Grupo de 170 índios ameaça cometer "suicídio coletivo"
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Grupo de 170 índios ameaça cometer "suicídio coletivo"
Manifestantes acamparam em fazenda do Mato Grosso do Sul na divisa com Paraguai
Um grupo de 170 índios, composto por 50 homens, 50 mulheres e 70 crianças, realiza seguidos rituais da etnia guarani-caiová, "prontos para suicídio coletivo", conforme afirmam os líderes do movimento localizado em Mato Grosso do Sul. Há dez dias consecutivos, eles cantam, dançam e rezam no idioma nativo, confirmando a disposição de tirarem a própria vida, conforme afirmaram em carta entregue ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e à direção nacional da Fundação Nacional do Índio (Funai).
"Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos", diz um trecho da carta indígena. A promessa será cumprida caso seja confirmado o despejo dos manifestantes, após liminar concedida na semana passada, da Fazenda Cambará, onde estão acampados, à margem do Rio Joguico, em Iguatemi, divisa com o Paraguai, no Mato Grosso do Sul.
A determinação judicial é do juiz federal Henrique Bonachela, que fixou multa de R$ 500,00/dia, por descumprimento da ordem. A Funai informou que não pode desobedecer ordem do magistrado e a tensão aumentou no acampamento, instalado na fazenda há quase um ano. Soldados da Força Nacional e agentes da Polícia Federal, acompanham a movimentação, como observadores e atentos para atuar em qualquer emergência. O Cimi distribuiu nota afirmando que a situação no local é "gravíssima".
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Um grupo de 170 índios, composto por 50 homens, 50 mulheres e 70 crianças, realiza seguidos rituais da etnia guarani-caiová, "prontos para suicídio coletivo", conforme afirmam os líderes do movimento localizado em Mato Grosso do Sul. Há dez dias consecutivos, eles cantam, dançam e rezam no idioma nativo, confirmando a disposição de tirarem a própria vida, conforme afirmaram em carta entregue ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e à direção nacional da Fundação Nacional do Índio (Funai).
"Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos", diz um trecho da carta indígena. A promessa será cumprida caso seja confirmado o despejo dos manifestantes, após liminar concedida na semana passada, da Fazenda Cambará, onde estão acampados, à margem do Rio Joguico, em Iguatemi, divisa com o Paraguai, no Mato Grosso do Sul.
A determinação judicial é do juiz federal Henrique Bonachela, que fixou multa de R$ 500,00/dia, por descumprimento da ordem. A Funai informou que não pode desobedecer ordem do magistrado e a tensão aumentou no acampamento, instalado na fazenda há quase um ano. Soldados da Força Nacional e agentes da Polícia Federal, acompanham a movimentação, como observadores e atentos para atuar em qualquer emergência. O Cimi distribuiu nota afirmando que a situação no local é "gravíssima".
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Re: Grupo de 170 índios ameaça cometer "suicídio coletivo"
situação complicada,deviam mandar a policia federal pelo menos pelas crianças,o governo devia analisar a situação mas a prioridade deveria ser salvar vidas,afinal duvido que as crianças queiram dar a vida pelo ritual que elas nem ao mesmo devem saber o que significa direito
espero que a terra continue com eles,mas sou contra esse tipo de atitude de forçar a crianças a esse tipo de coisa,mas a globo está dizendo que é no sentido figurado e ai?
espero que a terra continue com eles,mas sou contra esse tipo de atitude de forçar a crianças a esse tipo de coisa,mas a globo está dizendo que é no sentido figurado e ai?
fonte -http://oglobo.globo.com/pais/ms-indios-falam-em-morte-coletiva-apos-decisao-judicial-6506858
SÃO PAULO - Um grupo de 170 índios Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul estaria pronto a cometer 'morte coletiva', segundo carta aberta divulgada pelas lideranças indígenas. Os índios estão acampados na fazenda Cambará, à margem do Rio Joguico, no município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul. Uma decisão do juiz federal de Naviraí, Henrique Bonachela, determinou a saída do grupo da área e fixou multa de R$ 500 por dia em caso de descumprimento.
A carta diz que o grupo não sairá da fazenda, ‘nem vivos e nem mortos’. “Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui. Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos”, diz a carta aberta divulgada pelos índios.
A Funai e a Procuradoria da República recorreram da decisão no Tribunal Regional Federal da 3ª Região. De acordo com o assessor jurídico do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Luiz Henrique Eloy, a área em que os índios estão acampados é objeto de demarcação por parte da Funai.
