"O Homem que queria ser rei" - John Huston.

"O homem que queria ser rei" (The Man Who Would Be King), filme com roteiro e direção de John Huston e baseado no livro do escritor Rudyard Kipling.
Huston demorou anos para conseguir tirar do papel e levar às telas este belíssimo filme. Filme repleto de apontamentos aos iniciados da Ordem Maçônica.

Relendo algumas curiosidades sobre o filme descobri que ele pretendeu, inicialmente, outros atores para os papéis principais, como Clark. Gable, Robert. Redford, Paul Newman, Humprey Bogart, Kirk Douglas e Burt. Lancaster. Desses excetua-se Redford como não pertencendo a uma Loja Maçônica.
Dos atores que interpretaram as personagens principais do filme, Christopher Plummer, Sean Connery e Michael Caine, além do próprio Huston, todos são maçons.

O livro de Kipling (que também era maçom), era na verdade um opúsculo, narrava uma historieta sobre a conversa entre dois ex-integrantes do exército imperial britânico que, certa noite, trocavam reminiscências ao redor de uma fogueira. Da ideía original, Huston, constrói um filme deslumbrante e quase tão imponente quanto "Lawrence da Arábia" (dirigido por David Lean e com Peter O´Toole no papel principal). As locações são fantásticas e com fotografia impessionante. Tanto Connery quanto Caine tem atuações maravilhosas. Até mesmo o papel mais tímido, de Plummer, cresce com interpretação correta e eficaz.
Para profanos (não maçons), o filme diverte e expõe uma das melhores obras de Huston. Para os manos ele impressiona, pela multiplicidade e profusão pungente da pintura que faz da exposição dos simbolos e alegorias maçônicas.
Um filme que não me canso em rever.

Filme é excelente...grande interpretação do Michael Caine. Nem tem muito o que falar, roteiro, atores, efeitos tudo é perfeito.

Nunca vi o filme, mas recentemente li o conto (a quem interessar, este conto está nas bancas na coleção da Abril no livro "O Homem que Queria Ser Rei e Outras Histórias", de Rudyard Kipling).

Como não vi o filme, vou falar um pouco sobre o conto. Narra basicamente três encontros de um homem com um jornalista.
No primeiro, o homem (Peachey) pede que o jornalista transmita uma mensagem a um amigo, que tomaria o mesmo trem onde ele se embarcaria.
No segundo, Peachey e seu amigo (Dravot) contam ao jornalista seus planos: enfadados com a Índia (onde a história tomava lugar), rumariam para o norte, para tornarem-se reis do Kafiristão ("no canto de cima à direita do Afeganistão, a uns 500 quilômetros de Peshawar"). Sem levar muito a sério, o jornalista os ajuda, fornecendo as informações e mapas de que dispunha. Peachey e Dravot seguem então para o Kafiristão, levando consigo apenas um pacto: até tornarem-se reis, nada de bebidas nem mulheres.
No terceiro, Peachey revê o jornalista depois de alguns anos. Já moribundo, conta a odisséia que percorreu com seu companheiro no Kafiristão.

O conto é bastante interessante, escrito por um grande contista que descreveu a Índia para o ocidente como ninguém mais - Kipling era britânico, mas morou muito tempo na Índia. Além deste, escreveu ainda outros clássicos, como O Livro da Selva (contos do Mogli), Georgie Porgie e muitas outras histórias.

O Homem que Queria ser Rei ainda tem muitas coisas legais, o embate de culturas, a falsa idealização e, acima de tudo, a humanidade. Isso sem contar todo o clima maçônico em que a história se desenrola.

O filme entra para o inusual reino onde um filme consegue sair-me - plásticamente e narrativamente falando - melhor do que o conto em que foi baseado.
Cunhan, se você ainda não viu o filme veja-o e faça a comparação com o livro. Só as locações e alguns diálogos já valeriam a pena. No filme, o jornalista, domo do jornal, "Orient Star", e que é interpretado por Plummer, é vivido como se fosse o próprio Kipling.