Veneza premia o cinema independente dos EUA e dá o Leão de Ouro a Sofia Coppola
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Veneza premia o cinema independente dos EUA e dá o Leão de Ouro a Sofia Coppola
Afinal, foi uma grande operação entre amigos e que beneficiou os norte-americanos que predominavam na competição do Festival em Veneza, com seis concorrentes. O júri presidido pelo diretor Quentin Tarantino premiou Sofia Coppola, vencedora do Leão de Ouro pelo drama “Somewhere” e até inventou um segundo Leão de Ouro especial, este pelo conjunto de sua obra, para outro norte-americano, o veterano Monte Hellman, que aqui concorreu com o experimental “Road to Nowhere”- um filme tão inventivo e complexo que mesmo seus atores confessaram não tê-lo entendido na coletiva de imprensa.
A premiação para estes dois, amigos de Tarantino e, certamente, representantes da vertente mais independente do cinema dos EUA, desmentiu os boatos que circularam insistentemente hoje no Lido, sede do festival, que davam conta de que as principais premiações iriam na direção do espanhol Álex de la Iglesia – que no final, venceu mesmo dois prêmios importantes, os de melhor direção e roteiro, com sua frenética tragicomédia política “Balada Triste de Trompeta” – e do russo “Silent Souls”, de Aleksei Fedorchenko, que afinal teve que contentar-se com o troféu de melhor contribuição técnica, atribuída à fotografia, assinada por Mikhail Krichman.
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Outro boato que afinal se confirmou foi a premiação como melhor ator para mais um norte-americano, Vincent Gallo, como protagonista do drama polonês (mas também com dinheiro norueguês, húngaro e irlandês) “Essential Killing”, do veterano Jerzy Skolimowski. O cineasta polonês arrebatou também outro prêmio importantíssimo, o Especial do Júri.
Como Gallo, alegadamente, não frequenta tapetes vermelhos, foi Skolimowski quem subiu ao palco da Sala Grande, no Palazzo del Cinema, para fazer o agradecimento, que foi bem irônico: “Tenho a certeza de que Vincent vai agradecer a seu diretor, roteirista e ao produtor que foi procurar o dinheiro para pagar seu salário”. O diretor falava, claro, de si mesmo, já que desempenhou todas essas funções para concretizar o drama, que retrata a situação-limite de um afegão (Gallo), fugitivo de uma prisão militar clandestina em plena Europa.
Álex de la Iglesia venceu o Leão de Prata de melhor direção por ''Balada Triste de Trompeta''
Ariane Labed segura o prêmio de melhor atriz por sua atuação no filme ''Attenberg''
Novas atrizes
Foi uma grande surpresa também a premiação da jovem atriz francesa Ariane Labed com a Copa Volpi de melhor interpretação feminina, pelo filme grego “Attenberg”, de Athina Rachel Tsangari. Muita gente apostava na cubana Yahima Torres, protagonista do forte drama francês “Venus Noire”, de Abdellatif Kechiche, ou mesmo em Alba Rohrwacher, do concorrente italiano “La solitudine dei numeri primi”, de Saverio Costanzo. Nada disso. O júri preferiu a jovem Ariane que, segundo o jurado Gabriele Salvatores, “carrega nas costas boa parte do peso do filme”. Na história, Ariane interpreta uma jovem de 23 anos que se divide entre assumir a própria sexualidade (ela ainda é virgem) e a doença fatal de seu pai, numa Grécia contemporânea e cética em relação ao seu passado histórico.
Outra jovem atriz premiada foi Mila Kunis, coadjuvante do drama norte-americano “Black Swan”, de Darren Aronofsky, que abriu o festival, no último dia 1º. Foi dado a Mila o Prêmio Marcello Mastroianni, dedicado a um intérprete novato (não necessariamente estreante, como é o caso de Mila, uma ucraniana de 27 anos que tem feito sucesso no cinema dos EUA, em filmes como a aventura de ação “O Livro de Eli”, ao lado de Denzel Washington). Ela mandou seu agradecimento por um filmete, que foi exibido na premiação.
