José Dirceu ganhará R$ 20 mil como gerente de hotel
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José Dirceu ganhará R$ 20 mil como gerente de hotel
Cópia da carteira de trabalho do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, preso na penitenciária da Papuda devido a condenação no processo do mensalão, mostra que ele foi contratado pelo Hotel Saint Peter para trabalhar como gerente administrativo e ganhar R$ 20 mil mensais. A carteira foi assinada na sexta-feira passada (22).
O documento foi entregue ao Supremo Tribunal Federal juntamente com pedido de autorização para trabalho externo feito ao STF na noite de segunda (25). O mesmo pedido foi feito nesta terça (26) à Vara de Execução Penal do Distrito Federal, à qual o Supremo delegou a atribuição de adotar as providências para o cumprimento das penas dos presos do mensalão. Segundo o STF, a vara decidirá sobre o pedido de Dirceu.
A defesa de Dirceu também entregou cópia do contrato de traballho, que afirma que Dirceu trabalhará das 8h às 17h. O contrato cita que ele foi condenado no processo do mensalão.
No documento, há ainda uma ficha de solicitação de emprego assinada por Dirceu do dia 18 de novembro em que ele afirma que é formado em direito, é católico e pratica caminhada. Ao ser perguntado sobre o motivo de procurar o trabalho, ele respondeu: "Necessidade e por apreciar hotelaria e área administrativa".
Dirceu está preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena em regime semiaberto, pelo qual o preso pode sair para trabalhar durante o dia e retornar no final da tarde, para dormir na prisão.
Na documentação entregue ao Supremo, a empresa informa que tem "plena ciência" da situação de Dirceu e concorda com as condições legais para oferecer a ele um emprego.
"A empregadora tem plena ciência e anui com as condições do empregado no sentido de cumprir a atividade laboral, seja no tocante a horário, seja por outra exigência a qualquer título, relativamente ao regime profissional semi-aberto ou outro que seja determinado pelo poder judiciário para cumprimento da pena a que foi submetido em razão da condenação na ação penal 470, em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal", diz o contrato.
A Lei de Execução Penal prevê que o salário do preso que trabalha seja destinado à indenização dos danos do crime, à assistência à família do preso, ao ressarcimento do Estado com as despesas pessoais do preso e o restante, para uma poupança a que o detento poderá ter acesso quando for solto.
Em decisão tomada nesta terça, a Vara de Execução Penal do DF determinou que a Seção Psicossocial do TJ avalie a proposta de trabalho apresentada por Dirceu e que prepare um relatório. O Ministério Público terá que opinar sobre o pedido antes de uma decisão final.
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Funcionários de hotel em que José Dirceu trabalharia demonstram surpresa: ‘Deus me livre’
Os funcionários do Hotel Saint Peter, no Setor Hoteleiro Sul, em Brasília, foram tomados por um misto de surpresa e indignação nesta terça-feira, diante da notícia de que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, teria assinado contrato para ser gerente do local, enquanto cumpre prisão em regime semiaberto no Distrito Federal. Oficialmente, o gerente destacado pelo hotel para atender jornalistas disse que não tem conhecimento sobre a notícia.
A informação sobre a contratação de Dirceu foi dada, nesta manhã, pelo advogado José Luís Oliveira Lima, ao site G1. Desde o começo desta terça-feira, a diretoria do hotel e a gerente-geral, Valéria Linhares, estão reunidos. O advogado de Dirceu não esclareceu se seu cliente ocuparia o cargo de Valéria ou seria gerente de outra área da instituição.
Com 382 quartos, todos com varanda, equipados com cofre eletrônico, interet wi-fi, o Saint Peter oferece apartamentos com preços na média dos grandes hotéis de Brasília. A diária da suíte Executive Single, para uma pessoa, custa R$ 510. O quarto triplo sai por R$ 630. Pertenceu ao empreiteiro e ex-deputado Sérgio Naya, o mesmo dono do edifício Palace II, que desabou, na Barra da Tijuca, no Rio.
O atual dono é o empresário Paulo Abreu, dono do grupo Mundial de Comunicação, responsável por várias emissoras de rádio e e uma emissora de televisão, a TV Mix. Abreu arrematou o hotel após a morte de Naya em um leião de bens para pagar os antigos compradores dos prédios Palace I e Palace II.
— Existem várias áreas, com diferentes gerentes e diferentes atribuições, mas desconhecemos qualquer informação sobre isso. A operação do hotel é em São Paulo e nós, em Brasília, ainda não fomos informados de nada — explicou o gerente Rafael Loos.
