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A história da DC

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Mensagem por Brainiac Seg Set 05, 2011 4:41 pm

A História da DC


Bem Vindo aos anos 30. Os Estados Unidos viviam a grande depressão. A grana era pouca, mas as pessoas ainda precisavam se divertir – principalmente as crianças. A diversão precisava ser barata então. As histórias em quadrinhos impulsionavam as vendas dos JORNAIS que traziam grossos cadernos coloridos semanais, além das tiras diárias em preto e branco. Quanto mais e melhores quadrinhos mais crianças – e até adultos – iriam preferir este ou aquele jornal. Os artistas que trabalhavam nestas tiras eram requisitados e concorridos. Os melhores estavam sem dúvida lá: Hal Foster com Tarzan, depois com Príncipe Valente; Burne Hogarth, que sucedeu Foster em Tarzan; Chester Gold com Dick Tracy; Alex Raymond com Flash Gordon; Lee Falk com Mandrake e Fantasma; só pra citar alguns.

Nas bancas também circulavam as “pulp magazines”: revistas literárias baratas, com textos e várias ilustrações. Uma geração inteira cresceu idolatrando Tarzan, Zorro, Buck Rogers, Conan, Sombra, Escorpião, Doc Savage, que foi onde esses heróis nasceram. Havia também o mercado de material mais picante, com pulp magazines de material erótico e ilustrações de mulheres nuas... Eram dezenas de editoras lançando material muito parecido com as outras, plagiando na cara dura, tentando capturar os leitores. Não havia televisão, e naquela época era caro fazer um filme, de forma que não haviam tantos filmes assim pra se assistir. Rádio e leitura eram os maiores entretenimentos.

Os editores das revistas perceberam o sucesso das tiras de jornal, e começaram a publicar coletâneas desse material. As primeiras revistas de fato eram apenas republicações, não material autoral. E foi um sucesso! Afinal, era comum alguém querer ler as histórias antigas que saíram no jornal e perderam por algum motivo. Fora que a série tinha no máximo uma página no jornal dominical. Agora havia revistas inteiras só com páginas deles!

Mas essas revistas não nasceram no formato que conhecemos. De fato, muitas eram no formato tablóide dos jornais propriamente ditos! Foi então que apareceu um certo Max Gaines, que já havia aplicado todo tipo de cambalacho e trambique pra sobreviver na vida, e resolveu se meter no rentável negócio de republicar os sucessos dos quadrinhos. Para baratear os custos de impressão, ele teve a idéia de dobrar as páginas do tablóide: e assim estava criado o tal “formato americano” das nossas queridas revistas. Não por acaso, a revista de Gaines, Famous Funnies, é considerado o primeiro comic book propriamente dito!

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Muita gente se empolgou com o sucesso de Famous Funnies. Entre eles um sujeito que tentava carreira como escritor e editor de pulp magazines, um certo Malcolm Wheeler-Nicholson. Uma vez que ele não tinha grana pra comprar os direitos autorais do material que era republicado dos jornais, e até porque quase tudo de bom estava realmente já comprado, ele teve a insólita idéia de publicar material inédito.

Para isso ele foi atrás de autores que ainda não haviam tido chance nos jornais. A verdade é que a maioria constituía de material ruim, os melhores quadrinistas eram realmente os das tiras. Basta a gente comparar os desenhos desses jornais com as primeiras revistas da DC. Mas o que o povo queria era diversão em quantidade, e não qualidade, havia demanda, e o Major (Malcolm era ex-militar) sabia disso.

Só que não tinha um miserável no bolso. Aliás uma coisa em pegar material de autores rejeitados é que não precisava pagá-los a vista, eles estavam desesperados pra publicar alguma coisa e mostrar o seu talento. Mas ainda assim era preciso imprimir e distribuir o novo gibi. O Major então ficou sabendo de alguém que poderia fazer fiado pra ele: HARRY DONENFELD.

Donenfeld era um daqueles ex-gangsteres da época da lei seca que havia legalizado seus negócios (que originalmente foram criados pra lavar a grana ilícita, se duvidar) publicando pulp magazines, principalmente de conteúdo erótico. Ele criara uma gráfica e distribuidora que fazia serviço terceirizado. Donenfeld aceitou fazer negócio com a editora que Malcolm criara, a NATIONAL ALLIED PUBLICATIONS.

E assim começa nossa história.


1935: ANO UM: AS PRIMEIRAS REVISTAS

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O primeiro gibi do Major foi uma coletânea de material inédito chamada New Fun: The Big Comic Magazine #1, numa revista tablóide como a maioria (ou seja, o dobro do tamanho do formato americano deitado), com 32 páginas. Vendo as páginas de New Fun se percebe que se tratam de tiras que foram rejeitadas pelos jornais. O primeiro número saiu em fevereiro de 1935.

A maior parte do conteúdo da NEW FUN eram histórias de humor, mas também apareciam histórias de aventura, com capa e espada, detetives, faroeste, e plágios de Mandrake e Tarzan. A coisa era tão “cara de jornal” que na capa e contra-capa aparecia uma historinha de uma página, inicialmente o único material a cor, aliás. As cores foram lentamente introduzidas, até tomar todas as páginas da revista. No número 06 aconteceu uma estréia tímida de uma dupla que ninguém daria um centavo: Siegel & Shuster assinavam as duas páginas de “Henry Duval”, do gênero capa e espada que fazia sucesso no cinema da época. No mesmo número, sob pseudônimos mais duas páginas com DOUTOR OCULTO: um espécie de detetive com poderes mágicos!

Não estourou a boca do balão, mas vendeu suficiente pro Major tentar continuar. A periodicidade oficialmente era mensal, mas havia atrasos. No final daquele ano, uma nova revista era lançada NEW COMICS, mais uma revista que trazia várias histórias de humor, aventura, crime e até romance. A diferença é que a NEW COMICS tal como a Famous Funnies eram naquele formato de gibi, por isso mais grossa, com oitenta e quatro páginas (sim, o número cabalístico não é invenção brasileira!).

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A NEW COMICS custava os mesmos 10 cents que a NEW FUN COMICS, e apesar de menor, era mais grossa, e os leitores realmente preferiam esse formato. Logo, a New Comics estava vendendo mais que a New Fun, que aliás, a partir do número 07 mudou o nome para “MORE FUN COMICS” para não confundir os leitores com duas revistas com o prenome “New”. No número 10, a More Fun Comics passou a adotar o formato da New Comics, e o formato americano tal como o conhecemos (um pouquinho mais largo, na verdade) estava consolidado. O número de páginas também: 68. As revistas perderam páginas, mas agora todas eram todas coloridas, com raras exceções.

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1936

Malcolm Wheeler-Nicholson contava com várias séries dos mesmos criadores. Os cartunistas Sheldon Mayer e Adouls Alger eram os mais requisitados, fazendo várias histórias curtas de humor. Tom Hickey cuidava de várias adaptações de livros e pulp magazines. Da mesma forma, Jerry Siegel e Joe Shuster foram ganhando mais trabalho.

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Em New Comics 02, de janeiro de 1936, estreou uma nova série, de quatro páginas, na revista: FEDERAL MAN. Se tratavam das aventuras de oficiais do governo federal, numa época em que o FBI ainda era embrionário.Eram histórias que misturavam o gênero policial com alguma ficção científica. Não demorou pra ser uma das principais atrações da revista. Não que fosse um fenômeno, mas no meio de tudo que a New Comics apresentava, Federal Man era um dos melhores materiais.

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]Em julho do mesmo ano, Siegel & Shuster trocaram a série do mosqueteiro Henry Duval em More fun comics 11, por "Sandy Kean and the Radio Squad", essa uma série policial mais urbana. Assim como Federal Man, era bastante inspirada pelos programas de rádio da época, que romantizavam as operações da polícia. Assim como Doctor Occult começou com duas páginas, mas logo ambas ganharam 04 páginas, que nas revistas da National até aquele momento, era o máximo de páginas que cada história possuia. Até aparecer a Detective Comics.



1937: NASCE A DETECTIVE COMICS

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As revistas basicamente se bancavam, mas o Major Malcolm acumulava dívidas. Tentando resolver os problemas financeiros, ele corria atrás do sucesso. Então teve a idéia de lançar uma coletânea especializada num único gênero, ao contrário das revistas que traziam “de tudo” como a More Fun Comics e a New Comics.

Ele poderia ter pensado num título de humor, já se não houvesse tantas revistas desse gênero, como o Best-Seller da Dell, a já citada Famous Funnies. Não, ele tinha que ir numa direção mais séria: um dos gêneros que mais vendiam as pulp magazines eram as histórias policiais, e assim estava decidido. Nascia a DETECTIVE COMICS.

No entanto, Harry Donenfeld disse que só rodaria e distribuiria a nova revista se ela saísse por uma nova editora, onde ele e Malcolm seriam sócios. Assim nascia também a Detective Comics Inc. O Major aceitou porque Donenfeld também arcaria com as despesas dessa publicação, e isso permitira postergar as dívidas da National Allied Publications.

Apesar do projeto ter sido elaborado pra ser lançado em dezembro de 1936, a primeira edição de Detective Comics só chegou as bancas em março de 1937. Na capa, FU MANCHU, um dos maiores sucessos do cinema e das pulp magazines naquela época, agora adaptados para os quadrinhos com texto do próprio Major e desenhos de um certo Tom Mickey. A revista também trazia bastante trabalho da dupla Siegel & Shuster, como a série SPY, onde o nome já diz tudo; e SLAM BRADLEY um detetive casca grossa e boxeador, ao gosto dos heróis urbanos de Robert E. Howard, aliás.

Mas uma série que também estreou no número um e que nos chama a atenção é SPEED SAUNDERS. Os fãs da DC devem lembrar do nome: se trata do tio-avô de Shiera Saunders, a HawkGirl da Sociedade da Justiça no século XXI. Um personagem que Geof Johns resgatou do limbo e inseriu na continuidade do Universo DC. Da mesma forma como Ed Brubacker recuperaria Slam Bradley do limbo nas páginas da própria Detective Comics, numa série de histórias back-ups (republicadas aqui no encadernado da Mulher Gato, sobre o título: “Na trilha da Mulher-Gato”).

NEW ADVENTURE COMICS

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Em janeiro de 1937 a New Comics também mudava de nome: a partir do número 12 passou a se chamar “New Adventure Comics”. A maior parte das histórias era de fato de aventura, mas ainda havia algumas páginas de humor. A maior parte das apresentações, aliás, era de apenas duas páginas, tais como na More Fun Comics (diferente da Detective, com histórias de maior envergadura, para a época, é claro, onde 13 páginas era quase um épico).

A mudança de nome provavelmente foi pra diferenciar da “New Book of Comics”, uma nova coletânea que teve apenas dois números (um em 1936, outro em 1937). Oficialmente a New Book seria a terceira revista da DC, mas muita gente diz que a Detective Comics é a terceira, pelo fato da New Book não ter vingado.


1938: O ano da virada

A revista Detective Comics vendia bem, mas como metade dos lucros eram de Donenfeld, não bastavam para pagar as dívidas que o Major Malcolm tinha com a National Allied Publications. Então ele pensou numa nova revista temática, desta vez do gênero de aventuras: A ACTION COMICS.

Para o comando da publicação, ele entregou o trabalho para o editor Vin Sulivan que já ajudava a editar a More Fun Comics e a New Adventure Comics. Foi Sulivan que selecionou o material que seria publicado na revista.

Enquanto isso, o esperto Harry Donenfeld vendo que as revistas na verdade davam lucro e que o acontecia com o Major era justamente que não podia bancar os custos do impressão e distribuição (que quem fornecia era o próprio Donenfeld), deu de presente para o Malcolm e sua esposa um cruzeiro até Cuba. “Vá trabalhar novas idéias”, teria dito Harry.

O Major e a esposa foram felizes da vida, mas quando voltaram já tinham mudado até o nome na porta do escritório. Durante sua ausência, Donenfeld entrou na justiça acusando o Major de não pagamento das dívidas. Aqui é que a história fica sinistra: segundo apurou Gerard Jones no seu livro “Homens do Amanhã”, o juiz que julgou o caso, Abe Mennen era da Tammany, uma sociedade do tipo a maçonaria da onde vários gangsters e ex-gangsters, além de políticos e policiais, faziam parte. Donenfeld e Menem eram membros do grupo, e o empresário usou sua influência para tirar a National Allied de Malcolm. Donenfeld comprou a metade da Detective Comics Inc do Major como um “cala-boca” e lhe desejou boa sorte.

Assim termina o papel do Major Malcolm Wheeler-Nicholson na história da DC Comics. Acabou mudando de ramo, afinal os gibis nunca tinham dado tanto dinheiro como ele pensava... Ah! Se ele soubesse o que estava pra acontecer e o que se tornaria a Action Comics...


ACTION COMICS: COMEÇA A ERA DE OURO!

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A Action Comics era para ser apenas mais uma revista em quadrinhos. Vin Sullivan tentou selecionar o melhor que pôde o material, mas a verdade é que a maioria era de rejeitados dos grandes jornais, como a dupla Jerry Siegel & Joe Shuster.
Por anos eles tentaram vender a tira “Superman”, sem sucesso. Sullivan resolveu enfim aceitar, e comprou os direitos por 130 dólares. Siegel e Shuster aceitaram porque depois de tantos anos tentando empurrar o personagem, parecia que ele estava destinado a não ser nada mesmo.

O material era claramente feito para as páginas do jornal e foi adaptado para a revista. Além do Superman, também estavam na nova antologia de 68 páginas séries como Zattara, um plágio descarado do Mandrake, com direito a ajudante afro; e Tex Thompson, um aventureiro ricaço. Essas foram as três de maior sucesso e que duraram na revista. As demais tiveram vida curta, como a adaptação das Viagens de Marco Polo; Chuck Dawson, um western; Pep Morgan; e Scoop Scalon, repórter cinco estrelas.

Action Comics nº 01 foi lançada em junho de 1938, e historicamente essa data hoje é considerada o início da “Era de Ouro dos Quadrinhos”. Porque essa é a Era de Ouro? Porque nunca se vendeu tanto gibi como naquela época. Eram milhares de exemplares, entretenimento barato em revistas de 10 centavos com 68 páginas coloridas. Era uma verdadeira febre entre a garotada.

Apesar de aparecer na primeira capa da Action Comics, os editores demoraram pra perceber o motivo do sucesso. Nos seis números seguintes as capas abordaram outras histórias que não o Superman, embora ele seguisse sendo publicado em cada número. As vendas foram aumentando cada vez mais, até que os editores descobriram porque os jovens corriam atrás da revista.

O improvável Superman, o mesmo que havia sido rejeitado por todos os publishers dos sindicatos que distribuíam as tiras de quadrinhos para os jornais porque era “impossível demais”, estava alcançando um sucesso jamais visto por um personagem de quadrinhos. Flash Gordon e Fantasma foram sem dúvida um sucesso, mas nada comparado aos milhares de exemplares que o Superman vendia.

Nascia o gênero do super-herói: histórias sobre as façanhas de seres com superpoderes fantásticos que combatiam o crime. Foi com o Superman que a National Allied Publications deixou de ser apenas mais uma editora de quadrinhos para começar a se tornar a maior editora de quadrinhos da América.


NA DETECTIVE COMICS... O VINGADOR ESCARLATE!

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Qual foi o primeiro vigilante encapuzado a figurar na Detective Comics? Se você pensa que foi o Batman, está redondamente enganado!

No número 20 de Detective Comics, publicado em outubro de 1938, figurava na capa a nova aposta da publicação, na trilha do Superman: O Vingador Escalarte (Crimson Avenger). Era basicamente um plágio do sombra, só que usando uma capa e máscaras vermelhas.

Ou melhor, o personagem tinha mais similaridades também com o Besouro Verde, outro personagem de sucesso na rádio. Até um assistente oriental, chamado Wing, ele tinha! Lee Walter Travis era um milionário que combatia o crime por uma razão não muito definida. O personagem era escrito por Jim Chambers, e seria o carro chefe da Detective Comics até 1939, quando foi eclipsado por outro encapuzado... também mascarado e milionário, mas com uma roupa bem mais original!

Na atual cronologia do Universo DC, Lee Travis aliá é considerado o "primeiro vigilante mascarado"! Num juramento de admissão da moderna Sociedade da Justiça há inclusive uma homenagem ao herói. Travis morreu há tempos, mas outras pessoas assumiram a identidade do Vingador.


NOVEMBRO: SURGE A ADVENTURE COMICS

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A New Adventure Comics já não era tão nova. Pelo menos foi o que Donenfeld pensou quando rebatizou a revista a partir do número 32. O humor estava sendo varrido de vez da publicação. As boas vendas da Action Comics fizeram os editores pensarem que o sucesso era do gênero, a aventura. Assim Adventure passou a ser uma segunda antologia dedicada ao gênero que trazia no nome da revista. Essa poderia ter sido a revista de maior numeração da DC Comics, não fosse cancelada nos anos 80. Recentemente ela foi relançada e deve retomar a numeração antiga, inclusive.

1939: SURGEM A NATIONAL COMICS e a ALL-AMERICAN PUBLICATIONS

Como Harry Donenfeld havia ganhado na justiça a posse da National Allied Publications e comprado metade da Detective Comics Inc – a outra parte era do seu contador e até então testa de ferro Jack Liebowitz, achou melhor fundir as duas empresas numa só, e assim apareceu a NATIONAL COMICS. Para os leitores estarem certos que eram a mesma editora, começou a aparecer um selinho nas revistas: “Uma publicação DC” (ou seja, detective comics inc!). Por isso, com o passar dos anos o apelido da National seria logicamente DC entre os fãs.

Para Donenfeld e Liebowitz, os proprietários da DC, o início de tudo tinha sido a Detective Comics e não a More Fun Comics da empresa fundada por Malcolm Wheeler-Nicholson. Dá pra compreender então o apreço que tinham pela marca “DC”.

Liebowitz era apenas o contador de Donenfeld, mas queria começar seu próprio negócio. O amigo Harry apoiou quando nosso velho picareta Max Gaines, o cara que criara a Famous Funnies resolveu montar sua própria editora. Ele precisava de crédito pra imprimir e distribuir as revistas e a empresa de Donenfeld fazia esse tipo de coisa. Além do que já tinha relações com eles e o editor Vin Sulivan (diz a lenda que foi Max quem rejeitara a tira Superman mas a encaminhara para conhecimento de Sulivan, que a incluiu em Action Comics).

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Max estava criando a ALL-AMERICAN PUBLICATIONS. Donenfeld aceitou o negócio com uma condição: que seu camarada Jack Liebowitz fosse sócio na empreitada. Max topou e assim começaram o negócio com duas revistas: a Movie Comics, que teve vida curtíssima e apenas seis edições naquele mesmo ano de 1939; e a antologia ALL-AMERICAN COMICS, que trazia de tudo, desde humor, aventura, ficção científica, histórias policiais e faroeste.

O carro chefe inicial da All-American Comics era a dupla de peraltas Mutt & Jeff, algo do tipo “Os Sobrinhos do Capitão”, que Max comprara os direitos de republicar o material dos jornais - e abrilhantavam as páginas até então da Famous Funnies. Fez tanto sucesso que no verão daquele ano de 1939 ganhou uma revista própria, Mutt & Jeff, que era trimestral, sendo uma a cada estação. Essas revistas aliás eram verdadeiros almanaques, como veremos num clássico exemplo logo abaixo.

THE BAT-MAN, O HOMEM-MORCEGO

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Com o sucesso cada vez mais estrondoso do Superman, todo mundo estava procurando o próximo Superman. Já havia aparecido o Vingador Escarlate, mas sem grande sucesso na Detective Comics. O editor Vin Sulivan procurava algo de igual apelo. Várias propostas surgiam na sua mesa.

Então um certo Bob Kane, que até então era um cartunista sem talento que jamais chamara a atenção apareceu com... The Bat-Man (com hífen inicialmente). Apesar de ser um aventureiro sem poderes, ele vestia uma fantasia tão original e espalhafatosa quanto do Superman. A primeira história era uma cópia descarada de um episódio do Sombra, e de resto, o personagem copiava muita coisa de outro herói dos pulps, o Aranha: Era um milionário que era perseguido por seu amigo comissário de polícia, que não suspeitava sua identidade secreta.

A originalidade estava mesmo na roupa e com o tempo no interessante elenco de criminosos que seriam criados para combatê-lo. Na verdade o golpe de mestre foi a origem do personagem, que só apareceu meses depois, uma das mais dramáticas até então para um personagens de quadrinhos, e que funciona tão bem que jamais teve que ser reformulada. Muito do crédito do sucesso do Batman se deve ao escritor BILL FINGER, que era contratado do estúdio de Kane, por isso não assinava as histórias.

THE BAT-MAN estreou em maio de 1939, no número 27 da Detective Comics. Vin Sulivan já sabia que tinha um campeão nas mãos e fez questão de dar o devido destaque nas capas a seguir. O Batman não era o Superman, mas não demorou pra se tornar o segundo personagem mais rentável dos quadrinhos da América. Harry Donenfeld mal folheava os gibis que publicava, mas ficou rico por causa deles.

FALANDO NO SUPERMAN...

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O primeiro personagem a ganhar revista própria nos EUA foi o Superman. Mas não era uma mensal. Na época, todas as revistas nas bancas eram antologias, ou revista-mix como chamamos no Brasil. Superman era o mais próximo do que aqui chamamos de “Almanaque”.

A revista tinha periodicidade trimestral, saindo uma a cada início de nova estação. Por isso ao invés do mês, cada número trazia na capa: verão, outono, inverno, primavera...

Como um almanaque só trazia histórias do personagem propriamente dito. Eram 68 páginas só de Superman. Mas não era tudo material inédito. No máximo uma ou duas histórias pra fazer os fãs antigos comprarem, e republicações, para agradar os fãs novos que perderam os primeiros números da Action Comics.

O primeiro número de SUPERMAN saiu em junho de 1939. Vendeu como água no deserto. Iria vender tanto que não levaria tanto tempo pra virar bimestral. Essa é a mesma revista Superman que é publicada até hoje nos Estados Unidos, e chegou a pouco no número 700.


ELE VEIO PARA DAR PESADELO AOS CRIMINOSOS...

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A procura pelo “novo Superman” continuava. A influência dos anti-heróis dos pulp magazines ainda era grande. Assim como o Vingador Escarlate e o Batman, o Sandman parece saído de uma dessas revistas.

Wesley Doods é outro milionário que resolve combater o crime. Aqui é a explicação é que ele tem pesadelos sobre crimes. Então para dormir em paz a conclusão é que ele precisa enfrentá-los. Para fazer isso adota a identidade do Sandman, uma lenda folclórica forte no imaginário anglo-saxão de um ser que faz as pessoas sonharem.

Pra fazer os criminosos sonharem, Wesley usa uma arma de gás e uma máscara para se proteger (e também sua identidade). Ele costuma jogar areia nos criminosos derrotados, com sua “assinatura”.

O personagem foi criado pelo escritor Gardner Fox e pelo desenhista Bert Christian e estreou no número 40 da ADVENTURE COMICS. Apesar de não ser um sucesso como Superman e Batman, a série SANDMAN ajudou a melhorar as vendas da Adventure Comics, que enfim merecia o nome. Mais isso era só o começo. Outros aventureiros viriam lhe fazer companhia na publicação.


O ULTRAMAN DA DC

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Vários super-heróis se chamaram Ultraman... Mas o que pouca gente sabe é o que o primeiro era um personagem da DC, digo, da então All American Publications.

Ultraman foi mais uma tentativa de criar um novo “Superman”. Mas suas histórias se passavam no futuro e eram ainda mais embebidas de ficção científica. Tratava-se na verdade quase de um plágio de Buck Rogers: Um cientista entra em animação suspensa e acorda 2174 com superpoderes, devido a alteração química no seu corpo.

A estréia deste Ultraman foi na All-American 08, com direito a capa, em novembro de 1939. Mas não iria animar muito os leitores. Ele apareceria até o número 19 da revista, em 1941 quando teve que ceder espaço para um super-herói com mais apelo. Diremos quem foi quando chegarmos lá.
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Mensagem por Brainiac Seg Set 05, 2011 4:56 pm

1940: A MARÉ DOS SUPER-HERÓIS

Os superheróis eram a moda do momento. A All American Publications então preparou uma nova revista, e desta vez seria justamente uma antologia que somente traria histórias deste tipo. Superman estava em Action Comics, Batman em Detective Comics e Sandman em Adventure Comics, mas essas revistas não eram especializadas em super-heróis. Então Max Gaines teve a idéia de lançar a FLASH COMICS, a primeira revista-mix totalmente dedicada ao novo gênero.