Muita gente, portanto, saiu da festa do Lido de mãos vazias. Apesar das apostas de parte da crítica, isto aconteceu com os concorrentes orientais, como os até aqui bem-cotados chineses “Detective Dee and the Mystery of Phantom Flame”, de Tsui Hark, e o político “The Ditch”, de Wang Bing. Os franceses (como o citado “Venus Noire” e a elogiada comédia “Potiche”, de François Ozon), e os quatro concorrentes italianos (“La Pecora Nera”, “Noi Credevamo”, “La Passione” e o citado drama de Saverio Costanzo) foram solenemente esnobados. O mesmo aconteceu com o único latino-americano da seleção principal, o sólido drama político chileno “Post Mortem”, de Pablo Larraín (diretor de “Tony Manero”).
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A premiação para estes dois, amigos de Tarantino e, certamente, representantes da vertente mais independente do cinema dos EUA, desmentiu os boatos que circularam insistentemente hoje no Lido, sede do festival, que davam conta de que as principais premiações iriam na direção do espanhol Álex de la Iglesia – que no final, venceu mesmo dois prêmios importantes, os de melhor direção e roteiro, com sua frenética tragicomédia política “Balada Triste de Trompeta” – e do russo “Silent Souls”, de Aleksei Fedorchenko, que afinal teve que contentar-se com o troféu de melhor contribuição técnica, atribuída à fotografia, assinada por Mikhail Krichman.
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Outro boato que afinal se confirmou foi a premiação como melhor ator para mais um norte-americano, Vincent Gallo, como protagonista do drama polonês (mas também com dinheiro norueguês, húngaro e irlandês) “Essential Killing”, do veterano Jerzy Skolimowski. O cineasta polonês arrebatou também outro prêmio importantíssimo, o Especial do Júri.
Como Gallo, alegadamente, não frequenta tapetes vermelhos, foi Skolimowski quem subiu ao palco da Sala Grande, no Palazzo del Cinema, para fazer o agradecimento, que foi bem irônico: “Tenho a certeza de que Vincent vai agradecer a seu diretor, roteirista e ao produtor que foi procurar o dinheiro para pagar seu salário”. O diretor falava, claro, de si mesmo, já que desempenhou todas essas funções para concretizar o drama, que retrata a situação-limite de um afegão (Gallo), fugitivo de uma prisão militar clandestina em plena Europa.
Álex de la Iglesia venceu o Leão de Prata de melhor direção por ''Balada Triste de Trompeta''
Ariane Labed segura o prêmio de melhor atriz por sua atuação no filme ''Attenberg''
Novas atrizes
Foi uma grande surpresa também a premiação da jovem atriz francesa Ariane Labed com a Copa Volpi de melhor interpretação feminina, pelo filme grego “Attenberg”, de Athina Rachel Tsangari. Muita gente apostava na cubana Yahima Torres, protagonista do forte drama francês “Venus Noire”, de Abdellatif Kechiche, ou mesmo em Alba Rohrwacher, do concorrente italiano “La solitudine dei numeri primi”, de Saverio Costanzo. Nada disso. O júri preferiu a jovem Ariane que, segundo o jurado Gabriele Salvatores, “carrega nas costas boa parte do peso do filme”. Na história, Ariane interpreta uma jovem de 23 anos que se divide entre assumir a própria sexualidade (ela ainda é virgem) e a doença fatal de seu pai, numa Grécia contemporânea e cética em relação ao seu passado histórico.
Outra jovem atriz premiada foi Mila Kunis, coadjuvante do drama norte-americano “Black Swan”, de Darren Aronofsky, que abriu o festival, no último dia 1º. Foi dado a Mila o Prêmio Marcello Mastroianni, dedicado a um intérprete novato (não necessariamente estreante, como é o caso de Mila, uma ucraniana de 27 anos que tem feito sucesso no cinema dos EUA, em filmes como a aventura de ação “O Livro de Eli”, ao lado de Denzel Washington). Ela mandou seu agradecimento por um filmete, que foi exibido na premiação.
Muita gente, portanto, saiu da festa do Lido de mãos vazias. Apesar das apostas de parte da crítica, isto aconteceu com os concorrentes orientais, como os até aqui bem-cotados chineses “Detective Dee and the Mystery of Phantom Flame”, de Tsui Hark, e o político “The Ditch”, de Wang Bing. Os franceses (como o citado “Venus Noire” e a elogiada comédia “Potiche”, de François Ozon), e os quatro concorrentes italianos (“La Pecora Nera”, “Noi Credevamo”, “La Passione” e o citado drama de Saverio Costanzo) foram solenemente esnobados. O mesmo aconteceu com o único latino-americano da seleção principal, o sólido drama político chileno “Post Mortem”, de Pablo Larraín (diretor de “Tony Manero”).
