O Desembargador “supercidadão” e o Garçom: Ou, “Você sabe com quem está falando?!”
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O Desembargador “supercidadão” e o Garçom: Ou, “Você sabe com quem está falando?!”
postado por Alyson Freire
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Ocasionalmente, no dia-a-dia, nos deparamos com situações e cenas que são extremamente representativas dos dilemas, mazelas e persistências históricas da sociedade brasileira. A seletividade social com que operam as instituições e as pessoas, a corrupção capilarizada, a suavização da desigualdade social, etc.. Eis que, num pequeno vídeo gravado na pomposa padaria Mercatto, em Lagoa Nova, vemos, ao que parece, um flagrante dos mais típicos ritos brasileiros, “O você sabe com quem está falando?!”. Na cena, assistimos uma discussão entre um cliente e o Desembargador Dillermando Motta. A razão, conforme informações do próprio estabelecimento foi por conta da atitude do excelentíssimo magistrado que humilhou e destratou um garçom da padaria. Ao contrário do excelentíssimo, o cliente, numa atitude verdadeiramente republicana, indignou-se e passou a travar um áspero bate-boca com o Desembargador, o qual, por sua vez, o acusava de estar “endiabrado”. Na verdade, o cliente defendeu exatamente aquilo que o juiz deveria acima de tudo zelar, o sentido de justiça e igualdade.
A cena vexatória e lamentável não se encerra por aí. Em sua reação às censuras e ao esbravejar encoleirado do cliente, o desembargador Motta, então, valeu-se de sua posição de autoridade, e deu voz de prisão ao cliente da Mercatto – telefonando para o comando da Polícia Militar que, rapidamente, enviou quatro viaturas ao local.
O episódio é revelador da natureza hierárquica das relações sociais da sociedade brasileira – e do persistente personalismo e vícios coloniais da sociedade potiguar. De um lado, o autoritarismo e a descortesia e incivilidade dos poderosos e privilegiados para com os desfavorecidos – a soberba, a prepotência, a humilhação e o desrespeito por parte de clientes contra vendedores, garçons, caixas de supermercado, telefonistas, atendentes, empregadas domésticas formam parte do já árduo cotidiano desses empregos. De outro, pra complementar, a supercidadania de uns poucos que usufruem – porque só tem direitos, e não deveres -, por sua posição social, de privilégios que os demais mortais e cidadãos não gozam plenamente como se deveria, sendo transformados, por isso, em subcidadãos cujos deveres são muito mais reais e efetivos do que o gozo dos direitos. Afinal, é de se impressionar a celeridade e a prestatividade da Polícia Militar que, prontamente, mobilizou 4 viaturas para apaziguar um mero bate-boca e para atender o pedido do excelentíssimo. Porém, indago, e se fosse o garçom a chamar a mesma Polícia Militar para denunciar o desembargador? O que aconteceria? Deixo a resposta ao leitor.
Ao que parece, mesmo quando os “supercidadãos” humilham, constrangem e abusam, eles contam com todo o apoio e suporte das instituições para lhes proteger e lhes assegurar a razão e seus privilégios de status e autoridade. Sobretudo no judiciário, que, no Brasil, consiste numa verdadeira “nobreza de estado”, o comportamento aristocrático diante dos mais “comuns” é quase regra, inclusive quando os magistrados estão fora de seus tribunais, como no imbróglio da Mercatto. Especialmente em estados como o Rio Grande do Norte, cujos traços históricos do coronelismo e do provincianismo colonial são ainda fortes, o Estado, em suas camadas mais altas, é um instrumento de aristocratização e de distinção social, e não um canal que deve servir a sociedade. É esta a concepção que anima a nossas elites do poder. Daí o uso da máquina em proveito pessoal.
Para os “supercidadãos”, ao contrário do que apregoa a noção de cidadania, não existem deveres nem contrapartida, somente direitos. Mais do que um péssimo exemplo de civilidade, o que, com efeito, o comportamento do desembargador dirigido contra o trabalhador e o cliente que o questionou mostra é o quão frágil é a noção de cidadania e igualdade nas relações sociais. A ideia de cidadania entre nós, brasileiros, é extremamente recente. Há não muito tempo, e, creio, ainda hoje, “cidadão” possui um sentido tipificador pejorativo para designar indivíduos de comportamento suspeito ou que foram flagrados em infração: “É aquele cidadão ali” ou “Este cidadão aqui”. Não por acaso, a PM é quem mais se vale da palavra “cidadão”.