O primeiro número de FLASH COMICS saiu em janeiro de 1940. A série carro-chefe da nova publicação se chamava justamente “The Flash”. Pela primeira vez aparece um super-humano com um único poder: no caso a supervelocidade. Criado pelo escritor Gardner Fox e o desenhista Harry Lampert, Jay Garrick era um cientista que após um acidente no laboratório ganha seus incríveis poderes, com que resolve combater o crime.

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Mas o Flash não era o único personagem da revista, apesar de levar o seu nome. Afinal naquela época as revistas eram antologias: Flash Comics tinha 68 páginas, e as histórias de Garrick tinham no máximo 13 páginas. No número 01 de Flash Comics também estreou a série HAWKMAN, outro sujeito que só tinha um poder extra: podia voar. Criado também por Gardner Fox e concepção visual de Dennis Neville, Carter Hall era um arqueólogo que descobriu um misterioso metal que anulava a gravidade nas suas escavações. As armas antigas que utilizava eram “emprestadas” do museu onde trabalhava.

Outra série que teria presença cativa na Flash Comics foi JOHNNY THUNDER (no Brasil, Johnny Trovoada). Era a série cômica da revista, com a diferença que o palhaço da vez, Johnny tinha um gênio de estimação com poderes ilimitados! Foi criado pelo escritor John Wentmorth e pelo desenhista Stan Aschmeier. No resto da revista também haviam outras séries, mas estas esquecíveis e que não durariam muito como O Chicote, Cliff Cornwall e a Patrulha Fantasma.

Flash Comics não tinha um Best-seller como Superman ou Batman, mas tinha três boas séries numa única revista, e isso o tornaria num dos gibis mais vendidos, ficando atrás somente de Action Comics, Superman, Detective Comics e Batman, respectivamente. Max Gaines finalmente tinha criado um campeão. E o ano estava apenas começando!


E OS BANDIDOS TERÃO O QUE MERECEM...!

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Enquanto Flash Comics despontava nas bancas como uma nova e bem sucedida coletânea, a Detective Comics tinha o Batman, a Action Comics tinha o Superman, a Adventure Comics tinha o Sandman, e a All American Comics tinha, vá lá, Mutt & Jeff.

Só a More Fun Comics ficava com o amargo posto de revista menos vendida da National Comics. O editor Vin Sulivan sabia que precisava de um super-herói para a publicação. A solução foi pedir idéias justamente para o criador da mais bem sucedida série da casa, Jerry Siegel. O pai do Superman então apresentou um sujeito que poderia ser mais assustador do que o Batman: O Espectro!

O personagem estreou na edição 52 da More Fun Comics, de fevereiro de 1940. Ele era um policial que havia sido assassinado por gangsters. O espírito de Jim Corrigan no entanto pediu Justiça, no que foi ouvido pelo arcanjo Miguel, que o transformou no Espectro, um fantasma sedento de vingança. Diferente do garboso Superman, ou mesmo do Batman que mais latia do que mordia, o Espectro não entregava os bandidos para as autoridades: Ele os matava, e com requintes de crueldade. A série na verdade era uma mistura de super-herói com terror. Muito divertido (fun) de fato...


UMA HORA DE PODER

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Sandman não era o Batman nem o Superman, e isso estava claro para o editor da Adventure Comics, Vin Sullivan. A revista precisava de outra série para ajudar Wesley Doods na tarefa de vender o gibi.

A dupla Ken Fitch e Bernard Baily apareceu então com o Homem-Hora, um sujeito que tinha uma hora de superforça após tomar as suas pílulas Miraclo.

O Homem Hora estreou no número 48 da Adventure Comics, em março de 1940. Ele era o bioquímico Tex Tyler, um cara que também gostava de ficar em forma e distribuir porrada. Descobrindo essa droga milagrosa, ele decidiu que era muito perigosa para cair nas mãos das pessoas e que deveria ser usada somente para o bem. Por isso decidiu ajudar as pessoas e se tornar um super-herói.


O PRIMEIRO SIDEKICK

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Depois do Espectro, o Batman era o herói mais sombrio da DC, na verdade, parecia ainda mais sombrio, devido as cores escuras da sua roupa. O problema é que todo texto do Batman era “inspirado” em pulps magazines violentas (e destinada para adultos) como Sombra e Aranha, não coisa para crianças, o principal público consumidor de gibis até então.

Um dos assistentes de arte de Bob Kane, na verdade um verdadeiro desenhista das histórias, já que muitas vezes o Sr. Kane só assinava o nome, JERRY ROBINSON é que teve a idéia de introduzir um parceiro mirim para o herói: ele desenhou o personagem e apresentou para o patrão. Quem é este? ROBIN, disse Robinson, e o sobrenome não pode ser coincidência. Ainda que Robin seja o nome de um pássaro. Mas a explicação oficial é que uma homenagem a Robin Hood... Bob Kane aceitou a idéia, e lá foi Bill Finger criar o argumento.

Robin estreou nas histórias do Batman no número 38 da Detective Comics, em abril de 1940. Dali em diante seria coadjuvante inseparável do seu tutor. A idéia de ter um garoto co-estrelando as histórias era basicamente dar alguém com quem os leitores pudessem se identificar: um menino que combatia o crime ao lado do seu herói.

E o Robin deu certo, deu tão certo que com o passar dos tempos os editores descobririam que acrescentar um sidekick ajudava nas vendas. Claro, hoje em dia é ridículo pensar num adulto colocando uma criança em perigo para combater criminosos. Mas devemos lembrar de duas coisas: primeiro, a maior parte dos leitores eram crianças e elas brincavam fantasiando viver essas aventuras; segundo, eram os anos 40, e naquela época as crianças já trabalhavam cedo. Não havia uma concepção moral e legal como a de hoje.

Se não fosse pelo Robin não teríamos Bucky Barnes, Wally West, Roy Harper, Donna Troy e nem o Capitão Marvel Jr, e sem o Capitão Marvel Jr não haveria o Superboy. Uma coisa influência a outra, e Dick Grayson foi o primeiro dominó a ser derrubado.


O LORDE DA ORDEM

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O Espectro não ficaria muito tempo sozinho na tarefa de melhorar as vendas da More Fun Comics. No número 55, em maio de 1940, começou a ser publicada a série “DOCTOR FATE”, aqui no Brasil chamada “Senhor Destino”. O personagem, no entanto só iria parecer numa capa na edição seguinte, revezando a partir daí com o Espectro.

O Senhor Destino era o filho de um arqueólogo que após ter descoberto numa tumba egípcia o espírito de um lorde da ordem, Nabu, se tornou seu hospedeiro. Bastava colocar o elmo que KENT NELSON se tornava nesse mago travestido de super-herói.

Ao contrário do uso tímido de magia do Doutor Oculto (que a estas alturas não era mais publicado na More Fun Comics desde o número 32, afinal Jerry Siegel & Joe Shuster tinham mais o que fazer) e do Zatara (que ocupava as páginas da Action Comics), o Sr. Destino usava magia e enfrentava inimigos místicos em escala bem mais épica. No entanto, dois anos depois o personagem teria que mudar de linha, porque naquele tempo essa coisa mística era a maior viagem para a mentalidade modernista dos anos 40.


E O BATMAN GANHA SUA REVISTA!

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Assim como o Superman, o apelo do Batman em Detective Comics era tal que os editores resolveram faturar mais lançando o personagem em mais uma revista. Tal como o Superman, seria uma revista trimestral, uma a cada início de estação.

O primeiro número de BATMAN saiu em maio de 1940. O personagem já aparecia na capa na companhia do Robin, seu parceiro mirim que havia estreado um mês antes. Essa revista é a mesma que é publicada até os dias de hoje e se converteu na principal do herói.

Ao contrário dos primeiros números de Superman, o gibi tinha bastante material inédito. O destaque ficava por duas histórias apresentando um novo vilão: o Coringa, destinado a ser o arqui-inimigo do herói. Bob Kane não tinha problemas para produzir tanto material. Afinal ele praticamente não desenhava nada mesmo. Contratou um estúdio com vários desenhistas e só aparecia pra colocar o nome, segundo consta. Já o argumento e diálogos das histórias ficavam por conta dos escritores Bill Finger e Gardner Fox. “Era uma verdadeira linha de montagem”, lembra Sheldon Moldof, um dos “ghost-artists” que Kane usou por muito tempo.


UM CAÇADOR CHAMADO CONGO BILL

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Entre as diversas séries que a More Fun Comics apresentava, ninguém poderia achar grande coisa de CONGO BILL, as histórias de um caçador e aventureiro na África, quase um plágio do Jim das Silvas das tiras em quadrinhos de Alex Raymond.

Mas Congo Bill teria um grande papel no futuro, quando se moveria para a Action Comics, em 1941, e ao lado do Superman seria uma das séries mais populares naquele gibi – a ponto de ganhar uma série de cinema. O personagem também se tornaria o nosso amigo Congorilla, que James Robinson tirou do limbo para fazer parte da sua Liga da Justiça.

Congo Bill foi criado pelo escritor Whitney Ellsworth e o desenhista George Papp. Sua primeira história e aparição se deu no número 56 da More Fun Comics, de junho de 1940.


NO DIA MAIS CLARO...

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A moda dos super-heróis estava varrendo a concorrência. Mutt & Jeff ainda vendiam, mas eram coisa do passado. Max Gaines percebeu que precisava se mover, senão a sua menina dos olhos, a All American Comics sucumbiria. Ele tentou com o tal Ultraman, mas não foi um estouro.

O artista Martin Nodell apresentou uma sugestão: o Lanterna Verde, um sujeito que tinha um anel mágico capaz de formar objetos de luz verde. Gaines mandou tocar ficha, e o escritor Bill Fingir, que ajudara a criar o Batman, criou o resto do personagem (identidade civil, coadjuvantes, vilões, etc).

O LANTERNA VERDE estreou no número 16 da All American Comics, em julho de 1940 e seria doravante o carro chefe da revista. Ele era o engenheiro Alan Scott, que encontrou uma lanterna mágica que o instruiu a tirar um pedaço dela e fazer um anel, de onde extraia seus poderes. Como todo rapaz prendado, Alan era boa gente e resolveu usar a dádiva para combater o crime.


TAMANHO NÃO É DOCUMENTO

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O LANTERNA ia bem, mas havia muitas páginas pra encher na All American e todas tinham que ser o mais populares possíveis. Então deu pra bola do tal Ultraman, e Max Gaines decidiu substituí-lo por algo mais tradicional.

A dupla Ben Flinton e Bill O’Conner é que apareceu com a idéia na mesa: um herói de pouca altura, mas bom de briga. Por causa de seu tamanho ele seria chamado de... ATOMO! O personagem na verdade foi inspirado na numa figura da vida real, um lutador profissional chamado Joe Greenstein, que apesar de baixinho era muito forte.

Da mesma forma era o estudante All Pratt, que vítima das piadas dos colegas e querendo conquistar a garota dos seus sonhos, treinou boxe e levantou peso a exaustão, até decidir combater o crime pra mostrar que nada era impossível para uma pessoa pequena.

As histórias do herói começaram a ser publicadas no número 19 da All American Comics, de outubro de 1940.


A PRIMEIRA TORNADO VERMELHO

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Ma Hankel na verdade estreou na All American Comics no seu número 03, em 1939. Ela era uma coadjuvante ocasional da série humorística “Scribbly”, uma semi-autobiografia do editor/cartunista Sheldon Mayer. Era um personagem de humor, evidentemente, uma senhora mãe de família corpulenta, que ralhava com as crianças do bairro, mas também as protegia das más companhia, com direito a porrada nos pequenos mal-feitores.

A coisa tomou contorno de paródia no número 20 da All American Comics, de novembro de 1940: Ma Hunkel improvisa um “uniforme”, com direito a panela na cabeça servindo de elmo, para combater a bandidagem da vizinhança sem que os bandidos pudessem mais tarde retaliar na sua família. De fato, funcionava, porque muita gente achava que o Tornado Vermelho era um homem!

A série foi uma das primeiras paródias aos super-heróis com bastante gags e situações cômicas. Os leitores da revista gostaram da série por tempo suficiente pra ficar alguns anos na publicação. Depois a personagem cairia no limbo, até ser resgatada por Geof Johns para fazer parte do elenco de apoio da Sociedade da Justiça.


A ALL STAR COMICS E O PRIMEIRO SUPERGRUPO DOS QUADRINHOS

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Com a Flash Comics sendo o sucesso que foi, o Publisher Max Gaines queria mais e sabia que deveria lançar outra revista exclusivamente dedicada aos super-heróis. Mais de onde eles sairiam? Num lance de esperteza ele pensou numa antologia dos que não tinham antologia... Superman tinha o a sua revista trimestral, assim como Batman. De resto, os demais astros da Flash Comics, More Fun Comics, Adventure Comics e All American Comics não tinham cacife para tal.

Assim nasceu a ALL STAR COMICS um almanaque genérico, a ser lançado uma vez a cada três meses, com o nome da estação correspondente na capa. A publicação traria histórias dessa turma sem “almanaque”. No número 01 abrilhantaram as páginas Flash, Gavião Negro, Ultraman, Homem-Hora, Espectro e Sandman. No número dois Lanterna Verde substituiu Ultraman.

No entanto, para o número 03 da revista, que saiu em dezembro de 1940, o editor Sheldon Mayer e o escritor Gardner Fox tiveram uma idéia: e se todos os heróis da DC fizessem parte de um clube?

Porque antes de ser uma equipe, a verdade é que a Sociedade da Justiça da América era isso: uma sociedade. Os heróis se encontram em volta de uma mesa e cada um conta suas próprias aventuras. Obviamente cada uma escrita e desenhada por artistas diferentes. Era apenas uma desculpa para a natureza da antologia, de trazer diversos personagens.
No número 05, o editor Sheldon Mayer explicava na sessão de cartas que Superman e Batman eram “membros honorários” porque tinham suas próprias revistas, e assim seria, cada membro que tivesse suas próprias revistas teria que sair da Sociedade!

Os membros originais da Sociedade da Justiça eram Flash, Lanterna Verde, Gavião Negro, Homem-Hora, Senhor Destino, o Espectro, Sandman e o Átomo. Quando o Flash ganhou sua própria revista (a All Flash), foi substituído por Johnny Trovoada. Já o Lanterna Verde seria substituído pelo Dr. Meia-Noite.

Mas em poucos números, os heróis já estavam resolvendo casos juntos – ainda que as histórias fossem desenhadas por vários artistas, com cada membro saindo sozinho ou formando duplas pra resolverem determinada ação. O escritor Gardner Fox anos mais tarde usaria esse mesmo modelo na Liga da Justiça: os heróis encontram um caso. Dividem-se pra investigar. Tem suas aventuras isoladas. Então se reúnem para a conclusão.

Como era um gibi de 68 páginas, nem preciso dizer que isso ajudou a quebrar a natureza das “histórias curtinhas” da DC. Com a integração dos membros, com eles combatendo cada vez mais unidos os mesmos inimigos, cada número foi se tornando um pequeno épico. E o gibi caiu na graça de muitos fãs. A partir do número 04 ele já não era trimestral, mas bimestral.

1941: UNIVERSO EM EXPANSÃO

TEX THOMPSON SE TORNA MR. AMERICA

Nem todos os personagens de gibis eram super-heróis, mas estava claro qual era a preferência do leitor. Assim, o aventureiro TEX THOMPSON, que compartilhava as páginas da Action Comics com o Superman desde o número 01, teve que se adaptar aos novos tempos.

No número 33 da Action Comics, de fevereiro de 1941, Thompson encara sabotadores nazistas que querem impedir um navio de mandar comida para a Europa em guerra. Ele é dado como morto, e aproveita para criar uma nova identidade: pinta o cabelo para preto, coloca uma máscara, e veste um colante nas cores da bandeira americana.

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Ele é o Mr. América, que tem como principal arma o inseparável chicote de Thompson. Para dar um toque de comédia, um mês depois, na Action Comics 34, aparecia seu sidekick, na verdade um sujeito gordo, vestido como a Tornado Vermelha, que adotou a alcunha de “Fatman”.

Essa foi a primeira de muitas mudanças na carreira de Tex Thompson que garantiram sua permanência na Action Comics, não é claro que a revista precisasse de qualquer ajuda para vender... Superman fazia isso muito bem, e como fazia!


O PRIMEIRO HERÓI... CEGO!

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Assim como o primeiro super-herói baixinho não foi o Wolverine, e sim o Átomo (Al Pratt), o primeiro super-herói cego não foi, como muita gente pensa, o Demolidor, e sim o Doutor Meia-Noite!

O personagem fez sua estréia no número 25 da All American Comics, de abril de 1941, se juntando assim a Lanterna Verde e Átomo na tarefa de vender o gibi. Criado por Charles Reizenstein e o desenhista Stanley Joseph Aschmeier, o Dr. Charles McNider é um médico cirurgião que é cegado por uma granada quando operava a testemunha de um crime. Ele aparentemente perde a visão, até que um dia, a noite, uma coruja entra na sua janela (lembram do morcego do Batman? Poisé...) e derruba o abaju. Mcnider percebe que pode enxergar nas trevas, a sua visão foi invertida! Ele adota a coruja (que vira seu sidekick) e com a ajuda de um óculos especial e granadas que criam fumaça negra, ele cria uma identidade secreta para se vingar dos gangsters que o cegaram, e assim começa a carreira do nosso herói.

Logo, o Dr. Meia Noite faria parte da Sociedade da Justiça, substituindo o Lanterna Verde quando este ganhou sua própria revista “Quartely”.


O HOMEM DAS ESTRELAS

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Abril também foi o mês de estréia de outro personagem que se tornaria membro posteriormente da Sociedade da Justiça da América.

STARMAN começou a ter suas histórias publicadas no número 61 da Adventure Comics, de abril de 1941, revista onde já eram publicadas as aventuras de Sandman e Homem-Hora. O personagem foi criado pelo desenhista Jack Burnley.

Theodore “Ted” Knight provavelmente é um dos primeiros “super-heróis cientistas”. Certo, Jay Garrick e Rex Tyler também eram cientistas. Mas todos resolviam as coisas nos punhos, não com a cabeça. Já o Dr. Knight não ganhou seus poderes por acidente: ele construiu para si mesmo um “bastão cósmico” que captava “energia das estrelas”. Esse bastão o permitia voar e disparar raios com ele. Com um garboso uniforme vermelho e uma estrela amarela no peito que nome melhor que Starman, o defensor de Opal City?


SARGON, O FEITICEIRO

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Como explicamos no caso acima da transformação de Tex Thompson em super-herói, o caso agora era que muito difícil uma série que não fosse de super-herói emplacar nas revistas. Os editores tinham começado essas publicações com bastante variedade, tentando agradar todo mundo, mas o sucesso de coletâneas especializadas em super-heróis como a Flash Comics mostrava que os leitores queriam eram super-heróis.

Então a ALL-AMERICAN COMICS que começou com quase todas as histórias sendo de humor foi assim se transformando numa revista também só de super-heróis. Dando um chega pra lá em mais uma série cômica esquecível, apareceu SARGON, O FEITICEIRO, no número 26 da All American Comics, de maio de 1941.

O personagem era mais um mago que atuava como super-herói. John Sargent no entanto ganhou seus poderes através do “Rubi da Vida”, que escondia debaixo do seu turbante. Assim como o Lanterna Verde Alan Scott, Sargon ganhou um sidekick adulto e gorducho como figura cômica, mas atrapalhando do que combatendo o crime, no caso seu empresário Maximiliam O’Leary.


DE NAMORADA A SIDEKICK

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Shiera Sanders fez sua primeira aparição em Flash Comics 01, justamente como namorada do herói Carter Hall, o Gavião Negro. Assim como Carter é a encarnação do príncipe Khufu, Shiera é a encarnação da princesa Chay-Ara.

Assim como as namoradas do Flash e do Sandman, Shiera logo ficou sabendo da identidade do seu namorado, e o ajudando a combater o crime – pelo visto só o Superman gostava mesmo de sofrer. Mais diferente delas, Shiera estava destinada a não ser apenas a namorada do herói. Estava destinada a ser sua parceira.

Todo herói estava ganhando o seu “ajudante”. Poderia ser um menino ou uma figura cômica, que existia mais pra rir do que pra ajudar, no caso sujeitos fora de forma e atrapalhados – como os parceiros do Lanterna Verde, Sargon, Mr. América, etc. Mas nenhum herói ganharia um sidekick tão exuberante quando o Gavião.

Afinal, foi em ALL STARS COMICS 05, de maio de 1941, que Shiera pela primeira vez usou as asas substitutas construídas por seu noivo para enganar os criminosos, vestida a caráter. Não demorou muito e ela adotaria o nome HAWKGIRL (Garota Gavião, que aqui no Brasil foi batizado pela Ebal de Mulher-Falcão).


MAIS UM VELOCISTA

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Era tanto super-herói que as idéias originais podiam estar acabando. Mas não condenemos o escritor Mort Weisinger por criar um novo velocista se já tínhamos o Flash. Afinal, Johnny Quick faria usos mais criativos do seus poderes e ainda podia voar!

JOHNNY QUICK estreou no número 71 da MORE FUN COMICS, de setembro de 1941. Johnny Chambers é um repórter fotográfico que recebe de seu tutor uma fórmula secreta: uma equação que quando repetida lhe dá supervelocidade! O segredo havia sido achado na tumba de um faraó egípcio.

Mais importantes do que as aventuras do herói ligeirinho que dividiria doravente as paginas de More Fun Comics com o Espectro e o Senhor Destino, é a estréia de Mort Weisinger na National Comics. Esse escritor e editor seria responsável pela criação de muitos personagens novos, principalmente na mitologia do Superman, nos anos vindouros.


UM CAVALEIRO NOS TEMPOS MODERNOS

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Em setembro de 1941, a ADVENTURE COMICS trouxe mais um atração: a armadura, a espada, o cavalo alado, davam contas de uma série de fantasia com cavaleiros medievais. Nada mais errado: era o incomum novo super-herói criado por Creig Fressel.

O CAVALEIRO ANDANTE (Shining Knight, algumas vezes no Brasil chamado de Cavaleiro Cintilante, numa tradução mais fiel) fez sua primeira aparição no número 66 da Adventure Comics, de setembro de 1941.

Sir Justin era um dos cavaleiros da tabula redonda que ganhara do mago Merlin uma armadura, escudo e espadas indestrutíveis, além de um cavalo alado. Sua missão era caçar e destruir o ogro Blunderbore, que matara o primo da Rainha Guinevere. Sir Justin conseguiu derrotá-lo, mas causou uma avalanche e acabaram soterrados no gelo, entrando em animação suspensa!

Então nos tempos modernos, o cavaleiro foi despertado quando descoberto por arqueólogos, e passou a fazer o que sabia fazer melhor, lutar contra os mal-feitores, defendendo os fracos e oprimidos como exige o código dos cavaleiros da tabula redonda.


OS MELHORES DO MUNDO

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Superman e Batman tinham suas próprias revistas mas era pouco. Elas vendiam tanto, que os editores estavam dispostos a dar doses ainda maiores dos heróis mais queridos da América. A idéia era um novo almanaque: WORLD’S FINEST, simplesmente os Melhores do Mundo!

Mas essa publicação teria ainda mas páginas: 96, custando quinze cents. Se os editores achavam que podiam cobrar cinco centavos a mais num gibi, estavam completamente certos! Afinal era o gibi que tinha Superman, Batman e Robin nas capas! A revista inicialmente seria publicada trimestralmente, a cada estação.

As primeiras edições trouxeram também histórias de personagens que não tinham ganho espaço na All Stars, como o mago Zatara e o hoje esquecido proto-herói patriótico da All American Comics Red, White & Blue. Não durou muito porém, Superman e Batman acabaram ocupando todos as páginas, com várias histórias deles. Até o Robin ganhou aqui suas primeiras histórias próprias. É bom lembrar que embora tenha sido conhecida como revista da parceira dos dois heróis, durante todos os anos 40, os heróis não agiam juntos em World’s Finest, apenas dividiam suas páginas, em histórias solo cada.


NOVA REVISTA, NOVOS HERÓIS

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A demanda era a alta, e a National queria mais era faturar. Então já estava na hora de lançar um novo gibi, uma nova antologia com várias séries de super-heróis.

