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Mali - golpe de estado

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Mensagem por marcelo l. Qui Mar 22, 2012 10:01 am

Era o mais esperado, a revolta no norte árabe contra o governo reforçada por armas mercenários que lutaram na Libia, já não é a primeira vez que se usa eles como tropas para reprimir o povo e quando voltam armados, eles se levantam contra o governo.

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Soldados renegados do Mali, no oeste da África, foram à televisão estatal nesta quinta-feira para declarar que haviam tomado o poder em protesto contra o fracasso do governo para sufocar uma rebelião liderada pelos nômades do norte e anunciaram o fechamento de todas as fronteiras.

"Declaramos que todas as fronteiras por terra e ar com países vizinhos estão fechadas", anunciou o tenente Amadou Konare, porta-voz do recém-formado Comitê Nacional para o Retorno da Democracia e da Restauração do Estado (CNRDR, sigla em inglês).

Não foi possível verificar imediatamente se o motim tinha apoio suficiente para garantir o fechamento de todas as fronteiras de um país sem litoral com o dobro do tamanho da França. Mais cedo, um correspondente da Reuters disse que o aeroporto da capital Bamaco havia sido isolado pela polícia ao invés de soldados renegados.

O golpe foi liderado por soldados com patente de capitão ou inferior e, se bem sucedido, irá adicionar uma nova camada de insegurança à região subsaariana que luta contra agentes locais da Al Qaeda e uma inundação de armas traficadas da Líbia desde a queda de Muammar Gaddafi.

O Exército apelou por semanas ao governo para receber melhores armas para combater os rebeldes tuaregues do norte, agora reforçados pelos aliados étnicos fortemente armados que lutaram ao lado de Gaddafi no ano passado, mas que voltaram ao Mali.

Membros do CNRDR leram um comunicado após disparos de armas pesadas durante a noite em torno do palácio presidencial na capital Bamaco.

"O CNRDR (...) decidiu assumir as suas responsabilidades pondo fim ao regime incompetente de Amadou Toumani Toure," disse o tenente Amadou Konare, porta-voz do CNRDR.

"Prometemos entregar o poder de volta para um presidente democraticamente eleito, assim que o país for reunificado e sua integridade não for mais ameaçada", disse Konare, cercado por duas dezenas de soldados, na leitura de um comunicado que foi prejudicada por problemas de áudio.

TOQUE DE RECOLHER

Uma declaração posterior do capitão Amadou Sanogo, descrito como presidente do CNRDR, declarou um toque de recolher imediato "até novo aviso".
Fontes do governo e militares disseram à Reuters que os amotinados entraram no palácio presidencial durante a noite depois de ter sido desocupado por Toure e sua comitiva. O paradeiro atual de Toure, um ex-líder que estava para deixar o cargo depois das eleições de abril, é desconhecido.

Seu governo de uma década tem sido um dos mais estáveis na região. Mas o país produtor de ouro o algodão luta para conter uma rebelião do norte em que dezenas foram mortos e cerca de 200 mil civis fugiram de suas casas.

O levante Tuareg acontece em meio a uma série de sequestros de ocidentais realizados por aliados da Al Qaeda que criaram bases no remoto norte do Mali.

Em um comunicado anterior ao anúncio de que os soldados tomaram o poder, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu calma e que as demandas sejam resolvidas democraticamente.

A Comissão da União Africana disse que está "profundamente preocupada com os atos condenáveis atualmente perpetrados por alguns elementos do Exército do Mali".
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