Amor sem Escalas - 2009

Amor sem Escalas (Up In the Air)
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Informações do Filme
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Nome do Filme: Amor sem Escalas (Up In the Air)
País: EUA
Ano de Produção: 2009
Direção: Jason Reitman
Roteiro: Jason Reitman, Sheldon Turner, Walter Kirn
Gênero: Comédia/Drama
Produção: Jeffrey Clifford, Daniel Dubiecki, Jason Reitman, Ivan Reitman
Fotografia: Eric Steelberg
Sinopse: Ryan Bingham é um consultor que tem a tarefa de demitir funcionários para cortar os gastos de empresas. Quando não está no trabalho, gosta de passar o tempo em quartos de hotéis e cabines de voos. Com uma carta de demissão na mesa de seu chefe, Bingham tem dois projetos de vida: acumular um milhão de pontos em milhas aéreas e arranjar um emprego numa misteriosa agência.

Elenco:

George Clooney .. Ryan Bingham
Vera Farmiga .. Alex Goran
Anna Kendrick .. Natalie Keener
Jason Bateman .. Craig Gregory
Amy Morton .. Kara Bingham
Melanie Lynskey .. Julie Bingham

Trailer:

Amor Sem Escalas (Up in the Air)

Qual é o seu propósito, nessa vida? Ser feliz é algo extremamente pessoal. Não aprendemos isso na escola, nos livros, nos documentários...em lugar algum. A felicidade é um sentimento abstrato que varia de pessoa à pessoa, na sua forma de conquista-la. Não podemos padronizar o modo de obter essa sensação tão sublime, que tem o poder de parar o tempo e fazer você ficar imóvel, curtindo o momento mais excêntrico de sua vida. A felicidade sempre andou junto ao propósito de viver, afinal, por mais que a pessoa não tenha ambições nessa vida, a sua única vontade, é ser feliz. Cada um conquista a felicidade do jeito que melhor lhe agrade, seja compartilhando esse sentimento com os entes queridos, com os amigos, ou até mesmo, sozinho. É com essa ideia de que não existe manual de instruções para se obter a felicidade, que Jason Reitman constrói um drama com toques de humor, a partir da pergunta que mais surge em nossa mente: o que é ser feliz?

O sarcástico Ryan Bingham (George Clooney) esta passando por uma mudança brusca em seu trabalho, onde o fato de ser demitido é tratado como segundo plano, meio à possibilidade de perder sua rotina, em outras palavras, de perder sua felicidade. Sem ter contatos primários concretos com outras pessoas, Ryan se vê contente com a vida que leva, viajando de um lado para o outro, o ano inteiro, com a singela missão de demitir pessoas, já que os próprios chefes são pusilânimes o suficiente para não exercer o cargo de "carrasco". Por mais que esse trabalho exija muito do seu sentimental, essa foi a vida que sempre levou. Diante dessa situação tão desafiadora, cabe a Ryan fazer o possível e o impossível, para assegurar seu trabalho sistemático, que não lhe agradava muito, porém o assegurava em sua rotina.
Podemos dizer, que esse então, é o marco inicial de uma exploração sofisticada da mente humana para nutrir a felicidade, que por mais inexistente que pareça, sempre esteve escondida em algum canto. O que Reitman consegue mostrar com capricho, com base na vida do protagonista, é o fato da felicidade estar junto à pessoa, por mais isolada que ela se encontre do "mundo real". Amala e Kamala, as meninas lobo, serve de exemplo pra essa ideologia de que a felicidade não pode ser construída, mas sim, transformada/conquistada. Ter retirado as meninas de seu habitat com os lobos, seria a mesma coisa de Ryan perder seu ofício, portanto, seu ambiente de trabalho que nunca se manteve o mesmo, devido as viagens. Talvez o desfecho da estória do protagonista seria a mesma das meninas, afinal perder seu habitat, seria perder sua identidade, perder a sua vida.

É nesse clima homogêneo que a atuação de George Clooney se mostra grandiosa, demonstrando íntegramente, a vida de um nômade contemporâneo. Ao decorrer do longa, seu personagem começa a se relacionar primariamente, finalmente então, o diamante começa a ser lapidado, ou em outras palavras, o bebê começa a dar seus primeiros passos frente à uma longa estrada jamais vista, anteriormente. A partir daí a câmera se torna objetiva em explorar esse outro lado, até então, jamais cogitado. Nossos roteiristas, entram em jogo com uma rica apresentação de cada personagem que influenciará na vida de Ryan, porém mesmo com algumas atuações não tão "compatíveis", terminamos o filme com um apreço inimaginável para com cada personagem. O roteiro se mantém constantemente bem, mantendo um desenvolvimento atípico em um filme de comédia, com algumas doses de romance. Totalmente imprevisível e surpreendedor. O desfecho então, por fim, responde a pergunta que surgira anteriormente, de forma simples e categórica. Em poucas palavras, eu diria que o roteiro é extremamente bem trabalhado e que de fato, mereceu sua indicação à categoria.

É com esse jogo de emoções inexplorado pelo protagonista, que Reitman nos entrega uma obra com um enredo bem menos sofisticado, perante aos outros indicados, mas que não deixa de ser bom, principalmente pelo fato de não ser aquele clichê que vemos em quase todos os filmes do gênero. "Amor sem Escalas" leva o espectador a entender de onde surge e qual é o propósito desse sentimento tão incrível que é a felicidade. Enfim, uma comédia decente e original, era o que precisávamos.

Nota: 8,5

A trilha sonora desse filme é maravilhosa.
Na verdade foi a música que despertou minha curiosidade para ver o filme, que não me decepcionou.
Recomendado

Red Daughter escreveu:A trilha sonora desse filme é maravilhosa.
Na verdade foi a música que despertou minha curiosidade para ver o filme, que não me decepcionou.
Recomendado

Não sei como foi considerado o pior indicado ao Oscar.

Tmb não entendi porque. A trilha sonora nem pode concorrer o que foi uma pena. A música tema é lindíssima.

Segue ela abaixo:

Acho que fica bem atrás de "A Blind Side".

Estou relendo o argumento original e quando terminar, comento por aqui. Reitman fez um bom trabalho.