Indignado, ator estreia peça que ironiza o PT e aborda a "conversão" de antipetistas

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Um antipetista fica comovido com a imagem do ex-presidente Lula torcendo pelo Corinthians nas finais da Libertadores da América e do Mundial de Clubes e resolve fundar o Antipetistas Anônimos (APA), grupo com a missão de ajudar outros avessos ao partido a acreditarem na legenda.

É na primeira reunião dessa entidade recém-formada que se passa a comédia "PTolerância Zero", escrita e encenada por Paulo Coronato (autor de "TPM Katrina" e "Paulo Francis Está Morto") e que estreia no Teatro Renaissance (zona oeste de São Paulo) neste sábado (dia 11).

A peça tem duração de 50 minutos, custa R$ 60 e tem figurino e produção executiva de Julia Carrera e fotografia de Alexandre Coronato. Em cartaz até o dia 30/6.

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LEIA ENTREVISTA COM O AUTOR E ATOR PAULO CORONATO

Guia - Quando começou a escrever essa comédia? Por quê?
Paulo Coronato - A ideia surgiu no começo do ano, em janeiro. O motivo é indignação, né? Com o estado das coisas que a gente vê, cada vez piorando. Por exemplo: eu soube --não vi, mas me contaram-- que na Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo você entra e vê foto do Sálin, do Hugo Chávez e do Lula. Eu considero isso um absurdo que não tem como falar. Nem fui ver porque não tenho estômago pra isso. Isso me deixou indignado. Como pode ter a foto de um genocida como o Stálin? O que o Stálin tem a ver com a cultura de São Paulo?

Pretende levantar alguma discussão com a peça?
Espero que acabe gerando discussão, sim. A peça é uma grande ironia. Acontece na primeira reunião da APA, então são pessoas que estão lá para serem ensinadas a acreditar no PT. E daí sai todo o absurdo, de tentarem justificar todas essas coisas que acontecem por aí.

Tem alguma piada que você possa adiantar da peça?
O que eu acho que pode ser o ponto forte da peça, que talvez gere polêmica, é o hino da APA. A Antipetistas Anônimos têm um hino, e o hino é uma paródia da música "Apesar de Você", do Chico Buarque, que virou "Apesar do PT".

É filiado a algum partido?
Não. Não sou filiado a partido nenhum.

Espera alguma reação dos militantes mais ferrenhos do partido?
Não, por enquanto não. As pessoas conhecem a minha posição. Muitos amigos meus votam no PT, mas eu não tenho uma relação tão profunda com o partido. Eu acho que militantes que acreditam que o Lula não sabia de nada, que o Dirceu é inocente... Esses eu não recomendo ir, porque eles são a piada. Agora, os petistas PT "light" são muito bem-vindos e até

marcelo l. escreveu:Achei engraçado que fizeram a matéria e não viram nem os ensaios para ver se a peça é boa, é difícil pensar em qualquer país um caderno cultural de um grande veículo de comunicação não ir conferir, parece uma coisa bem brasileira.

No mais espero que a peça seja boa, mas não que irei.

marcelo l. escreveu:Achei engraçado que fizeram a matéria e não viram nem os ensaios para ver se a peça é boa, é difícil pensar em qualquer país um caderno cultural de um grande veículo de comunicação não ir conferir, parece uma coisa bem brasileira.

No mais espero que a peça seja boa, mas não que irei.

zkrk escreveu:

marcelo l. escreveu:Achei engraçado que fizeram a matéria e não viram nem os ensaios para ver se a peça é boa, é difícil pensar em qualquer país um caderno cultural de um grande veículo de comunicação não ir conferir, parece uma coisa bem brasileira.

No mais espero que a peça seja boa, mas não que irei.

Está na cara que a reportagem do caderno cultural é mais ideológica (no estilo "Veja" de ser) do que qualquer outra coisa.
No mais, eu assistiria, mas se parecesse com algo escrito pelo Diogo Mainardi ia ser dose...

Questao escreveu:

zkrk escreveu:

marcelo l. escreveu:Achei engraçado que fizeram a matéria e não viram nem os ensaios para ver se a peça é boa, é difícil pensar em qualquer país um caderno cultural de um grande veículo de comunicação não ir conferir, parece uma coisa bem brasileira.

No mais espero que a peça seja boa, mas não que irei.

Está na cara que a reportagem do caderno cultural é mais ideológica (no estilo "Veja" de ser) do que qualquer outra coisa.
No mais, eu assistiria, mas se parecesse com algo escrito pelo Diogo Mainardi ia ser dose...

eu acho que o sentimento anti petista depois do mensalão é meio universal uahau

zkrk escreveu:

Questao escreveu:

zkrk escreveu:

Está na cara que a reportagem do caderno cultural é mais ideológica (no estilo "Veja" de ser) do que qualquer outra coisa.
No mais, eu assistiria, mas se parecesse com algo escrito pelo Diogo Mainardi ia ser dose...

eu acho que o sentimento anti petista depois do mensalão é meio universal uahau

No meu caso, eu estou decepcionado com o PT desde o primeiro mandato (sendo que o motivo principal de ter votado no Lula foi para evitar Serra, Ciro e em especial Garotinho). Na segunda eleição do Lula, eu já votei na Heloísa Helena no primeiro turno (mas acabei votando no Lula no segundo, por causa da praga do Alckmin...). NNo caso da Dilma, ela nunca viu um voto meu.
As críticas ao PT vão muito além do mensalão, mas aí o tópico ia ficar enorme... deixa para outro momento.

Goris escreveu:O grande problema é realmente não termos oposição à altura, aliás, entre votar em Alckmin, Serra e Aécio Neves, eu continuo votando em Dilma, Lula e o escambau.

O que a turma da direita (teoricamente o meu lado) não entende é que enquanto colocar gente mais arrogante, mentirosa, maquiavélica e claramente orientada aos ricos para concorrer com Lula e cia, eles sempre vão perder.

Simplesmente falta uma liderança que tenha mesmo um projeto político. Os velhos políticos nunca iam dar cordas pra uma juventudo sem vícios, com medo de criarem seu próprio Lula e, nisso, ficam como tem ficado, sem opção.

Goris escreveu:Exato, Questão, Aécio tem muitos votos garantidos por conta do avô e da forma como ele cuida de Minas, na base de usar a máquina estatal pra impedir críticas em jornais e TV.

Mas acredito que, chegando na hora de uma eleição nacional, onde ele não vai poder calar toda a imprensa, vão defenestrar com ele.

Por isso mesmo adoraria ver alguém diferente concorrendo, sem vícios, sem fanatismo religioso, sem tendancias ditatoriais de direita e tal.