Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
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ediv_diVad
Questao
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Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
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Em comunicado, a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (INCB, na sigla inglês) ataca a posição do governo uruguaio, lamenta a decisão e alerta que Montevidéu não levou em consideração as consequências negativas que a medida terá para o restante da sociedade. Para a ONU, a criação do primeiro mercado mundial de cultivo e venda de maconha mantido pelo Estado "contribui para o vício precoce".
O chefe da INCB, Raymond Yans, declarou-se "surpreso" diante da decisão uruguaia de "quebrar um tratado acordado universalmente e endossado internacionalmente". O acordo em questão seria de 1961 e foi assinado por mais de 150 países, entre eles o Uruguai. A convenção exige que os Estados limitem o uso da maconha para objetivos científicos e médicos.
Para Yans, o país também ignora estudos científicos que "confirmam que a maconha vicia, com sérias consequências para a saúde das pessoas". "A maconha não tem apenas o risco de dependência, mas também afeta funções fundamentais do cérebro, no potencial de QI, desempenho acadêmico e no trabalho", afirmou o chefe da entidade. "Fumar maconha é mais cancerígeno que cigarro."
A entidade ainda questiona o argumento de que a nova lei ajudará a reduzir crimes, alertando que são "alegações precárias e sem substância". Yans reforçou que a medida não irá proteger os jovens, mas sim "causar um efeito perverso de encorajar muitos a experimentarem a droga cada vez mais cedo".
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês) também atacou a nova lei uruguaia. "É lamentável que, no momento em que o mundo está engajado em debater a situação das drogas, o Uruguai se antecipe aos debates organizados para 2016", declarou David Dadge, porta-voz da entidade. Para ele, o problema das drogas é internacional e os países precisam trabalhar de forma coordenada.
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"Seu verdadeiro lar está dentro do seu coração e continua com você onde quer que você vá; mas um lugar legal e aconchegante é um motivo maravilhoso para voltar para casa!"
-J.R.R.Tolkien
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
Intervenções bélicas são bacanas e até aceitáveis, mas a maconha é muito perigosa pra paz no mundo!
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 20441
Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
Para a ONU, a criação do primeiro mercado mundial de cultivo e venda de maconha mantido pelo Estado "contribui para o vício precoce".
Diferente do mercado de cigarro e bebidas (ou da cola de sapateiro como bem lembrou aquele comercial anti drogas "joãozinho fumava, bebia e cheirava cola, mas Joãozinho fumou maconha... por Joãozinho fumar maconha...").
Lembrei de um "especialista" (acho que foi o Içami Tiba) que na TV alertou sobre os malefícios de "cheirar a maconha."
Gente, não fumo (cigarro ou maconha) e não bebo, mas entre o cigarro, a bebida e a maconha sejamos francos que é mais uma questão de medo de competição de nicho de mercado a não liberação do que uma comparação séria entre os efeitos da maconha e das drogas legais (e ilegais).
No vídeo dos "zumbis"do crack quiseram deixar clara (forçar a barra) a correlação direta entre usar maconha e fumar crack.
Me pareceu até que o foco nem era o crack e seus efeitos, mas colocar a culpa na maconha... que convenhamos no caso teria como substância tanta relação quanto a caipirinha ou outra bebida tomada nas baladas de madrugada.
Mas mesmo assim, com ou sem liberação não fumarei e terei a mesma postura com meus filhos que terei em relação ao cigarro e a bebida alcoólica.
Victor Pax- Farrista já viciei...
- Mensagens : 4157
Data de inscrição : 05/07/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
Tipo, fumar um cigarro e dirigir é tão perigoso pros outros como fumar um baseado e dirigir?
Goris- Farrista Cheguei até aqui. Problem?
- Mensagens : 4591
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Quero Café- Farrista "We are the Champions"
- Mensagens : 7858
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Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
De: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]Ainda mais inquietante é a constatação de que, entre os seis maiores produtores e exportadores de armas bélicas do mundo, estão os cinco membros do Conselho de Segurança da ONU. Exceto pela Alemanha, foram justamente China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia os Estados incapazes de evitar que cerca de duzentos conflitos bélicos ocorressem no mundo desde 1945, fazendo mais de cinqüenta milhões de vítimas. Portanto, a paz, na crua análise de Paul Valéry foi, de fato, a guerra em outro lugar.