O nome escolhido para a revista foi STAR SPANGLED COMICS, aproveitando a onda patriota que a América vivia. Se era assim, tinha que ter um carro chefe a altura. Chamaram então Jerry Siegel, o pai do Superman, e encomendaram uma nova série. Foi assim que ele criou o Star-Spangled Kid & Stripesy, uma dupla deveras incomum.

O que diferenciava eles das demais duplas dos quadrinhos, é que o sidekick era o adulto! Star-Spangled Kid (no Brasil, Sideral), era um garoto, Sylvester Pemberton, que resolveu se tornar super-herói inspirado pelos quadrinhos que lia e combater os espiões nazistas que supostamente pululavam a América. O empregado da sua família, o motorista Pat Dugan, para proteger o garoto, acabou entrando na brincadeira e se torna o seu assistente, o Stripesy.Mas que fique claro, quem dava as ordens era o patrãozinho!

O primeiro número de Star Spangled Comics foi às bancas norte-americanas em outubro de 1941. Além da dupla de heróis, outras atrações, das quais a mais durável foi o herói TARANTULA, criado também por Mort Weisinger. John Law era outro aventureiro sem poderes que decide combater o crime, mas por um motivo talvez egoísta: buscar inspiração para seus livros. Além de bom de briga, o herói também tinha uma arma que disparava teias! Familiar, não? O personagem viveu seus dias finais na revista do Asa Noturna, infelizmente essas histórias não foram publicadas no Brasil.


O VINGADOR ESCARLATE GANHA COLANTE

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A onda de super-heróis não perdoava ninguém. O pobre Vingador Escarlate, criado pro Jim Chumbers, era um herói dos pulps, um tipo de Sombra ou Besouro Verde, que foi completamente colocado pra escanteio devido a presença do Batman em DETECTIVE COMICS. Tanto que chegou a tirar umas “férias” das revistas, e poderia muito bem ter sido condenado ao limbo, como tantos outros personagens e séries que não mencionamos neste compêndio justamente para não ocupar tanto espaço.

O que tornaria o Vingador Escarlate relevante seria sua volta, pelas mãos do artista/escritor Jack Lehti, a partir do número 38. No número 44 da Detecive Comics, de outubro de 1940, o personagem ganhava uniforme colorido, assim como seu sidekick. Eram os novos tempos. O personagem também deixou de matar os seus adversários e preferir usar os punhos, em brigas amigáveis.


AQUAMAN E ARQUEIRO VERDE

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A edição 73 de More Fun Comics, de novembro de 1941, vale muito no mercado de colecionáveis. Não é a toa. Afinal, neste mesmo gibi, estrearam duas novas séries: ARQUEIRO VERDE e AQUAMAN!

Ambos eram crias de Mort Weisinger, que se não teve problema de copiar o Flash meses antes, agora chupinhava um pouco do Submariner (o nosso Namor), da Timely para apresentar o seu Aquaman, e apresentava uma mistura de Robin Hood com Batman, no que resultou o nosso querido Arqueiro Verde!

AQUAMAN foi criado visualmente pelo desenhista Paul Norris. Mas diferente de Namor, que era um anti-herói, o nosso Aquaman era um galante herói das profundezas marinhas, de cabelo loiro e orelhas redondas, além de um colante laranja e calças verdes! Outra diferença é que o Aquaman original não era atlante, mas era humano! Isso mesmo, você não leu errado: o pai do Aquaman era um cientista que descobriu as ruínas do reino perdido da Atlântida. Lá ele e seu filho viveram, e descobriram o segredo para respirar debaixo da água. Viver naquela pressão desenvolveu superforça no garoto, além de aprender como se comunicar com os animais marinhos e se movimentar a grande velocidade na água. Em suma, a origem do novo Aquaman que Kurt Busiek usou nada mais era que recuperar a origem do Aquaman original!

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Já o ARQUEIRO VERDE foi desenvolvido graficamente por George Papps. A inspiração do escritor Mort Weisinger era obviamente Robin Hood, mas ele também cita o livro “The Greenv Archer”, de Edgar Wallace como ponto de partida na criação do herói. De resto, o Arqueiro Verde ganhou um parceiro mirim, Speedy, um “Flecha-Carro”, um “Flecha-Avião” e uma “Flecha- Caverna”. Santo cópia, Batman! Acha pouco? O Arqueiro Verde também era um playboy milionário na identidade secreta, o industrial Oliver Queen, era o defensor de uma cidade fictícia, Star City, e seu arquinimigo era um palhaço chamado “Bull’s Eye”.

Mort Weisinger não era lá muito criativo inicialmente, mas apegado as suas crias. Quando a moda dos superheróis acabou, vários supersujeitos populares como Lanterna Verde e Flash tiveram que se aposentar. O Aquaman e o Arqueiro Verde não, Weisinger sempre dava um jeito deles serem apresentações “back-ups” em outras revistas.


O PRIMEIRO VIGILANTE

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Tex Thompson teve que virar Mr. America pra ficar na Action Comics. Outras apresentações, que traziam histórias de humor, aventura e western não se adaptaram e tiveram que ceder a vaga para os super-heróis. Afinal se alguém comprava o gibi mensal para ler as histórias do Superman, era justamente esse tipo de história que queria.

Por isso, no número 42 da Action Comics, de novembro de 1941, apareceu mais um herói, o VIGILANTE. Ele foi criado pro nosso amigo Mort Weisinger (que estava a toda naquele ano) e o desenhista Mort Meskin. O novo herói teria uma carreira longeva na Action Comics, ficando na publicação até os anos 50, superando muita estrela que se aposentou antes!

Greg Sanders era um cowboy moderno: cantor de música country, sabia montar e atirar como ninguém, além de ser hábil no manejo do chicote. Seu avô tinha sido um combatente índio, e seu pai era xerife numa cidade do oeste, quando foi então assassinado. Sanders voltou para casa e decidiu fazer justiça com as próprias mãos, já que a polícia não conseguia pegar os criminosos responsáveis. Assim nasceu o Vigilante. Sua roupa basicamente eram de um cowboy mascarado, o que poderia confundi-lo com um herói das histórias do velho oeste, não se passassem nos nossos dias, e Greg preferia usar uma moto ao cavalo!


FLASH E LANTERNA VERDE GANHAM SUAS REVISTAS

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Em dezembro de 1941 saíram duas novas revistas, dando destaque aos dois novos astros da casa: FLASH E LANTERNA VERDE tiveram a honra de ganhar revista própria, coisa que até então só havia sido conferida ao Superman, Batman e a dupla cômica Mutt & Jeff (a republicação de uma popular tira de jornais da época).

Assim como esses três últimos, ALL-FLASH e GREEN LANTERN eram revistas trimestrais, que saiam sempre no começo de cada estação, trazendo algumas histórias inéditas e várias republicações, para quem perdeu os números da Flash Comics e All American Comics, revistas onde eles apareciam todos os meses.

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A revista do Flash foi chamada de ALL FLASH para não ser confundida com a Flash Comics, obviamente. E a título de curiosidade querem saber quem vendia mais, Flash ou Lanterna? Flash. Em menos de dois anos, a revista deixou de ser trimestral e passou a ser bimestral enquanto Green Lantern foi trimestral durante toda sua carreira.


SANDMAN: COLANTE E SIDEKICK

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Assim como o Vingador Escarlate, o Sandman parecia um herói saído das pulp magazines, com sua roupa civil. O seu disfarce era uma máscara de gás e as histórias eram sobre crimes e mistério, não sopapos e ação, coisa que era a tônica do gênero dos super-heróis.

Assim, para os editores da ADVENTURE COMICS, Wesley Doods deveria mudar ou sumir. A dupla que criara Aquaman, Mort Weisinger e Paul Norris, assumiu a série e mudou tudo: o herói passou a usar um colante amarelo e púrpura, e ganhou um sidekick: Sandy, the golden boy, o sobrinho de Dian Belmonte, a noiva do herói.

A estréia da nova roupagem foi no número 69, de dezembro de 1941. Não foi só o uniforme que mudou. Também o clima das aventuras, que passaram a incluir supervilões e muito mais pancadaria e acrobacias. O Wesley Doods detetive, enfrentando criminosos do mundo real, só voltaria anos mais tarde numa badalada revista do selo Vertigo, nos anos 90.


UM NOVO TIPO DE HERÓI

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O final do ano trouxe aquela destinada a ser a terceira grande personagem do universo DC, ficando atrás somente de Superman e Batman.

Sua estréia na verdade foi tímida e reservada, sem o menor barulho: Se tratava apenas de uma história “back-up”, no finalzinho da All Star Comics, a revista que se destinara a ser carro chefe da Sociedade da Justiça da América.

Isso mesmo, apesar de se tornar a principal atração da Sensation Comics nos meses seguintes, a MULHER-MARAVILHA fez sua estréia no número 08 de All Star Comics, de dezembro de 1941.

Ela foi o primeiro trabalho de um intelectual que até então não escrevia quadrinhos, o psicólogo William Moulton Marston. Dois anos antes, após ele ter defendido o poder pedagógico das histórias em quadrinos, Marston foi convidado por Max Gaines, co-fundador e sócio da All Americana Publications para ser consultor das suas revistas.

Participando das reuniões e lendo aqueles gibis, Marston teve a idéia dele mesmo criar um novo tipo de herói: “Um que triunfasse não com punhos ou poder de fogo, mas com o amor”, disse. “Ótimo. Mas tem que ser uma mulher”, observou sua esposa, Elizabeth.

Marston era apaixonado por sua esposa, que acreditava ser um novo tipo de liberada, emancipada mulher, incomum para aqueles anos 40. Ele se baseou nela para criar a nova personagem, que depois foi desenvolvida graficamente por Harry G. Peter.

A heroína iria ser o carro chefe da SENSATION COMICS, a nova revista que a All-American iria lançar no começo de 1942. Pra promover o novo lançamento, os editores pediram uma história curta que foi incluída no exemplar de dezembro da All Star Comics. E o resto, como dizem, é história.


A LEADING COMICS E OS SETE SOLDADOS DA VITÓRIA

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Apesar da parceria, a National Comics e a All American Publications eram empresas diferentes. A National pertencia a Harry Donenfeld, enquanto a All American era de Max Gaines e Jack Liebowitz, esse último, contador de Donenfeld, portanto funcionário de ambas as empresas. Todos os gibis eram impressos e distribuídos pela Independent News, de propriedade de Donenfeld.

Assim, não havia problemas de personagens da National apareceram nas revistas da All American e vice-versa. A única rivalidade, se havia, eram dos editores, que trabalhavam em empresas diferentes. Mort Weisinger, que trabalhava para a National, de certo sentiu-se novamente “inspirado” pela criação alheia, no caso a bem sucedida revista ALL STAR COMICS, da All American Publications, que tinha na Sociedade da Justiça da América seu carro chefe.

Weisinger então resolveu reunir os heróis da National que ainda não participavam da Sociedade em seu próprio clube, ou seja, uma revista “quartely” (trimestral), uma antologia com os heróis da National que não tinham antologia tal como a All Star Comics era para os personagens da All American Publications. Mas quem sobrara?

O Arqueiro Verde da More Fun Comics; Vingador Escarlate, da Detective Comics; o Cavaleiro Andante, da Adventure Comics; o Vigilante, da Action Comics; e o Star-Spangled Kid & Stripesy, da Star-Spangled Comics. Um conjunto minguado de pouco peso de poderes e heróis. Mas era o que Weisinger tinha em mãos (o Aquaman passava todo tempo debaixo do mar e viajando pelo mundo, fora dos EUA, por isso não era cogitado).

O grupo foi chamado de “Sete Soldados da Vitória”. Diferente da SJA, os sidekicks foram admitidos na equipe (provavelmente pra fazer volume). Assim como a Sociedade em All Star Comics, as histórias iniciais dos Sete Soldados na verdade eram antologias de cada um desses personagens vivendo suas próprias aventuras, escritas e desenhadas por autores diferentes, amarradas de alguma forma por um caso em comum, ou então eles simplesmente se reunindo e trocando experiências!

Nem de longe se comparava ao sucesso da SJA. Mas a equipe esteve por pelo menos 15 números a frente da Leading Comics, que era trimestral e aparecia a cada estação nas bancas norte-americanas.


1942: OS SUPER-HERÓIS SE ALISTAM

Em 07 de dezembro de 1941 os Estados Unidos declararam guerra ao Eixo – Alemanha, Itália e Japão. Acabou se tornando um consenso na sociedade norte-americana a guerra, ainda mais depois do ataque a base naval de Pearl Harbor.

Antes mesmo disso, muitos heróis já combatiam sabotadores nazistas ou ia à Europa dar uma força para os ingleses e a resistência francesa. Mas agora o jogo era pra valer. Praticamente todo super-herói entrou no clima da guerra, afinal os editores perceberam que patriotismo vendia gibi. Por isso houve a febre dos heróis patrióticos, e os que não eram, que passassem a ser. Foi bem nesse clima, que a terceira maior personagem da DC conheceu sua ascenção.


ELA ERA SENSACIONAL!

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Em janeiro de 1942 foi lançada a primeira edição da SENSATION COMICS, o mais novo sucesso da All-American Publications. Na capa, a MULHER-MARAVILHA, que já havia estrelado uma pequena história back-up no finalzinho de All Star Comics 08, em dezembro passado.

Foi nas páginas de Sensation Comics que a Mulher-Maravilha deu início a sua escalada para a glória. Era uma aposta em tanto dos editores lançar uma super-heroína num mercado onde a maioria dos consumidores eram meninos. Heroínas já haviam aparecido antes, mas nenhuma era um Best-Seller.

Mas a Mulher-Maravilha conseguiu o feito impressionante de nos anos 50 ser “um gibi para meninas”, isso é, cativou as meninas a também comprarem um gibi com uma super-heroína. Mas importante, os rapazes compraram, atraídos pelas belas curvas da morena, uma das primeiras heroína com pouca roupa de todos os tempos (e vai ver o segredo era esse).

Por trás de todo esse apelo a libido (dos meninos) e identificação (das meninas) estavam os ideais feministas do seu criador William Moulton-Marston, mas tratados de uma forma tão sutil e com tal pano de fundo que o gibi jamais pareceu chato ou didático para os jovens.

Outra coisa importante é que a Mulher-Maravilha vestia as cores patrióticas da bandeira norte-americana e se alistou bem cedo na 2ª Guerra Mundial. Tal como o Capitão América, da Timely, Diana ia direto ao encontro dos anseios dos leitores do seu tempo, que era combater a tirania e a opressão na Europa. O Capitão América era um soldado, Diana Prince era uma secretária do exército. Eles estavam no meio do confronto, não fazendo passeios como o Superman e o Batman.

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Mas a Mulher Maravilha não estava sozinha na revista de 68 páginas, é claro. Havia várias outras apresentações – lembrem que as histórias eram curtas, tendo no máximo 13 páginas. Um personagem famoso do Universo DC que estreou na SENSATION COMICS 01 foi o PANTERA (no original, Wildcat), criado pelo escritor Bill Finger e o desenhista Irwin Hansen.

Ted Grant era um boxeador injustamente perseguido que criou a identidade de super-herói para limpar o seu nome. Como a maioria das estrelas da All American Publications, o destino do Pantera era também fazer parte da Sociedade da Justiça.

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Outro personagem que também começou a ter suas histórias publicadas na Sensation Comics 01 e futuro colega de Ted na Sociedade da Justiça é o nosso “SR. INCRÍVEL” (Mister Terrific, no original). Criado por Charles Reizenstein e Hal Sharp, Terry Sloane era um homem de múltiplos talentos devido a sua memória fotográfica. Grande atleta, lutador marcial, homem de negócios. Sem desafios, o tédio o levou a desenvolver tendências suicidas, até que após salvar uma suicida da morte, se inspirou a salvar os outros, e adotou assim a identidade de “homem-misterioso” (eles não se chamavam super-heróis naquela época).

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Além desse “trio campeão”, havia também outras atrações curiosas na revista como o GAY GHOST (é isso mesmo que você leu!). Mas apesar do nome, Keith Everett estava interessado em mulheres, ou melhor, numa mulher, sua noiva, que teve que abandonar quando foi morto no século XVIII. Seus ancestrais o devolveram com a promessa de que lutaria pela causa da justiça. Mas há uma condição, ele tem que esperar por sua noiva vir buscá-lo. Só que ela acha que ele morreu e vai para a América. Por séculos, o fantasma assombra o castelo na Irlanda, até que uma descendente de Debora Wallace retorna, mas sabotadores nazistas estão atrás dela. O namorado de Debora é morto, mas o Fantasma encarna no corpo do rapaz, e após derrotar o rapaz, ele volta para a América com a noiva, onde passa a lutar contra o crime. Essa rocombolesca história criada por Gardner Fox e Howard Purcel foi publicada até o número 38 da Sensation Comics.

Outra atração da revista eram as aventuras de capa e espada de “Black Pirate”. O anti-herói Jon Valor havia feito sua estréia em Action Comics 23, mas foi em Sensation Comics onde achou um lar onde suas histórias eram mensalmente publicadas.


O PRIMEIRO ONDA AÉREA

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De vez em quando aparece nos quadrinhos da DC um super-herói (ou vilão) chamado Onda Aérea. Todos eles na verdade são sucessores de um esquecido super-herói dos anos 40, que figurou na mesma Detective Comics onde Batman reinava.

Airwave estreou no número 60, de fevereiro de 1942 na Detective Comics. Ele foi criado pelo desenhista Lee Harris com uma ajudinha do escritor/editor Mort Weisinger. O herói na identidade civil era Larry Lawrence, que desenvolveu um equipamento de rádio que permitia controlar não só as ondas de rádio como a eletricidade. Além de patinar em fios de alta tensão, esse personagem quase cômico tinha um papagaio (!) como sidekick, com quem batia papo durante as lutas!


DUPLA EXPLOSIVA

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Na World’s Finest 05, primavera de 1942, foi a publicada a primeira história de mais uma nova dupla de heróis, criada por Mort Weisinger: TNT & DAN, the dyna-mite. O professor Tex Thomas e seu aluno Daniel Dumbar foram vítimas de um acidente radiotivo, e assim descobriram que se tocando ganhavam poderes: força, velocidade e habilidade de gerar energia (Thomas gerava calor, e Dumbar gerava eletricidade). Eles fizeram anéis, que tinham que juntar para acionar os seus poderes, que tinham curta duração.

Depois da estréia na World’s Finest, a dupla se mudou para a STAR SPANGLED COMICS, onde a partir do número 07, de abril de 1942, passou a ser publicada mensalmente. Dentro do clima da Guerra, ele e seu parceiro tiveram diversas aventuras contra nazistas, na Europa.


A LEGIÃO JOVEM E SEU GUARDIÃO

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Depois do sucesso do Capitão América, na Timely Publications, os editores da National contrataram o estúdio que produzia o herói para fazer e reformular algumas séries para eles. Tratava-se da dupla Joe Simon (texto) e Jack Kirby (desenhos), realizando assim a primeira migração de peso de uma dupla de artistas para uma editora concorrente.

Uma das primeiras criações de Simon & Kirby para a DC foi com a LEGIÃO JOVEM, no original “Newboy Legion”, ou seja a legião de entregadores de jornal! Assim como a dupla Star Spangled Kid & Stripesy, era a inversão de um conceito interessante. Muitos heróis tinham uma “equipe de apoio” formada por garotos que os ajudavam em pequenas tarefas (como o Superman com os “superhomens da América” e o Capitão América com os “sentinelas da liberdade). Aqui era um grupo de garotos que eram os astros da série, com o herói, no caso o Guardião (quer nome melhor para uma verdadeira babá de moleques encrenqueiros?) aparecendo só no momento de salvá-los de uma enrascada maior.

A estréia do grupo foi no número 07 da Star Spangled Comics, em abril de 1942. A legião é um grupo de garotos órfãos que vendem jornais pra sobreviver e tem problemas com a polícia. Mas um oficial, Jim Harper, simpatiza com os meninos e fica de olho neles, como o super-herói Guardião. O que fica cada vez mais difícil, porque os garotos ora se metem nos seus casos, ora tentavam investigar coisas por conta própria!


O SEGUNDO, DIGO, O PRIMEIRO CAÇADOR

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Uma editora concorrente, chamada Quality Comics (que anos depois seria adquirida pela própria DC e hoje seus personagens fazem parte do UDC no geral) já havia lançado um super-herói chamado “Manhunter” (no Brasil, Caçador), que aparecia discretamente nas páginas de Police Comics.

No entanto, nas páginas de Adventure Comics, desde o número 58 (de 1940) apareciam as histórias de um detetive amador que ajuda a policia, com o título de “Paul Kirk, Manunter” (algo como Paul Kirk, o caçador). Ele não usava nenhum uniforme especial e até aí era apenas mais uma historieta estrelada por um aventureiro/detetive, como inúmeras outras nas páginas de Action Comics e Detective Comics, por exemplo.

Assim, fica a discussão, quem seria mesmo o primeiro Manhunter? Não importa. Joe Simon e Jack Kirby começaram uma série chamada “Manhunter” no número 73 da Adventure Comics, de abril de 1942, substituindo as histórias de Paul Kirk pelas aventuras de um aventureiro uniformizado que se chamava... Rick Nelson! Este sujeito era um caçador das selvas africanas que decidiu caçar criminosos nas grandes cidades.

No entanto, já no número 74, o editor fez Simon mudar o nome do personagem para PAUL KIRK, justamente porque os leitores notaram que já existia um Manhunter na revista, Paul Kirk. A solução foi dizer que se tratavam da mesma pessoa, e Rick Nelson era um nome falso!


SANDMAN EM RITMO DE AVENTURA

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No mesmo número 73 da Adventure Comics, a dupla Simon & Kirby começava outro run, agora assumindo o personagem Sadman. Seu uniforme já havia sido mudado por Paul Norris, e Mort Weisinger tinha lhe criado um sidekick, Sandy. Simon & Kirby mudaram o nome da série para “Sandman & Sandy, the golden boy”, e imprimiram um ritmo ainda mais frenético as histórios.

Dizem as más línguas que muito da pancadaria e inimigos nazistas que a dupla enfrentou doravante se tratavam de histórias que Simon tinha pensado para o Capitão América, mas como da briga da dupla com o dono do Timely, Martin Goodman, por causa de direitos autorais, eles fizeram apenas as dez primeiras edições de Capitão América.

Eles transferiram então esse “background” para essas histórias de Sandman, que de investigador já não tinha mais nada. O antigo empresário nerd e míope Wesley Doods de repente virou um sujeito atlético, capaz de várias faças de força e acrobacias, dignas de um supersoldado! Nem parece aquele sujeito meio gordinho que conhecemos através da linha Vertigo!


O PRIMEIRO HOMEM-ROBO

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O número 07 com certeza foi de mudanças para Star Spangled Comics. Estava claro que Star Spangled Kid & Stripesy embora não fosse um fracasso, também não era um fenômeno que por si só garantiria as vendas da revista. Por isso a introdução de novas séries como a Legião Jovem e TNT & Dinamite.

A esse time, também em abril de 1942, se juntou o HOMEM-ROBÔ. Não se trata do membro atual da Patrulha do Destino, Cliff Steele, mas de um herói completamente diferente (que inclusive deve ter influencido na criação de Cliff, o homem robô da era de prata).

ROBERT CRANE era um cientista que foi mortalmente ferido. Para salvá-lo seu cérebro foi transportado para um corpo robótico. Depois de se vingar dos homens que o “mataram”, Crane passou a combater o crime. O personagem era mais uma criação de JERRY SIEGEL, com desenhos aqui de Leo Nowak.


SOLDADOS ASSUSTADORES

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Com a América vivendo o clima da guerra, as HQs sobre o conflito começaram a pipocar. Um exemplo típico é “Ghost Patrol” (A patrulha fantasma), que estreou no número 19 de Flash Comics, de maio de 1942.

A HQ é sobre três soldados fantasmas – Fred, Pedro e Slim – que podiam voar, atravessar paredes, ficarem invisíveis e se comunicar entre si sem que os humanos soubessem. Devidamente fantasmagóricos!

Criados pela dupla de escritores Ted Udall e Emmanuel Demby, com arte de Frank Harry, a saga dos nossos heróis começa quando eles são mortos heroicamente para evitar que uma bomba nazista matassem inocentes. Mas seus espíritos não podem descansar enquanto não pegarem seus assassinos! Ainda assim a saga dos soldados iria além da guerra, depois aterrorizando gangsteres.


