Vídeo inédito comprova existência de índios da tribo Kawahiva no Mato Grosso
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Vídeo inédito comprova existência de índios da tribo Kawahiva no Mato Grosso
Vídeo inédito comprova existência de índios da tribo Kawahiva no Mato Grosso
Rio de Janeiro, 15 ago (EFE).- A Funai apresentou nesta quarta-feira um vídeo inédito sobre os índios Kawahiva, tribo nômade que ligou sua sobrevivência à fuga permanente das ameaças que a civilização levou à Amazônia.
O vídeo de dois minutos, filmado em 2011 e divulgado agora, mostra um grupo de homens, mulheres e crianças caminhando nus pela selva, levando arcos e longas flechas de até meio metro de comprimento.
O coordenador-geral do escritório de Índios Isolados e Recém Contatados da Funai, Carlos Travassos, disse à Agência Efe que o vídeo faz parte dos relatórios de trabalho de campo do órgão para o monitoramento dos grupos indígenas isolados e que ele serve como prova da existência da tribo, que foi questionada por latifundiários que ambicionam as terras onde eles vivem, no norte do Mato Grosso.
'Os kawahivas vivem em terras do Estado. Mas há proprietários que têm fazendas dentro (da reserva) e abriram processos questionando os dados da Funai, alegam que são inconsistentes', explicou Travassos.
A Funai sabe da existência da tribo Kawahivas desde 1999, quando foi documentada detalhadamente com fotografias de utensílios, de pegadas e do rastro de seus deslocamentos, em uma tarefa 'que se assemelha ao estudo de um lugar arqueológico'.
No fim de julho, uma decisão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, no Mato Grosso, determinou à Funai e à União que prosseguissem com a regularização das terras, de 411.848 hectares, que já estão delimitadas, com estudos finalizados pela Funai. Resta a publicação da Portaria Declaratória do Ministério da Justiça e Homologação da demarcação pela Presidência da República.
Os dados coletados pela Funai permitem saber que os Kawahivas são caçadores e coletores de frutas, que se deslocam constantemente, em parte pela pressão de mineradores ilegais, agricultores, madeireiros e proprietários ilegais de terras, estes considerados a 'maior ameaça' à sua sobrevivência.
Os Kawahivas se caracterizam por serem fugidios, por não manter contato nem com o homem branco nem com outras tribos da região, mas com elas compartilham a mesma família linguística, o tupi.
'A população indígena provavelmente teve um contato ruim com nossa sociedade, por isso se esquiva de qualquer contato, inclusive com as equipes da Funai, que não são agressivas nem deixam lixo na floresta', comentou Travassos.
O responsável da Funai relatou ainda que, em 2006, tentou contatar estes índios para alertar sobre uma incursão de um grupo armado de 'grileiros' na região, mas os Kawahivas também fugiram antes que o órgão pudesse falar sobre o perigo.
'A Funai temia que, se eles não fossem contatados, a possibilidade de sobrevivência seria muito pequena', explicou, lembrando ainda episódios violentos praticados contra indígenas relacionados aos relatos do período entre 1950 e 1970, resultado da expansão de frentes de ocupação.
'Os dados mostram que era um grupo muito mais populoso que o atual. Achamos que começou a cair há 40 ou 30 anos pelo exploração do território e com mais força nos últimos 20 anos por causa da diminuição dos recursos naturais. Há relatos de massacres e ataques violentos', comentou Travassos.
Os estudos da Funai permitiram conhecer aspectos curiosos desta tribo, que não pratica a agricultura e permanece durante poucos anos na bacia de um rio para depois se muda para outro vale.
Segundo Travassos, o povo Kawahiva se caracteriza também por ter 'apreço' pelos pássaros. Eles costumam deixar os filhotes em árvores altíssimas, onde constroem jiraus para coletar mel ou capturar filhotes, que criam em espécies de gaiolas como animais de estimação.
FONTE:Agência Brasil em [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Rio de Janeiro, 15 ago (EFE).- A Funai apresentou nesta quarta-feira um vídeo inédito sobre os índios Kawahiva, tribo nômade que ligou sua sobrevivência à fuga permanente das ameaças que a civilização levou à Amazônia.
O vídeo de dois minutos, filmado em 2011 e divulgado agora, mostra um grupo de homens, mulheres e crianças caminhando nus pela selva, levando arcos e longas flechas de até meio metro de comprimento.