- Com a pressão da Procuradora da República, a Funai iniciou o processo de demarcação em 2007. Mas todas as etapas estão atrasadas - diz Eloy.
Segundo ele, a carta precisa ser compreendida levando em conta a cultura guarani.
- Tem que compreender a cultura guarani. Quando eles expressam isso, de morte coletiva, estão dizendo que não estão propensos a abrir mão do território. Eles vão resistir. Não é que irão se suicidar.
Em nota, a direção do Cimi também nega a possibilidade de um suicídio coletivo: O Cimi entende que na carta dos indígenas Kaiowá e Guarani de Pyelito Kue, MS, não há menção alguma sobre suposto suicídio coletivo, tão difundido e comentado pela imprensa e nas redes sociais. Leiam com atenção o documento: os Kaiowá e Guarani falam em morte coletiva (o que é diferente de suicídio coletivo) no contexto da luta pela terra, ou seja, se a Justiça e os pistoleiros contratados pelos fazendeiros insistirem em tirá-los de suas terras tradicionais, estão dispostos a morrerem todos nela, sem jamais abandoná-las. Vivos não sairão do chão dos antepassados. Não se trata de suicídio coletivo!”, diz o texto.
Leia mais sobre esse assunto em [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
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"Seu verdadeiro lar está dentro do seu coração e continua com você onde quer que você vá; mas um lugar legal e aconchegante é um motivo maravilhoso para voltar para casa!"
-J.R.R.Tolkien
Re: Grupo de 170 índios ameaça cometer "suicídio coletivo"
Sei lá. Mas índios possuem tradição em suicídio.
Re: Grupo de 170 índios ameaça cometer "suicídio coletivo"
Datena e Sonia Abrão já devem ter deixado suas respectivas equipes de sobre-aviso.
Chusma- Farrista Cheguei até aqui. Problem?
- Mensagens : 4701
Data de inscrição : 25/07/2010
Re: Grupo de 170 índios ameaça cometer "suicídio coletivo"
Chusma escreveu:Datena e Sonia Abrão já devem ter deixado suas respectivas equipes de sobre-aviso.
isso é a nossa unica certeza auhau
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"Seu verdadeiro lar está dentro do seu coração e continua com você onde quer que você vá; mas um lugar legal e aconchegante é um motivo maravilhoso para voltar para casa!"
-J.R.R.Tolkien
Re: Grupo de 170 índios ameaça cometer "suicídio coletivo"
Eu li essa notícia que eles "se suicidaram", mas não sei não, a fonte é meio sensacionalista, mas vale ver o vídeo:
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ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
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Re: Grupo de 170 índios ameaça cometer "suicídio coletivo"
CIMI nega "suicídio coletivo" de guaraní-kaiowás
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ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
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Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Grupo de 170 índios ameaça cometer "suicídio coletivo"
ediv_diVad escreveu:Eu li essa notícia que eles "se suicidaram", mas não sei não, a fonte é meio sensacionalista, mas vale ver o vídeo:
Pq as aspas no se suicidaram?
Chusma- Farrista Cheguei até aqui. Problem?
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Data de inscrição : 25/07/2010
Re: Grupo de 170 índios ameaça cometer "suicídio coletivo"
Porque em uma versão lemos "se suicidariam", nessa diz "se suicidaram". São tempos diferentes, e lendo essa segunda parece que já o fizeram.Chusma escreveu:Pq as aspas no se suicidaram?ediv_diVad escreveu:Eu li essa notícia que eles "se suicidaram", mas não sei não, a fonte é meio sensacionalista, mas vale ver o vídeo:
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
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Re: Grupo de 170 índios ameaça cometer "suicídio coletivo"
ediv_diVad escreveu:Porque em uma versão lemos "se suicidariam", nessa diz "se suicidaram". São tempos diferentes, e lendo essa segunda parece que já o fizeram.Chusma escreveu:Pq as aspas no se suicidaram?ediv_diVad escreveu:Eu li essa notícia que eles "se suicidaram", mas não sei não, a fonte é meio sensacionalista, mas vale ver o vídeo:
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Chusma- Farrista Cheguei até aqui. Problem?
