Aluna morre em sala de aula da FMU à espera dos bombeiros no Itaim Bibi

Atualizada às 07h42

SÃO PAULO - A estudante Angelita Pinto, de 28 anos, aluna do 1º semestre do curso de Ciências Contábeis, agonizou por 42 minutos, sem que recebesse socorro algum por parte de colegas ou funcionários da instituição, à espera da chegada de uma equipe dos bombeiros, na noite de quinta-feira, 23, dentro de uma das salas de aula do campus Itaim Bibi da Faculdades Unidas Metropolitana (FMU), localizado na Rua Iguatemi, na zona sul da capital paulista.

Eram por volta das 21h30 quando a jovem começou a passar mal. No momento em que os bombeiros chegaram, já era tarde demais. A estudante, segundo parentes, sofria de arritmia cardíaca e havia um mês que não tomava medicamentos por orientação médica.

O marido da universitária, José Carlos dos Santos, ao chegar na faculdade, foi informado pelos bombeiros, por colegas de Angelita e por policiais que não havia médico e enfermeira naquele momento na instituição.

Ao ser indagado sobre o que a direção da faculdade disse, José Carlos afirmou: " 'Meus sentimentos', foi apenas o que me passaram. Eles não deixaram os colegas socorrerem minha esposa. Os bombeiros chegaram depois de 42 minutos. A gente vai entrar com processo, pois isso não pode ficar assim. Foi praticamente um homicídio.", desabafou o marido da universitária.

O caso foi registrado no 14º Distrito Policial, de Pinheiros, pelo delegado Pedro Ivo, como morte suspeita e omissão de socorro, pois, segundo o delegado, a faculdade deveria ter realizado por meios próprios os primeiros socorros, o que não ocorreu.

A direção da faculdade foi procurada no início desta manhã e ainda não se manifestou.

A extensão do percurso, feito de carro, entre a faculdade e o Hospital São Luiz, localizado na Rua Doutor Alceu de Campos Rodrigues, no mesmo bairro, é de cerca de 2 quilômetros.

2 quilômetros entre a morte e a salvação!


Que coisa terrível de se fazer... e isso porque tem gente letrada lá...

2 km???



Dava até para ir à pé...

PQP.

Nessas horas agradeço por ter um pronto-socorro em frente á facul.

Mogur escreveu:2 km???



Dava até para ir à pé...

PQP.

e eu achando que a minha cidade era ruim

Pelo menos nesse caso não foi culpa da religião...

O pior é que na escola onde trabalho, a instrução que nós temos é de chamar o resgate e aguardar... Ainda bem que nunca aconteceu algo tão sério assim, mas no ano passado uma aluna (que eu nem conhecia, era de outro curso) passou mal e enquanto o pessoal da escola "decidia" o que fazer, resolvi rapidinho o problema: junto com outro professor que tambem ta cagando para essas regras imbecis, pegamos a moça e levamos para o hospital. Ela chegou la quase desmaiando e foi prontamente atendida... Ate hoje quando ela me encontra ela agradece, porque parece que o caso tem a ver com algum problema de saude que ela tem, mas sinceramente acho que nao fiz mais que a minha obrigaçao e espero (e disse na escola no dia) que se algum dia eu passar mal façam o mesmo por mim... Se ao socorrer alguem voce pode coloca-la em risco ou pode agravar a situaçao dela (como em um acidente de carro), concordo que o socorro adequado deve ser aguardado, do contrario, tem que se agir na hora.

Entendo a revolta, mas dou uma de advogado do diabo novamente. Estas regras existem por alguma razão. Certas situações só podem ser remediadas por profissionais e um gaiato bem intencionado pode causar mais mal que bem.

Já comentei da moça que sofreu um acidente de carro e corria o risco de ficar paraplégica por que um bom samaritano a tirou do carro e a levou ao hospital.

São 2 KM para levar, mas também são 2 KM para buscar.

Porque não chegou ajuda do hospital? No hospital não tem ambulância? Porque foram os bombeiros?

Eu fico imaginando que os bombeiros não deram importância devida ao chamado... tudo vai depender de como foi relatado o caso e se o atendente deu o devido valor...

Mogur escreveu:Eu fico imaginando que os bombeiros não deram importância devida ao chamado... tudo vai depender de como foi relatado o caso e se o atendente deu o devido valor...

bom o que as pessoas não sabem é que se uma viatura dos bombeiros local sai para atender o chamado,eles chamam a mais proxima e se a proxima não aoutra mais proxima,novamente cada lance dos bombeiros tem somente 1 ou duas unidades moveis e as ambulancias dos hospitais pior ainda porque normalmente 1 só funciona direito ou se tiver sorte 2 pelo menos é assim aqui na minha cidade,agora é tenso que minha cidade tem 1 milhão de habitantes,vi no a liga que é a mesma coisa em uma cidade gigantesca como são paulo,tanto que tem ongs especializadas em resgate em SP que tem treinamento do corpo de bombeiros

Goris escreveu:Entendo a revolta, mas dou uma de advogado do diabo novamente. Estas regras existem por alguma razão. Certas situações só podem ser remediadas por profissionais e um gaiato bem intencionado pode causar mais mal que bem.

Já comentei da moça que sofreu um acidente de carro e corria o risco de ficar paraplégica por que um bom samaritano a tirou do carro e a levou ao hospital.

Concordo contigo e foi como eu comentei, é preciso avaliar a situação. Se alguém cai de cima do telhado ou sofre um acidente de carro, por exemplo, não tem jeito mesmo: tem que esperar o socorro especializado chegar. Mas se alguém está desmaiando, sentindo dor no peito, com falta de ar, acho difícil você piorar a situação da pessoa levando ela ao pronto-socorro...

ghmartins escreveu:

Goris escreveu:Entendo a revolta, mas dou uma de advogado do diabo novamente. Estas regras existem por alguma razão. Certas situações só podem ser remediadas por profissionais e um gaiato bem intencionado pode causar mais mal que bem.

Já comentei da moça que sofreu um acidente de carro e corria o risco de ficar paraplégica por que um bom samaritano a tirou do carro e a levou ao hospital.

Concordo contigo e foi como eu comentei, é preciso avaliar a situação. Se alguém cai de cima do telhado ou sofre um acidente de carro, por exemplo, não tem jeito mesmo: tem que esperar o socorro especializado chegar. Mas se alguém está desmaiando, sentindo dor no peito, com falta de ar, acho difícil você piorar a situação da pessoa levando ela ao pronto-socorro...

Nossa ghmartins, era exatamente isso que eu ia falar!