Triste situação a da humanidade quando os encarregados da paz são os senhores da guerra.
Mas o que os preocupa mesmo são os terríveis perigos que a maconha propicia...
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 20441
Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
TIPO... isso depende das habilidades do motorista. Os navalhas dirigem perigosamente com cigarro, com maconha, sem cigarro, sem maconha, com rebite (vendido legalmente nas farmácias), sem rebite... com o que for... ou com o que não for.Goris escreveu:Tipo, fumar um cigarro e dirigir é tão perigoso pros outros como fumar um baseado e dirigir?
Dirigir fumando cigarro também pode ser perigoso, não sei como está hoje a legislação, mas isso já foi (ou continua) discutido:
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Já que você tá comparando, BEBER e dirigir é muito mais perigoso... mas não se preocupe! Tal ato é proibido por lei! Estamos protegidos de tal absurdo!
Mas será que é com isso que mesmo que a ONU tá preocupada?
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 20441
Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
Narcotics Control Board Internacional (INCB) é o órgão de controle independente para a aplicação das convenções internacionais de controle de drogas, ele faz parte da ONU, mas age de acordo com o que o país assinou.
E todos os países assinaram e comprometeram-se com uma legislação bem restritiva, além claro que um país já lava dinheiro a rodo, vai liberar a maconha
E todos os países assinaram e comprometeram-se com uma legislação bem restritiva, além claro que um país já lava dinheiro a rodo, vai liberar a maconha
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
- Mensagens : 6877
Data de inscrição : 15/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
Sinceramente, eles deviam gastar mais tempo e energia com a produção de pasta de coca e consumo de crack que cresceu assustadoramente nos últimos anos...
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 20441
Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
ediv_diVad escreveu:Sinceramente, eles deviam gastar mais tempo e energia com a produção de pasta de coca e consumo de crack que cresceu assustadoramente nos últimos anos...
Eles têm uma página das atividades: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] eu acho que existe uma maior exposição deles agora na imprensa brasileira por causa do Uruguai.
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
- Mensagens : 6877
Data de inscrição : 15/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
Valeu! Tava aqui lendo sobre como eles se esforçam em controlar a produção e o consumo mundial das drogas, me perguntei se a experiência do Uruguai não seria interessante para eles testarem novas abordagens no problema que tentam resolver há tanto tempo, mas também pensei que decerto o grande objetivo deles NÃO é resolver de verdade esses problemas, apenas "manter sob controle". Se é que eles conseguiram alguma vez...marcelo l. escreveu:Eles têm uma página das atividades: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] eu acho que existe uma maior exposição deles agora na imprensa brasileira por causa do Uruguai.ediv_diVad escreveu:Sinceramente, eles deviam gastar mais tempo e energia com a produção de pasta de coca e consumo de crack que cresceu assustadoramente nos últimos anos...
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 20441
Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
Goris escreveu:Tipo, fumar um cigarro e dirigir é tão perigoso pros outros como fumar um baseado e dirigir?
Goris, claro que não estou comparando uma pessoa que usou um produto que vicia e "dá barato" com um produto que vicia e .... her.... vicia e... bom de um produto que não causa nenhum efeito além de viciar (bem mais rápido do que a bebida alcoólica e a maconha e muitas outras drogas por sinal).
Mas reli várias vezes meu texto e não vi onde tirou sobre eu comparar os efeitos específicos na direção... estava falando de todos os efeitos, em especial os físicos e os familiares e sinceramente se estava falando de drogas lícitas como o álcool, os remédios para emagrecer, o absinto (se me lembro bem ele é uma categoria diferente das bebidas alcoólicas), o rebite, os xaropes, a nós moscada, a cola de sapateiro, o éter, a acetona e N outras, você foi pegar justamente o cigarro (que pode nublar a visão do motorista em dias muito frios, cair aceso em solavanco, provocar um acesso de tosse, distrair o motorista e n outros fatores) por não alterar a percepção e os sentidos é meio forçar a barra, né.
Apesar que acho que pelo efeito "semelhante" quantos acidentes foram causados pelo uso do éter?
