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França e Grã Bretanha abrem caminho para bombardear Estado Islâmico na Síria

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França e Grã Bretanha abrem caminho para bombardear Estado Islâmico na Síria Empty França e Grã Bretanha abrem caminho para bombardear Estado Islâmico na Síria

Mensagem por Koppe Ter Set 08, 2015 12:35 am

Por Por Philippe RATER | AFP – 6 horas atrás

Frente ao risco de atentados ordenados a partir da Síria, França e Grã-Bretanha estudavam a realização de ataques aéreos contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) naquele país, onde Londres realizou um primeiro ataque com drone no fim de agosto.

A França realizará, a partir desta terça-feira, "vôos de reconhecimento sobre a Síria", anunciou o presidente François Hollande. "Eles permitirão planejar bombardeios contra o EI preservando nossa autonomia de ação e decisão", disse Hollande em entrevista coletiva.

"O que queremos na Síria é conhecer, saber o que está sendo preparado contra nós e o que se faz contra a população síria", indicou Hollande, no momento em que a Europa enfrenta a pior crise migratória desde o fim da Segunda Guerra Mundial, que inclui a chegada em massa de imigrantes sírios.

O objetivo principal da França é reduzir a ameaça de novos atentados em seu território. O sobrevôo da Síria deverá permitir aos serviços franceses a coleta de dados sobre os centros de treinamento e decisão do EI na Síria.

Londres invocou ontem as mesmas razões de segurança, revelando ter dirigido um primeiro bombardeio à Síria no último dia 21 de agosto.

Três jihadistas, incluindo dois britânicos, foram mortos "durante um bombardeio preparado meticulosamente e realizado por um drone RAP", anunciou aos deputados o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

"Não havia alternativa, uma vez que estas pessoas estavam recrutando e preparando ataques bárbaros" contra o Ocidente, afirmou. "Naquela região, não existe nenhum governo com o qual possamos trabalhar."

'Irrealista'

Em setembro de 2014, o parlamento britânico aprovou o bombardeio ao Iraque, mas não à Síria, um ano após votar contra o pedido de intervenção na Síria feito por Cameron. Este último confirmou ontem que tentará obter o apoio dos deputados para ampliar os bombardeios à Síria.

Esta tarde, Hollande e Cameron tiveram uma conversa telefônica em que abordaram o tema da Síria "e o reforço das ações de França e Grã-Bretanha para coordenar a luta contra o EI e trabalhar paralelamente para uma transição política ordenada", informou o governo francês.

A França, que participa há um ano dos bombardeios da coalizão internacional no Iraque, havia rechaçado, até então, fazer o mesmo na Síria, por considerar que bombardear o grupo jihadista poderia fortalecer o regime sírio, devido à ausência de uma alternativa moderada.

Hollande descartou, no entanto, uma operação terrestre de tropas francesas na Síria, opção que julgou "inconseqüente e irrealista". "Irrealista porque seríamos os únicos, e inconseqüente porque seria transformar uma operação em força de ocupação", explicou.

"No Iraque, cabe aos iraquianos realizar estas operações; na Síria, cabe aos sírios que participam da rebelião, mas também aos países vizinhos, às forças regionais, assumir suas responsabilidades", assinalou.

Vários elementos influenciaram a mudança de posição da França. "É um gesto político em relação aos aliados, para quem se deve bombardear o EI em primeiro lugar, para, depois, resolver o problema do governo sírio", considerou o ex-militar Jean-Claude Allard, diretor de pesquisas do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas (Iris) em Paris.

Outro elemento para explicar a mudança de posição francesa é que países árabes participam dos bombardeios na Síria, principalmente os do Golfo.

Para Paris, era difícil ignorar a intervenção destes países na Síria, que tem um objetivo duplo: atacar o EI e, também, Assad, seu principal adversário na região, e que conta com o apoio do Irã.

A mudança de estratégia francesa também sugere uma resposta imediata à crise dos migrantes. "Talvez seja uma resposta direta para esta tragédia, mas chega um pouco tarde. Bombardeios não bastarão para resolver o problema", assinalou Myriam Benraad, especialista do Centro de Pesquisas Internacionais (Ceri) do Instituto de Ciências Políticas de Paris.

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