Artistas têm de duas a três vezes mais chances de morrer cedo

RIO - Cinco meses atrás, quando morreu Amy Winehouse, as redes sociais dedicaram-se à discussão da síndrome dos 27 anos - e lembraram outros artistas que, como ela, morreram com esta idade: Jim Morrison, Jimi Hendrix, Kurt Cobain... Para cientistas, isso não passa de uma coincidência. Mas, que os artistas morrem mais jovens, isso parece comprovado. Ao menos é o que indica um trabalho da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália. Segundo o estudo, músicos têm de duas a três vezes mais chances de morrer entre 20 e 30 anos do que os britânicos.

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Adrian Barnett considerou, em seu levantamento, 1.046 músicos, entre artistas solo e integrantes de bandas, que chegaram ao topo das paradas britânicas entre 1956 e 2007. De todos eles, só 71 (7%) morreram aos 27.
Segundo Barnett, era mais comum morrer prematuramente, entre os 20 e 40 anos, na década de 70 e no início da década seguinte. No fim dos anos 80, não houve morte de pessoas nessa faixa etária. Para os autores, isso se deve à melhoria dos tratamentos para overdose de heroína, ou à mudança do cenário musical, do hard rock para o pop.
"Esta descoberta deveria ser uma preocupação internacional, visto que os músicos contribuem fortemente para a qualidade de vida da população. Há, portanto, um imenso valor em mantê-los vivo (e trabalhando) o maior tempo possível", concluiu a pesquisa.