Mas como bem colocou o Ediv_diVad, para causar acidente pode estar até "careta" ou usando droga (as atuais legalizadas ou não).
Sobre os efeitos e poder viciante sejamos honestos... a maconha está longe dos efeitos que a cocaína, o crack, as anfetaminas (componentes de alguns remédios), a heroína, e outras ilegais e é até comparável o cigarro e bem menor que a bebida.
Por isso citei minha estranheza com a campanha que praticamente tratou com naturalidade um garoto fumar, beber e cheirar cola de sapateiro e indicar como raiz de todos os problemas somente a maconha.
Acho que t-o-d-a-s são drogas e nenhuma deveria ser usada (POMBAS... eu nunca usei nada disso.. apesar da pressão tremenda para beber... não deve ser assim tão impossível como se fala).
Tenho uma ideia do porque... mas é meio polêmica e é melhor eu parar por aqui.
Victor Pax- Farrista já viciei...
- Mensagens : 4157
Data de inscrição : 05/07/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
ediv_diVad escreveu:Valeu! Tava aqui lendo sobre como eles se esforçam em controlar a produção e o consumo mundial das drogas, me perguntei se a experiência do Uruguai não seria interessante para eles testarem novas abordagens no problema que tentam resolver há tanto tempo, mas também pensei que decerto o grande objetivo deles NÃO é resolver de verdade esses problemas, apenas "manter sob controle". Se é que eles conseguiram alguma vez...marcelo l. escreveu:Eles têm uma página das atividades: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] eu acho que existe uma maior exposição deles agora na imprensa brasileira por causa do Uruguai.ediv_diVad escreveu:Sinceramente, eles deviam gastar mais tempo e energia com a produção de pasta de coca e consumo de crack que cresceu assustadoramente nos últimos anos...
A questão dos órgãos internacionais, eles estão presos a competência dada e neste caso foram os tratados que são até mostrados lá. Cabe aos países, modificar a função deles caso considerem necessário.
Para resolver o problema ou começar a arranhar tem que ter um controle sobre a lavagem de dinheiro.
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
- Mensagens : 6877
Data de inscrição : 15/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
deviam legalizar tudo,mas sou contra o estado vender e ficar com a grana toda para si,nunca usei drogas ilícitas e nem pretendo usar mas não concordo com a maioria das politicas anti drogas que existem
Última edição por Questao em Sex Dez 13, 2013 3:33 pm, editado 1 vez(es)
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Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
Entendi.marcelo l. escreveu:A questão dos órgãos internacionais, eles estão presos a competência dada e neste caso foram os tratados que são até mostrados lá. Cabe aos países, modificar a função deles caso considerem necessário.ediv_diVad escreveu:Valeu! Tava aqui lendo sobre como eles se esforçam em controlar a produção e o consumo mundial das drogas, me perguntei se a experiência do Uruguai não seria interessante para eles testarem novas abordagens no problema que tentam resolver há tanto tempo, mas também pensei que decerto o grande objetivo deles NÃO é resolver de verdade esses problemas, apenas "manter sob controle". Se é que eles conseguiram alguma vez...marcelo l. escreveu:
Eles têm uma página das atividades: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] eu acho que existe uma maior exposição deles agora na imprensa brasileira por causa do Uruguai.
Para resolver o problema ou começar a arranhar tem que ter um controle sobre a lavagem de dinheiro.
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
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Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
ediv_diVad escreveu:Entendi.marcelo l. escreveu:A questão dos órgãos internacionais, eles estão presos a competência dada e neste caso foram os tratados que são até mostrados lá. Cabe aos países, modificar a função deles caso considerem necessário.ediv_diVad escreveu:
Valeu! Tava aqui lendo sobre como eles se esforçam em controlar a produção e o consumo mundial das drogas, me perguntei se a experiência do Uruguai não seria interessante para eles testarem novas abordagens no problema que tentam resolver há tanto tempo, mas também pensei que decerto o grande objetivo deles NÃO é resolver de verdade esses problemas, apenas "manter sob controle". Se é que eles conseguiram alguma vez...
