversivos",os padres pararam pq a igreja catolica caiu em cima,mas os evangelicos não na epoca da ditadura

mas eu tinha pensado que as coisas haviam mudado

Questao escreveu:não entendi o problema,não pode ser sacerdote? mas não tem uma função militar para religiosos? não pode entrar então ninguem formado em teologia,ou budista ja que todo o budista tem obrigação de ser sacerdote

que hipocrisia do caramba até na china comunista é diferente,monge shaolin pode ser do exercito porque cristão não?

sinceramente a entrada deles não ofende NENHUMA lei,inclusive cabe uma ação DELES contra o estado já que na lei de racismo diz que é NEGAR direitos baseados em raça,nacionalidade,região,sexo,e opção RELIGIOSA,você nega o direito de um cara ser soldado somente baseado no preconceito

mas isso não é surpresa os militares sempre foram p da vida com sacerdotes,torturavam padres e pastores na ditadura por ajudar os "subversivos",os padres pararam pq a igreja catolica caiu em cima,mas os evangelicos não na epoca da ditadura

mas eu tinha pensado que as coisas haviam mudado

Acho que tu não entendeu... qualquer padre, pastor, pai-de-santo, monge, bruxa wicca, ou ateu pode entrar em concurso das Forças Armadas e ser desde cabo até oficial, sem problema, chegando até a general como qualquer outro cidadão ou cidadã pode fazer. Nenhum direito foi negado a eles. Mas aí eles têm que entrar como qualquer outro, sem nenhum status especial por serem desta ou daquela religião.

O caso citado na notícia é a de contratação de sacerdotes para exercer a função de religiosos. Ou seja, o governo pagando para religiosos, o que vai contra a laicidade do estado brasileiro.

Dentro das FA existiram até agora os capelães, que são padres trabalhando a serviço do governo. Algo que poderia ser considerado inconstitucional, mas que foi tolerado e ignorado até agora, só Deus deve saber por que. Essa função pode ter feito muito sentido no passado, quando o império brasileiro empregava padres e outros membros da igreja em funções do estado e muitas vezes não se sabia onde terminava a religião e começava a política, ou vice-versa. Mas desde que o Brasil república é considerado estado laico, o governo não tem mais direito de se intrometer nos assuntos de qualquer igreja, e o oposto também.

Postei essa notícia exatamente porque vi de perto e sempre estranhei essa situação, sempre curiosei por que ninguém questionava isso. Pelo que entendi, vi e concluí, existe uma guerra caótica e silenciosa acontecendo dentro das Forças Armadas, onde entram na equação:
1) os velhos conservadores que querem que tudo permaneça como está e que o Catolicismo continue sendo a "religião oficial" dos militares;
2) sargentos e oficiais evangélicos que querem representatividade, montando cultos evangélicos cada vez que acontece uma missa em um evento comemorativo;
3) seguidores de outras religiões (principalmente Espiritismo e cultos afro-brasileiros) que não estão representados e não sabem o que fazer (nem SE devem fazer alguma coisa);
4) ateus que acham absurdo um estado laico contratar sacerdotes e financiar eventos religiosos com dinheiro público;
E finalmente, 5) militares verdadeiros profissionais, religiosos ou não, que acham que a religião ou ausência dela não deveria fazer parte da rotina e das preocupações das Forças Armadas.

As FA tradicionalmente são uma das instituições que mais demoram pra refletir as mudanças da sociedade, então elas provavelmente ainda não perceberam que o Catolicismo não é mais religião oficial do Brasil, e que a maioria dos soldados e outros militares não exigem mais um padre no quartel pra se confessar (inclusive boa parte desses soldados hoje são evangélicos e não precisam mesmo de um padre) e que hoje tem gente querendo fazer valer o que está na Constituição, de que o Brasil é um estado laico. Nesse contexto, a própria existência do cargo de capelão é um anacronismo que na minha opinião até que demorou para ser questionado e discutido.

os capelões existem porque é uma tradição de TODAS as forças armadas aceitarem membros de religiões,faz parte da moral das forças militares durante a ditadura eles foram meio que afastads mesmo assim não vejo como inconstitucional já que o trabalho de sacerdote como pastor não é vinculado a nenhum governo e cada igreja é independente da outra,posso entender um pouco um padre porque ele é vinculado ao vaticano que é um país

mesmo assim entraria na justiça e se fosse um país serio ganharia uma bela grana

Muitas igrejas católicas são sustentadas pelas prefeituras. Quer mais irregularidade do que isso?

Não sei se foi na constituição federal que eu li que a liberdade de culto seria assegurada nas instituições militares, (ou algo do tipo, vou tentar achar).

Mas acho errado alguém ser admitido específicamente para essa função, (quando vai ser o concurso pra pai de santo? E pra rabino?)

Pelo que eu entendi, sempre existiu um concurso pra capelão, e pelo salário parece ser um cargo equivalente a de oficial. Isso é verdade?

Não gosto disso não, o Capelão ou deveria ser de dentro das forças armadas e prestar concurso, ou um contratado temporariamente.

E qual a qualificação dessas pessoas, o padre deve ser um padre católico mesmo? E o pastor, ele deveria ser no mínimo formado em teologia. É esse o caso?

Tenho a impressão de que essa é uma enorme caixa-preta que ninguém nunca abriu...

no caso dos pastores cada igreja tme liberdade de escolher,eles fazem uma prova,mas antes disso devem fazer escola dominical,depois devem fazer a consolidação,ai depois fazem um teste entre os pastores para evoluir na ordem jedi auhuahua mas a maioria das igrejas exige que eles façam um curso de teologia que não é caro de se fazer tem varios criados por igrejas que são inclusive gratuitos e reconhecidos

Num seria mais fácil liberar as criatura para assistirem aos cultos fora do quartel??? apesar de ser cristão, concordo que todos deveriam ter uma representação lá dentro, e não apenas 2 variações do cristianismo! O sargento Tainha sempre liberava um passe pra rapaziada nos fins de semana e não estou falando de passe espiritual!

krwel escreveu:Num seria mais fácil liberar as criatura para assistirem aos cultos fora do quartel??? apesar de ser cristão, concordo que todos deveriam ter uma representação lá dentro, e não apenas 2 variações do cristianismo! O sargento Tainha sempre liberava um passe pra rapaziada nos fins de semana e não estou falando de passe espiritual!

A diferença é que se espera que o capelão vá pra campo junto com os soldados, não basta dar moral pra tropa só no quartel, o problema é como fazer isso aqui no Brasil onde existem tantas religiões que muita gente chega a "seguir" duas ou três, nesse caso precisaria ter quase tantos cepelões quanto soldados. Ou se cria um curso de capelão, onde o sujeito precisa entender sobre cada uma dessas crenças e poder dar apoio espiritual pra cada um deles, claro que não vai ter o mesmo efeito, já que o soldado sabe que o sujeito não é um sacerdote.

Essa é uma discussão antiga no direito, só era tolerado por que antes era dito que 90% era católico, nunca fez muito sentido por que os capelães segundo consta ainda ficam localizados nos grandes centros onde os membros das forças armadas tem toda a condição de escolher o seu local de culto.

Na verdade o que se debate é que ter capelão é uma intromissão do Estado na fé e não o contrário, já que impede a liberdade religiosa ao escolher que determinado membro pode ser capelão e outro não.