O coordenador-geral do escritório de Índios Isolados e Recém Contatados da Funai, Carlos Travassos, disse à Agência Efe que o vídeo faz parte dos relatórios de trabalho de campo do órgão para o monitoramento dos grupos indígenas isolados e que ele serve como prova da existência da tribo, que foi questionada por latifundiários que ambicionam as terras onde eles vivem, no norte do Mato Grosso.
'Os kawahivas vivem em terras do Estado. Mas há proprietários que têm fazendas dentro (da reserva) e abriram processos questionando os dados da Funai, alegam que são inconsistentes', explicou Travassos.
A Funai sabe da existência da tribo Kawahivas desde 1999, quando foi documentada detalhadamente com fotografias de utensílios, de pegadas e do rastro de seus deslocamentos, em uma tarefa 'que se assemelha ao estudo de um lugar arqueológico'.
No fim de julho, uma decisão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, no Mato Grosso, determinou à Funai e à União que prosseguissem com a regularização das terras, de 411.848 hectares, que já estão delimitadas, com estudos finalizados pela Funai. Resta a publicação da Portaria Declaratória do Ministério da Justiça e Homologação da demarcação pela Presidência da República.
Os dados coletados pela Funai permitem saber que os Kawahivas são caçadores e coletores de frutas, que se deslocam constantemente, em parte pela pressão de mineradores ilegais, agricultores, madeireiros e proprietários ilegais de terras, estes considerados a 'maior ameaça' à sua sobrevivência.
Os Kawahivas se caracterizam por serem fugidios, por não manter contato nem com o homem branco nem com outras tribos da região, mas com elas compartilham a mesma família linguística, o tupi.
'A população indígena provavelmente teve um contato ruim com nossa sociedade, por isso se esquiva de qualquer contato, inclusive com as equipes da Funai, que não são agressivas nem deixam lixo na floresta', comentou Travassos.
O responsável da Funai relatou ainda que, em 2006, tentou contatar estes índios para alertar sobre uma incursão de um grupo armado de 'grileiros' na região, mas os Kawahivas também fugiram antes que o órgão pudesse falar sobre o perigo.
'A Funai temia que, se eles não fossem contatados, a possibilidade de sobrevivência seria muito pequena', explicou, lembrando ainda episódios violentos praticados contra indígenas relacionados aos relatos do período entre 1950 e 1970, resultado da expansão de frentes de ocupação.
'Os dados mostram que era um grupo muito mais populoso que o atual. Achamos que começou a cair há 40 ou 30 anos pelo exploração do território e com mais força nos últimos 20 anos por causa da diminuição dos recursos naturais. Há relatos de massacres e ataques violentos', comentou Travassos.
Os estudos da Funai permitiram conhecer aspectos curiosos desta tribo, que não pratica a agricultura e permanece durante poucos anos na bacia de um rio para depois se muda para outro vale.
Segundo Travassos, o povo Kawahiva se caracteriza também por ter 'apreço' pelos pássaros. Eles costumam deixar os filhotes em árvores altíssimas, onde constroem jiraus para coletar mel ou capturar filhotes, que criam em espécies de gaiolas como animais de estimação.
FONTE:Agência Brasil em [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
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Re: Vídeo inédito comprova existência de índios da tribo Kawahiva no Mato Grosso
Justiça determina que União finalize criação de terra indígena em Mato Grosso
por Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil
Brasília - A Justiça Federal determinou que a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a União concluam a demarcação da Terra Indígena Kawahiva, cujo &&resumo do estudo de identificação e delimitação foi aprovado e publicado pela Funai em março de 2007. A sentença da 2ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso não estabelece um prazo para a conclusão do processo demarcatório, mas dá 30 dias para que a Funai forneça informações detalhadas do que vem sendo feito e apresente um cronograma de trabalho.
A decisão da juíza federal Vanessa Curti Perenha Gasques, do dia 24 de julho, foi uma resposta à ação proposta pelo Ministério Público Federal em 2010. 'Entendo que há necessidade de se antecipar parcialmente os efeitos da tutela, no sentido de compelir a Funai e a União a apresentar em juízo um cronograma com vista à finalização do procedimento, indicando, objetivamente, os atos administrativos praticados e a praticar, tendo em vista que os prazos [legais] previstos se encontram há muito superados', informa a juíza na sentença.