Para resolver o problema ou começar a arranhar tem que ter um controle sobre a lavagem de dinheiro.
para mim a unica coisa preocupante alem do estado ter controle total sobre isso é que houve um referendo para a população e a maioria foi contra e mesmo assim o governo do país decidiu tomar essa medida
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Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
Tava lendo sobre esse INCB no site deles...
"10 dos 13 membros são nomeados por governos..."
"Os membros devem ser pessoas que, pela sua expertise, competência, imparcialidade e desinteresse..."
"Uma vez que são eleitos, os membros prestarão imparcialidade em suas capacidades pessoais, independentemente dos governos."
(minha tosca tradução)
Desinteresse e imparcialidade nomeados por governos? Uau! É bom saber que essas instituições estão sempre em boas mãos! Dá pra confiar tranquilo na idoneidade e nos bons negócios pra saúde da população!
Só fica a dúvida: como será que eles encaram a indústria farmacêutica?
"10 dos 13 membros são nomeados por governos..."
"Os membros devem ser pessoas que, pela sua expertise, competência, imparcialidade e desinteresse..."
"Uma vez que são eleitos, os membros prestarão imparcialidade em suas capacidades pessoais, independentemente dos governos."
(minha tosca tradução)
Desinteresse e imparcialidade nomeados por governos? Uau! É bom saber que essas instituições estão sempre em boas mãos! Dá pra confiar tranquilo na idoneidade e nos bons negócios pra saúde da população!
Só fica a dúvida: como será que eles encaram a indústria farmacêutica?
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
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Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
ediv_diVad escreveu:Tava lendo sobre esse INCB no site deles...
"10 dos 13 membros são nomeados por governos..."
"Os membros devem ser pessoas que, pela sua expertise, competência, imparcialidade e desinteresse..."
"Uma vez que são eleitos, os membros prestarão imparcialidade em suas capacidades pessoais, independentemente dos governos."
(minha tosca tradução)
Desinteresse e imparcialidade nomeados por governos? Uau! É bom saber que essas instituições estão sempre em boas mãos! Dá pra confiar tranquilo na idoneidade e nos bons negócios pra saúde da população!
Só fica a dúvida: como será que eles encaram a indústria farmacêutica?
Se não estou errado é outra organização que cuida, acho que já vi até citado em filme, o órgão estava mancomunado com a indústria, claro é ficção.
Mas, o mundo multilateral de tratados internacionais é isso mesmo, são os governos que fazem os tratados e criam mecanismos de controle, caso pareça antipático culpam a ingerência estrangeira, tirando a Venezuela que denunciou o pacto de San José sobre direitos humanos poucos países tem peito de assumir as suas posições fora do âmbito paroquial.
Apesar deu analisar que existe ligações entre contrabando, drogas, terrorismo, corrupção, mesmo a venda de cigarros é importante no Sahel para o que se chama Magreb al-qaeda, afinal um dos líderes chama-se marboro man, também não me sinto nada confortável de minorias do congresso com passado nebuloso restringindo ou alargando direitos, deveria ter plebiscito sobre o tema drogas, e o perdedor só teria a revanche daqui a 20 anos.
O grande problema que na atual democracia ocidental é que os temas relevantes ficam fora da alçada do cidadão e o resultado do plebiscito deve ser acatado sempre. E também aprovada a lei que se denuncie o tratado que no caso parece claro é liberado apenas para fins medicinais e científicos, qualquer país seja Uruguai , EUA (estados) que estiver em contrário está fora.
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
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Data de inscrição : 15/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
Já rolaram todos os plebiscitos faz tempo... mas SEM a participação do cidadão...
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
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Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
Mujica questiona ‘dois discursos’ da ONU sobre maconha
MONTEVIDÉU - O presidente uruguaio, José Mujica, acusou o presidente da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), Raymond Yans, de mentir e insinuou que o órgão adota dois pesos e duas medidas ao abordar a legalização da maconha. Na quarta-feira, Yans divulgou comunicado no qual afirmou que o Uruguai viola a legislação internacional ao regulamentar o comércio da droga e lamentou que o país não tenha dialogado com a Jife, órgão da ONU que monitora o cumprimento de tratados sobre drogas.