- Mensagens : 4701
Data de inscrição : 25/07/2010
Re: Grupo de 170 índios ameaça cometer "suicídio coletivo"
fonte - [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Brasília - Os 170 índios guarani-kaiowá que há quase um ano ocupam parte de uma fazenda da cidade de Iguatemi, a cerca de 460 quilômetros da capital sul-matogrossense, Campo Grande, e cuja situação ganhou destaque nacional nos últimos dias não terão que deixar a área. A medida vale pelo menos até que a real situação da propriedade seja esclarecida ou que laudos antropológicos descartem se tratar, como afirmam os índios, de terra tradicional indígena.
Segundo a Justiça de Mato Grosso do Sul, diferentemente do que os índios, as organizações indigenistas e o próprio Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul chegaram a anunciar, a decisão do juiz federal Sergio Henrique Bonachela, da 1ª Vara Federal em Naviraí (MS), constitui liminar de manutenção de posse e não de reintegração da área ocupada por 100 adultos e 70 crianças guarani-kaiowá desde novembro de 2011.
O detalhe jurídico que passou despercebido por muitos pode parecer trivial, mas, na prática, significa que o oficial de Justiça encarregado de fazer cumprir a sentença vai limitar-se a notificar os índios de que o terreno pertence, até prova em contrário, aos proprietários da Fazenda Cambará. O objetivo de uma liminar de manutenção é apenas preservar a posse de quem já vinha ocupando a área até que a situação seja esclarecida. Mesmo assim, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o MPF ajuizaram recursos contra a decisão no dia 16 de outubro e aguardam o julgamento.
De acordo com o promotor da República Marco Antonio Delfino, foram os próprios responsáveis pela fazenda que solicitaram a manutenção de posse. A decisão do juiz federal, favorável ao pedido, foi dada no último dia 17 de setembro. Como não há representação da Justiça Federal em Iguatemi, a incumbência de notificar o grupo indígena foi repassada à Justiça Estadual, por meio de carta precatória. Legalmente, o prazo para que o oficial de Justiça local notifique todo o grupo termina no próximo dia 8.
Segundo o diretor do cartório do Fórum de Iguatemi, Marco Antonio Arce, o oficial de Justiça só não começou a notificar antes os índios guarani-kaiowá devido à repercussão que o assunto ganhou nos últimos dias por causa da interpretação de uma carta que lideranças indígenas tornaram pública.
No texto endereçado ao governo e à Justiça brasileira, os líderes indígenas falam na possibilidade de “morte coletiva” ao referir-se aos possíveis efeitos da decisão da Justiça Federal. Dizem que, após anos de luta, o grupo já perdeu a esperança de sobreviver “dignamente e sem violência” na região onde, segundo eles, estão enterrados seus antepassados. Por fim, informam, em tom de ameaça, que decidiram “integralmente não sair com vida e nem mortos” e pedem que, se for determinado que eles saiam da área, governo e Justiça enviem "vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar" os corpos.
Embora a palavra suicídio não seja empregada nenhuma vez, a interpretação de que o grupo estaria ameaçando se matar em sinal de protesto gerou uma onda de comoção que ganhou as redes sociais e chegou a ser noticiada por veículos de imprensa internacionais.
De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), embora, na carta, o grupo não tenha falado em suicídio, mas sim “em morte coletiva no contexto da luta pela terra”, a medida extrema tem sido recorrente entre os índios. A organização ligada à Igreja Católica afirma que a situação de confinamento em áreas exíguas, a falta de perspectivas, a violência aguda e a impossibilidade de retornarem às terras tradicionais a que estão sujeitos os vários grupos indígenas que vivem no estado levaram ao menos 555 índios a, isoladamente, tirar a própria vida entre os anos 2000 e 2011. Especificamente em relação aos guarani-kaiowá, o Cimi lembra que, embora já haja 43 mil deles espalhados por Mato Grosso do Sul, apenas oito terras indígenas foram homologadas para o grupo desde 1991.
De acordo com o Ministério Público Federal, até três meses antes de ocupar 2 dos 762 hectares da Fazenda Cambará, os 170 índios viviam acampados às margens de uma estrada vicinal, na mesma cidade. Na noite de 23 de agosto, o acampamento foi supostamente atacado por pistoleiros que, segundo os índios, atearam fogo nas barracas e feriram várias pessoas. O MPF tratou o episódio como genocídio e pediu à Polícia Federal que apurasse as denúncias. Ainda segundo o MPF, a área ocupada faz parte de uma reserva de mata nativa, que não pode ser explorada economicamente e está sendo estudada por antropólogos da Funai que, em breve, devem divulgar suas conclusões.
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