Localizada em Colniza, cidade do noroeste de Mato Grosso, na divisa do Amazonas com Rondônia, a reserva, se criada, destinará quase 412 mil hectares a um grupo indígena autônomo, que, segundo a Funai, vive isolado. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial. O número de índios que vivem na área é incerto, mas, a partir das expedições feitas à região para localizar acampamentos abandonados pelos kawahivas (que são nômades) e outros sinais da presença indígena, a Funai estima que eles sejam mais de 30. No início da semana, a fim de comprovar a existência do grupo, a Funai divulgou à imprensa imagens inéditas dos kawahivas. E voltou a defender a criação da reserva a fim de protegê-los.
Segundo o estudo aprovado pela Funai em 2007, os kawahivas foram descobertos por acaso, em 1999, por madeireiros. Em 2001, a fundação interditou a área com o propósito de proteger os índios. A &&portaria restringindo o ingresso e a permanência na área de outras pessoas que não os servidores da Funai ou as autorizadas pela fundação só foi publicada em março de 2007, após a aprovação do estudo de identificação e delimitação.
Segundo o resumo do estudo publicado no Diário Oficial da União, a interdição da área teve como objetivo 'dar condições para que a Funai realizasse os estudos antropológicos necessários para identificar a área efetivamente ocupada e necessária para a reprodução física e sociocultural do grupo indígena'.
Em fevereiro de 2001, os trabalhos chegaram a ser suspensos por uma decisão judicial que concedeu 90 dias para que estado, município e demais interessados pudessem se manifestar sobre o processo demarcatório. Segundo o Ministério Público Federal, ao fim desse prazo, foi dado à Funai 60 dias para encaminhar o processo ao ministro da Justiça, a quem compete acatar ou não o estudo antropológico e, com base nele, declarar os limites da terra indígena e determinar sua demarcação, que precisa depois ser homologada pela Presidência da República. Segundo o Ministério Público Federal, o processo está parado desde 2001.
Procuradas, a Funai e a Advocacia-Geral da União (AGU) ainda não se manifestaram sobre o assunto. Já o secretário de Agricultura e Assistência Fundiária de Colniza, José Luiz Mendes, disse considerar a situação um absurdo.
'Vivo aqui há 14 anos, ando muito por todo o município, e nunca vi ou ouvi alguém dizer que já tenha visto sinais de índios. Se isso realmente acontecer, vai inviabilizar a cidade, porque essa reserva vai abrange quase toda o território. Vai pegar áreas de pasto e de plantio. Só a discussão já fez com que muitos produtores congelassem suas atividades, o que afeta o crescimento econômico do município', comentou o secretário municipal, ao acrescentar que moradores de Colniza já manifestaram a intenção de protestar contra a iniciativa.
Edição: Talita Cavalcante
FONTE: Agência Brasil em [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Demarquem logo a área e danem-se esses malditos latifundiários e a duplamente maldita bancada ruralista.
E se o município se tornar inviável economicamente tem opções:
a) Construir ali uma universidade federal, com foco em antropologia e biologia. Existem cidades que vivem em torno de uma universidade, como Santa Maria no RS.
B) Investimento em ecoturismo.
C) Esvazia a cidade, retira-se o que tem valor artístico e histórico para algum museu da região, demole tudo e refloresta.
por Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil
Brasília - A Justiça Federal determinou que a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a União concluam a demarcação da Terra Indígena Kawahiva, cujo &&resumo do estudo de identificação e delimitação foi aprovado e publicado pela Funai em março de 2007. A sentença da 2ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso não estabelece um prazo para a conclusão do processo demarcatório, mas dá 30 dias para que a Funai forneça informações detalhadas do que vem sendo feito e apresente um cronograma de trabalho.
A decisão da juíza federal Vanessa Curti Perenha Gasques, do dia 24 de julho, foi uma resposta à ação proposta pelo Ministério Público Federal em 2010. 'Entendo que há necessidade de se antecipar parcialmente os efeitos da tutela, no sentido de compelir a Funai e a União a apresentar em juízo um cronograma com vista à finalização do procedimento, indicando, objetivamente, os atos administrativos praticados e a praticar, tendo em vista que os prazos [legais] previstos se encontram há muito superados', informa a juíza na sentença.