AS CRIANÇAS VÃO A GUERRA

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Desde o Robin, os editores sabiam que os garotos gostavam de se ver no papel de super-heróis. O Star Spangled Kid e a própria Legião Jovem iam nesse sentido. Mas a grande aventura da época era a Segunda Guerra Mundial. Território de soldados em luta encarniçada. Definitivamente não era um lugar para crianças. Ou não?

No mundo dos gibis da era de ouro tudo era possível. Simon & Kirby já haviam criado os “Sentinelas da Liberdade”, um grupo de garotos que combatiam os nazistas para a Timely Comics (e tinham freqüente ajuda do Capitão América, como o Guardião com a Legião Jovem). Eles resolveram fazer algo ainda mais radical, com garotos mais armados e dispostos a acabar com o inimigo: BOY COMMANDOS.

A série estreou em junho de 1942 no número 64 da Detective Comics. Se tornou rapidamente popular, com histórias extras saindo na World’s Finest Comics 21 e 22. O ano nem acabaria e os moleques soldados ganhariam sua própria revista, em dezembro. Mais impressionante ainda é que segundo Jack Liebowitz, Boy Commandos foi a terceira revista que mais vendeu no período da Segunda Guerra, ficando atrás somente de Superman e Batman!

E olha que a coisa não se deve somente ao patriotismo. Afinal, dos quatro meninos que compõem o comando, somente um é americano! Os Boys commandos são um grupo de adolescentes órfãos, que tiveram os pais mortos pelos nazistas! Então eles auxiliam os militares como uma tropa não-oficial, sobre o olhar vigilante do Capitão Rip Carter.
O membro americano do grupo, simplesmente chamado “Brooklyn”, anos mais tarde seria revelado que se tratava do nosso sargento Dan Turpin, que Jack Kirby criou nos anos 70! (Ou melhor, recriou, já que ele havia sido co-criador de Brooklyn nos anos 40). O resto da equipe eram André, um garoto francês; Alfie, da Inglaterra; e Jan Hansen, da Noruega. Outros garotos iriam se juntar ao time com o passar dos anos.


ESTRELA EM ASCENÇÃO

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Apenas seis meses depois da sua estréia, a Mulher-Maravilha ganhava sua revista trimestral. Os editores tinham ficado mais espertos depois dos fenômenos Superman e Batman a perceberem o que era sucesso, e agirem logo.
WONDER WOMAN 01 foi lançada em junho/julho de 1942, como o “exemplar de verão”. Foi a mais longeva revista da heroína, sendo cancelada apenas em 1986, quando a série foi zerada e a heroína foi relançada, após 329 edições de altos e baixos.

Na capa do primeiro número, Diana já aparece com o famoso “shortinho”, largando mão do vestidinho das primeiras aparições na Sensation Comics (onde continuava sendo mensalmente publicada). Para a época, era uma grande ousadia.


MR AMERICA É AGORA O AMERICOMANDO

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Tex Thompson já estava combatendo sabotadores há mais de um ano como Mr. America quando, em setembro de 1942, no número 52 da Action Comics, ele se encontrou com o Presidente Roosevelt em pessoa que lhe deu uma importante missão: se infiltrar nas linhas inimigas alemães!

Agora Tex Thompson era o Americommando, vivendo aventuras muito mais arriscadas e perigosas na Europa, em plena guerra mundial. Seu parceiro cômico, Fatman, com efeito, deixaria de aparecer. Os leitores não queriam brincadeira, afinal essa a Action Comics.

A capa dessa edição em particular é interessante, porque Superman dominava completamente a cena desde 1939. Aqui é uma das raras ocasiões em que as demais estrelas do título aparecem ao selo lado: o citado Americommando, Zatara, Vigilante e Congo Bill, que se mudara para a revista desde o número 37 (junho de 1941).


HERÓIS PATRIÓTICOS

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Como dito acima, também não demorou muito para Boy Commandos ganhar sua própria revista trimestral, seis meses após a sua estréia! Esses garotos guerrilheiros tinham assim uma honraria que nem ícones da era de ouro como Espectro, Star Spangled Kid, Starman, Gavião Negro, só pra citar alguns, não conseguiram.

O número 01 saiu em dezembro de 1942. Mas diferente dos outros “almanaques” da editora, os jovens heróis não estavam sozinhos. Quase toda a totalidade da revista era deles, claro, mas havia uma exceção: LIBERTY BELLE.

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A heroína, criada pelo escritor Don Cameron, com desenhos de Chuck Winter, era mais uma na onda patriótica. Elizabeth “Libby” Lawrence é uma radialista que adquire seus poderes quando soa o “sino da liberdade”, importante cânone da mitologia norte-americana que está na cidade da Filadélfia. Esse sino soou para chamar a cidade na guerra da independência e até hoje é atração turística, aliás.

Toda vez que esse sino soava, Libby ganha superforça, resistência e velocidade. Para tocar o sino para ela, ganhou um assistente (tocar o sino? Sei, sei, por favor não pensem besteira!). Isso de certa forma a limitava a combater na sua cidade natal, onde combatia sabotadores nazistas em geral. Após dois números na Boy Commandos, a heroína se mudaria em definitivo para a Star Spangled Comics, onde ficaria até o final da guerra.


DOSE TRIPLA

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O final do ano reservaria ainda mais uma revista da All American Publications. Afinal, se a National tinha WORLD’S FINEST, uma revista de 15 centavos e 100 páginas, com suas maiores estrelas Batman e Robin, porque a All American não poderia ter uma revista igual?

Os heróis escolhidos para a nova publicação foram os três personagem mais famosos da American Publications: Mulher-Maravilha, Flash e Lanterna Verde, respectivamente.

COMICS CAVALCADE 01 saiu no finalzinho do ano de 1942, como um almanaque trimestral de 100 páginas, sendo assim a segunda revista DC a custar 15 centavos. Era uma dose tripla dos heróis que já eram carros chefes das suas publicações mensais (Sensation Comics, Flash Comics e All American Comics), tinham seus almanaques trimestrais próprios e ainda por cima saiam em mais essa antologia.

1943: ECONOMIA DE GUERRA

As revistas em quadrinhos vendiam muito, mas a América passava por uma economia de guerra: ou seja, significa que muitos produtos começam a faltar, devido ao conflito na Europa. O papel no mercado começou a ficar escasso, e a National Comics e a All American Publications, como muitas editoras, tiveram que parar o seu crescimento para atender as exigências do departamento de Guerra.

O pedido do governo é que as editoras usassem 10% menos de papel do que em 1942. Em suma, isso impediu o surgimento de novas revistas não só naquele ano, como até 1945. Mais grave ainda, algumas revistas tiveram que deixar de ser mensais como a More Fun Comics e a Adventure Comics, que deixaram de ser mensais, e passaram a ser bimestrais. A All American Comics passou a ter oito número por ano, ao invés de doze.

As únicas revistas mensais eram as que mais vendiam, como Action Comics, Detective Comics, Sensation Comics, Flash Comics e a Star Spangled Comics.

Bimestralmente eram publicadas as revistas Superman, Batman, Wonder Woman, All Flash, All Stars Comics e Mutt & Jeff (dupla satírica de humor que havia surgido nos jornais dos anos 30).

Já trimestralmente saíam Boy Commandos, World’s Finest, Leading Comics, Green Lantern, Comic Cavalcade e “Picture Stories from the Bible”. Esta última era uma revista lançada pela All American no ano anterior, onde o título já diz tudo.
Assim, sem poder criar novos super-heróis, os editores se concentraram em criar personagens coadjuvantes e apimentar os quadrinhos que já publicaram.

Por outro lado, 1943 foi quando o primeiro superherói DC ganhou uma adaptação em live-action – afinal o Superman tinha ganho até então uma série de desenhos animados e outra de rádio. Mas o primeiro a ser intepretado por um ator de carne e osso foi... o Batman! Com 15 episódios, a série ficou longe de ter o mesmo sucesso das séries do Capitão Marvel e do Fantasma... mas tiveram lá seu papel em aumentar a popularidade do personagem.

O PRIMEIRO ALFRED

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Conhece esse sujeito bonachão aí em cima? Poisé, ele é Alfred Pernyworth, o mordomo do Batman. Não, eu estou falando sério. Pelo menos foi desta forma que ele se parecia em Batman 16, de abril de 1943, em sua primeira aparição.

Alfred inicialmente uma figura cômica nas histórias (como o parceiro do Lanterna Verde Alan Scott): um mordomo que mais atrapalhava do que ajudava quando se metia a dar uma de detetive. Isso iria um ano depois, onde Alfred ganharia a imagem que conhecemos, graças ao ator William Austin, que fazia seu papel na primeira bat-série do cinema. Assim, o Alfred que conhecemos até hoje tem a fuça do Austin (exceto nos filmes atuais, ironicamente).


E SURGE A KRIPTONITA

Se a aparência do Alfred veio do cinema, devemos a kriptonita ao rádio. Aliás, já havia sido o rádio que havia dado nome aquele Office boy que aparecia nas histórias em quadrinhos do superman, um moleque ruivo e sardento. Como o rádio é um meio de comunicação que só conta com as palavras, tinham que inventar um nome e uma voz pra ele: Jimmy Olsen. Mas isso foi em 1941. Em 1943, o programa de rádio do Superman – um dos mais ouvidos da América – criou um meteorito capaz de tirar de enfraquecer o homem de aço: a kriptonita!

No entanto, o minério só daria as caras nos quadrinhos em 1949. Demorou pra cair a ficha, principalmente do criador/escritor Jerry Siegel, que chegou a escrever uma história onde um meteorito também enfraquece o Superman, mas é chamado de... Metal X!


LÁ VEM ELA, VESTIDA DE CHEETA...

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Se o Superman tem Lex Luthor e o Batman tem o Coringa, quem seria a arqui-inimiga da Mulher-Maravilha, o terceiro ícone da DC? Vários candidatos apareceram nas páginas de Sensation Comics, mas Cheetah ocupa o posto de mais antiga e tradicional das rivais da maravilhosa.

Sua primeira aparição se deu na Sensation Comics 06, de outubro de 1943. A primeira delas era uma mocinha aristocrática chamada Priscilla Rich, que tinha problemas de dupla personalidade. É essa versão que aparece no famoso desenho dos superamigos contra a Legião do Mal. A personagem acabou morta no início dos anos 80 e substituída brevemente por sua sobrinha, Debora Domaine, mas logo veio a Crise nas Infinitas Terras e apagou isso tudo. Hoje a vila atenta pelo nome de Dra. Barbara Minerva, e tem um visual melhorado – além de ser bem mais perigosa.


O HOMEM IMORTAL

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VANDAL SAVAGE é uma figurinha carimbada no universo DC, e os leitores estão acostumados a vê-lo enfrentar a Sociedade da Justiça, ou então o Flash Wally West. No entanto, nos anos 40, quando surgiu, o vilão era pedra no sapato de outro super-herói... Alan Scott, o primeiro Lanterna Verde!

Ele apareceu pela primeira vez no número 10 da revista trimestral do Lanterna Verde, Green Lantern Quartely, em dezembro de 1943. Se Savage não conseguiu a fama que Lex Luthor ou o Coringa tiveram, se deve ao fato principalmente do Lanterna Verde ser então um personagem de segundo escalão. OU talvez por Savage, assim como Solomon Grudy, o outro adversário de Alan Scot
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A história da DC Empty Re: A história da DC

Mensagem por Brainiac Seg Set 05, 2011 5:01 pm


OS HERÓIS DA ERA DE OURO


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DOUTOR OCULTO
Criado por Jerry Siegel & Joe Shuster (primeira aparição: More Fun Comics 06, setembro de 1935)

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SLAM BRADLEY
Criado por Jerry Siegel & Joe Shuster (primeira aparição: Detective Comics 01, março de 1937)

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SPEED SAUNDERS
Criado por Creig Fressel (primeira aparição: Detective Comics 01, março de 1937)

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SUPERMAN
Criado por Jerry Siegel & Joe Shuster (primeira aparição: Action Comics 01, maio de 1938)

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ZATARA
Criado por Fred Guardineer (primeira aparição: Action Comics 01, maio de 1938)

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TEX THOMPSON (futuramente Mr. America e Americommando)
Criado por Bernard Baily (primeira aparição: Action Comics 01, maio de 1938)

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VINGADOR ESCARLATE
Criado por Jim Chambers (primeira aparição: Detective Comics 20, setembro de 1938)

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BATMAN
Criado por Bob Kane e Bill Finger (primeira aparição: Detective Comics 27, maio de 1939)

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SANDMAN (Wesley Doods)
Criado por Gardner Fox e Bert Christian (primeira aparição: Adventure Comics 40, junho de 1939)


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HOP HARRIGAN
Criado por Jon Blummer (primeira aparição All American Comics 01)


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FLASH (Jay Garrick)
Criado por Gardner Fox e Harry Lampert (primeira aparição: Flash Comics 01, janeiro de 1940)

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GAVIÃO NEGRO
Criado por Gardner Fox e Dennis Neville (primeira aparição: Flash Comics 01, janeiro de 1940)

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JOHNNY TROVOADA
Criado por John Wentworth e Stan Achmeier (primeira aparição: Flash Comics 01, janeiro de 1940)

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O CHICOTE
Criado por John Wentworth e George Storm (primeira aparição: Flash Comics 01)

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O ESPECTRO
Criado por Jerry Siegel (primeira aparição: More Fun Comics 52, fevereiro de 1940)

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HOMEM-HORA
Criado por Ken Fitch e Bernard Baily (primeira aparição: Adventure Comics 48, março de 1940)

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ROBIN
Criado por Jerry Robinson e Bill Finger (primeira aparição: Detective Comics 38, abril de 1940)

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SENHOR DESTINO
Criado por Gardner Fox (primeira aparição: More Fun Comics 55, maio de 1940)

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CONGO BILL (futuro Congorilla)
Criado por Withney Ellsworth e George Papp (primeira aparição: More Fun Comics 56, junho de 1940)

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LANTERNA VERDE (Alan Scott)
Criado por Martin Nodell e Bill Finger (primeira aparição: All American Comics 16, julho de 1940)

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ÁTOMO
Criado por Ben Flinton e Bill O’Conner (primeira aparição: All American Comics 19, outubro de 1940)

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RED TORNADO (Ma Hunkel)
Criada por Sheldon Meyer (primeira aparição: All American Comics 03, como Ma Hunkel, All American Comics 20, como Red Tornado, novembro de 1940).

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SOCIEDADE DA JUSTIÇA DA AMÉRICA
Criada por Sheldon Meyer e Gardner Fox (primeira aparição: All Star Comics 03, dezembro de 1940)

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DOUTOR MEIA-NOITE
Criado por Charles Reizenstein e Stanley Aschmeier (primeira aparição: All American Comics 25, abril de 1941)

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STARMAN (Ted Knight)
Criado por Jack Burnley (primeira aparição: Adventure Comics 61, abril de 1941)

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SARGON, O FEITICEIRO
Criado por John Wentworth e Howard Purcell (primeira aparição: All American Comics 26, maio de 1941)

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JOHNNY QUICK
Criado por Mort Weisinger (primeira aparição: More Fun Comics 71, setembro de 1941)

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CAVALEIRO ANDANTE (ou CINTILANTE, depende da tradução)
Criado por Creig Fressel (primeira aparição: Adventure Comics 66, setembro de 1941)

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SIDERAL & LISTRADO (ou FAIXA)
Criado por Jerry Siegel e Hal Sherman (primeira aparição: Action Comics 40, setembro de 1941)

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TARANTULA
Criado por Mort Weisinger (primeira aparição: Star Spangled Comics 01, novembro de 1941)

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AQUAMAN
Criado por Mort Weisinger e Paul Norris (primeira aparição: More Fun Comics 73, novembro de 1941)

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ARQUEIRO VERDE E RICARDITO
Criados por Mort Weisinger e Georg Papp (primeira aparição: More Fun Comics 73, novembro de 1941)

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VIGILANTE (Greg Sanders)
Criado por Mort Weisinger e Mort Meskin (primeira aparição: Action Comics 42, novembro de 1941)

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MULHER MARAVILHA
Criada por William Moulton Marston (primeira aparição: All Star Comics 08, dezembro de 1940)

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OS SETE SOLDADOS DA VITÓRIA
Criados por Mort Weisinger (primeira aparição: Leading Comics 01, dezembro de 1941)

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PANTERA
Criado por Bill Finger e Irwin Hansen (primeira aparição: Sensation Comics 01, janeiro de 1942)

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SR. INCRÍVEL
Criado por Charles Reizenstein e Hal Sharp (primeira aparição: Sensation Comics 01, janeiro de 1942)

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FANTASMA GAY (!)
Criado por Gardner Fox e Howard Purcel (primeira aparição: Sensation Comics 01, janeiro de 1942)

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ONDA ÁREA
Criado por Lee Harris e Mort Weisinger (primeira aparição: Detective Comics 60, fevereiro de 1942)

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TNT E DINAMITE
Criados por Mort Weisinger (primeira aparição: World’s Finest 05, março de 1942)

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LEGIÃO JOVEM E O GUARDIÃO
Criados por Joe Simon & Jack Kirby (primeira aparição: Star Spangled Comics 07, abril de 1942)

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O CAÇADOR (Paul Kirk)
Criado por Joe Simon & Jack Kirby (primeira aparição: Adventure Comics 73, abril de 1942)

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HOMEM-RÔBO
Criado por Jerry Siegel (primeira aparição: Star Spangled Comics 07, abril de 1942)

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GHOST PATROL
criados por Ted Udall e Emmanuel Demby (primeira aparição: Flash Comics 19)

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BOYS COMMANDOS
Criados por Joe Simon e Jack Kirby (primeira aparição: Detective Comics 64, junho de 1942)

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LIBERTE BELLE (também chamada no Brasil de Lili Liberdade)
Criada por Don Cameron e Chuck Winter (primeira aparição: Boy Commandos 01, dezembro de 1942)


OS CRIADORES DA ERA DE OURO

JERRY SIEGEL
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Jerry Siegel é sem dúvida o criador mais importante da National Comics durante a Era de Ouro. E se não ganha em quantidade, nem em qualidade, ele ganha em importância. Foi ele quem criou o Superman, que deu início a todo o gênero.

Antes do homem de aço, Siegel e seu amigo Joe Shuster tentaram outras séries, em diversos gêneros, desde Doutor Oculto, uma mistura de mago com detetive; Henry Duvall, as aventuras de um mosqueteiro no século XVII; Sandy Kean and the radio squad, uma série policial; Federal Man, uma série que misturava histórias policiais e ficção cientifica; Spy, uma série sobre espionagem, como diz o título; e finalmente o detetive Slam Bradley, a primeira estrela da revista Detective Comics. Este último e o Doutor Oculto são sem dúvida os mais importantes, a ainda aparecem nas revistas DC até os dias de hoje.

Além do Superman, foi Siegel que criou alguns dos personagens principais do seu elenco coadjuvante, como Lois Lane, Lex Luthor, Mxpltz e o Galhofeiro. Não podemos esquecer-nos do Ultra-Humanóide, que acabou virando adversário numero um da Sociedade da Justiça.

Depois do Superman, Siegel ainda criou o Espectro, sua Hq mais sinistra; a dupla de heróis que aqui já tiveram vários nomes Star Spangled Kid e Stripsy (chamados muitas vezes de Sideral e Listrado); e o primeiro Homem-Robô, que viria a servir de protótipo para o nosso conhecido Homem Robo da Era de Prata, Cliff Steele, da Patrulha do Destino.

Por ultimo, Siegel fez uma reinvenção do seu próprio personagem de maior sucesso, ao criar o Superboy, a versão adolescente do Superman.


GARDNER FOX
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Gardner Fox ganha no aspecto de qualidade, e fica no segundo lugar no quesito de importância. Ele começou criando o Sandman, e pensem bem, se ele não tivesse criado Wesley Doods, será que teríamos o clássico de Neil Gaiman nos anos 90?

O sucesso no entanto só veio com suas criações posteriores: Flash, Gavião Negro, Senhor Destino, a própria Sociedade da Justiça... posteriormente, na Era de Prata, Gardner Fox estaria a frente da revitalização de vários títulos, incluindo a criação da super equipe da nova geração, a Liga da Justiça.

Se ele é o “segundo autor mais importante” da Era de Ouro, perdendo só para Jerry Siegel, é incontestável que no computo geral de toda a história da DC, envolvendo todas as eras, ele sem dúvida foi o cara mais importante. Um verdadeiro herói infelizmente pouco conhecido inclusive pela maioria dos decenautas.


MORT WEISINGER
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Mort Weisinger ganha no aspecto “quantidade” na Era de Ouro, principalmente pelo aspecto “cara de pau”. Enquanto a DC acusava o Capitão Marvel de plágio, Weisinger não tinha problema de sacar idéias, seja da concorrência,seja dentro da própria casa. Não a toa, sua primeira criação foi Johnny Quick, outro herói “mais rápido do mundo”, exatamente como o Flash, nas páginas de More Fun Comics! Ele tinha ousado dar a um superherói exatamente o mesmo superpoder do outro, numa época em que se um cara tivesse superforça, era acusado de copiar o Superman.

E embora devamos a Weisinger coisas mais originais como o Tarantula, o Vigilante e a dupla TNT e Dinamite, esses são até hoje ilustres desconhecidos. São os plágios descarados de Weisinger que caíram na graça dos leitores, sendo os mais ilustres o Aquaman, inspirado como uma resposta ao grande sucesso da Timely Comics, Namor, o Principe Submarino; e Arqueiro Verde, que em vários aspectos era inicialmente uma cópia do Batman, apesar da inspiração também em Robin Hood.

Ele ousou até mesmo copiar o conceito de super-equipe, inaugurado pela Sociedade da Justiça, criando os Sete Soldados da Vitória, com os “restolhos” da DC naquela época. Se hoje temos vários supermans por aí, como o Sentinela, Hiperion e Supremo, foi Weisinger que tornou isso possível, ao desafiar os limites do que seria plágio ou "homenagem".


BILL FINGER
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Bill Finger é o maior injustiçado da história da DC. Ele é na verdade o co-criador do Batman, a quem nunca lhe foi dado o crédito, até hoje. Bob Kane apareceu com os rascunhos de um tal “Birdman” (sim, homem-pássaro!), e foi Finger que o transformou no Homem-Morcego. Que lhe deu a identidade secreta de Bruce Wayne, que criou o Comissário Gordon, e criou a sua origem macabra, uma das melhores e mais fortes dos quadrinhos, que funciona até hoje.

Enquanto Bob Kane contratava “desenhistas fantasmas”, e assinava apenas seu nome nas histórias, eram Finger quem criava o enredo para a maioria das histórias do Batman, e ajudou a criar a maioria dos seus vilões, inclusive o Coringa, a Mulher-Gato, Hugo Strange, o Pinguim e o primeiro Cara de Barro.

Além do Batman, devemos a Finger o primeiro Lanterna Verde, cujo crédito ficava também somente para o desenhista Martin Nordell. Por último, devemos a Finger o Pantera, nosso estimado e veterano Ted Grant, membro de quase todas as formações da Sociedade da Justiça.

Além de criar esses personagens, Finger trabalhou para quase todas as séries da dC como escritor. Assim como Gardner Fox, Finger era uma fonte ilimitada na hora de criar histórias, numa industria voraz, que precisava de dezenas delas por mês.


JOE SIMON & JACK KIRBY
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Essa dupla não dá pra tratar separadamente, porque são uma verdadeira entidade nos anos 40. Nunca dava pra saber onde começava um e terminava o outro, se a idéia original tinha sido do Jack ou do Simon, e o outro sempre contribuía tanto pro primeiro passo, que modificava a coisa toda.

Hoje é típico a contratação de autores de sucesso de uma editora concorrente, mas nos anos 40, a primeira vez que isso aconteceu, foi com Simon & Kirby. Até então, os autores eram tidos pelos fãs como membros permanentes da casa onde trabalhavam. Simon & Kirby tinham criado o Capitão América, o maior sucesso da Timely.

Uma briga dos autores com os editores da futura Marvel era o que a DC precisava, e os contratou na primeira chance. Um dos seus primeiros trabalhos foi reformular o herói Sandman, que era baseado nos decadentes heróis das pulp-magazines e transformá-lo num verdadeiro super-herói.

Mas muito mais importante do que isso, foi a criação de A Legião Jovem e o Guardião, uma série que salvou a revista Star Spangled Comics do cancelamento e criou personagens que até hoje são queridos pelos fãs mais ortodoxos. Outra criação da dupla foi o primeiro Caçador da National, Paul Kirk, que foi a base para diversos personagens com o mesmo nome que apareceram nestes anos todos de DC Comics.

