A Estrada (The Road) 2009

Elenco: Viggo Mortensen, Robert Duvall, Charlize Theron, Kodi Smit-McPhee, Garret Dillahunt, Guy Pearce.

Direção: John Hillcoat
Gênero: Drama
Duração: 112 min.
Distribuidora: Paris Filmes


Sinopse:
The Road parte da premissa do romance em que se baseia: um pai (Mortensen) e seu jovem filho (Smit-McPhee) lutam pela sobrevivência alguns anos depois de um devastador e não especificado cataclisma que destruiu a civilização, matando as plantas e quase toda a vida animal, e encobrindo a luz do sol. Alguns poucos sobreviventes passaram a utilizar o canibalismo para sobreviver, e pai e filho tentam dirigir-se ao sul, na esperança de encontrar lugares mais quentes. Durante a caminhada, eles buscam por comida e enfrentam bandos de canibais que os caçam sem qualquer resquício de humanidade. O pai carrega um revólver, que está armado apenas com duas balas, guardadas para uma eventual necessidade de suicídio. Flashbacks e sonhos revelam sequências em que a esposa comete suicídio após ter o filho e perceber que o mundo está condenado.
Eventos ocorrem ao longo do caminho, gerando momentos de ansiedade para pai e filho. Após enfrentar uma gangue canibal, sua arma conserva apenas uma bala. Posteriormente, descobrem uma casa habitada por canibais, que mantêm pessoas vivas no porão para se alimentar delas. Após escapar dos canibais, os dois voltam à estrada e encontram um depósito de comida subterrâneo, onde se abastecem, mas não permanecem ali por muito tempo, pois o pai quer ir para longe, rumo ao sul. Encontram no caminho um homem cego e idoso (Duvall), e o filho encoraja e vence a relutância do pai em ajudá-lo por algum tempo, até sua partida. De volta à estrada, são roubados, mas conseguem apanhar o ladrão e o pai o força a se desnudar, dando-lhes todos os pertences, sob o protesto do filho, que tenta resgatar no pai os princípios que ele lhe transmitiu e que parece ter esquecido. Ao passar, depois, por uma cidade em ruínas, o pai é atacado por uma flecha e mata o atacante.
Durante o percurso, o pai tem persistentes hemoptises, e quando chegam ao litoral, já sem forças, ele morre, enfatizando para o filho o valor da sobrevivência através de princípios e da preservação do humanitarismo. Após a morte do pai, o filho encontra outra família— o pai, a mãe, duas crianças e um cão— que revelam estar algum tempo os seguindo, preocupados com eles. O filho confia e segue, então, com a nova famíla. (Fonte Wikipedia)

Trailer



Baseado no romance homônimo de Cormac McCarthy, aqui no Brasil publicado em 2007.



Foto recente do autor Cormac McCarthy, o maior autor americano da atualidade

Sou suspeitíssimo para falar tanto do filme quanto do autor. Atualmente, faço tese de doutoramento em literatura sobre a Trilogia da Fronteira.
O filme, mais do que qualquer reflexão sobre o pós-apocalipse, algo comum devido à proximidade com 2012, é uma linda história de amor entre pai e filho. O pai, representa a geração passada, que conhecia as cores do mundo, a felicidade, a noção de família, o abandono, as incertezas típicas do ser humano. O filho, representa a nova geração, que não conhece outra tonalidade além da cinza. A família é fragmentada, apenas o pai continua a luta pela vida. Ao contrário do que possa parecer, o filme reflete sobre as certezas restantes dos poucos sobreviventes do novo mundo: o fim está próximo.
Em um dos momentos mais comoventes, o pai, olhando para o filho, pensa: Se ele não for a palavra de Deus, então Deus nunca falou. O que restará depois da morte de todo mundo, da morte do filho? Deus irá se calar, pois não há esperança a não ser a amizade paternal.
Em outro momento, quando o homem encontra um velho, este diz pra ele: a morte irá perder o sentido quando não houver mais ninguém para ser morta.
Não lembro se está no filme ou no romance. Pra quem não leu, que sirva como incentivo.

Há rumores de que Meridiano Sangrento, segundo a crítica, o melhor romance de McCarthy está previsto para o ano que vem. Além dele, Cidades da Planície, o último volume da Trilogia da Fronteira, também tem previsão de sair.

Fonte:http://www.cormacmccarthy.com/

Cara! Que filme!

Eu sabia que tinha o livro mas desconhecia os demais... vou procurar os três!

Vocês que leram o livro, saberiam dizer se o filme peca muito em relação a este?

RedBaron1960 escreveu:Cara! Que filme!

Eu sabia que tinha o livro mas desconhecia os demais... vou procurar os três!

Vocês que leram o livro, saberiam dizer se o filme peca muito em relação a este?

Eu li. Está praticamente igual, considerando as diferenças entre as duas formas de expressão.
Se vc se refere aos três livros da trilogia, bom, o primeiro virou filme, mas foi uma adaptação infeliz com Matt Damon e Penelope Cruz. Foi mal feito e não está fiel ao romance, nem de longe. No Brasil, o nome do filme é Espírito selvagem (mas passe longe). O nome do primeiro é Todos os belos cavalos, o segundo, A travessia (meu predileto) e o terceiro, Cidades da planície, que virará filme em 2012.

ADOLFO FROTA escreveu:

RedBaron1960 escreveu:Cara! Que filme!