Localizada em Colniza, cidade do noroeste de Mato Grosso, na divisa do Amazonas com Rondônia, a reserva, se criada, destinará quase 412 mil hectares a um grupo indígena autônomo, que, segundo a Funai, vive isolado. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial. O número de índios que vivem na área é incerto, mas, a partir das expedições feitas à região para localizar acampamentos abandonados pelos kawahivas (que são nômades) e outros sinais da presença indígena, a Funai estima que eles sejam mais de 30. No início da semana, a fim de comprovar a existência do grupo, a Funai divulgou à imprensa imagens inéditas dos kawahivas. E voltou a defender a criação da reserva a fim de protegê-los.
Segundo o estudo aprovado pela Funai em 2007, os kawahivas foram descobertos por acaso, em 1999, por madeireiros. Em 2001, a fundação interditou a área com o propósito de proteger os índios. A &&portaria restringindo o ingresso e a permanência na área de outras pessoas que não os servidores da Funai ou as autorizadas pela fundação só foi publicada em março de 2007, após a aprovação do estudo de identificação e delimitação.
Segundo o resumo do estudo publicado no Diário Oficial da União, a interdição da área teve como objetivo 'dar condições para que a Funai realizasse os estudos antropológicos necessários para identificar a área efetivamente ocupada e necessária para a reprodução física e sociocultural do grupo indígena'.
Em fevereiro de 2001, os trabalhos chegaram a ser suspensos por uma decisão judicial que concedeu 90 dias para que estado, município e demais interessados pudessem se manifestar sobre o processo demarcatório. Segundo o Ministério Público Federal, ao fim desse prazo, foi dado à Funai 60 dias para encaminhar o processo ao ministro da Justiça, a quem compete acatar ou não o estudo antropológico e, com base nele, declarar os limites da terra indígena e determinar sua demarcação, que precisa depois ser homologada pela Presidência da República. Segundo o Ministério Público Federal, o processo está parado desde 2001.
Procuradas, a Funai e a Advocacia-Geral da União (AGU) ainda não se manifestaram sobre o assunto. Já o secretário de Agricultura e Assistência Fundiária de Colniza, José Luiz Mendes, disse considerar a situação um absurdo.
'Vivo aqui há 14 anos, ando muito por todo o município, e nunca vi ou ouvi alguém dizer que já tenha visto sinais de índios. Se isso realmente acontecer, vai inviabilizar a cidade, porque essa reserva vai abrange quase toda o território. Vai pegar áreas de pasto e de plantio. Só a discussão já fez com que muitos produtores congelassem suas atividades, o que afeta o crescimento econômico do município', comentou o secretário municipal, ao acrescentar que moradores de Colniza já manifestaram a intenção de protestar contra a iniciativa.
Edição: Talita Cavalcante
FONTE: Agência Brasil em [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Demarquem logo a área e danem-se esses malditos latifundiários e a duplamente maldita bancada ruralista.
E se o município se tornar inviável economicamente tem opções:
a) Construir ali uma universidade federal, com foco em antropologia e biologia. Existem cidades que vivem em torno de uma universidade, como Santa Maria no RS.
B) Investimento em ecoturismo.
C) Esvazia a cidade, retira-se o que tem valor artístico e histórico para algum museu da região, demole tudo e refloresta.
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Re: Vídeo inédito comprova existência de índios da tribo Kawahiva no Mato Grosso
Só existe essa discussão de viabilidade econômica sobre os 5.565 municípios, quando o assunto é terras indígenas em jogo, discussão sobre "descarte de matérias" (lixão), e melhores salários para professores .
Estamos falando de um município mais violentos do Brasil, o que nessas regiões na maioria das vezes é ligado a conflito do campo e como a posse da terra é "comprada" e "mantida".
E se o número for 412.000 hectares vai tomar poucas novas áreas, na verdade pelo que entendi retirar quem a terra cresceu para dentro de uma reservas já existentes, hoje é um pouco menos de 20%, eu duvido pela notícia que aumente mais que 5% do que existe, o que parece que quem está irregular agora vai ser expulso.
Estamos falando de um município mais violentos do Brasil, o que nessas regiões na maioria das vezes é ligado a conflito do campo e como a posse da terra é "comprada" e "mantida".
E se o número for 412.000 hectares vai tomar poucas novas áreas, na verdade pelo que entendi retirar quem a terra cresceu para dentro de uma reservas já existentes, hoje é um pouco menos de 20%, eu duvido pela notícia que aumente mais que 5% do que existe, o que parece que quem está irregular agora vai ser expulso.
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
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