Saramandaia

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Geralmente fãs de cultura Pop internacional, material cult ou filmes mais alternativos não gostam de novela. Eu não fujo essa regra, apesar de ter algumas exceções. Em se tratando de novelas as últimas que gostei foram: Gabriela, Lado a Lado e Cordel Encantado. Apesar de achar as tramas delas interessantes nunca tive paciência de acompanhar todos os capítulos, pois o formato de um episódio por dia para mim cansa, sem falar que tinha muita encheção de linguiça no enredo. Talvez fossem melhores se fossem mais curtas. Eu as assistia de maneira esparsa, geralmente uma vez por semana ou até menos. No dia anterior a desta postagem estreou uma novela que me despertou mais interesse que as demais. Os motivos para isso, talvez, tenha relação com a sinopse voltada a fantasia (algo raro em novelas e quando ocorre geralmente vem com resultado sofrível) e devido a sua fórmula seguir uma nova tendência entre as telenovelas que é a de se inspirar no ritmo de seriados americanos. A trama se desenvolve mais rápido e há pouca enrolação.
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O estilo da novela é o realismo fantástico, nesse tipo de enredo coisas absurdas são vistas pelos personagens como se fossem as coisas mais banais e comuns do mundo. Em uma cidade do interior chamada Bole-Bole uma briga se desenrola, um lado tradicional quer que o nome da cidade permaneça inalterado, o outro progressista quer que o município passe a se chamar de Saramandaia. Nessa cidade coisas inusitadas acontecem. O líder dos tradicionais, Zico Rosado, de vez em quando salta formiga pelo nariz. Há a personagem Dona Redonda que irá explodir de tanto comer. Tem uma garota que pega fogo sempre quando fica excitada e por aí vai. Vale citar o personagem que parece ser um dos principais, João Gibão. Um garoto que vive cortando as asas que teimam em crescer de suas costas e tem o dom de prever o futuro e mover objetos com a mente. A novela leva ao pé da letra ditos populares como “coração na boca”, “criar raízes”, “mulher fogosa”… Tudo isso com muito humor. Seu lado engraçado e o fato de se passar no nordeste me fez lembrar de Gabriela. No primeiro episódio isso não ficou evidente, mas vendo prévias na internet deu para ver que o folhetim vai ter algumas cenas picantes. Algo comum no horário.
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Um bom elenco de atores e uma boa história. Algo que pode agradar até mesmo quem não gosta de novela. Inclusive acho que os noveleiros mais tradicionais podem torcer o bico para ela, já que muitos não gostam de fantasia. Curti bastante, além dos motivos citados acima, outra coisa que me atraiu foram as várias referências a vida no interior. Principalmente a história do homem que se transforma em lobisomem. Meu pai é de cidade do interior, esse personagem me fez lembrar um caso que ele me contou. Em sua infância, na cidade em que vivia havia um homem em que muitos da cidade acreditavam piamente que se transformava em lobisomem. O realismo fantástico da trama se explica, pois as pessoas de cidades pequenas de antigamente realmente acreditavam em várias lendas e se relacionavam como se elas fossem reais.

Pô... 23:00... para mim não vira.
Pena, gostaria de acompanhar (curto ficção/fantasia/realismo fantástico).

essa mulher é linda, já tinha visto ela em cheias de charme.

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Sabia que o Jamm ia dar um jeito de dar as caras nesse tópico, rsrsrsrs.

Chusma escreveu:Sabia que o Jamm ia dar um jeito de dar as caras nesse tópico, rsrsrsrs.

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Essa semana estava indicando o jornal na tela da net mas estava passando essa novela. Vi uns 3 minutos de cena, onde uma galera à mesa servia café, pouco diálogo e o som do mastigado... "passa o açúcar"...

Não tenho condições de acompanhar bostas globais. Por mais cults que queiram fazer parecer!

Mononoke Hime escreveu:Não tenho condições de acompanhar bostas globais. Por mais cults que queiram fazer parecer!

2... é uma linguagem que me deixa irritado.

ediv_diVad escreveu:

Mononoke Hime escreveu:Não tenho condições de acompanhar bostas globais. Por mais cults que queiram fazer parecer!

2... é uma linguagem que me deixa irritado.

Fora o superficialismo exacerbado do mundo mágico mitológico onde todas as empregadas domésticas usam uniformes e são negras, pobre favelado anda de tênis dentro de casa, casais românticos passam por diversas situações e continuam se amando (mesmo que a fatura do cartão de crédito venha pra foder a alma).... ahh... fantasia demais! Além de ser Globo; que tenta de alguma forma manipular sua mente, sua fala, seu modo de vestir, de comer, de viver, até de sentar...