- Digam a esse cara que não minta. Comigo se reúne qualquer pessoa que passa na rua - declarou um muito irritado Mujica a um canal de TV uruguaio. - Que venha ao Uruguai e se reúna comigo quando quiser. Que não fale para as tribunas. Qualquer um pode se reunir comigo e quem diz o contrário mente descaradamente.
Ainda segundo o presidente uruguaio, Yans acha que seu posto internacional o credencia a “falar qualquer besteira”. E não foi só:
- E (Yans) vai ter que me esclarecer o que acontece em um monte de estados dos EUA, onde cada um deles, só com a capital, superam a população do Uruguai. Ou têm dois discursos, um para o Uruguai e outro para os que são fortes? - encerrou Mujica.
Este ano, os estados americanos de Washington e Colorado aprovaram o consumo de maconha para fins recreativos via consulta popular, e vários outros permitem o uso da droga com finalidade médica. Tanto os EUA como o Uruguai são signatários da Convenção Única da ONU sobre Entorpecentes, de 1961, que contempla o uso de drogas apenas para fins médicos e científicos.
Na terça-feira, o país sul-americano deu outro passo na questão depois que o Senado aprovou a regulamentação do cultivo e da distribuição da maconha, cujo consumo já era descriminalizado. Segundo o vice-chanceler uruguaio, Luis Porto, uma delegação de Montevidéu visitará a sede da Jife, em Viena, em fevereiro.
- Não havia sentido ir antes porque a lei mudou. Esperamos ir com a regulamentação já avançada - disse.
O presidente Mujica tem até o fim da próxima semana para sancionar a lei da maconha, e o assunto deverá ser regulamentado nos 120 dias seguintes. A nova legislação não restringe o consumo; por outro lado, a droga só poderá ser comprada em clubes de usuários ou farmácias, com limite de 40 gramas mensais. Cada grama deve custar US$ 1. O cultivo de até seis plantas de maconha também será permitido. Apenas uruguaios ou residentes no país, e maiores de 18 anos, poderão plantar ou comprar a droga.
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ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
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Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]'Economist' escolhe Uruguai como o 'país do ano'
Principal motivo foi a pioneira legalização da maconha no país, diz editorial.
Revista elogia o presidente José Mugica por sua franqueza e austeridade.
A revista britânica "The Economist" escolheu o Uruguai como o país de 2013, em grande parte pela pioneira legalização da maconha.
"As conquistas mais dignas de menção são, acreditamos, aquelas reformas inovadoras que não se limitam apenas a melhorar um país, mas que, se imitadas, poderiam beneficiar o mundo", afirma a revista.
A legalização e regularização da venda e consumo da maconha "é uma mudança tão claramente razoável, que encurrala os criminosos e permite às autoridades concentrar-se em delitos mais graves, que nenhum outro país as executou", completa o editorial.
"Se outros a seguissem, e se fossem incluídas outras substâncias, o dano que estas drogas causam ao mundo seria drasticamente reduzido", afirma a revista, que há muitos anos defende uma mudança nas políticas de combate às drogas baseadas na repressão, por considerar que fracassaram.
A "Economist" recorda ainda que o Uruguai também legalizou o casamento gay em 2013, uma reforma "que aumentou a quantia mundial de felicidade humana sem custo financeiro".
A revista elogia o presidente José Mujica e sua 'franqueza incomum para um político", recordando seu estilo de vida austero.
"Vive em uma casa modesta, dirige um Fusca antigo e voa na classe econômica."
"Modesto, mas corajoso, liberal e amante da diversão, o Uruguai é nosso país do ano. Felicitações!", conclui a revista.
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 20441
Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Agência antidrogas da ONU critica Uruguai
Uma notícia que certamente passará despercebida...
De: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
ONU sugere pela primeira vez a descriminalização do consumo de drogas
Viena, 8 mar (EFE) - A ONU admite em um documento elaborado para uma reunião na próxima semana em Viena que os objetivos na luta mundial contra as drogas não foram cumpridos até agora e sugere pela primeira vez a descriminalização do consumo de entorpecentes.
'A descriminalização do consumo de drogas pode ser uma forma eficaz de 'descongestionar' as prisões, redistribuir recursos para atribuí-los ao tratamento e facilitar a reabilitação', afirma um relatório de 22 páginas do Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), ao qual a Agência Efe teve acesso.