Outro gerente que conversou com o EXTRA pedindo anonimato disse ter sido acordado ontem com a notícia, publicada no fim da noite pelos sites. Perguntado sobre como se sentiria tendo Dirceu como chefe, foi breve na resposta.
— Deus me livre.
A possível novidade também não agradou a um funcionário da manutenção.
— Isso é palhaçada. Como é que uma pessoa presa vai comandar um hotel deste tamanho? Está errado. Mas tem dinheiro, né, então tudo é mais fácil — comentou, rindo.
A ida de Dirceu para a gerência do Saint Peter desagradou até taxistas do ponto que atende o hotel.
— Não vai ser legal. Clientes que precisam de discrição não vão mais querer se hospedar aqui, pois o hotel vai ficar em evidência o tempo todo — criticou um motorista.
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O documento foi entregue ao Supremo Tribunal Federal juntamente com pedido de autorização para trabalho externo feito ao STF na noite de segunda (25). O mesmo pedido foi feito nesta terça (26) à Vara de Execução Penal do Distrito Federal, à qual o Supremo delegou a atribuição de adotar as providências para o cumprimento das penas dos presos do mensalão. Segundo o STF, a vara decidirá sobre o pedido de Dirceu.
A defesa de Dirceu também entregou cópia do contrato de traballho, que afirma que Dirceu trabalhará das 8h às 17h. O contrato cita que ele foi condenado no processo do mensalão.
No documento, há ainda uma ficha de solicitação de emprego assinada por Dirceu do dia 18 de novembro em que ele afirma que é formado em direito, é católico e pratica caminhada. Ao ser perguntado sobre o motivo de procurar o trabalho, ele respondeu: "Necessidade e por apreciar hotelaria e área administrativa".
Dirceu está preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena em regime semiaberto, pelo qual o preso pode sair para trabalhar durante o dia e retornar no final da tarde, para dormir na prisão.
Na documentação entregue ao Supremo, a empresa informa que tem "plena ciência" da situação de Dirceu e concorda com as condições legais para oferecer a ele um emprego.
"A empregadora tem plena ciência e anui com as condições do empregado no sentido de cumprir a atividade laboral, seja no tocante a horário, seja por outra exigência a qualquer título, relativamente ao regime profissional semi-aberto ou outro que seja determinado pelo poder judiciário para cumprimento da pena a que foi submetido em razão da condenação na ação penal 470, em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal", diz o contrato.
A Lei de Execução Penal prevê que o salário do preso que trabalha seja destinado à indenização dos danos do crime, à assistência à família do preso, ao ressarcimento do Estado com as despesas pessoais do preso e o restante, para uma poupança a que o detento poderá ter acesso quando for solto.
Em decisão tomada nesta terça, a Vara de Execução Penal do DF determinou que a Seção Psicossocial do TJ avalie a proposta de trabalho apresentada por Dirceu e que prepare um relatório. O Ministério Público terá que opinar sobre o pedido antes de uma decisão final.
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A informação sobre a contratação de Dirceu foi dada, nesta manhã, pelo advogado José Luís Oliveira Lima, ao site G1. Desde o começo desta terça-feira, a diretoria do hotel e a gerente-geral, Valéria Linhares, estão reunidos. O advogado de Dirceu não esclareceu se seu cliente ocuparia o cargo de Valéria ou seria gerente de outra área da instituição.
Com 382 quartos, todos com varanda, equipados com cofre eletrônico, interet wi-fi, o Saint Peter oferece apartamentos com preços na média dos grandes hotéis de Brasília. A diária da suíte Executive Single, para uma pessoa, custa R$ 510. O quarto triplo sai por R$ 630. Pertenceu ao empreiteiro e ex-deputado Sérgio Naya, o mesmo dono do edifício Palace II, que desabou, na Barra da Tijuca, no Rio.
O atual dono é o empresário Paulo Abreu, dono do grupo Mundial de Comunicação, responsável por várias emissoras de rádio e e uma emissora de televisão, a TV Mix. Abreu arrematou o hotel após a morte de Naya em um leião de bens para pagar os antigos compradores dos prédios Palace I e Palace II.
— Existem várias áreas, com diferentes gerentes e diferentes atribuições, mas desconhecemos qualquer informação sobre isso. A operação do hotel é em São Paulo e nós, em Brasília, ainda não fomos informados de nada — explicou o gerente Rafael Loos.
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