Não nos esqueçamos do Acre!

Goris escreveu:Noticiazinha mequetrefe...

"Proporcionalmente" é sacanagem, só pra fazer as pessoas pensarem com o coração e não com o cérebro.

fabiola_a9 escreveu:

Mas ainda sim é muito triste, fizemos doações de roupas para locais de MG que foram afetados e uma semana depois aparece a notícia de que o prefeito da cidade jogou tudo no lixão...se eu soubesse teria mandando p o Acre mesmo![Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Jamm escreveu:

fabiola_a9 escreveu:

Mas ainda sim é muito triste, fizemos doações de roupas para locais de MG que foram afetados e uma semana depois aparece a notícia de que o prefeito da cidade jogou tudo no lixão...se eu soubesse teria mandando p o Acre mesmo![Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Houve explicação pra isso?

A entidade lamentou o episódio e disse estar indignada com o visível descaso com doações recolhidas da própria população de Minas

O descarte de roupas, calçados e cobertores destinados às vítimas das enchentes no aterro controlado de Pescador, no Vale do Rio Doce, provoca polêmica. Nesta sexta-feira (17) a Cruz Vermelha Brasileira – filial Minas Gerais (CVB-MG), que recolheu os donativos, fez a seleção e a distribuição do material em Minas Gerais, divulgou nota de repúdio contra o “mau uso e desperdício de material humanitário”. A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), por sua vez, reforça a responsabilidade que os municípios devem ter para fazer os donativos chegarem aos necessitados.

“A CVB-MG está chocada com as informações e imagens de desperdício de material humanitário enviado pela instituição às vítimas das chuvas, divulgado pelo Hoje em Dia”, diz a nota. No mesmo documento há a informação de que, em 2011, a campanha humanitária promovida pela CVB-MG atendeu a 24 municípios de Minas Gerais e do Rio de Janeiro em situação de vulnerabilidade. E o município de Virginópolis, que cedeu os donativos à prefeitura de Pescador, recebeu da Cruz Vermelha, em março de 2011, 38 toneladas de roupas, alimentos não perecíveis, produtos de higiene e limpeza, a serem encaminhados para as populações vulneráveis.

“A Cruz Vermelha lamenta, indignada, o visível descaso com doações recolhidas da própria população de Minas Gerais e espera que tristes episódios como esse não arrefeçam em nada o espírito solidário do povo mineiro, sempre sensível aos valores de humanidade que regem o nosso movimento em todo o mundo”, diz a nota.

O assessor da Coordenadoria Estadual de Defesa Social (Cedec), - órgão que faz as doações chegarem aos municípios -, major Edilan Andrade, também lamentou o ocorrido. No entanto, ressaltou que a missão do órgão é atender a população e ajudar a restabelecer a normalidade e isso independente da atitude das prefeituras.

Disse também que cabe à população, em especial as que fazem doações, se indignar. “Doação é para chegar até as pessoas. Se não chega, a responsabilidade é das prefeituras que a recebe com o compromisso de distribuir. Nós continuaremos cumprindo o nosso papel, fazendo o nosso trabalho que é ajudar”, enfatizou.

Parte do material foi considerado "inservível"

Em janeiro deste ano, depois de ser inundada pelo Rio São Pedro, Pescador decretou situação de emergência e pediu ajuda ao Estado para socorrer as 82 famílias – cerca de 325 pessoas -, atingidas pelas enchentes. Depois disso, segundo a secretária Municipal de Assistência Social de Pescador, Simone Cardoso de Bessa, de 22 anos, a prefeitura de Virginópolis ofereceu as doações que chegaram esta semana à cidade em grandes volumes. Depois de avaliar o material, determinou o descarte do que considerou “inservível”, ou seja, tudo o que estava molhado ou mofado.

Segundo a secretária, o material são doações remanescentes destinadas ao município de Virginópolis por ocasião das chuvas ocorridas em março de 2011 e estavam armazenados na futura sede do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) daquele município. Com as constantes chuvas que aconteceram nos meses de novembro a janeiro deste ano, houve um vazamento no telhado, provocando a deteriorização do que estava guardado nele.

O material chegou à Pescador em sacos da Cruz Vermelha de Minas Gerais. Quando a reportagem do Hoje em Dia chegou ao aterro, na quinta-feira (16), encontrou uma parte soterrada e outra queimando. Cobertores, calças jeans, camisas de malha, blusas de frio, blazers, calçados e bolsas femininas, alguns seminovos, formavam um grande amontoado, dando a dimensão da quantidade expressiva que foi descartada no lixo.

Foi no aterro que dona de casa Dalvina Ferreira dos Santos, de 53 anos, conseguiu juntar quatro sacos, roupas e sapatos para a família toda. “Lavei tudo e agora é só usar. São coisas boas que vão durar muito tempo ainda”, disse.

“Mandaram coisas demais. Como parte estava mofada, o mau cheiro era insuportável. Não temos espaço para secar tanta roupa e precisamos trabalhar”, justifica a secretária de Pescador, garantindo que alguns sacos estavam encharcados e os servidores precisaram usar máscaras para trabalhar.

Conta também que todo o material foi colocado na varanda da Secretaria para ser separado antes de enviar para o aterro o que considerou “inservível”, deixou que moradores escolhessem o que quisessem levar para casa. "Quando enviou os donativos a prefeitura de Virginópolis alertou que alguns objetos encontravam-se em estado não aconselhável de utilização", diz Bessa.
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