A UNODC não quis fazer comentários à Efe sobre o conteúdo do documento, mas várias fontes diplomáticas especializadas em política de drogas concordaram que é a primeira vez que o organismo menciona a descriminalização de forma aberta.
A descriminalização do consumo pessoal, já aplicado em alguns caso no Brasil e vários países europeus, supõe que o uso de drogas seja passível de sanções alternativas ao encarceramento, como multas ou tratamentos.
No caso específico Uruguai foi legalizada a compra e venda e o cultivo de maconha, e estabelecida a criação de um ente estatal regulador da droga.
Em qualquer caso, a descriminalização não representa uma legalização nem o acesso liberado à droga, que segundo os tratados só pode ser usada para fins médicos e científicos, mas não recreativos.
Portanto, o consumo seguiria sendo sancionável (com multas ou tratamentos obrigatórios), mas deixaria de ser um delito penal.
A UNODC assegura no relatório que 'os tratados encorajam o recurso a alternativas à prisão' e ressalta que se deve considerar os consumidores de entorpecentes como 'pacientes em tratamento' e não como 'delinquentes'.
Na próxima quinta-feira em Viena, a comunidade internacional avaliará na Comissão de Entorpecentes da ONU a situação do problema das drogas e se foram cumpridos os objetivos pactuados em 2009 em um roteiro para uma década, quando em 2014 já se percorreu a metade do caminho.
Em 2009, os Estados da Comissão adotaram uma Declaração Política que previa que se 'elimine ou reduza consideravelmente' a oferta e a demanda de drogas até o ano 2019, um ambicioso objetivo que por enquanto está longe de ser cumprido.
Para o debate deste ano, a UNODC elaborou este relatório, assinado por seu diretor executivo, o russo Yury Fedotov, no qual avalia a situação atual da luta contra as drogas.
O relatório aponta progressos 'desiguais', mas reconhece que 'a magnitude geral da demanda de drogas não mudou substancialmente em nível mundial', o que contrasta com os objetivos fixados em 2009.
Apesar de a UNODC ressaltar que o mercado da cocaína e o do cannabis se reduziram, reconhece que o aumento dos estimulantes sintéticos, mais difíceis de detectar, e a recente aparição de centenas de novos entorpecentes de última geração enfraquecem esses avanços.
A prevalência mundial do consumo de drogas continua assim 'estável' em torno de 5% da população adulta, e as mortes anuais causadas por seu consumo se situam em 210 mil pessoas.
A UNODC admite as dificuldades para precisar as tendências globais das drogas pela carência de dados fidedignos sobre o narcotráfico, o dinheiro lavado dos entorpecentes e a fabricação de substâncias sintéticas, entre outros aspectos.
A queda do consumo de drogas nos países ricos se viu compensada com um aumento nos países em desenvolvimento, que não estão tão preparados nem têm recursos suficientes, lamenta a UNODC.
Também se indica que 'o tráfico de drogas desencadeou uma onda de violência' na América Latina e que em 'alguns países da América Central se registraram os índices de homicídio mais elevados do mundo, frequentemente com números de mortos superiores aos de alguns países afetados por conflitos armados'.
Em seguida, se destaca que alguns líderes latino-americanos chamaram atenção para os enormes recursos que movimentam os narcotraficantes e solicitaram, segundo a UNODC, que 'se examinem os enfoques atuais do problema mundial da droga'.
O relatório assinala que 'é importante reafirmar o espírito original dos tratados, que se centra na saúde. O propósito dos tratados não é travar uma 'guerra contra as drogas', mas proteger a 'saúde física e moral da humanidade''.
O documento insiste que a legislação internacional sobre drogas é flexível o bastante para aplicar outras políticas, mais centradas na saúde pública e menos na repressão.
No entanto, a UNODC adverte que menosprezar as leis internacionais contra as drogas piorará a situação, já que 'um acesso não controlado às drogas' ajuda 'o risco de um aumento considerável do consumo nocivo de entorpecentes'.
Além disso, salienta a importância da prevenção e do tratamento, e ressalta que os direitos humanos devem ser respeitados sempre na hora de combater as drogas e critica a aplicação da pena de morte por delitos de tráfico ou consumo de entorpecentes.
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