Mas o grande sucesso da dupla é um titulo que durante a época da segunda guerra chegou a ser a terceira mais vendida da DC, atras somente de Superman e Batman: The Boys Commandos. Uma revista de guerra estrelada por... quatro meninos! A dupla sabia captar o desejo do leitor – e o que era a Legião Jovem senão os próprios leitores sendo protagonistas de suas aventuras, com o superherói (o guardião) relegado ao papel de coadjuvante? Boys Commandos realizava o desejo dos garotos de combater Hitler e Mussolini na Europa. É claro que um gibi tão ligado a segunda guerra estava com os dias contados quando ela terminasse, mas enquanto durou o conflito, a revista tinha um forte apelo entre os leitores.


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Mensagem por Questao Seg Set 05, 2011 6:57 pm

engraçado que o doutor destino tinha aventuras inspirada nos livros de lovecraft criado do estilo cuthuluano e saiu de moda nos anos 50 assim como os super herois em geral,mas até hoje tem muito seguidores

sandman das historias antigas era o melhor,até hoje eu leio as historias que saem do teatro do misterio adoro o climão pulp que tem as revistas que se passam nos anos 30 e 40

esqueceu de falar do envolvimento sinistro da mafia com as primeiras editoras de quadrinhos uahuahu mas normal porque na epoca todo mundo tava envolvido com a mafia uahau

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Mensagem por Parallax Seg Set 05, 2011 7:22 pm

Eu nao considero o Doutor Meia Noite um heroi cego, pelo simples fato de que ele nao eh.... cego! O cara enxerga. Tem uma miopia diurna, mas enxerga normalmente durante a noite. A propria explicaçao diz isso. Teve a visao alterada do dia para a noite. Entao ele pode ter problemas de visao sim, mas nao eh cego.
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Mensagem por Questao Seg Set 05, 2011 7:32 pm

Parallax escreveu:Eu nao considero o Doutor Meia Noite um heroi cego, pelo simples fato de que ele nao eh.... cego! O cara enxerga. Tem uma miopia diurna, mas enxerga normalmente durante a noite. A propria explicaçao diz isso. Teve a visao alterada do dia para a noite. Entao ele pode ter problemas de visao sim, mas nao eh cego.

verdade o certo seria o primeiro deficiente visual auhauh

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Mensagem por Brainiac Seg Set 05, 2011 11:30 pm

SUPER-HOMEM DA ORIGEM AOS DIAS DE HOJE




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Poderoso, imponente, invencível. Criado por Jerome (Jerry) Siegel e Joseph (Joe) Shuster, ele é, certamente, o herói mais famoso do mundo. Seu sucesso garante seu eterno posto em hq's, cinema e desenhos animados. Mas ele nem sempre foi como o conhecemos hoje. Diferente na aparência, nos poderes e no caráter, ao longo dos anos este personagem passou por diversas alterações desde sua concepção. Acompanhe neste incrível e único post, a origem e ascensão do maior herói de todos os tempos: SUPER-HOMEM!

Como toda criação, a origem do Super-Homem é baseada em fatos verídicos da vida de seus criadores. Acompanhe este artigo com atenção, e vc perceberá nomes e situações reais similares ao contexto do personagem.

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Nos anos 30, a principal novidade na história dos "comics" foi o surgimento de um novo formato chamado COMIC-BOOK - uma adaptação quadriniada das novelas de "pulp fiction". Os comic-books tinham grande circulação, eram impressos em papel barato e se tornaram muito populares nesta década.

Os comic-books foram responsáveis por alavancar a difusão do gênero, tornando-se leitura frequente entre os soldados em campanha, vindo a se tornar linguagem comum nos manuais de instrução e treinamento militares. Will Eisner (criador de Spirit e mestre incontestável da linguagem dos quadrinhos) foi um dos que produziu artes sequenciais para tais propósitos.

O grande sucesso de público dos comic-books podia ser creditado a sua apresentação vistosa, muito colorida, amparado na enorme aceitação popular das tiras diárias nos principais jornais americanos. Mas, sem dúvida, a maior parte do sucesso se deve ao surgimento em profusão de super-heróis nas suas páginas, que sempre apresentavam habilidades e poderes sobre humanos.


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Nascido em 1914, Cleveland, Jerry Siegel teve seu pai assassinado com dois tiros num assalto em sua loja. O crime nunca foi solucionado. Com isso, o padrão econômico da família Siegel caiu consideravelmente. Naturalmente, isso abalou a vida do adolescente que, ao mesmo tempo que piorou seu desempenho nos estudos, começou a imaginar super heróis que lutassem contra o crime. Jerry começou então a fazer parte do jornal semanal de sua escola, o The Torch, alimentando seu sonho de um dia se tornar reporter. Nesta época, conheceu Lois Amster que fazia parte da equipe editorial do jornal, e foi vencedora do título "Mais Popular", ganhando o apelido de "Petite Lois" dos colegas de redação.

Nascido em 1914, Toronto, Joe Shuster mudou para Cleveland quando tinha 9 anos. Seus desenhos impressionaram o editor do jornal da escola que estudava. Este editor era Jerry Fine, primo de Jerry Siegel. Quando o editor soube que Joe iria se mudar para mesma escola que Jerry Siegel, recomendou que o procurasse, na certeza que trabalhariam bem juntos. Assim se originou a famosa e bem sucedida parceria entre Jerry Siegel e Joe Shuster.

Em meados dos anos 20, o fisiculturismo entrava na moda. Charles Atlas, eleito "o homem do corpo mais perfeito do mundo" se tornou uma referência visual para os heróis da época. Heróis como Tarzan e Fantasma eram desenhados com base no corpo deste atleta, que também atuava como modelo para capas que, na época, eram fotografadas, não desenhadas.


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Logo, Charles Atlas se tornou um ídolo para Joe Shuster, que vislumbrava uma carreira profissional como desenhista de quadrinhos, e percebeu que era um sonho possível, já que alguns desenhistas de tirinhas famosas eram pouco mais velhos que ele.

Em 1929, Jack Williamson, correspondente de Jerry Siegel, escreveu o romance The Girl From Mars, onde um alienígena, vivendo em nosso planeta, era dotado de poderes superiores aos dos humanos normais.

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Em 1931, a revista nº 1 do Sombra se esgotava nas bancas, abrindo caminho para Agente Secreto, Dick Tracy, entre outros, fomentando as fantasias de Jerry Siegel que anseiava mesclar ficção científica e luta contra o crime na mesma história. Somado isso ao sucesso de Harold Foster ilustrando as hq's do Tarzan, Siegel e Shuster começaram a traçar seus planos para um trabalho próprio no mundo das tiras em quadrinhos.

Às vésperas de completar 18 anos, Siegel anunciou nas páginas do The Torch o lançamento de sua própria revista: Science Fiction: The Advance Guard of Future Civilization.

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O anúncio prometia escritores conhecidos e um grande investimento em propaganda. Na verdade, os "famosos" escritores anunciados eram quase todos compostos por pseudônimos do próprio Shuster e Siegel, que se revesavam para produzir a revista. Mas o preço era ousado demais: 0,15 cents, 50% a mais que o preço cobrado pelo renomado fanzine The Time Traveller (O Viajante do Tempo), que possuía uma qualidade gráfica surpreendente, ao contrário da nova Science Fiction, que era toda datilografada e xerocada.

Porém, produzindo colunas de resenhas de livros, Jerry Siegel conheceu um livro que deu novo rumo a suas idéias: Gladiator, de Philip Wylie.

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Gladiador era um mito sobre o homem superior e a sociedade medíocre que destruía tudo aquilo que poderia vir a beneficiá-la. Em sua trama, um biólogo transforma o próprio filho, Hugo Danner, no protótipo do homem perfeito: invencível, força e vitalidade além do comum e dotado de superioridade moral inata. Ao atingir a idade adulta, Hugo decide ir de encontro a civilização ajudar seus semelhantes. Porém encontra uma sociedade mesquinha e injusta, onde é explorado de todas as formas até aprender a lidar com o mundo e a humanidade.

"Faço algumas coisas que me assustam, pai. Consigo saltar mais alto que uma casa, correr mais rápido que um trem..." Ou quando Hugo, em meio ao campo de batalha, descobre que as balas não ferem sua pele, e os tiros de canhão não fazem mais que derrubá-lo. Enfim, Hugo constrói uma fortaleza solitária em meio a floresta, para aliviar seu relacionamente com o ambiente pesado que vive com os humanos. Estes são alguns trechos do livro, que apontam Gladiator como o maior catalizador de inspiração para Siegel desenvolver seu personagem.

Gladiator, Tarzan, John Carter de Marte, entre outros, eram personagens de sucesso que serviram como referência anatômica e, acima de tudo, exemplos do caráter nobre que um herói deveria possuir.

Com a mente fervilhando de idéias e aliado aos desenhos de Joe Shuster, Jerry Siegel dá a luz o primeiro Superman, a primeira versão do personagem, no título: THE REINGN OF THE SUPERMAN, na Science Fiction #3.

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Um novel futurista com apenas 9 páginas datilografadas. Porém, este primeiro Super-Homem não era um herói. Nesta trama, Jerry se apegou mais a ficção científica do que ao heroísmo: A história ocorre durante a depressão de 1929, que inunda os EUA de desempregados e famintos. Um cientista chamado Prof. Smalley escolhe um dos miseráveis (Dunn) para ser cobaia de um esperimento. Injetando no corpo da cobaia uma substância encontrada em um meteóro, este adquire um poder mental surpreendente. Capaz de ouvir pensamentos alheios, Dunn foge semi-enlouquecido, em choque com seu novo poder. Faminto por conhecimento e com pleno domínio sobre a mente das pessoas, Dunn mata o Prof. Smallry e inicia seu plano de domínio mundial. Antes de morrer, o cientista envia uma carta-testamento ao principal jornal da cidade. O repórter Forrest Ackermann tenta enfrentar este Super-Homem, sem sucesso. Mas na eminência de sua morte, faz uma oração silenciosa pedindo o fim de tal tormento. Quando, por milagre, o efeito do soro começa a passar e Dunn se arrepende de seus males, ao entrar para história como uma maldição, e não como uma bânção. Embora não fosse religioso, a intervenção divina do final também foi inspirada na história do Gladiator.

Samanas após sua publicação, Siegel se depara com um novo lançamento numa propaganda nas últimas páginas da revista The Shadow: O título era Super-Homem, logo abaixo estava a figura de um homem musculoso lutando contra um atirador, seguido pela legenda "Doc Savage - Mestre da mente e do corpo".

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Doc Savage também se inspirara em Gladiator. A criação de Lester Dent era o protótipo do homem perfeito: corpo musculoso, pele cor bronze, cultivado artificialmente em laboratório, Savage falava qualquer idioma deste planeta, manejava qualquer arma e pilotava qualquer máquina. Possuía conhecimentos avançados em física, química, biologia e mecânica. Tinha resistência física excepcional e, graças a uma dieta especial, seu corpo envelhecia lentamente. Periodicamente ele se isolava na Fortaleza da Solidão, sua base secreta localizada no Ártico, onde ele planejava sua próxima empreitada. Seguia os mesmos passos que o pai, falecido em circunstancias misteriosas.

Para Siegel, tudo mudou. O conceito de Super-Homem que, anteriormente era um clichê entre força e poder, finalmente ganhara foco de um super herói.

Em março de 1933, a revista Detective Dan, editada pela Humor Publishing (uma cópia mal feita de Dick Tracy) foi cancelada devido a má qualidade e falta de vendas. Porém, o fato de ser desenvolvida por jovens como os próprios Jerry e Joe, os incentivaram a levar seu novo projeto a diante.

A idéia era escrever e desenhar uma tira de ação com um herói de autoria própria e vendê-la para Humor Publishing. Mas não seriam quadrinhos policiais, seria algo grandioso, maior que Tarzan e Buck Rogens, mais fantástico que Gladiator e Doc Savage. Seria sobre um super-humano com boa índole. Seu nome seria SUPER-HOMEM.

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No mesmo ano de 1933, a primeira versão do SUPER-HOMEM como personagem de quadrinhos foi enviada para Humor Publishing que, após meses de silêncio, devolveu os originais e rejeitou a proposta de Siegel e Shuster. Mais tarde, Jerry enviou o mesmo projeto para Charles Gaines, da revista Famous Funnies, em 1934, mas o resultado foi o mesmo.

Desta primeira versão, restou apenas o esboço da capa (ao lado), encontrada décadas mais tarde na escrivaninha de Gaines. Nesta época, grandes mudanças foram feitas no herói.

Em 1934, o romance Pimpinela Escarlate foi lançado nos cinemas. Era um drama sobre a dupla identidade e a aparente ingenuidade do herói perante a mocinha. Era um dos romances favoritos de Siegel e acabou se tornando o modelo para Clark Kent e Lois Lane.

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Com uma índole mais baseada em Sansão e no pópriono próprio Jesus Cristo, SUPER-HOMEM começou a ganhar o caráter de salvador do mundo, lutando por justiça social e contra tirania dos poderosos. A analogia entre SUPER-HOMEM e Jesus Cristo foi aumentando durante sua criação, ocupando muitos detalhes de sua origem. Saiba mais detalhes clicando aqui.


Nesta fase o traje colante foi introduzido, assim como o S do peito. Ao contrário do poder mental do primeiro SUPER-HOMEM, este teria poderes físicos, como força descomunal, massa corporal, visão de raio x resistente e super velocidade.

Ainda em 1934, Siegel e Shuster se formam no colégial (Glenville High School), às vésperas de completarem 20 anos. Como o trabalho no The Torch não era remunerado e sem sucesso com as idéias inovadores do SUPER-HOMEM, Jerry e Joe partiram para uma linha mais comercial, produzindo outros trabalhos.


Jerry Siegel começou a duvidar da capacidade de Joe Shuster e , em segredo, resolveu desvinculá-lo do projeto SUPER-HOMEM. Ele entrou em contato com Tony Strobl, aluno da Cleveland Art Institute, mas este preferiu não arriscar neste novo projeto e, após se formar, se tornou um dos melhores artistas dos estúdios Walt Disney. Mel Graff foi a segunda tentativa. Este trabalhava para NEA cuidando das tiras de Wash Tubbs e Alley Oop, e curtiu a idéia do SUPER-HOMEM. Porém precisou se mudar para New York para lançar uma nova tira infantil chamada Patsy, para a Assiciated Press.

Em 1935, Graff criou um amigo para Patsy, o Mágico Fantasma. Um herói de capa e malha justa no corpo, que usava mágicas para resolver problemas. Se Graff se inspirou nas conversas com Siegel ou se foi o contrário, ainda não há confirmação.

A terceira tentativa foi Russel Keaton, o jovem desenhista de Buck Rogers. Seu estilo não era muito diferente do de Joe Shuster, mas Keaton era diplomado pela Chicago Academy of Fine Art, além de já ser um profissional respeitado no mercado. Isso abriria muitas portas para publicar seu projeto em um dos principais syndicates do país. Após meses trocando idéias, Keaton desistiu do projeto por não querer se arriscar com alguém tão jovem e inesperiente como Siegel. Então, no início de 1935, sem outras opções, Siegel mantém sua parceria com Shuster.

As coisas começaram a tomar novos rumos com a chegada da revista New Fun, editada pelo major Malcolm Wheeler Nicholson. Siegel rapidamente fez contato com ele, o que resultou em 2 encomendas: Henri Duval of France - Famed Soldier of Fortune e Dr. Occult - The Ghost Detective. Tudo isso pelo mísero valor de U$ 6,00. Com este salário, Shuster trabalhava como entregador em uma mercearia e Siegel entregador em uma gráfica. Trabalhavam nas tiras durante a noite até que, numa das levas de sugestões para novas tiras, incluiram o SUPER-HOMEM.

A resposta do major foi: "A tira do SUPER-HOMEM está aguardando um pedido iminente de um syndicate nacional... Uma encomenda para um tablóide de 16 páginas, em quatro cores, que pode incluir SUPER-HOMEM no início do ano... Acho que tem ótimas chances."

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Animados com a notícia, Siegel e Shuster começaram a esboçar slogans para promover o SUPER-HOMEM. Siegel sabia que a maior parte do faturamento dos sydicates provinha da concessão de licenças. Por isso anteviam o produto esboçado em caixas de cereais, biscoitos, etc. Porém, a negociação do major com o syndicate nunca saiu, e o SUPER-HOMEM é engavetado novamente e os dois jovens artistas voltaram suas forças para as tiras que já estavam sendo publicadas na New Fun.

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Em 1937, Charles Gaines, um dos maiores fornecedores de quadrinhos da época e representante da McClure Syndicate (aquele que havia recebido os esboços de Shuster) tenta emplacar o projeto chamado O SUPER-HOMEM, livro consolidado em páginas preto e branco, mas sem sucesso. Os comentários negativos eram referente a imaturidade do projeto, principalmente dos desenhos.



Embora tenham recebido mensagens de encorajamento, as constantes recusas ao projeto indignou Shuster, que queimou todas as páginas da revista. Só a página sobrou pois Siegel a resgatou do fogo.

Os jovens permaneceram trabalhando para o major, produzindo também material para sua nova revista:Detective Comics.

Neste tempo, Siegel e Shuster desenvolveram muitos personagens e se tornaram os maiores produtores das revistas do marjor. O enquanto a proução subia, o ânimo deles caia, já que o rítimo de trabalho desgastou a qualidade, tendo que produzir uma página por dia. Eles eram roteiristas, desenhistas, letristas e coloristas de suas histórias. Mesmo assim, seus títulos não eram os mais vendidos na época e a produtora do major começou ter dificuldades financeiras.

Endividado devido a muitos fracassos nas vendas de suas revistas, o major precisava de um novo título de sucesso. Porém, para que a nova revista fosse promovida com força total, precisava estar nas bancas na próxima primavera. O que não daria tempo de encomendar material novo. Então começaram a juntar material já existente, nas pilhas de material rejeitado, para preencher o conteúdo da revista.

Conseguiram preencher toda a revista mas nenhum dos personagens era carismático o suficiente para ilustrar a capa. Então consultaram o cartunista Shelly Mayer que trabalhava para Gaines, se ele conhecia algum material de qualidade que tivesse escapado aos olhos de Gaines. Shelly encontrou uma amostra do SUPER-HOMEM no meio da pilha dos materiais rejeitados. Ele leu e ficou fascinado com a idéia e, embora tenha se empolgado com a história, percebeu que era violenta demais. Então sugeriu alguns retoques a Vin Sullivan (editor da revista Detective Comics) para que o material ficasse mais do que fantástico.

Em novembro, Siegel, Shuster, seu irmão e Vin Sullivan se trancaram no apartamento de Shuster para dar cabo da nova encomenda vendida: 13 páginas do SUPER-HOMEM para a nova revista vigente, chamada ACTION COMICS.


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Eles produziram uma página de introdução, contando brevemente a origem do SUPER-HOMEM, eliminaram a violência excessiva e finalizaram as 13 paginas em aberto, sem uma conclusão definitiva, para deixar os leitores no suspense.

No último quadrinho, o SUPER-HOMEM corre por um cabo de alta tensão carregando um bandido apavorado, dizendo: "Não se preocupe, os passarinhos ficam nos cabos e não são eletrocutados, desde que não toquem no poste. Opa! Quase bati naquele alí!" Isso era algo novo. Um super herói fazendo piada. Algo inconcebível para Doc Savage, Tarzan, Flash Gordon, Fantasma, O Sombra, etc. Aquilo era um grande diferencial para juventude.

Pelo trabalho, Jerry Siegel e Joe Shuster receberam um cheque de U$130,00 e assinaram um documento cedendo os direitos sobre o SUPER-HOMEM para a editora, pois era assim que as coisas funcionavam. Eles já haviam feito isso com todos os outros trabalhos anteriores.

Até então, ninguém previa o estrondoso sucesso de Action Comics.

Em 1938, no ano de lançamento da revista, o major, ao voltar de uma viagem a passeio por Cuba, descobriu que fora despejado por falta de pagamento de seu escritório e sua empresa havia sido levada ao tribunal de falências. Em acordo judicial, a Independent News se tornara dona de todos seus ativos, e ele passou a receber apenas porcentagens sobre o título More Fun Comics. O major desistiu do mundo dos comics e se tornou escritor de histórias de guerra e críticas as forças armadas americanas.

Vin Sullivan continuou como editor da Action Comics e desfrutou de seu estrondoso sucesso. Ela se tornou uma revista famosa, que contava a história de vários personagens, tendo o SUPER-HOMEM como pivô deste sucesso.


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Em 1839, a história do SUPER-HOMEM fazia tanto sucesso, que exigiu uma revista solo. Tem origem a O VOLUME MENSAL DE SUPERMAN. Esta é a primeira revista solo do herói, cujos volumes circulam nas bancas até hoje.

Durante as edições, alguns detalhes do visual do personagem vão se atualizando e ficando cada vez mais modernos.

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Este é um livro que chegou ao Brasil, contando a história completa do SUPER-HOMEM. Desde sua origem em seu planeta natal até seu relacionamento com Lois Lane no planeta diário. O livro é dividido em 6 capítulos: O aviso da catástrofe, A nau interplanetária, O jovem Clark kent, A competição, A morte de Eben, Clark Kent repórter. Este foi o herói que fascinou o mundo durante anos, ganhando séries de tv em pb e desenho animado.

Em 1946, ao final do contrato de 10 anos para produzirem as histórias do SUPER-HOMEM, Siegel e Shuster processaram a National Allied Publications (precursora da DC Comics) pelos direitos do personagem. Enquanto isso, trabalhavam em outras editoras, desenvolvendo outros heróis, para outras revistas.

Em 1959, Siegel retorna a DC para escrever, sem créditos, as histórias do SUPER-HOMEM, sob a supervisão do atual editor do personagem, Mort Weisinger. Siegel processou novamente a editora pelos direitos de sua criação, o que levou novamente ao seu desligamento das histórias do herói em 1967.

Em 1975, Jerry Siegel lançou uma campanha pública de protesto contra a DC Comics, reclamando do tratamento que ele e Joe Shuster recebiam da empresa. A Warner Comunications, que controlava a DC, aceitou pagar aos autores uma quantia vitalícia de 20 mil dólares por ano, e garantiu que todos os quadrinhos, episódios de tv (incluindo a série Smallville), filmes, jogos, desenhos animados e tudo que fosse lançado com o personagem fossem creditados como "SUPER-HOMEM, CRIADO POR JERRY SIEGEL E JOE SHUSTER".

Sob o pseudônimo de "Joe Carter", Siegel trabalhou como roteirista para Marvel Comics, desenvolvendo histórias para Tocha Humana, X-Men, entre outros.

Em 1986, Jerry Siegel foi convidado pelo editor da DC Comics, Julius Schwartz, para escrever uma aventura imaginária do SUPER-HOMEM, chamada SUPERMAN - WHATEVER HAPPENED TO THE MAN OF TOMORROW? (Publicada no Brasil na revista Super Powers #21 em 1991 e, recentemente, na coleção Grandes Clássicos DC Comics #9, pela Panini Comics).

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Esta seria a última história do herói antes de ser reformulado por John Byrne. Siegel não aceitou e o roteiro passou para as mãos de ninguém menos que Alan Moore. A história foi publicada em 1986 em duas partes, nas revistas Superman #423 e Action Comics #583.

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Até que, no mesmo ano de 1986, John Byrne deixava a Marvel, após uma gloriosa carreira com os X-Men, Quarteto-Fantástico, entre outros, em virtude desta irresistível oferta da DC: Reformular o SUPER-HOMEM. A idéia era modernizar todo o conceito lendário do herói. John não deixou a chance escapar e reimaginou todo o contexto do personagem, seus relacionamentos, seu visual, seus poderes e tudo foi renovado. Foi o alvorecer de uma nova era mágica do herói, onde as 6 edições originais desta saga foram encadernadas nesta publicação da Mythos Editora, que ainda se acha a venda.

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UPERMAN - O HOMEM DE AÇO é a história que deu fim a um herói lendário, e deu início ao eterno herói que conhecemos hoje. Após muita luta e incessante perseverança dos criadores, SUPER-HOMEM não só conseguiu ser publicado, mas valorizado pela grande qualidade e virtude do personagens, pelos melhores artistas do ramo, e por fãs de todo o mundo.

Jerry Siegel entrou para o Hall da Fama Jack Kirby em 1993. Falecido em 1996 aos 81 anos, em 2005 ele foi postumamente premiado com o prêmio Bill Finger pela excelência de seus escritos para os quadrinhos.

