Das Leben der Anderen (A vida dos outros) - 2006

Das Leben der Anderen (A Vida dos Outros) é um filme alemão lançado em 2006 escrito e dirigido por Florian Henckel von Donnersmarck e premiado com o Oscar de melhor filme estrangeiro vencendo o excelente Labirinto do Fauno. Venceu ainda três Prémios do Cinema Europeu: Melhor Filme, Melhor Actor e Melhor Argumento e o Prémio do Público nos festivais de Locarno e Vancouver.



Sinopse:
O filme narra a história de um agente da Stasi, a polícia política da República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) chamado Gerd Wiesler (interpretado por Ulrich Mühe, falecido em 2007) que se envolve num serviço de escutas clandestinas do apartamento de um casal da cena cultural de Berlim Oriental, o escritor Georg Dreyman (Sebastian Koch) e a atriz Christa-Maria Sieland (Martina Gedeck). Mais tarde, ele se vê envolvido na vida do casal e tem um papel decisivo em seus destinos.




Martina Gedeck ... Christa-Maria Sieland
Ulrich Mühe ...      Tenente Gerd Wiesler
Sebastian Koch ... Georg Dreyman
Ulrich Tukur ... Oberstleutnant Anton Grubitz
Thomas Thieme ... Ministro Bruno Hempf
Hans-Uwe Bauer ... Paul Hauser
Volkmar Kleinert ... Albert Jerska
Matthias Brenner  ... Karl Wallner
Charly Hübner ... Udo
Herbert Knaup ... Gregor Hessenstein
Bastian Trost ... Häftling 227
Marie Gruber ... Frau Meineke

imdb 8,5

duração: 138 minutos



1984, ano simbólico em termos de controle social,  é o momento escolhido para começar a história de A Vida dos Outros (2006) desse drama semi-histórico que mostra parte das engrenagens desses monstrengos que temos hoje em dia chamado Estado, onde uma pessoa é perseguida apenas pelo Ministro querer ficar com sua amante e só por isso quer que ele seja  considerado "inimigo da pátria".

Vindo pelo últimos acontecimentos tanto a espionagem em massa de controle para lá de duvidosos e outras histórias escabrosas, a  A Vida dos Outros é uma obra-prima oportuna e atemporal já que sua história pode estar ocorrendo em vários países do mundo.

O filme também narra o processo de desencanto de um membro fiel do regime que assim como o  Edward Snowden, deveria bisbilhotar a vida dos outros, Gerd Wiesler (Ulrich Mühe) é um interrogador extremamente persuasivo para a Stasi e ele também ensina a arte de interrogatório.

Seu colega Oberstleutant (Ulrich Tukur) superior e amigo de  longo prazo  convence-o a acompanhá-lo para uma das peças do dramaturgo Georg Dreyman. Lá, o ministro da cultura de Bruno Hempf instrui Grubitz montar uma equipe ao apartamento de Dreyman e certifique-se que ele e sua namorada Chrisa-Marie Sieland, uma atriz de destaque, não se tornaram dissidentes ou inimigos do estado, na realidade, Hempf tem segundas intenções para a missão.

No entanto, Grubitz atribui Wiesler para liderar "Operação Lazlo" (menção a Casablanca?), com um outro homem tomando muda escutando Dreyman e Christa-Marie. Como espiões Wiesler sobre eles, ele descobre um mundo totalmente novo que é muito mais fascinante e começa a confrontar com as razões e atitudes de seus pares da Stasi ou altos funcionários do Estado.

Esse questionamento das próprias crenças levará a se tornar um "bom homem", ajudando de certa forma mesmo sabendo que Dreyman depois da morte do amigo, mentor e agora dissidente Albert Jerska envie para Der Spigel um artigo sobre suicídio que são considerados como auto-homicídios que irrita as autoridades alemãs orientais.

O ponto alto do filme é como muda a postura de acérrimo defensor da regime comunista, cuja reviravolta emocional é entregue através de nuances para ver seu inconformismo com quem detém o poder, afinal ele descobre que eles apenas querem ficar e inimigo é todos que negam algo, mesmo que seja uma noite de prazer ou tortura  para  Christa-Maria Sieland (Martina Gedeck), que precisa de remédios proibidos para aguentar o porco ministro da cultura.



É um filme que compensa assistir por ser quase recorrente no mundo atual, quem não leu sobre vítimas sexuais de algum ditador ou do controle feroz de governos seja americanos, russos, chineses etc que tentam vasculhar tudo sobre sua vida para procurar "inimigos" ou como o filme bem mostra incriminar inocentes?  Pelo tema, as interpretações e roteiro bem conduzido, 8,5 é uma nota bem justa.

A música marca o "homem bom", a Passionata de Beethoven

Já vi esse filme.
E o boato é que ele era tipo uma tcc de um estudante de cinema.
Putz!

Muito bom esse!

Quaid-Kuato (Ex Hal 9000) escreveu:Já vi esse filme.
E o boato é que ele era tipo uma tcc de um estudante de cinema.
Putz!

TCC, eu só consegui encontrar que ele escreveu o roteiro nas terras do tio dele na Aústria, a família dele é da nobreza européia. Agora se for TCC é um belo trabalho de final de curso que ele fez.