Sobre algozes, lençóis e vítimas

Namorada de dono de academia morto no RJ é presa

Elen Cury foi presa na noite desta quinta-feira (12).
Parentes de Felipe insultaram a suspeita em rede social.

A namorada do dono de uma academia em Mesquita, assassinado no fim de outubro, Elen Cury, foi presa por policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense na noite desta quinta-feira (12). A delegacia especializada investiga a morte do jovem Felipe Lavina Machado, de 27 anos, levado de casa por criminosos e atingido por três tiros na cabeça.
O envolvimento da namorada no crime ainda não foi esclarecido pela delegacia. Na época da morte do empresário, amigos de Elen lamentaram o crime. Nesta quinta, no entanto, familiares do rapaz acusaram a jovem “Destruiu os sonhos do meu sobrinho sua cachorra”, disse uma mulher que se identificou como tia de Felipe.

Na capa da página de Elen na rede social, há uma foto dela e de Felipe e na foto do perfil a mensagem: “Às vezes Deus nos leva ao nosso limite. E SABE PORQUE? É porque Ele tem mais fé em nós do que nós mesmos”.
O empresário foi assassinado a tiros no dia 26 de outubro. Segundo a namorada, eles  estavam dormindo quando foram acordados por três homens armados. Segundo a polícia, não havia sinais de arrombamento na casa e os suspeitos estavam em busca de um cofre onde o dinheiro roubado estava guardado. Além dos R$ 10 mil, os ladrões levaram roupas e celulares.

O casal foi colocado no carro do irmão de Felipe e levado até Nova Iguaçu, também na Baixada. Os ladrões andaram cerca de 3 km com o casal e pediram que eles descessem do carro.
A namorada de Felipe teve os olhos tapados e o empresário foi morto. Depois, a namorada dele levou coronhadas e foi abandonada com o carro. Felipe era dono de uma academia em Mesquita. Um dos sócios dele lamentou a tragédia em uma rede social.

O empresário morava em cima da casa dos pais, mas as residências eram separadas. Segundo a polícia, a porta estava destrancada quando os ladrões chegaram. Em depoimento, a namorada chegou a dizer ao delegado que os assaltantes sabiam muitos detalhes sobre os dois: os nomes, os carros que eles tinham e ainda a existência do cofre com dinheiro. Na semana passada um adolescente foi apreendido suspeito de envolvimento no caso.

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/11/namorada-de-dono-de-academia-morto-no-rj-e-presa.html

Há poucas semanas ainda houve o lamentável caso da Larissa Gonçalves.
Que coisa, não?
É difícil se deparar com a repetição desse tipo de caso de não decrescer um pouco mais na escala do pessimismo.
A verdade é que ninguém deveria confiar cem porcento em ninguém.
Você não precisa se transformar num paranoico, mas deveria sempre ficar atento a sinais que eventualmente apareçam. 
Sem dúvida, a namorada desse caso e o namorado do outro caso, devem ter dado algum sinal de que algo assim poderia em algum momento ocorrer.
Mas é claro que é preciso ter muita presença de espírito para perceber isso na hora certa. E é claro também que uma pessoa pode se enganar terrivelmente em relação a essa possibilidade até porque a imensa maioria das pessoas pode não ser santa, mas não está disposta a fazer uma coisa dessas. Por isso, a grande maioria das pessoas vai sempre ficar desatenta o tempo inteiro a essa possibilidade.

Como perceber e prever que uma pessoa ao seu lado possa vir a cometer esse tipo de coisa?
É bem difícil.
Mas você pode utilizar sua intuição psicológica para ir percebendo como são as pessoas que convivem com você.
É claro que isso não é totalmente seguro, mas pode ser uma boa pista.
Eu já terminei com uma namorada antiga, do meus idos vinte anos, porque eu fui percebendo aos poucos que ela era uma pessoa de mau caráter, mas ela não chegou a fazer nada de errado comigo pelo menos que eu tenha ficado sabendo.
Eu também já tive amigos que me pareciam mau caráter dos quais ia deixando que a vida nos apartasse.
Também não fiquei sabendo nada de legalmente relevante sobre ela. Acredito que não houvesse, mas havia sim alguns pequenos gestos aqui, outros acolá com parentes e pessoas próximas que eram para lá contestáveis.
Seria possível que eu realmente estivesse certo a respeito dela, mas poderia ficar sessenta ou setenta anos ao lado dela sem que ela fizesse nada de errado comigo?
Pode ser que sim, mas não estava disposto a correr esse risco.
Não tive muitas namoradas, mas tive algumas.
Graças a Deus, nenhuma delas era perfeita, mas a maioria eram pessoas de bem. Uma ou outra talvez não fosse.
A maioria dos amigos que tive também eram pessoas de bem, apesar de não serem perfeitos.
Quando alguém chega à conclusão de que algum amigo ou namorada é uma pessoa que pode representar eventual perigo a seu patrimônio, saúde mental, saúde física, reputação e mesmo a sua vida, o que uma pessoa deve fazer?
Esse é todo um outro assunto.

Posso ter viajado e isso ter passado por mim, mas por que a menina foi presa, se "O envolvimento da namorada no crime ainda não foi esclarecido pela delegacia"?

Foi apenas pelas suspeitas?

Cara,
Muito bem reparado.
Eu realmente não vi isso.
Há três hipóteses possíveis que vislumbro no momento.
1. O texto está mal escrito.
2. Algum procedimento legal não está sendo observado adequadamente.
3. Devem existir muitos indícios de que ela esteja envolvida, mas não se sabe exatamente o que ela tenha feito ou deixado de fazer.
Inclino-me a achar sem poder dar justificativas para tal que uma mistura da primeira e terceira possibilidade seja o que tenha ocorrido.
Quem tem a mínima capacidade de crítica textual e acompanha o jornalismo dos portais de notícias brasileiros sabe que os melhores produtores de textos certamente não estão por lá.

Ler esses textos é uma sofrência!

Devem estar fazendo como o Sherlock Holmes, só vão revelar tudo no final.

Quando estou com paciência, leio esses textos bastante lentamente com o objetivo mais de treinar minhas habilidades de interpretação de texto, de língua portuguesa e de linguagem que para me informar a respeito dos acontecimentos.
Quando os textos são obviamente ruins, um leigo pode se dar ao luxo de se portar como um corretor. E o exercício dessa habilidade é muito boa para o aprimoramento das habilidades supracitadas.

Mas às vezes fica tão ambíguo ou incompleto que não dá pra saber realmente o que o jornalista queria dizer.