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Bancoop - desviados mais de R$ 100 milhões, prejudicando mais de 3 mil famílias

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Mensagem por marcelo l. Qua Nov 04, 2015 4:56 pm

SÃO PAULO - Em depoimento de cerca de duas horas e meia à Justiça de São Paulo, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Netto negou nesta quarta-feira a existência de esquema de desvio de dinheiro na Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) para abastecer o caixa do PT.

O depoimento de Vaccari, que está preso desde abril em Curitiba por causa da Operação Lava-Jato, não convenceu o promotor José Carlos Blat, que investiga irregularidades na Bancoop.

— O esquema Bancoop serviu de embrião para outras esquemas criminosos que a gente viu. Foram desviados mais de R$ 100 milhões da Bancoop, prejudicando mais de 3 mil famílias, para abastecer um esquema político — afirmou Blat.

Para o promotor, não há dúvida dos desvios na cooperativa.

— A Bancoop era uma cooperativa que se transformou numa organização criminosa. Foram formadas várias empresas fantasmas. E dessas empresas fantasmas sagraram os cofres da cooperativa em detrimento dos cooperados. E fomentaram não só o bolso de diretores como também campanhas político-partidárias.

O advogado do ex-tesoureiro do PT, Luiz Flávio Borges D’Urso, rebateu o promotor e disse que seu cliente negou desviou de recursos da Bancoop para partidos.

— Vaccari negou (transferência para partidos). Nunca (houve doação ao PT). Inexiste doações a partidos políticos. Isso é sonho do Ministro Público. Isso foi dito insistentemente no início do processo e hoje o MP não sustenta — disse D’Urso.

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De acordo com o defensor, as acusações que constam na ação proposta pelo Ministério Público não se sustentam.

— Construíram uma acusação absolutamente improcedente contra a Bancoop e contra Vaccari. Não existiram desvios.

A juíza Cristina Balbone Costa, da 5ª Vara Criminal de SP, indeferiu o pedido da defesa para adiar a audiência de hoje. No pedido para adiar o depoimento, a defesa do ex-tesoureiro alegou que o MP incluiu um laudo financeiro ao processo na semana passada e ainda não teve tempo para analisá-lo. O documento já fazia parte da ação. Contudo, por um erro, teve que ser refeito. O laudo foi anexado ao processo na semana passada.

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Vaccari prestou depoimento no fórum da Barra Funda, em São Paulo. O processo corre em segredo de Justiça. Hoje é o último dia das audiência dos reús da ação. Além de Vaccari, estavam previstos outros cinco depoimentos, todos de ex-dirigentes ligado ao Bancoop: Ana Maria Érnica (diretora do sindicato dos bancários e diretora da Bancoop), Tomas Edson Botelho (diretor da Bancoop), Leticya Achur (advogada da Bancoop), Henir Rodrigo de Oliveira (mulher de Tomas) e Helena da Conceição Pereira Lages (diretora da cooperativa). Outros quatro acusados já morreram.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, houve desvios nas finanças da Bancoop para financiar o caixa de partidos políticos durante o período que Vaccari presidiu a instituição, entre 1999 e 2009. O ex-tesoureiro do PT foi denunciado em 2010, mas a ação só foi aberta este ano.

Uma das vítimas da Bancoop, o cooperado Marco Migliaccio reclama da tentativa da defesa de adiar o processo.

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— Estamos acompanhando esta história há mais de dez anos sem uma solução. O que foi feito é um roubo de mais de 5 mil cooperados. Desde que o Vaccari assumiu a presidência da Bancoop, em 2005, o que vimos foi uma sucessão de fraudes — diz o cooperado.

Durante a gestão do ex-tesoureiro do PT, o Bancoop foi à falência após registrar perdas superiores a R$ 100 milhões. A falência paralisou obras tocadas pela cooperativa, mas segundo a denúncia do MP paulista dirigentes ligados ao PT conseguiram receber os imóveis dentro dos prazos.

O ex-tesoureiro do PT embarcou de Curitiba para São Paulo pela manhã, por volta das 8h30, e seguiu direto para o fórum, onde aguardou numa sala reservada aos réus da ação. Além da audiência, está previsto um novo depoimento ao MP de São Paulo, que também será realizado no fórum, relativo a desdobramentos da investigação sobre a Bancoop. Os custos da viagem serão pagos pelas partes do processo no final da ação.



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Curiossamente as famílias que não foram prejudicadas conhecidas até agora são a de imóveis ligado ao atual e ex-presidentes da CUT, inclusive o Lula que coincidência estranha.
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