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Sublime Obsessão - 1954

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Sublime Obsessão - 1954 Empty Sublime Obsessão - 1954

Mensagem por Convidad Qui Jun 10, 2010 7:33 pm

Sublime Obsessão - 1954 23-0803291633M

FICHA TÉCNICA:
Título Nacional: Sublime Obsessão
Titulo Original: Magnificent Obsession
Ano De Lançamento: 1954
País De Origem: EUA
Tempo De Duração: 1h 48min
Gênero: Drama
Direção: Douglas Sirk
Roteiro: Robert Blees
Fotografia Russell Metty
Música: Frank Skinner
Direção De Arte: Bernard Herzbrun / Emrich Nicholson

SINOPSE:
Bob Merrick ( Rock Hudson ) é um ricaço que tolamente faz seu barco de corrida naufragar. O grupo de salvamento o ressuscita com um equipamento, que não pode então ser usado para ajudar um herói local, Wayne Phillips, um médico, o que resulta na sua morte. Phillips tinha ajudado muitas pessoas e quando Merrick aprende o segredo dele, que é dar abnegadamente e secretamente, tenta isto do seu modo. Entretanto se apaixona pela viúva de Phillips, Helen ( Jana Wyman ) , e sua persistência causa outra tragédia. Tentando refazer sua vida, Bob vai para uma faculdade de medicina, numa tentativa de corrigir sua vida e ganhar o amor de Helen.

ELENCO:
Rock Hudson
Barbara Rush
Jane Wyman
Agnes Moorehead
Otto Kruger
Gregg Palmer
Sara Shane
Paul Cavanagh
Judy Nugent

SOBRE O FILME:
Ao se assistir um filme de Douglas Sirk, por vezes, tem –se a impressão de que a utilização das cores, feita de forma profusa, serve como um desvio do olhar, ou melhor, um descanso, uma calmaria "disfarçada", "traiçoeira", pronta para nos surpreender, para nos deixar em choque, através dos meandros da narrativa, da encenação dramática, da tragédia anunciada.
É como uma renúncia à verdade, nos deixando enfeitiçado pelo vermelho, pelo azul, pelo verde, e através dessa embriaguez de cores contemplar-mos os personagens que respiram, falam, ouvem, se apaixonam, fogem, vivem .....existem.

Em "Sublime Obsessão" (Magnificent Obsession, 1954) Bob Merrick (Rock Hudson) é um milhionário que vive apenas por diversão, pelo prazer. Logo no ínicio do filme, por conta de um exibicionismo, sofre um acidente, é socorrido, e através da utilização de um aparelho médico , salvo. Ocorre um outro acidente, à pouca distância dali, envolvendo uma das pessoas mais queridas da cidade, um médico, Dr. Wayne Phillips que pela falta do aparelho, acaba morrendo.

Fassbinder, certa vez, definiu o cinema de Dougals Sirk , como um cinema feito de "sangue", de "lágrimas", de "violência", de "ódio" e "amor". Definição precisa, impressa de forma assustadora logo no ínicio de "Sublime Obsessão". Temos, em pouco mais de dez minutos, um mosaico de situações impregnadas de dor, de ódio de violência, mas também, de transformação e de aprendizado.

Após o acidente e sabendo no que ele resultou, Bob acaba se envolvendo com Joyce (,Barbara Rush) viúva do médico e se aproximando de Edward Randolph (Otto Kruger) também médico, e amigo pessoal da família, que faz uma revelação a este, envolvendo um segredo que fazia parte da vida do Dr. Wayne Phillips, que consistia em ajudar pessoas necessitadas, sem nada receber em troca e sem se expor.
Joyce acaba também por sofrer um acidente, e mais uma vez Bob está por perto.O acidente a faz perder a visão, e movido, ainda mais, por um sentimento de culpa, Bob se aproxima mais uma vez, sem que ela saiba quem ele é, também volta a estudar e terminar o curso médico, que iniciou anos atrás.
É o despertar para Bob, o início de uma reabilitação moral, de uma possibilidade de entendimento com sua vida , com as pessoas ao redor, com o mundo lá fora. É o sangue e as lágrimas servindo de ignição para que essa falsidade, moral, seja destruída e substituída por um sentimento benevolente, para Bob, é a “aceitação da verdade”, mesmo sendo ela cruel e desesperadora.

A Mise-em-scene de Sirk, continua se aproveitando das variações cênicas, impulsionando o desenlace das situações com a utilização das cores, que passa a mover o segmento do filme, como uma narrativa visual em que a diversificação das imagens ( das cores) exemplifica os detalhes, conduz as mudanças pessoais, impostas à seus personagens. É uma substituição das palavras, como forma de explicação, é uma "narrativa em off" calada, que serve como guia.
E mais uma vez, somos renunciados à verdade, manipulados por uma crença na "esperança", de que tudo pode se ajeitar, e a recompensa pelas dores do passado uma possibilidade real.

Já na parte final, quando Joyce acorda, com Bob ao seu lado e diz enxergar uma pequena luz difusa, acreditamos no reconciliamento com a felicidade, pelo menos ali, naquele exato momento.
Mas o "amanhã" pronunciado com angústia por Joyce é o "nosso" despertar, a "nossa" volta ao real, a nossa "aceitação da verdade", e desta vez, não estamos hipinotizados pelas cores, pelos cenários, pela ambientação. Estamos simplesmente aceitando o Cinema de Sirk, o cinema de lágrimas e de sangue. Roberto F. Fagundes (Fonfagu)

Screens:
Sublime Obsessão - 1954 25-0442174350M
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Última edição por fonfagu em Qui Jun 10, 2010 7:38 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Convidad Qui Jun 10, 2010 7:35 pm

Sou fã de Sirk, e ando revendo muita coisa dele.
Este, "Sublime Obsessão" é um dos meus preferidos! Wink

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Sublime Obsessão - 1954 Empty Re: Sublime Obsessão - 1954

Mensagem por Convidado Qui Jun 10, 2010 9:52 pm

Vi partes. Esse filme é ótimo.

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Sublime Obsessão - 1954 Empty Re: Sublime Obsessão - 1954

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