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Re: Veneza premia o cinema independente dos EUA e dá o Leão de Ouro a Sofia Coppola
O júri oficial da 67ª edição do Festival de Veneza escolheu o ator Vincent Gallo como o melhor ator do concurso por sua atuação no filme Essential Killling, do polonês Jerzy Skolimovski. Gallo também concorria com seu longa-metragem Promises Written in Water, muito mal visto pela crítica.
A atriz Ariane Labed, de origem francesa, ganhou a Copa Volpi, o prêmio principal de atuação feminina por seu desempenho no filme grego Attenberg, sua estreia no cinema no papel de Marina, uma jovem de 23 anos que vive próxima ao mar ao lado de seu pai arquiteto.
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A atriz Ariane Labed, de origem francesa, ganhou a Copa Volpi, o prêmio principal de atuação feminina por seu desempenho no filme grego Attenberg, sua estreia no cinema no papel de Marina, uma jovem de 23 anos que vive próxima ao mar ao lado de seu pai arquiteto.
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Re: Veneza premia o cinema independente dos EUA e dá o Leão de Ouro a Sofia Coppola
Essential Killing, do prestigiado cineasta polonês Jerzy Skolimovski, recebeu o Prêmio Especial do Júri, um dos principais do concurso oficial. O filme também rendeu ao ator Vincent Gallo o prêmio de interpretação masculina.
Por Balada Triste de Trompeta, o diretor espanhol Alex de La Iglesia foi considerado o melhor diretor do Festival de Veneza. Iglesia se ajoelhou diante de Quentin Tarantino para agradecê-lo e lhe disse que é a melhor coisa que já lhe aconteceu.
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Por Balada Triste de Trompeta, o diretor espanhol Alex de La Iglesia foi considerado o melhor diretor do Festival de Veneza. Iglesia se ajoelhou diante de Quentin Tarantino para agradecê-lo e lhe disse que é a melhor coisa que já lhe aconteceu.
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Re: Veneza premia o cinema independente dos EUA e dá o Leão de Ouro a Sofia Coppola
"Balada Triste de Trompeta", é um filme que eu aguardo ansiosamente para conferir. Não deixo para trás, "Black Swan" do Aronofsky. Não digo que foi uma surpresa ver o Iglesia ganhando o prêmio, pois não fiquei tão apreensivo com a possível obra-prima do Aronofsky, que tanto comentaram.
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Re: Veneza premia o cinema independente dos EUA e dá o Leão de Ouro a Sofia Coppola
Alex de la Iglesia já era hora de ter o seu talento reconhecido, O Dia da Besta, e A Comunidade são geniais.
Ver a Coppola recebendo um prêmio do Tarantino, já é uma das cenas mais deprimentes do ano.
E """"cinema independente""" né.
Ver a Coppola recebendo um prêmio do Tarantino, já é uma das cenas mais deprimentes do ano.
E """"cinema independente""" né.
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Re: Veneza premia o cinema independente dos EUA e dá o Leão de Ouro a Sofia Coppola
Shadows V. escreveu:Alex de la Iglesia já era hora de ter o seu talento reconhecido, O Dia da Besta, e A Comunidade são geniais.
Ver a Coppola recebendo um prêmio do Tarantino, já é uma das cenas mais deprimentes do ano.
E """"cinema independente""" né.
Já estão comentando que ela só recebeu o prêmio, porque o Tarantino é seu ex-marido.
Tinha certeza disso, rs.
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Re: Veneza premia o cinema independente dos EUA e dá o Leão de Ouro a Sofia Coppola
Eu acho que Sofia Copolla é superestimada demais.Gosto muito dos dois primeiros filmes dela, mas é só... tá na hora das pessoas se lembrarem que é de verdade o cineasta da família...
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Re: Veneza premia o cinema independente dos EUA e dá o Leão de Ouro a Sofia Coppola
arthurskywalker escreveu:Eu acho que Sofia Copolla é superestimada demais.Gosto muito dos dois primeiros filmes dela, mas é só... tá na hora das pessoas se lembrarem que é de verdade o cineasta da família...
Ainda não dá pra dizer se foi justo, mas realmente, a diretora é superestimada.
A influência do pai é muito grande, claro. Já estão dizendo que é o favorito ao Oscar.
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