Joe Shuster faleceu em 1992 aos 78 anos. No ano de sua morte, recebeu o prêmio Will Eisner Award Hall of Fame.
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A história da DC Empty Re: A história da DC

Mensagem por Brainiac Seg Set 05, 2011 11:38 pm

Liga da Justiça

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Encarnações modernas

Somente um filme foi feito. Aparecendo a Gelo, Flash, Lanterna Verde, entre outros. Imitou um pouco uma geração dos Power Rangers

Dados sobre publicação
Publicado por DC Comics


Primeira aparição The Brave and the Bold #28 (Fevereiro-Março de 1960)
Criado por Gardner Fox
Características do grupo
Base de operações Sala da Justiça
Satélite
Torre de Vigilância
Membros fundadores Superman (Pré-Crise)
Batman (Pré-Crise)
Mulher Maravilha (Pré-Crise)
Lanterna Verde
Flash
Caçador de Marte
Membros atuais Batman
Tróia
Congorilla
Mon-El
Guardião
Doutora Luz
Arqueiro Verde
Eléktron
Lanterna Verde
Estelar
Ciborgue[1]
Ver Lista de membros da Liga da Justiça


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A Liga da Justiça da América é uma equipe de super-heróis criada pela editora estadunidense DC Comics, inspirada na Sociedade da Justiça, outra equipe de super-heróis, mas essa criada nos anos 1940. Entre seus membros, destacam-se: Superman, Batman, Aquaman, Mulher Maravilha, Lanterna Verde, Flash e Caçador de Marte, também conhecidos como os "Sete Magníficos". Apesar dessa formação ser a mais conhecida, a equipe teve inúmeras outras distribuídas em diversas fases, tais como a Liga da Justiça Satélite, a Liga da Justiça Internacional, Liga da Justiça Europa, Liga da Justiça Força-Tarefa e Liga da Justiça Elite.

Há alguns anos, a Warner Bros. criou uma versão em desenho animado do grupo, Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites, exibido no Brasil pelo Cartoon Network e pelo SBT. Foi muito bem recebido pela crítica e por muitos dos fãs, não só da equipe, mas também leitores de outras editoras.

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Era de Prata e de Bronze

Buscando sucesso ao reintroduzir alguns personagens da Era de Ouro (tais como Joel Ciclone, Lanterna Verde, Pantera, etc), durante a década de 1950, a DC Comics pediu ao escritor Gardner Fox para reintroduzir a Sociedade da Justiça da América. Influenciado pela popularidade da National Football League e da Major League Baseball (Liga Nacional de Futebol Americano e Liga Principal de Baseball, em tradução livre), Fox decidiu mudar o nome do grupo para Liga da Justiça América. A equipe estreou em The Brave and the Bold#28, de 1960[2], e logo tornou-se um dos títulos mais vendidos da editora. Assim como na SJA, o conceito da LJA era basicamente o mesmo: reunir os personagens mais populares da época em uma mesma série.

A Liga da Justiça operava em uma caverna, de localização secreta, na pequena cidade estadunidense de Happy Harbor. O adolescente Snapper Carr juntou-se ao grupo, sendo mascote e também membro da equipe.

Fase Satélite

Devido a necessidade de um novo e seguro quartel-general, em Justice League of America#78, de 1970, o grupo mudou-se para um satélite, que orbitava a Terra. Durante esse período, a formação do grupo limitou-se a sete membros, a saber: Arqueiro Verde, Eléktron, Átomo, Gavião Negro, Canário Negro, Vingador Fantasma, Homem Elástico e Tornado Vermelho. Mais tarde esse limite foi estendido, permitindo assim que Zatanna e Nuclear entrassem para a equipe.

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Fase Detroit

Em 1984, em uma tentativa de emular o maior sucesso da DC na época, os Novos Titãs, os editores da empresa decidiram por renovar a formação da equipe, substituindo os antigos membros por integrantes mais jovens. A nova base, na cidade de Detroit, no estado de Michigan, foi mal vista pelos fãs, que reclamavam da escolha dos membros da equipe, que continha personagens do segundo escalão, como Vixen, Cigana, Gládio e Vibro. Criada por Gerry Conway e Chuck Patton, a equipe foi, inicialmente, liderada por Aquaman e, além dos citados, contava com o Caçador de Marte, Zatanna e Homem Elástico, mas a maior parte das histórias eram focadas nos membros novatos. Pouco tempo depois da formação da equipe, os veteranos Aquaman e Homem Elástico deixaram a equipe. Mesmo com o retorno de Batman à equipe, na edição#250, não foi possível evitar o declínio da série. A última edição, de número 261, escrita por J. M. DeMatteis e desenhada por Luke McDonnell culminou com o assassinato de Vibro e Gládio, pelas mãos do Professor Ivo, na minissérie Lendas.

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Liga da Justiça Internacional

A minissérie Lendas, primeiro grande evento do recém recriado Universo DC (ver Crise nas Infinitas Terras), estrelou a formação de uma equipe destinada a combater o crime, chamada Liga da Justiça. A série, escrita por Keith Giffen e J.M. DeMatteis, com a arte de Kevin Maguire (e mais tarde Adam Hughes), tinha por característica o acentuado tom de humor presente em todas as histórias, mesmo as mais sérias. A equipe era constituída por personagens que, originalmente, eram de Terras diferentes, na estruturação do Universo DC na sua fase Pré-Crise[3]. A primeira formação incluia Batman, Canário Negro, o Lanterna Verde Guy Gardner, Besouro Azul, Capitão Marvel, Doutora Luz, Senhor Destino, Capitão Átomo, Fogo, Gelo e dois Sovietes Supremos. A nova abordagem humorística do grupo, mesmo não agradando a todos, provou-se muito popular, mas infelizmente as equipes criativas que se seguiram a dupla Giffen/Matteis não foram capazes de capturar o balanço entre humor e heroismo, resultando em uma baixa na popularidade da série. Esses escritores deram um tom mais sério às histórias, porém, em meados dos anos 1990, devido a queda do sucesso comercial da revista, ela própria, assim como as suas séries relacionadas (Liga da Justiça Europa, Liga da Justiça Força-Tarefa, etc), foram canceladas.

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LJA


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Membros
Personagem
(Nome Original) Nome Civil Juntou-se à equipe em
(Edição brasileira) Notas
Equipe Original: Liga da Justiça da América

Estes membros fizeram sua estréia como equipe na revista americana The Brave and the Bold#28, em Fev-Mar de 1960 (história publicada no Brasil em Arquivo DC - Liga da Justiça da América - Panini Comics, em setembro de 2007).
Superman
(Superman) Clark Kent / Kal-El The Brave and the Bold#28
(Arquivo DC - Liga da Justiça da América vol.1)

* Membro fundador.

Batman
(Batman) Bruce Wayne The Brave and the Bold#28
(Arquivo DC - Liga da Justiça da América vol.1)

* Membro fundador.
* Ex-integrante dos Renegados.
* Inativo, aprisionado no passado (Final Crisis#7).

Mulher-Maravilha
(Wonder Woman) Princesa Diana / Diana Prince The Brave and the Bold#28
(Arquivo DC - Liga da Justiça da América vol.1)

* Membro fundador.

Flash II
(Flash II) Bartholomew Henry "Barry" Allen The Brave and the Bold#28
(Arquivo DC - Liga da Justiça da América vol.1)

* Membro fundador.
* Morto em Crise nas Infinitas Terras#9.
* De volta à vida em DC Universe#0.

Lanterna Verde
(Green Lantern) Harold "Hal" Jordan The Brave and the Bold#28
(Arquivo DC - Liga da Justiça da América vol.1)

* Membro fundador.
* Membro da Tropa dos Lanternas Verdes.

Aquaman
(Aquaman) Arthur Curry / Orin The Brave and the Bold#28
(Arquivo DC - Liga da Justiça da América vol.1)

* Membro fundador.
* Morto em Aquaman: Sword of Atlantis#50.
* Renasceu Noite Mais Densa #8

Caçador de Marte
(Martian Manhunter) J'onn J'onzz / John Jones The Brave and the Bold#28
(Arquivo DC - Liga da Justiça da América vol.1)

* Membro fundador.
* Morto em Final Crisis#1.
* Renasceu Noite Mais Densa #8

Novos Integrantes (Anos 60)
Arqueiro Verde
(Green Arrow) Oliver Queen Justice League of America#4
(Arquivo DC - Liga da Justiça da América vol.1)

* Ex-membro dos Renegados.
* Membro reserva da Liga da Justiça.

Eléktron
(Atom II) Ray Palmer Justice League of America#14
(Arquivo DC - Liga da Justiça da América vol.1)

* Desaparecido após eventos da série Crise de Identidade.
* Encontrado na Terra 51 em Countdown to Final Crisis#18.
* Membro reserva da Liga da Justiça.

Gavião Negro
(Hawkman) Katar Hol (da Era de Prata) Justice League of America#31
(Inédita no Brasil).

* Reintroduzido no UDC como Carter Hall, após a Crise nas Infinitas Terras (JLA: Incarnations#1).
* Membro da Sociedade da Justiça da América.
* Morreu em Noite Mais densa #1
* Renasceu em Noite Mais Densa #8

Canário Negro
(Black Canary II) Dinah Drake Lance Justice League of America#74
(Inédita no Brasil)

* Reintroduzida no UDC como membro fundadora da LJA, após a Crise nas Infinitas Terras. (JLA: Year One/Melhores do Mundo#21-25 Ed.Abril).
* Atual líder da equipe.

Novos Integrantes (Anos 70)
Vingador Fantasma
(Phantom Stranger) Desconhecido Justice League of America#103
(Inédita no Brasil)

* Na ativa, monitorando o Pacto das Sombras.

Homem-Elástico
(Elongated Man) Ralph Dibny Justice League of America#105
(Batman - 1ª Série Ed. Abril#05)

* Morto em 52 - Semana 42.
* Seu espírito e o de sua esposa, Sue Dibny, vivem como os Ghost Detectives.

Tornado Vermelho
(Red Tornado II) Ulthoon / John Smith Justice League of America#106
(Batman - 1ª Série Ed. Abril#06)

* Na ativa.

Mulher-Gavião
(Hawkgirl) Shayera Hol (da Era de Prata) Justice League of America#146
(Inédita no Brasil)

* Reintroduzida no UDC como Shiera Sanders, após a Crise nas Infinitas Terras (JLA: Incarnations#1).
* Morreu em Hawkman (vol. 3)#13.
* Renasceu Noite Mais Densa #8

Zatanna
(Zatanna) Zatanna Zatara Justice League of America#161
(Inédita no Brasil)

* Na ativa.

Novos Integrantes (Anos 80)
Nuclear
(Firestorm) Ronnie Raymond e Martin Stein Justice League of America#179
(Inédita no Brasil)

* Raymond morreu em Firestorm (vol. 3)#13.
* Stein formava também com Jason Rusch a nova versão do Nuclear.
* Ronnie Renasceu Noite Mais Densa #8

A Liga de Detroit

Esta equipe existiu por um curto período de tempo, em meados dos anos 80, após a dissolução do grupo original. Era formado por Aquaman, Zatanna, Homem-Elástico, Caçador de Marte (e mais tarde, Batman), e os novos integrantes:
Gládio
(Steel) Hank Heywood III Justice League of America Annual#2

* Morto em Justice League America#38.

Vixen
(Vixen) Mari Jiwe McCabe Justice League of America Annual#2

* Na ativa.

Vibro
(Vibe) Paco Ramone Justice League of America Annual#2

* Morto em Justice League of America#258.

Cigana
(Gypsy) Cindy Reynolds Justice League of America#236

* Integrante das Aves de Rapina.

Liga da Justiça Internacional

Esta equipe foi formada no fim dos anos 80 e durou até meados dos anos 90. Durante este período, a Liga passou por diversas formações. A maioria dos membros da Era de Prata participou do grupo, ao menos por um curto período de tempo. Os membros listados a seguir integraram a Liga pela primeira vez durante este período:
Besouro Azul
(Blue Beetle) Ted Kord Legends#6

* Morreu em Contagem Regressiva para a Crise Infinita.

Capitão Marvel
(Captain Marvel) Billy Batson Legends#6

* Na ativa como guardião da Pedra da Eternidade.

Senhor Destino
(Doctor Fate) Kent Nelson Legends#6

* Morreu em Book of Fate#1.

Lanterna Verde
(Green Lantern) Guy Gardner Legends#6

* Membro da Tropa dos Lanternas Verdes.

Senhor Milagre
(Mister Miracle) Scott Free Justice League#1

* Morreu em Death of the New Gods#7.

Doutora Luz
(Doctor Light) Kimiyo Hoshi Justice League#1

* Na ativa.

Gladiador Dourado
(Booster Gold) Michael Carter Justice League#4

* Na ativa.

Capitão Átomo
(Captain Atom) Nathaniel Adam Justice League International#7

* Assumiu a identidade de Monarca.
* Aparentemente morto em Countdown to Final Crisis#13.

Soviete Supremo#7
(Rocket Red#7) Vladimir Mikoyan Justice League International#7

* Revelou ser um ciborgue dos Caçadores Cósmicos.
* Destruído em Justice League International#9.

Soviete Supremo#4
(Rocket Red#4) Dimitri Pushkin Justice League International#11

* Morreu em Projeto OMAC#5.

Fogo
(Fire) Beatriz Bonilla da Costa Justice League International#14

* Na ativa como membro do Xeque-Mate.

Gelo
(Ice) Tora Olafsdotter Justice League International#14

* Morta em Justice League Task Force#14.
* Revivida em Birds of Prey#104.

Gavião Negro
(Hawkman II) Fel Andar Justice League International#19

* Introduzido na cronologia após a Crise nas Infinitas Terras. Originalmente se chamava Katar Hol.
* Revelou ser um traidor em Invasão.
* Morto em Rann-Thanagar War#4.

Mulher-Gavião
(Hawkwoman) Sharon Parker Justice League International#19

* Introduzida na cronologia após a Crise nas Infinitas Terras. Originalmente se chamava Shayera Hol.
* Morta em Hawkworld (vol. 2)#23.

Caçadora
(Huntress) Helena Bertinelli Justice League America#30

* Membro das Aves de Rapina.

Senhora Destino
(Doctor Fate II) Linda Strauss Justice League America#31

* Morreu em Dr. Fate#24.

Magtron
(Lightray) Sollis Justice League America#42

* Morreu em Countdown to Final Crisis#48.

Órion
(Orion) Orion de Apokolips Justice League America#42

* Morreu em Final Crisis#1.

General Glória
(General Glory) Joseph Jones Justice League America#50

* Morreu em Justice League Quarterly#16.

Diabo da Tasmânia
(Tasmanian Devil) Hugh Dawkins Justice League America#56

* Ex-membro da Tropa Ultramarine.
* Membro dos Guardiões Globais.

Bloodwynd
(Bloodwybd) Desconhecido Justice League America#63

* Na ativa. Paradeiro desconhecido.

Máxima
(Maxima) Maxima de Almerac Justice League America#63

* Morreu em Man of Steel#117.

Ray II
(Ray II) Ray Terrill Justice League America#71

* Na ativa, como membro dos Combatentes da Liberdade.

Condor Negro II
(Black Condor II) Ryan Kendall Justice League America#71

* Morreu em Crise Infinita#1

Agente Liberdade
(Agent Liberty) Benjamin Lockwood Justice League America#71

* Morreu em Action Comics#873.

Joel Ciclone
(Flash) Jay Garrick Justice League America#78

* Membro da Sociedade da Justiça.

Liga da Justiça Europa
Homem-Animal
(Animal Man) Buddy Baker Justice League International#24

* Na ativa.

Flash III
(Flash III) Wally West Justice League International#24

* Membro da Liga da Justiça.
* Membro dos Titãs (Titans (vol. 2)).

Metamorfo
(Metamorpho) Rex Mason Justice League International#24

* Membro dos Renegados.

Poderosa
(Power Girl) Kara Zor-L / Karen Starr Justice League International#24

* Membro da Sociedade da Justiça.

Raposa Escarlate
(Crimson Fox) Vivian e Constance d'Aramis Justice League Europe#13

* Vivian morreu em Justice League America#104.
* Constance morreu em Starman (vol. 2)#38.

Gaio
(Blue Jay) Jay Abrams Justice League Europe#20

* Na ativa.

Feiticeira de Prata
(Silver Sorceress) Laura Neilsen Justice League Europe#20

* Morreu em Justice League Europe#35.

Maya
(Maya) Chandi Gupta Justice League Europe#50.

* Na ativa.

Liga da Justiça Antártida

Formada por Major Desastre (Major Disater), G'nort, Multi-Homem (Multi-Man), Graúdo (Big Sir), Mestre das Pistas (Cluemaster), Rei Relógio (Clock King), Poderoso Bruce (Mighty Bruce) e o Esquiador Escarlate (Scarlet Skier). Este grupo apareceu em uma única edição.
Pós-Zero Hora

Três equipes usaram o nome da Liga da Justiça neste período: Liga da Justiça América, liderados pela Mulher-Maravilha; Força-Tarefa Liga da Justiça, liderados pelo Caçador de Marte e Justiça Extrema, liderados pelo Capitão Átomo.
Triunfo
(Triumph) William MacIntyre Justice League International#67

* Foi membro da Força-Tarefa Liga da Justiça.
* Morreu em JLA#38.

Gavião Negro
(Hawkman III) Katar Hol Justice League America#0

* Foi membro da Liga da Justiça América.
* Morreu em JSA#23.

Nuklon
(Nuklon) Albert Rothstein Justice League America#0

* Foi membro da Liga da Justiça América.
* Membro reserva da Sociedade da Justiça como Esmaga-Átomo.

Manto Negro
(Obsidian) Todd Rice Justice League America#0

* Foi membro da Liga da Justiça América.
* Na ativa, na Sociedade da Justiça.

Admirável
(Amazing Man II) Will Everett, III Extreme Justice#0

* Foi membro do Justiça Extrema e mais tarde da Liga da Justiça Europa.
* Morreu em Starman (vol. 2)#38.

Demônio Azul
(Blue Devil) Daniel Cassidy Justice League America#98.

* Foi membro da Liga da Justiça América.
* Na ativa como membro do Pacto das Sombras.

Dama de Gelo
(Icemaiden) Sigrid Nansen Justice League America#98.

* Foi membro da Liga da Justiça América.
* Aposentada após sofrer graves ferimentos.

Despero
(Despero) L-Ron / Despero de Kalanor Justice League Task Force#12

* Foi membro da Força-Tarefa Liga da Justiça.

Mystek
(Mystek) Jennifer Barclay Justice League Task Force#26

* Membro da Força-Tarefa Liga da Justiça.
* Morreu em Justice League Task Force#32.

Super-Gêmeos
(Wonder Twins) Zan & Jayna de Exor Extreme Justice#16

* Ex-integrantes do Justiça Extrema.
* Na ativa.

LJA

Este grupo foi formado em setembro de 1996 em Justice League: A Midsummer's Nightmare escrita por Mark Waid e Fabian Nicieza. A LJA, escrita por Grant Morrison, marcou o retorno dos Sete Magníficos: Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Flash (Wally West), Lanterna Verde (Kyle Rayner), Aquaman e Caçador de Marte. Os novos integrantes neste período foram:
Lanterna Verde
(Green Lantern) Kyle Rayner Justice League: A Midsummer's Nightmare#3

* Na ativa como membro da Tropa dos Lanternas Verdes.

Amanhã
(Tomorrow Woman) -- JLA#5

* Destruída em JLA#5.

Aztek
(Aztek) Curt Falconer Aztek#10

* Morreu em JLA#41.

Arqueiro Verde II
(Green Arrow II) Connor Hawke JLA#9

* Na ativa.

Oráculo
(Oracle) Barbara Gordon JLA#16

* Na ativa como líder das Aves de Rapina.

Homem-Borracha
(Plastic Man) Patrick O'Brien JLA#16

* Na ativa.

Aço
(Steel II) John Henry Irons JLA#16

* Na ativa.

Zauriel
(Zauriel) -- JLA#16

* Na ativa como membro do Pacto das Sombras.

Mulher-Maravilha
(Wonder Woman III) Rainha Hipólita JLA#16

* Morreu em Mundos em Guerra.
* Revivida em Ataque das Amazonas.

Grande Barda
(Big Barda) Barda Free JLA#17

* Morreu em Death of the New Gods#1.

Homem-Hora
(Hourman III) Matthew Tyler / Andróide JLA#26

* Destruído em JSA#66.

Antaeus
(Antaeus) Mark Antaeus JLA: Superpower

* Morreu em JLA: Superpower.

Jesse Quick
(Jesse Quick) Jesse Chambers Flash (vol. 2)#140

* Na ativa como Liberty Belle, membro da Sociedade da Justiça.

Flash IV
(Dark Flash) Walter West JLA#33

* Visto pela última vez viajando pelo Hipertempo em Flash (vol. 2)#159.

Novos Integrantes (Anos 2000)
Dama da Lua
(Moon Maiden) Laura Klein JLA Giant Size Special#3

* Introduzida na cronologia como membro da equipe da Era de Prata.
* Paradeiro desconhecido.

Asa Noturna
(Nightwing) Dick Grayson JLA#69

* Na ativa como membros dos Titãs (Titans vol. 2).

Devota
(Faith) Desconhecido JLA#69

* Na ativa.

Mulher-Gavião / Moça-Gavião
(Hawkgirl II) Kendra Saunders JLA#69

* Na ativa.

Jason Blood (Etrigan)
(Etrigan) -- JLA#69

* Na ativa.

Major Disastre
(Major Disaster) Paul Booker JLA#69

* Paradeiro desconhecido.

Lanterna Verde
(Green Lantern) John Stewart JLA#76

* Na ativa como membro da Tropa dos Lanternas Verdes.

Corvo Manitu
(Manitou Raven) -- JLA#78

* Morreu em Justice League Elite#8.

Liga da Justiça Elite

A Madre Superiora organizou LJ Elite para missões que a LJA se recusava a cumprir. Além dos novos membros listados abaixo, sua formação incluía o Arqueiro Verde (Oliver Queen), Flash (Wally West), Corvo Manitu e Major Desastre.
Madre Superiora
(Sister Superior) Vera Lynn Black JLA#100

* Paradeiro Desconhecido.

Zoológica
(Menagerie) Sonja (sobrenome não revelado) JLA#100

* Paradeiro Desconhecido.

Fusão
(Coldcast) Nathan Jones JLA#100

* Paradeiro Desconhecido.

Naif al-Sheikh -- Justice League Elite#1

* Paradeiro Desconhecido.

Kasumi
(Kasumi) Cassandra Cain Justice League Elite#1

* Na ativa, como Batgirl, membro dos Renegados.

Aurora Manitu
(Manitou Dawn) -- Justice League Elite#1

* Na ativa.

Pós-Crise Infinita: durante 52

Breve formação da Liga que figurou nas páginas da maxi-série 52. Foi reunida por Nuclear e não teve sanção oficial para atuar, como as equipes anteriores.
Nuclear
(Firestorm III) Jason Rusch & Martin Stein 52 - Semana 24

* Na ativa, como membro da Liga da Justiça.

Águia Flamejante
(Firehawk) Lorraine Reily 52 - Semana 24

* Na ativa.

Super-Chefe
(Super-Chief) Jon Standing Bear 52 - Semana 24

* Morreu em 52 - Semana 24.

Projétil
(Bulleteer) Alix Harrower 52 - Semana 24

* Na ativa, como membro dos Sete Soldados da Vitória.

Besouro Bisonho
(Ambush Bug) Irwin Schwab 52 - Semana 24

* Na ativa.

Novos Integrantes (Um Ano Depois)

Uma nova Liga da Justiça foi formada após a missão intitulada "O Caminho do Tornado". Todos os heróis que partiparam desta missão foram convocados à equipe.
Raio Negro
(Black Lightning) Jefferson Pierce Justice League of America (vol. 2)#7

* Na ativa como membro da Liga da Justiça.

Arqueiro Vermelho
(Red Arrow) Roy Harper Justice League of America (vol. 2)#7

* Na ativa como membro da Liga da Justiça.
* Na ativa como membro dos Titãs (Titans vol. 2).

Geoforça
(Geo-Force) Príncipe Brion Markov Justice League of America (vol. 2)#7

* Na ativa como membro dos Renegados.