Eu sabia que tinha o livro mas desconhecia os demais... vou procurar os três!

Vocês que leram o livro, saberiam dizer se o filme peca muito em relação a este?

Eu li. Está praticamente igual, considerando as diferenças entre as duas formas de expressão.
Se vc se refere aos três livros da trilogia, bom, o primeiro virou filme, mas foi uma adaptação infeliz com Matt Damon e Penelope Cruz. Foi mal feito e não está fiel ao romance, nem de longe. No Brasil, o nome do filme é Espírito selvagem (mas passe longe). O nome do primeiro é Todos os belos cavalos, o segundo, A travessia (meu predileto) e o terceiro, Cidades da planície, que virará filme em 2012.

Obrigado... vou procurar aqui na biblioteca perto de casa!

Uma das grandes promessas para o Oscar. Uns dizem que é presença garantida, outros dizem que depende muito. Eu torço para que o filme faça presença e devido ao seu sucesso, estou louco para ler o livro. Temática muito bem abordada, por um profissional que fez um trabalho espetacular: John Hillcoat. Procurando informações.

luccasf escreveu:Uma das grandes promessas para o Oscar. Uns dizem que é presença garantida, outros dizem que depende muito. Eu torço para que o filme faça presença e devido ao seu sucesso, estou louco para ler o livro. Temática muito bem abordada, por um profissional que fez um trabalho espetacular: John Hillcoat. Procurando informações.

Tenho grandes expectativas também. O problema é se há alguma política em Hollywood para não premiar, seguidamente, dois trabalhos do mesmo autor.

ADOLFO FROTA escreveu:

luccasf escreveu:Uma das grandes promessas para o Oscar. Uns dizem que é presença garantida, outros dizem que depende muito. Eu torço para que o filme faça presença e devido ao seu sucesso, estou louco para ler o livro. Temática muito bem abordada, por um profissional que fez um trabalho espetacular: John Hillcoat. Procurando informações.

Tenho grandes expectativas também. O problema é se há alguma política em Hollywood para não premiar, seguidamente, dois trabalhos do mesmo autor.

Eu acho que a temática é o que pesa nesse sentido. Acho que não vai ter problema, e pelo que já saiu, dificilmente ele não vai estar presente na cerimônia.

Sinceramente, não por ser baseado no romance, mas as atuações do Virgo e do garotinho são dignos de Oscar, sem contar fotografia e filme!!!

ADOLFO FROTA escreveu:Sinceramente, não por ser baseado no romance, mas as atuações do Virgo e do garotinho são dignos de Oscar, sem contar fotografia e filme!!!

A fotografia é espetacular. Aqueles tons cinzentos com aquela iluminação, resultou num trabalho sensacional.
Gostei muito mesmo, e como eu disse, pelos filmes que já saíram ou que estão em produção, dificilmente vão conseguir ser superiores ao "A Estrada".

luccasf escreveu:

ADOLFO FROTA escreveu:Sinceramente, não por ser baseado no romance, mas as atuações do Virgo e do garotinho são dignos de Oscar, sem contar fotografia e filme!!!

A fotografia é espetacular. Aqueles tons cinzentos com aquela iluminação, resultou num trabalho sensacional.
Gostei muito mesmo, e como eu disse, pelos filmes que já saíram ou que estão em produção, dificilmente vão conseguir ser superiores ao "A Estrada".

Também tenho essa impressão. O Oscar me "preocupa" por causa de certas injustiças. Os trabalhos de Virgo e do garoto estão espetacular. O bom ator é aquele que te tira qualquer possibilidade de que o espectador imagine um outro ator fazendo o mesmo papel. Não consigo visualizar outro pai e filho a não ser os dois. Fotografia é brilhante, exatamente como McCarthy descreve: atmosfera de fuligem, ruína, cinza!!!

ADOLFO FROTA escreveu:

luccasf escreveu:

ADOLFO FROTA escreveu:Sinceramente, não por ser baseado no romance, mas as atuações do Virgo e do garotinho são dignos de Oscar, sem contar fotografia e filme!!!

A fotografia é espetacular. Aqueles tons cinzentos com aquela iluminação, resultou num trabalho sensacional.
Gostei muito mesmo, e como eu disse, pelos filmes que já saíram ou que estão em produção, dificilmente vão conseguir ser superiores ao "A Estrada".

Também tenho essa impressão. O Oscar me "preocupa" por causa de certas injustiças. Os trabalhos de Virgo e do garoto estão espetacular. O bom ator é aquele que te tira qualquer possibilidade de que o espectador imagine um outro ator fazendo o mesmo papel. Não consigo visualizar outro pai e filho a não ser os dois. Fotografia é brilhante, exatamente como McCarthy descreve: atmosfera de fuligem, ruína, cinza!!!

O Oscar costuma ter muita influência política, principalmente nas grandes escolhas. Tem muita coisa que pode alterar as decisões, e ao meu ver, acho que não vamos ter problemas com essa obra. Pelo menos espero. Depois de toda essa parte técnica espetacular, vai ser muito injusto não ver boa parte nas indicações.

assisti A estrada,ótima fotografia,Viggo mortensen e o garoto formam um par perfeito nos seus papéis,o filme é desolador,passa o clima realmente de abandono e desespero,salvo pelo amor paterno do protagonista e filho,é angústiante,retrato cru de um possível futuro negro.mas gostei

Subestimado. Uma das melhores fotografias do ano, muito facilmente.