Diários da Presidência - FHC

Penso esse deve ser um livraço.
Digo isso não a partir de orientação ideológica A ou B ou por qualquer simpatia partidária que seja.
Digo isso três motivos.
Em primeiro lugar, porque FHC parece ser um bom escritor.
Em segundo lugar, porque ele é obviamente uma pessoa importante.
Em terceiro lugar, porque ele é uma janela interessantíssima para fatos ligados ao poder e é uma ótima perspectiva da aspectos da história contemporânea do Brasil.
Livros de memórias ou depoimentos de políticos, diplomatas, militares, aventureiros e outros tipos de personagens podem ser muito interessantes.
Lanterna na Popa é um grande exemplo de livro desse gênero no Brasil.
Há também grandes clássicos como as memórias do Casanova e de Talleyrand.
Esses são muito extensos, mas um leitor pode selecionar trechos que mais o interesse.
O arquipélago Gulag e Papillon são outros bons e grandes exemplos com a interessante diferença de que um é injustamente perseguido e outro não é uma figura nada inocente, mas que passa ao final por uma espécie de transformação.
Capitão Burton e Heirich Heine também devem ter páginas interessantes.
Por que não acrescente Amir Klink à lista?
Mas aí acabou-se por sair bastante da linha dos políticos e diplomatas.
Para voltar a essa linha, pode-se lembrar de Churchill ou Kissinger.
Ainda é possível recorrer a fontes indiretas com uma figura como um biógrafo que consegue ser um grande escritor como um Stephan Zweig. Leonardo Padura disse no roda-viva que um dos livros preferidos dos presos políticos de Cuba é o livro que esse autor escreveu sobre Fouché.