Clamor por Justiça

Minissérie escrita por James Robinson, onde Hal Jordan forma uma equipe da Liga mais pró-ativa no combate ao crime. Também fazem parte do grupo o Arqueiro Verde e Ray Palmer, além dos novos membros abaixo.
Supergirl
(Supergirl) Kara Zor-El / Linda Lang Justice League: Cry For Justice # 3

* Na ativa como membro da Liga.

Starman
(Starman) Mikaal Tomas Justice League: Cry For Justice # 5

* Na ativa como membro da Liga.

Congorila
(Congorilla) William "Congo Bill" Glenmorgan Justice League: Cry For Justice # 5

* Na ativa como membro da Liga.

[editar] Membros Honorários
Personagem
(Nome Original) Nome Civil Status Notas
Snapper Carr
(Snapper Carr) Lucas "Snapper" Carr Membro honorário e mascote do grupo em The Brave and The Bold#28

* Afastado em Justice League of America#77.

Sargon, o Feiticeiro
(Sargon the Socerer) John Sargent Membro honorário em Justice League of America#99

* Morreu em Swamp Thing (vol. 2)#50.

Águia Dourada
(Golden Eagle) Charley Parker Membro honorário em Justice League of America#116

* Última aparição, como um dos guardas alados de Thanagar.

Capitão Cometa
(Captain Comet) Adam Blake Membro honorário em DC Special#27

* Na ativa, como Cometa.

Sandman
(Sandman) Garrett Sanford Membro honorário em Justice League of America Annual#1

* Cometeu suicídio. Morte confirmada em Sandman#12.

Sue Dibny -- Membro honorário em Justice League International#24

* Assassinada por Jean Loring em Crise de Identidade#1.

Adam Strange -- Membro honorário em JLA: Secret Files#1

* Na ativa.

Rastejante
(Creeper) Jack Ryder Membro honorário em JLA: Secret Files#1

* Esta versão do Rastejante foi apagada da cronologia. Atual versão está na ativa.

Retrô Não revelado Membro honorário em New Year's Evil: Prometheus

* Assassinado por Prometheus em New Year's Evil: Prometheus.

Ressurreição
(Resurrection Man) Mitch Shelley Passou por período probatório em Resurrection Man#21.

* Paradeiro desconhecido.

Jade Jennie-Lynn Hayden Membro reserva em JLA#27.

* Morreu em Rann/Thanagar War: Infinite Crisis Special#1.
* Renasceu Noite Mais Densa #8

Homem dos Briquedos
(Toyman II) Hiro Okamura Membro honorário em Superman/Batman#49
Tatuado
(Tattooed Man) Mark Richards Membro honorário em Final Crisis#6

* Na ativa.

Shazam Prometheus Justice League: Cry For Justice # 3

* Revelou ser Prometheus disfarçado de Freddy Freeman em Justice League: Cry For Justice # 6.

[editar] Associados
Personagem Nome Civil Associou-se em Notas
Simon Carr -- JLA: Year One#1

* Foi patrocinador da Liga.

Dale Gunn -- Justice League of America Annual#2

* Paradeiro desconhecido.

Maxwell Lord -- Justice League#1

* Assassinado pela Mulher-Maravilha em Wonder Woman (vol. 2)#219.
* Renasceu Noite Mais Densa #8

Oberon -- Mister Miracle (vol. 2)#1

* Paradeiro desconhecido.

Catherine Cobert -- Justice League International#8

* Paradeiro desconhecido.

Kilowog Kilowog de Bolovax Vik Justice League America#33

* Na ativa como membro da Tropa dos Lanternas Verdes.

Hannibal Martin -- Justice League Task Force#1

* Paradeiro desconhecido.

Yazz -- Justice League America#95

* Morto. Yazz aparece em um monumento erigido pelo Caçador de Marte aos colegas falecidos da Liga (52#24).

L-Ron -- Justice League America#42

* Na ativa, como membro dos Robôs Renegados.

[Esconder]
v • e
Liga da Justiça
Criadores Gardner Fox
Liga da Justiça Internacional:
Sede Americana
1ª Formação Batman • Capitão Marvel • Caçador de Marte • Canário Negro • Sr. Destino • Doutora Luz • Capitão Átomo • Besouro Azul • Guy Gardner • Gladiador Dourado • Soviete Supremo • Sr. Milagre • Maxwell Lord
2ª Formação Batman • Ajax, o Caçador de Marte • Doutora Luz • Capitão Átomo • Besouro Azul • Guy Gardner • Gladiador Dourado • Soviete Supremo • Fogo • Gelo • Sr. Milagre • Maxwell Lord • L-Ron • Oberon
Liga da Justiça:
Sede Europeia
1ª Formação Capitão Átomo • Mulher-Maravilha • Poderosa • Metamorfo • Homem Elástico • Raposa Escarlate • Gaio •Feiticeira de Prata • The Flash Wally West
2ª Formação Lanterna Verde Hal Jordan • Aquaman • Mulher-Maravilha • Poderosa • Metamorfo • Homem Elástico • Raposa Escarlate
Liga da Justiça da América
Fundadores Superman • Batman • Aquaman • Mulher-Maravilha • Lanterna Verde • The Flash • Caçador de Marte
Admitidos posteriormente Grande Barda • Órion • Oráculo • Homem-Borracha • Aço • Eléktron • Zauriel • Caçadora • Devota • Nuclear • Major Desastre • Corvo Manitu
Vilões Abelha-Rainha • Abnegazar, Rath e Gast • Amazo • Amos Fortune • Apocalipse • Appelaxianos • Chave • Darkseid • Despero • Destruidor Estelar • Doutor Destino • Doutor Luz • Eclipso • Extremistas • Felix Fausto • Gangue da Injustiça • Gangue de Espadas • Gorila Grodd • Homem Florônico • Hyperclan • Kanjar Ro • Krona • Liga da Injustiça • Wizard • Mageddon • Manga Khan • Neron • Overmaster • Professor Ivo • Prometheus • Rainha das Fábulas • Shaggy Man • Sindicato do Crime • Sociedade Secreta de Supervilões • Solomon Grundy • Sombra (DC comics) • Starro • T. O. Morrow • Vandal Savage
Publicações • The Brave and the Bold • Superamigos • Liga da Justiça • Super Powers
Desenhos animados Superamigos • Liga da Justiça (desenho animado) • Liga da Justiça - Sem Limites
Filmes Legends of the Superheroes • Justice League • Justice League of America
Filmes de animação Justice League: The New Frontier (2008) • Justice League: Crisis on Two Earths (2010)
Videogames Justice League Task Force • Justice League Heroes

As baixas vendas das várias séries relacionadas à Liga da Justiça fizeram com que a DC optasse por renovar a Liga utilizando uma só série para contar as histórias do grupo. Uma nova Liga da Justiça foi formada em 1996, em uma minissérie escrita por Mark Waid e Fabian Nicieza, que deu origem à nova série do grupo, em 1997, chamada LJA (JLA, em inglês), escrita por Grant Morrison e desenhada por Howard Potter, sendo arte-finalizada John Dell.

A série seria uma tentativa de uma "volta as origens", utilizando os sete membros originais, ou seus sucessores (como Wally West, o Flash e Kyle Rayner, como Lanterna Verde) como o núcleo do time, que contava também com estreantes como Oráculo, Aço e Homem-Borracha. Além disso, a equipe contava com uma nova base, a chamada Torre de Vigilância, um complexo de alta tecnlogia localizado na Lua. Morrison introduziu a idéia de que a Liga, alegoricamente, representaria um panteão de deuses, com suas personalidades e habilidades próprias.

Uma vez que a nova equipe incluia muitos dos mais poderosos heróis da DC, o foco das histórias mudou. A nova Liga passou a lidar exclusivamente com as maiores ameaças à Terra, as quais só poderiam ser enfrentadas por tal nível de combinação de poderes e habilidades. Entre essas ameaças, inclui-se um exército de invasores alinígenas, uma horda de anjos renegados, uma coalizão de vilões e diversas outras ameaças cósmicas. Além disso, devido ao fato de que quase todos os membros da equipe possuiam suas próprias séries mensais, as histórias da LJA quase sempre eram auto-contidas, com todos os seus capítulos insertos na própria série do grupo. Apesar disso, acontecimentos importantes das séries mensais dos membros, tal como a mudança de uniforme de Superman, refletiam na série da equipe.

A nova tentativa funcionou e LJA logo tornou-se um dos títulos mais vendidos da editora, posição essa que a série desfrutou por vários anos. Apesar disso, dessa vez, a editora optou por não criar séries relacionadas, como no passado, utilizando, agora, minisséries e edições especiais, caso desejasse lançar alguma história do grupo fora da série da equipe. A única série relacionada que foi criada, nessa encarnação da série, foi a Liga da Justiça Elite, que é uma seqüência de LJA#100. No entanto, JLE foi uma minissérie de doze edições.

Em 2006 (originalmente em 2005, nos EUA), um arco de histórias, contadas por Geoff Johns e Alan Heinberg, chamado de Crise de Consciência (JLA#115-#119) apresenta o fim da Liga, como resultado da quebra do segredo sobre a manipulação das memórias de vários vilões e do Batman (ver Crise de Identidade). No fim do arco, Superboy Primordial ataca o Caçador de Marte e destrói a Torre de Vigilância, encerrando o título, na edição 125.

Reuniões

Encontros regulares de negócios serão efetuadas no QG da LJA 12 vezes por ano, no último sábado de cada mês, a fim de discutir assuntos organizacionais. O comparecimento de todos os membros ativos é esperado. Reuniões de emergência podem ser evocadas a qualquer hora por qualquer membro ativo ou reserva. Todos os membros disponíveis deverão comparecer a reuniões de emergência. Todas as reuniões serão digitalmente gravadas para os arquivos da LJA.

Requerimentos de membros ativos

Nenhum membro da LJA pode aceitar pagamento por serviços quando em sua identidade uniformizada [exceção: Durante o período em que foi financiada por Maxwell Lord (Liga da Justiça Internacional), membros da Liga recebiam um salário.]. Cada membro irá manter um registro de missões individuais ou grupo para os arquivos da Liga. Cada membro deve fazer um relatório explanando motivos de ausência nas missões ou reuniões da Liga. Sempre que possível, um membro deve avisar antecipadamente sobre uma ausência, então o líder pode avaliar o poder do grupo e contatar ativos e/ou reservas se necessário. Membros ativos devem portar seus comunicadores da Liga, estando prontos para serem convocados 24 horas por dia. Membros não são requeridos a revelar suas identidades civis para o resto da Liga, mas podem faze-lo caso queiram, entendido implicitamente que isto será mantido sob o mais alto sigilo. Membros são proibidos de revelar quaisquer segredos do grupo a não-membros, incluindo cônjuges. Qualquer membro ativo não-fundador deverá fazer seu turno no monitor. Como grupo ou indivíduos, qualquer membro, passado ou presente, é proibido de usar seus poderes e habilidades para adquirir poder político, violar os direitos civis de qualquer indivíduo, interferir em assuntos internacionais de nações, ou tomar parte em conflitos internacionais. A LJA não pode interferir na rotina de ações policiais ou qualquer assunto sob jurisprudência federal ou local, salva quando especificamente requerido. Do mesmo modo, não podem interferir em assuntos interplanetários que não tenham a ver com a segurança da Terra sem apropriada autorização da parte envolvida ou duma reconhecida organização de policiamento interestelar (como a Tropa dos Lanternas Verdes).

Turnos no monitor

Cada membro ativo é requerido a fazer um rodízio de um serviço de observação do monitor do QG da Liga de 24 horas. Membros fundadores são isentos dos deveres do monitor, mas podem ser voluntários a entrar no rodízio. Se um membro escalado não puder estar disponível, deve de antemão contatar um substituto entre os membros ativos. Cada membro deve cumprir os turnos faltados. O membro deve permanecer desperto em dois terços de seu turno. O membro no dever do monitor tem direito a um convidado, desde que este não interfira no serviço.

Vilões

São praticamente incontáveis os vilões enfrentados pela Liga. Entretanto, entre os mais importantes, pode-se destacar:

* Lex Luthor
* Brainiac
* Zod
* Caveira Atômica
* Giganta
* Coringa
* Legião do Mal (versão Super Amigos e Justice somente)
* Starro
* Despero
* Darkseid
* Sindicato do Crime Amérika
* Sociedade Secreta dos Super-vilões
* Liga da Injustiça
* Professor Ivo
* Amazo
* Hyperclan
* Shaggy Man
* Gangue Royal Flush
* Abelha-Rainha
* Doutor Destino
* Amos Fortune
* Appelaxianos
* Abnegazar, Rath e Gast
* Doutor Luz
* Extremistas
* Félix Fausto
* Gorila Grodd
* Solomon Grundy
* Gangue da Injustiça
* Kanjar Ro
* Manga Khan
* Krona
* Mageddon
* T. O. Morrow
* Neron
* Overmaster
* Prometheus
* Rainha das Fábulas
* Vandal Savage
* Destruidor Estelar
* Mago
* Apocalipse
* Chave

Punição de criminosos

Todos os criminosos detidos pela LJA serão trazidos perante um corpo judicial e estarão sujeitos a isto, sejam eles terrestres, extraterrestres ou extradimensionais. Ações de agressão ou má conduta interestelares serão punidos de acordo com os mandatos duma reconhecida organização de policiamento interestelar apropriada. O tribunal em exercício, não a LJA, irá decidir o rigor da punição de um criminoso. Encarceramento será veiculado em instituições convencionais, exceto em casos onde o criminoso não pode ser detido pelas instalações existentes. Neste caso, a LJA tem liberdade a fim de prover uma forma de detenção sob revisão das Nações Unidas ou duma reconhecida organização de policiamento interestelar.

Desenhos animados


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* A primeira vez que a Liga da justiça apareceu fora dos quadrinhos foi em 1967 no desenho animado da Filmation, Justice League of America, no segmento para o programa The Superman/Aquaman Hour of Adventure. Somente 3 episódios foram feitos. Chegou a ser exibido nos anos 80 no Brasil, no extinto programa de Sérgio Malandro.
* O desenho animado mais longo envolvendo uma versão da Liga foi Super Amigos, que teve um total de 5 temporadas de 1973 a 1986.
* Após a aparição duma versão futura da Liga num episódio de Batman Beyond, a versão contemporânea começou com sua própria série em 2001, Liga da Justiça (desenho animado).



Séries Live-action

* O praticamente desconhecido Legends of the Superheroes foi um especial em duas partes nos anos 70 que apresentou sua versão da Liga da Justiça, sendo a primeira como live-action. Adam West, Burt Ward and Frank Gorshin reviveram no especial seus personagens de Batman (série de TV) dos anos 60: Batman, Robin, e o Charada. Outros heróis do show eram Canário Negro, Capitão Marvel, Flash, Lanterna Verde (Hal Jordan), Eléktron, Hawkman, e A Caçadora. Os vilões eram Mordru, Mago do clima, Sinestro, Dr. Silvana, Solomon Grundy, Giganta e Tia Minerva.
* O piloto para uma referida série da Liga da Justiça (filme para TV) foi produzido em 1997, mas foi um fiasco.

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Este filme vez por outra é transmitido pelo SBT. Os personagens eram o Caçador de Marte, Guy Gardner, Fogo, Gelo, Flash Barry Allen, e Eléktron Ray Palmer contra uma versão do Mago do Clima. Isto representou a primeira aparição fora dos quadrinhos para a vasta maioria desses personagens (exceção somente para Flash Barry Allen, e Eléktron Ray Palmer, já tendo aparecido em outras mídias). O Guy Gardner deste filme possuía características de Hal Jordan e Kyle Rayner.

* No seriado Smallville, uma versão da Liga da Justiça é mostrada, formada por versões adolescentes de Superman, Arqueiro Verde, Aquaman, Cyborg, Canário Negro, e Flash - Impulso por restrições da DC Comics. É digno de nota, porém, que a Liga da Justiça nos quadrinhos só foi formada quando seus membros já eram adultos
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Mensagem por Questao Ter Set 06, 2011 1:26 am

o cara pode ser manhunter mas não é MARTIAN manhunter auhauhu

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Mensagem por Brainiac Ter Set 06, 2011 8:14 am

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Mensagem por Brainiac Ter Set 06, 2011 9:00 am

Super-depravados



Em fins dos anos 40, a National era a maior empresa dos quadrinhos dos Estados Unidos, mas os super-heróis, seu carro-chefe, já não tinham tanta força frente ao público. As vendas foram decaindo aos poucos e por mais alucinantes que fossem as aventuras criadas pelos roteiristas, vários eram os títulos que chegavam ao cancelamento. Os nazistas, vilões carimbados da Era de Ouro, estavam derrotados pelos Aliados, eram coisa do passado. Da variedade de títulos produzidos em anos anteriores, as únicas revistas que saíram intactas desse desinteresse pelos uniformizados foram as famosas Action e Detective Comics, que continuaram com sucesso graças a seus protagonistas Superman e Batman, respectivamente. Além de muito carismáticos, os Melhores do Mundo já haviam se popularizado em outras mídias como o cinema e o rádio. Nesse período, a fim de compensar essa regressão de mercado, a editora investiu na produção de quadrinhos específicos de ficção científica, faroeste, humor e romance. Todavia, nada poderia proteger a National da forte perseguição que aconteceria ao gênero na década seguinte.

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Logo em 1950, o senador estadunidense do Wisconsin Joseph R. McCarthy iniciou uma verdadeira caça ás bruxas em relação aos comunistas, professando que o país estava lotado de espiões soviéticos, que só esperavam o momento certo de agir e tomar o poder. O medo vermelho e o poder de persuasão do senador eram tantos que uma verdadeira onda de paranoia tomou os Estados Unidos e quase tudo que não seguisse a ordem vigente era visto como partidário da União Soviética. Durante quase um ano, McCarthy vigiou cerca de 650 pessoas, entre cientistas, professores, e, é claro, artistas, sendo todos considerados perigosos ao convívio social. A sombra de passar por julgamentos duvidosos, como o do casal Rosenberg, executados em 1953, foi minando a liberdade criativa dos autores de quadrinhos, fechando editoras e praticamente extinguindo gêneros considerados subversivos como ficção científica e terror. Cada um dos fortes pilares de sustentação da National naquela época...

Mas ainda havia mais. Em 1954, o psiquiatra germânico-estadunidense Frederic Wertham lançou o livro A Sedução dos Inocentes, em que, aliado da própria cultura moralista dos Estados Unidos, fez uma campanha maciça contra os quadrinhos, defendendo uma tese chocante: as HQs eram prejudiciais ao desenvolvimento e a educação dos jovens. O psiquiatra alegava que as revistas eram carregadas de doses cavalares de violência e cultura obscena, incitando crianças e adolescentes á delinquência e à libertinagem. É claro que no livro ele também ataca outras mídias voltadas ao público infantil, como os desenhos animados: Wertham garantia que Pernalonga, por exemplo, tinha a cabeça desenhada em forma de pênis e que as várias vezes em que suas orelhas se erguiam eram representações de uma ereção.


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No entanto, seu alvo predileto foram as HQs. Ele condenava a relação de Batman e Robin, em que afirmava haver forte conotação homossexual e pedófila e o mesmo dizia sobre a Mulher-Maravilha e suas irmãs amazonas da Ilha Paraíso. Nem mesmo o Homem-Morcego e a Princesa Amazona tendo tido romances fixos com pessoas do sexo oposto, antes do trabalho de Wertham, salvaram os quadrinhos. Vem daí, portanto, a infundada história de que Batman e Robin são gays (estereotipo que até hoje perturba o herói em paródias). Pouco antes de morrer, por volta de 1980, Wertham veio a público e se desculpou, dizendo ter exagerado, mas infelizmente o dano já havia acontecido.

No meio disso tudo, Batman perdeu sua couraça de vigilante e tornou-se um defensor dos valores ianques. Os editores introduziram Batwoman e Batgirl para que não existisse nenhuma dúvida a respeito da opção sexual da Dupla Dinâmica. Em 1963, a história The Great Clayface-Joker Feud exemplifica as normas sexuais vigentes para todos os morcegos reunidos. Batgirl diz para Robin: Mal posso esperar para colocar meu uniforme! Não seria o máximo a gente sair em missão juntinhos de novo? (suspiro). Robin responde: Seria ótimo! (suspiro). Batgirl era sobrinha da Batwoman, pois, se fosse filha, isso significaria que ela teve uma relação sexual com alguém.

O episódio ainda conclui com mais uma mensagem heterossexual: Oh, Robin, diz Batgirl, Fiquei tão assustada depois desse confronto com o Coringa que preciso de um abraço... você é tão forte!. Batwoman aproveita a deixa e diz: Batman, você ainda está preocupado com o Coringa. Por que não segue o exemplo de Robin e me deixa aliviá-lo?. Batman: É uma ótima idéia!. Apesar de publicada em 1963, a história é exemplo perfeito das mudanças da década de 50.

E o que Bob Kane achava disso tudo? Kane acreditava que as convenções estadunidenses são as mais hipócritas do mundo. Primeiro, ele teve que criar o Robin para humanizar a figura do Batman por exigência da moral e bons costumes. Os críticos não achavam que o estilo sombrio e os métodos violentos do personagem fossem boas influências para os leitores. Assim, o Menino Prodígio foi desenvolvido como um contraste para o lado negro do Morcego. Depois dessas mudanças, os mesmos críticos continuaram sua caça às bruxas, afirmando que a dupla agora era homossexual. Decepcionado, Kane também era categório em afirmar que Batman e Robin são heterossexuais e que, infelizmente, os fãs serão obrigados a conviver eternamente com essa chacota, graças ao dr. Wertham.

Aliás, curiosamente, foi revelado recentemente que o próprio psiquiatra teve relações homossexuais na adolescência. Assim, é impossível deixar de imaginar se toda essa perseguição e censura não passaram de mero despeito e falta de coragem de sair do armário..

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Batman 159, com a história The Great Clayface-Joker Feud

Comics Code Authority (1954)
Esse período foi um momento negro para a Nona Arte, principalmente depois que essa campanha anti-quadrinhos levou ao surgimento do Comics Code Authority, que limitou em torno daquilo que o Congresso Estadunidense achava pertinente, todo o universo criativo de roteiristas e desenhistas. O código consistia basicamente dos seguintes pontos:

Em qualquer situação, o bem triunfar sobre o mal e o criminoso ser punido por seus delitos;
Paixões ou interesses românticos jamais ser tratados de forma a estimular emoções vis e rasteiras;
Embora gírias e coloquialismos sejam aceitáveis, o uso excessivo deve ser desencorajado e, sempre que possível, a boa gramática deve ser empregada;
Mulheres ser desenhadas de forma realista, sem ênfase indevida a qualquer qualidade física;
Se o crime for retratado, deve ser como uma atividade sórdida e desagradável;
Cenas que abordam ? ou instrumentos associados a - mortos-vivos, tortura, vampiros e vampirismo, almas penadas, canibalismo e licantropia, são proibidos;
Ilustrando insinuante e obscena ou postura insinuante é inaceitável;
Todas as ilustrações asquerosas, de mau gosto e violentas ser eliminadas;
As letras da palavra crime jamais deverão aparecer consideravelmente maiores do que as outras palavras contidas no título. A palavra crime jamais aparecer sozinha numa capa
Nenhuma revista em quadrinhos utilizar as palavras horror ou terror no seu título.
Como se pode ver, as editoras que desejavam publicar aventuras infanto-juvenis tinham de seguir regras rígidas para que pudessem receber o selo do código. Apenas com esse símbolo impresso nas capas das revistas as empresas tinham alguma noção de que seus títulos poderiam ter algum retorno, já que até mesmo os distribuidores de quadrinhos tinham medo de que suas reputações fossem manchadas. Assim, eram raras as HQs comercializadas longe do jugo do Comics Code Authority. Diante de todas essas limitações, era necessário se fazer uma verdadeira reforma na National para que ela não fosse a falência.




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Mensagem por Brainiac Ter Set 06, 2011 1:51 pm

A História do Batman

A primeira revista periódica de quadrinhos a trazer histórias inéditas, num único gênero, foi a “Detective Comics”, que surgiu em março de 1937 contendo histórias policiais de "Speed" Cyril Saunders, Cosmo, Slam Bradley, Captain Burke e Taro, entre outros. Para explorar o sucesso excepcional do Superman Whitney Ellsworth, supervisor das publicações da DC, recorreu a Bob Kane e lhe pediu que criasse um novo personagem.

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Bob Kane, cujo nome verdadeira era Robert Kahn, nasceu em 24 de outubro de 1915 e morreu em 3 de novembro de 1998 e é a ele que é creditado como sendo o criador de Batman.

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Kane começou a trabalhar como desenhista para o estúdio da Eisner-Iger em Nova Iorque, onde criou desenhos como "Plutão", "Hick Hiriam", "Bobby", "Peter Pupp" e muitos outros.

Em 1939 foi para a DC Comics onde o exito de Superman em Action Comics impulsionou os editores na divisão de histórias em quadrinhos da National Publications (que depois tornou-se DC Comics, hoje uma subsidiária da Time Warner) a pedir mais super-heróis para seus títulos. Em resposta, Bob Kane, criou um personagem chamado "Birdman" (O homem Pássaro).

Kane foi pedir ajuda ao seu amigo Bill Finger, um autor de talento com quem ele já criara Rusty e Clip Carson, para a revista "Adventure Comics". A idéia basica de Kane era muito vaga: um herói vestido de vermelho, com duas abas rígidas nas costas e um pequeno capuz como mascara. Da idéia inicial, Finger manteve apenas o nome Batman, inspirado no filme The Bat, de 1926. Finger decidiu transformar Batman num justiceiro impiedoso, parecido com um vampiro. Com sua determinação e aparência aterrorizante, ele inspiraria medo nos criminosos.Finger escreveu a primeira história para Batman enquanto Kane fazia os desenhos.

Na revista "Detective Comics" número 27 ocorreu a estréia do Homem-Morcego, sendo que no número 33 é retratada sua origem. Com dez anos de idade, Bruce Wayne vê seus pais sendo brutalmente assassinados. Anos mais tarde ele decide combater o crime, e um morcego que aparece na mansão Wayne lhe dá a idéia de como inspirar terror no coração dos criminosos. Iria defender Gotham City (nítidamente inspirada em Nova York) e o mundo dos criminosos. Nas primeiras histórias Batman utiliza até uma pistola, mas como as tramas lembravam mais um filme de horror, Finger decidiu humanizá-lo criando o cinturão com dispositivos, as luvas aladas e a capacidade de escapar de qualquer armadilha, como o mágico Houdini.


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Existe uma grande variedade de fontes de inspiração para a personalidade de Batman, seu personagem, história, desenho visual e equipamentos e atributos técnicos. Seu trabalho, assim como o desenvolvimento dos personagens foram realizados por outros artistas, tais como Stan Kaye, Sheldon Moldoff, Dick Saltaram, Jack Burnley, entre outros, mas sempre com a supervisão de Kane.

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Kane, além de um ótimo desenhista e criador, era também ágil nos negócios e negociou um contrato com a National pela qual outorgava os direitos de propriedade do personagem por troca de outras compensações, apareceria uma linha em todos os comics de Batman dizendo "Batman criado por Bob Kane". Nesses tempos, ninguém da comic book e muitas poucas tiras colocavam crédito da equipe criativa.

O contrato de Bill Finger, por outro lado, foi feita por uma quantia monetária muito pequena, além de nenhum crédito, inclusive nas histórias em que trabalhou com Kane. Finger, igual a Joe Shuster, Jerry Siegel (criadores de Superman) e muitos outros criadores durante e depois da "idade de ouro dos comics books", reprovaram a National por ter lhes tirado dinheiro e a dignidade que eles sentiam depois de suas criações.


Quando Finger morreu em 1974, ainda seu trabalho não havia sido creditado. Em contraste, Kane desfrutava de seu status de celebridade. Ironicamente, muitas histórias em quadrinhos de Kane, inclusive sua arte nas histórias, eram escritos e ilustrados por outros escritores e artistas, mas eram creditados como sendo um trabalho de Kane. Muitos historiadores acreditam que foi Frank Foster o seu verdadeiro criador, numa História em Quadrinhos, em 1932.

Depois do número 35, outro autor de nome Gardner Fox é designado para as histórias do morcego. Ele basicamente fez o personagem enfrentar vampiros, lobisomens e outras assombrações pelos EUA e Europa. Isso dura pouco tempo. Jerry Robinson, assistente de Kane, decide que Batman devia ter um parceiro, daí Kane e Finger criam Robin, que surge em 1940. Dick Graison seria o assistente de Bruce Wayne/Batman, que salvaria o herói de armadilhas, mas que seria salvo também. Batman não utilizaria mais uma pistola, e se tornaria um excelente detetive como Sherlock Holmes. Também foi criada uma galeria de vilões com algum grau de loucura: Coringa, Duas Caras, Pingüim, Charada, Espantalho, O Cara de Barro, Camaleão, Mosqueteiro, Mulher Gato (que se apaixona pelo Batman ) e uma centena de outros. Também é nessa época que surge o Batmóvel, que se transformaria num ícone do universo do morcego.

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Do cinema foi aproveitado o artifício da dupla identidade e o traje negro com capa, claramente inspirados no filme A Marca do Zorro, de 1920. O bat –sinal veio do filme The Bat, onde o vilão, com um sinal, mostrava onde seria seu próximo roubo. Dos programas de rádio, como The Shadow (1930-1954) e The Green Hornet (1936- 1952), veio o ambiente sombrio. Também vemos semelhanças com O Fantasma de Lee Falk: a morte do pai, o juramento de vingança, a máscara e uma caverna como esconderijo. O sucesso de Batman foi tanto que em 1940 ele já tinha uma revista própria, uma tira em jornais, e a partir de 1943 surgiram os produtos para o público. Em 1943 Batman também chegou ao cinema através do seriado The Batman, além de ter aparições ainda na "Detective Comics" e na Sociedade da Justiça da América (a sociedade aparece nos quadrinhos "All Star").

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Robinson e Finger foram os responsáveis pela criação do maior inimigo do morcego, o Coringa. Nos anos 1950, as histórias foram relativamente fracas e esquecíveis. Em 1941 o desenhista Dick Sprang juntou-se à equipe de criadores, onde ficou até 1963. No ano de 1955 Sprang assumiu a revista “Worlds Finest”, onde Batman e Superman formavam uma dupla no combate ao crime. Gardner Fox, que fazia parte da equipe desde 1939, criou o Doutor Morte, o Batplano e o Batarangue. Ele se afastou da equipe pouco depois, só retornando em 1964 a pedido de Julius Schwarts, para revitalizar personagens como Charada e Espantalho (por causa da série de TV que seria produzida). Carmine infantino assumiu os desenhos do Batman em 1964, devido a solicitação de Julius. Carmine modificou o uniforme do morcego: aumentou as orelhas e a capa, colocou um nariz na mascara e incluiu um circulo amarelo no peito do morcego. As modificações agradaram o publico,causando o aumento das vendas.

Julius teve a péssima idéia de matar Alfred, isto gerou a criação da Tia Harriet, e ambos acabaram parando na televisão. A popular série de TV, de 1966, também revitalizou o herói, recuperando-o de seu fraco desempenho na década anterior. Alfred depois é ressuscitado nos quadrinhos, devido ao sucesso da série. Carmine também assumiu a tira de jornal do herói, mas por não dar conta de ambos, abandonou-a depois, ficando apenas com a revista. Em 1967 ele introduziu num roteiro de Gardner Fox,a Batgirl, que agradou os produtores da série e também foi parar na TV. Na série, como em sua introdução na "Detective Comics" 359, ela era Barbara Gordon, filha do Comissário Gordon. A Batgirl chegou a substituir o Batman na Liga da Justiça algumas vezes, além de ter tido inúmeros encontros com a Super-Moça. Mas antes da Batgirl existiu a Mulher-Morcego (Kathy Kane), e a sobrinha de Kathy era a Menina-Morcego. Isso fora criado no período de Schiff, e ignorado pelos que vieram depois dele.

A partir de 1966, com o sucesso da série de TV também passaram a ser publicados os livros de bolso com histórias do Vigilante Mascarado. Nos anos 1970, os roteiros de Dennis O'Neil receberam os desenhos de Neal Adams. Foram eles que criaram o mortal Ra's Al Ghul, e resgataram o aspecto assustador do Coringa. Neal tem um estilo naturalista na sua ilustração, que funcionou muito bem com os roteiros sombrios de Dennis. O trabalho deles praticamente estabeleceu a personalidade definitiva do morcego, que na década posterior é aprofundada por Frank Miller. Eles são considerados por muitos como a melhor dupla de criadores do Batman. Em 1986 Dennis se tornou o supervisor responsável pelo universo e continuidade nas historias do morcego. Ele criou a "Bat-Bible" (Bat-Bíblia), com as diretrizes sobre o morcego que deveriam ser utilizadas nas diversas mídias. Ele aposentou-se dessa função somente em 2001, mas continua como consultor editorial da DC Comics, e escreve historias para outros personagens.

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Também existe a fase "antes e depois de Frank Miller". Existem certas regras sobre o Batman que não podem ser quebradas, mas em 1985 Miller encontrou uma forma de burlá-las. Miller tinha feito sucesso nos quadrinhos do Demolidor, da Marvel, e a DC Comics decidiu contratá-lo e investir pesado nas idéias dele. Miller criou a mini-série essencial Batman: O Cavaleiro das Trevas. Nessa história vemos um Bruce Wayne aposentado vinte anos no futuro, com Gotham City tomada pela criminalidade e violência, e o mundo mergulhado numa crise bélica (uma clara crítica à Guerra Fria e ao governo Ronald Reagan). Em meio ao caos, Batman sai da aposentadoria para combater novamente o crime. A mini-série tornou-se um best seller e atraiu a atenção do público, que passou a não enxergar mais os quadrinhos como “histórias bobas para crianças”. Miller criou ótimas imagens de ação, e se inspirou em Bernie Krigstein, Will Eisner e mangás japoneses. Vimos um novo Robin (uma garota), um Batmovél que parece mais um tanque de guerra, e também tivemos fortemente a introdução da mídia nas histórias, algo que foi copiado depois em Spawn (a televisão massificada como espelho da opinião pública). Jim Lee (foi o marco nas histórias do Morcego no início do século 21) ficou fascinado com esses quadrinhos, e decidiu que essa seria sua profissão também. Em 2001 Miller lançou Batman: O Cavaleiro das Trevas 2, mas agora com inspiração na era de prata da DC (anos 50 e 60). Metade dos fãs não entendeu essa mudança, e a outra metade não gostou delas. Porém, mesmo não sendo melhor que a original, ainda é uma obra-prima. Em 2005, Miller e Lee criaram a graphic novel All-Star Batman e Robin, que é focada em Robin, e segue o patriotismo pós- 11 de setembro de 2001.

Nos anos 80, a DC criara a mini-série Crise nas Infinitas Terras, para arrumar a bagunça cronológica e reapresentar seus heróis, com modificações. Ícones dos quadrinhos foram selecionados para essas reformulações: John Byrne (Superman), George Perez (Mulher Maravilha) e Miller (Batman). Ele criou a mini-série Batman: Ano Um, que retrata o primeiro ano de Batman combatendo o crime em Gothan City. Começa com Wayne retornando de suas viagens pela Europa e Ásia, onde adquiriu suas habilidades, e no mesmo dia o tenente James Gordon chega de Chicago, para assumir um posto na policia de Gotham. Vemos Gordon combatendo os policiais corruptos, o que lhe causa problemas até na vida pessoal, e sua aliança com Batman é forjada. O fato de existir uma polícia corrupta insere um motivo real para o Batman existir. Miller foi o primeiro a mostrar uma policia corrupta na cidade do morcego, e esta sua obra foi uma inspiração direta para o filme Batman Begins (2005). Gordon vai aos poucos conseguindo o apoio da imprensa e da opinião publica, para enfrentar a corrupção. No inicio ele era antagonista do morcego, mas vai se tornando seu aliado, além de nutrir a desconfiança que Wayne e Batman sejam a mesma pessoa. Mais do que aliados, eles vão se tornando amigos também. Em outro foco, vemos a primeira tentativa frustrada de Bruce em combater o crime, a percepção de que deve aterrorizar os criminosos levando-os ao medo, a criação do traje, os primeiros confrontos com a polícia e a relação de amizade com Harvey Dent. Perto do final da história, a policia da cidade já vê Batman como um forte aliado, e rapidamente vemos a origem da Mulher-Gato. Ela é uma prostituta que, inspirada no morcego, cria sua fantasia para cometer roubos. Temos ainda a apresentação do criminoso Carmine Romano, que reaparece na mini-série O Longo Dia das Bruxas, nos anos 90. A arte de Ano Um ficou a cargo de David Mazzucchelli, e as cores de Richmond Lewis dão um clima noir à historia. Foi o sucesso da obra de Miller para o morcego que levou ao surgimento do filme Batman (1989).



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Nos anos 80, Robin torna-se Asa Noturna, o líder dos Novos Titãs (um grupo de jovens heróis da DC), e o Robin Jason Todd é recrutado. Jason era um ladrão de rua, enquanto Dick viera de uma família circense. Como esse novo Robin não agradou, foi produzida uma trama onde o Coringa mata o rapaz no Oriente Médio, onde havia se aliado ao aiatolá Khomeini. O terceiro Robin, Tim Drake, vem de uma família rica e é vizinho de Wayne. Entre 1992 e 1994, foi produzida a saga A Queda do Morcego, para aumentar as vendas que andavambaixas. Durante a primeira fase, Batman trabalha de forma obsessiva e sem descansar, o que vai deixando-o exausto. Foi criado o vilão Bane, natural da ilha de Santa Prisca, para derrotar o morcego. De forma astuta e inteligente, ele descobre a identidade de Batman, percebe a sua exaustão e liberta todos os prisioneiros do Asilo Arkham. Após recapturar quase todos os criminosos do asilo, Batman enfrenta Bane, mas devido ao seu estado é derrotado, e tem sua espinha quebrada, ficando paralítico. Um pouco antes Batman e Robin já estavam treinando Azrael (um personagem criado na mini-série Azrael para ser o novo Batman), que com a tragédia teve que assumir o manto do morcego. Devido a uma programação mental, criada por uma seita religiosa radical à qual ele fazia parte, Azrael se descontrola, tomando ações muito agressivas, assustando até o Robin. Ele cria uma nova armadura, e ao confrontar Bane, consegue derrotá-lo. Na segunda fase o novo Batman expulsa Robin da Batcaverna, e ao mesmo tempo Wayne tentava se recuperar fisicamente na Europa. Durante o resgate da doutora Shondra, ele se recupera fisicamente devido aos poderes ocultos dela, e o novo Batman comete um assassinato. Na terceira fase Wayne retorna para Gotham, e descobre o ocorrido. Ele treina para fortalecer novamente seu corpo. Numa batalha épica de Batman x novo Batman, que atravessa toda a cidade e termina na Batcaverna, ele retoma o manto do Morcego. Mas sua amizade com Gordon fica abalada, já que ele percebeu a troca e viu os resultados trágicos.

Durante os anos 90 foram produzidas outras sagas interessantes, como Contágio (um vírus mortal espalha-se pela cidade) e Terremoto (um terremoto devasta Gotham), entre outras. Mas nenhuma delas chegou aos pés do trabalho de Miller, que mesmo 21 anos depois, ainda é a sombra sob a qual todo Bat-criador vive.


As Várias Faces do Batman ao Longo das Décadas


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Desde que foi criado, em 1939, o Batman passou por profundas transformações, tanto no aspecto visual das suas roupas, até as mais complexas evoluções psicológicas, ou mesmo na troca dos parceiros.
Se Jerry Robinson deu um aspecto mais leve às histórias do Homem Morcego, esta atmosfera desapareceu com o desenhista Neal Adams. Quando assumiu as aventuras do Batman, Neal Adams voltou às origens, trazendo de volta um Batman sombrio, com histórias violentas, mostrando um herói pouco convencional, que se utilizava da sua lógica para vencer os inimigos, e não das normas éticas vigentes. Este Batman sombrio e solitário percorreu a década de 1960, chegando com sucesso aos anos oitenta.
Várias faces da vida do Batman foram exploradas pelas décadas, revelando diversos aspectos criativos da sua saga. Numa dessas fases, Bruce Wayne casou-se com Selina Kyle, a mítica Mulher Gato, já aposentada do seu codinome para contrair matrimônio e parceria com o paladino da justiça. Nesta fase nasceu Helena Wayne, filha do casal, e Batman estava quase que aposentado, resolvendo apenas casos esporádicos. Bruce Wayne assume o posto de comissário com a aposentadoria do Comissário Gordon. Quando ficou viúvo de Selina, o milionário aposentou definitivamente o Batman, só voltando quando surgiu um terrível vilão, Bill Jensen, chamado de Frederic Vaux. Nesta aventura contra Jensen, Batman é morto, e Bruce Wayne é enterrado ao lado de Selina. O feiticeiro Senhor do Destino derrota Jensen, e faz com que a população esqueça que Bruce Wayne era o Batman, cuidando para que todos acreditem que eles morreram simultaneamente.
Na década de 1980 Batman e Robin entram para o grupo dos “Superamigos”, ao lado do Super-Homem e da Mulher Maravilha, entre outros heróis, numa série de desenhos animados feita para a televisão. Batman, por não ter poderes sobrenaturais, desaparece no meio dos outros heróis, tornando-se superficial e sem atrativos, gerando a indignação dos fãs.
Em 1985, Batman volta reformulado pelas mãos do desenhista Frank Miller, através de uma série de histórias intitulada “O Cavaleiro das Trevas”, feitas para a D.C. Comics. Assume um aspecto de anti-herói, sendo a sua personalidade de morcego superior a do homem. É mais vampiro do que humano, usa todos os métodos sombrios do mal para vencê-lo. Batman explora os mais diluídos aspectos da sua alma, o que o leva a não distinguir o que é o bem e o que é o mal. Miller usa cores excessivas, com sombras dilacerantes. Sua genialidade traz de volta um Batman visceral, além dos limites de um herói, quase a beirar as raízes profundas do mal. O mundo interior da personagem é o de um homem vingativo e infinitamente distante da moral, quebrada por ele e pelos que violam a lei e assassinam inocentes.
Seja qual for a linha que se seguiu na longa saga do Homem Morcego, a verdade é que ele jamais perdeu o fascínio dos fãs, tornando-se um dos maiores mitos da ficção moderna, um ícone dos heróis nascidos das bandas desenhadas.

Batman no Cinema e na Televisão



Batman, ao lado de Robin, chegou pela primeira vez às telas de cinema, em 1943, através de “O Morcego” (Batman), filme em forma de seriado, realizado pela Columbia Pictures, com quinze episódios, protagonizados pelos atores Lewis Wilson e Douglas Croft, respectivamente Batman e Robin. Feito no auge da Segunda Guerra Mundial, o principal vilão era um espião japonês, Dr. Daka (J. Carrol Naish), naquele momento histórico o Japão era o principal inimigo dos EUA. Em 1949, veio “A Volta do Homem Morcego” (Batman and Robin), também produzido pela Columbia Pictures, tendo no elenco Robert Lowery (Batman) e John Duncan (Robin). Tal como o de 1943, foi feito em forma de seriado, tendo quinze episódios. Aqui os dois heróis enfrentam um raio elétrico que torna invisível as pessoas e os objetos, lançado pelo vilão, O Mago.
Os dois filmes foram decepcionantes, trazendo péssimos atores no papel de Batman, além de um guarda-roupa que transformava os uniformes de Batman e Robin em caricatas fantasias.
Em 1966 Batman chegou à televisão, na série “Batman”, trazendo Adam West como Batman, e Burt Ward como Robin. A série transformou a sombria história do Homem Morcego em uma hilariante comédia, com vilões fascinantes. Se os protagonistas eram dois atores praticamente desconhecidos, a galeria dos vilões era interpretada por um luxuoso elenco, trazendo nomes estelares como Cesar Romero (Coringa), Burgess Meredith (Pingüim), George Sanders (Sr. Frio 1), Otto Preminger (Sr. Frio 2), Eli Wallach (Sr. Frio 3), Vincent Price (Cabeça de Ovo), Anne Baxter (Olga, esposa do Cabeça de Ovo), Zsa Zsa Gabor (Minerva), Tallulah Bankhead (Viúva Negra), Van Johnson (Menestrel) e Shelley Winters (Mãe Parker). Na última temporada da série foi criada a personagem de Barbara Gordon, filha do Comissário Gordon, que tinha o codinome de Batgirl, misteriosa mulher que ajudava Batman e Robin no combate ao crime. Yvonne Craig foi a atriz convidada para viver a sensual e sedutora heroína mascarada. Sua presença causou alvoroço nos telespectadores, pois trazia um uniforme colado ao corpo, transformando-a em uma bela e atraente justiceira. Burt Ward teve o seu uniforme censurado, pois o calção pequeno e apertado do Robin evidenciava por demais a genitália avantajada do ator, obrigando-o a pôr gelo no pênis durante horas, para ver se ele encolhia; não obtendo resultados, foi administrada uma droga ao ator, que segundo os produtores, diminuía temporariamente o tamanho do seu órgão. Temendo que o procedimento o afetasse para sempre, o ator passou a recusar a ingerir a droga, e os censores deixaram-no em paz.
O tom humorístico da série criou a atmosfera dos desenhos animados, quando utilizava nas lutas travadas por Batman e pelos seus inimigos, onomatopéias escritas na tela, como “POW!”, “BAM!”, “ZOKK!”, conseguindo ótimos e divertidos momentos. A série foi ao ar de 1966 a 1968. O grande sucesso que fez deu origem ao filme “Batman: O Homem Morcego”, de 1966, tendo no elenco os atores da televisão.
Mesmo criticada pelos fãs do Batman, por descaracterizar a personagem, a série tornou-se cult, tendo vários seguidores e adeptos no mundo inteiro.
Quando Batman completou cinqüenta anos, em 1989, Tim Burton levou-o ao cinema, num primoroso filme, “Batman”, com Michael Keaton (Batman) e Jack Nicholson (Coringa) como protagonistas. Era a volta triunfante do Homem Morcego às telas, iniciando uma saga brilhante nas salas de cinema do mundo inteiro, sucesso que persiste até os dias de hoje. Além de Michael Keaton, que viveu o Batman em dois filmes, o cinema trouxe no papel do Homem Morcego os atores Val Kilmer, George Clooney e Christian Bale.



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Mensagem por Brainiac Qui Set 08, 2011 9:26 am

O retorno triunfal

Por volta de 1955, Julius Schwartz era o editor-chefe da futura DC e decidiu comandar essa reformulação das revistas junto com o diretor editorial Irwin Donenfeld e o publicitário e executivo Jack Liebowitz. Naquele mesmo ano chegou às bancas a Showcase, uma publicação-teste, que visava captar qual o desejo do público leitor de super-heróis. A revista estreava com a reformulação do Flash, organizada por Gardner Fox e Robert Kanigher (texto) e Carmine Infantino e Joe Kubert (arte). A intenção de Schwartz era tentar atrair o antigo e o novo público para os quadrinhos através da modernização dos uniformizados. No caso do Homem Mais Rápido do Mundo, mostrá-lo sob uma ótica mais humana e com um toque de ficção científica, o que trouxe uma nova identidade secreta, novo uniforme e origem.

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A fórmula foi bem-sucedida e The Flash tornou-se um sucesso. Com isso, percebeu-se que era possível fazer o mesmo com outros super-heróis cujo apelo fora considerável em anos anteriores e assim começou o período que os estudiosos e fãs chamam de Era de Prata (1955-1961). Nessa época, os títulos da National foram assolados de histórias mais incrementadas e os personagens ganharam novo fólego. No caso do Homem de Aço, seu editor Mort Weisinger introduziu a Supermoça, prima do herói kryptoniano idéia usada e descartada uma dezena de vezes - e dois de seus mais clássicos inimigos, o insensato Bizarro e o computador vivo Brainiac. Já Batman não teve a mesma sorte de seu velho amigo. Sob o comando de Jack Schiff, o Cruzado de Capa passou por poucas e boas, convivendo com personagens fracos como a Batwoman, a Batmoça e Bat-Mirim, enfrentando seres do espaço e cientistas tão malucos quanto as histórias em que eram vilões, além de brincadeiras com sua sexualidade, ainda sob a sombra das teorias do Dr. Wertham. A idéia ainda era fortalecer as histórias com elementos da ficção científica, mas os autores não tinham noção de que a origem de Batman não estava envolvida com tais traços como os outros super-heróis da National.

Em 1961, as revistas da editora eram grandes sucessos, principalmente depois do surgimento da Liga da Justiça da América, em The Brave and The Bold 28. Tudo ia de vento em popa, mas tudo que é bom...


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Mensagem por Brainiac Seg Set 12, 2011 1:41 pm

Continuo?
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