Mais ainda: a ideia de que todos são iguais é algo, ainda, chocante para uma sociedade histórica e culturalmente tão hierárquica e autoritária quanto a brasileira, marcada por práticas escravocratas e anti-povo ao longo de sua história – inclusive na República. É a partir dessa matriz cultural que o comportamento do desembargador deve ser entendido e analisado, como sintomático da realidade social brasileira, especialmente do famigerado“Você sabe com quem está falando?!”.
A atitude do desembargador durante a discussão é um cristalino exemplo do “Você sabe com quem está falando?!”, que é, conforme arrogante2descreve-o perspicazmente o antropólogo Roberto Damatta, um rito de autoridade para colocar as coisas e as pessoas em seu devido lugar quando estas ousam contestar ou se esquecem do pacto social tácito acerca da posição e valor de cada qual na vida social. Esse rito visa repor a verticalidade social, pois ela por si só já garante um conjunto de vantagens sobre os que “não tem nome nem sobrenome”.
No episódio da Mercatto, uma face preocupante da magistratura emerge diante de todos. E não consiste no mau humor e na falta de paciência que por ventura acomete os excelentíssimos. Não. Ao vermos o quanto se irritou o desembargador e o modo como reagiu contra o suposto “desacato” do cliente, ordenando sua prisão, o que podemos concluir é que o aristocratismo togado, acostumado a dar ordens e à reverência submissa, não aceita questionamentos e cobranças. Ora, grupos e pessoas que não toleram críticas e questionamentos, que não as aceitam como atividades legítimas e direito de cidadãos livres, não estão devidamente preparados para a democracia.
“O você sabe com quem está falando” constitui um profundo obstáculo para tirar do papel as ideias de igualdade e cidadania no Brasil – e condutas como a vista na padaria Mercatto só reforçam, ainda mais vindo de alguém cujo ofício é zelar pela lei e as garantias legais. Por isso, não entendamos o episódio do desembargador Dilermando Motta como um caso individual, isolado, uma cena de destempero pessoal e de excesso. É bem mais grave e revelador. É preciso repudiar, criticar e cobrar os devidos esclarecimentos e apurações. Uma sociedade comprometida com a igualdade, o grande triunfo das democracias, não pode de modo algum tolerar ou ser cúmplice por tais atitudes. Assim como o garçom e o cliente da padaria, qualquer dia pode ser um de nós, meros mortais e plebeus, a esbarrar com estes nobres e aristocratas diplomados e de anel no dedo.
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O jornalista mossoroense Cezar Alves postou em seu youtube, dois vídeos que mostram a confusão:
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Ocasionalmente, no dia-a-dia, nos deparamos com situações e cenas que são extremamente representativas dos dilemas, mazelas e persistências históricas da sociedade brasileira. A seletividade social com que operam as instituições e as pessoas, a corrupção capilarizada, a suavização da desigualdade social, etc.. Eis que, num pequeno vídeo gravado na pomposa padaria Mercatto, em Lagoa Nova, vemos, ao que parece, um flagrante dos mais típicos ritos brasileiros, “O você sabe com quem está falando?!”. Na cena, assistimos uma discussão entre um cliente e o Desembargador Dillermando Motta. A razão, conforme informações do próprio estabelecimento foi por conta da atitude do excelentíssimo magistrado que humilhou e destratou um garçom da padaria. Ao contrário do excelentíssimo, o cliente, numa atitude verdadeiramente republicana, indignou-se e passou a travar um áspero bate-boca com o Desembargador, o qual, por sua vez, o acusava de estar “endiabrado”. Na verdade, o cliente defendeu exatamente aquilo que o juiz deveria acima de tudo zelar, o sentido de justiça e igualdade.
A cena vexatória e lamentável não se encerra por aí. Em sua reação às censuras e ao esbravejar encoleirado do cliente, o desembargador Motta, então, valeu-se de sua posição de autoridade, e deu voz de prisão ao cliente da Mercatto – telefonando para o comando da Polícia Militar que, rapidamente, enviou quatro viaturas ao local.
O episódio é revelador da natureza hierárquica das relações sociais da sociedade brasileira – e do persistente personalismo e vícios coloniais da sociedade potiguar. De um lado, o autoritarismo e a descortesia e incivilidade dos poderosos e privilegiados para com os desfavorecidos – a soberba, a prepotência, a humilhação e o desrespeito por parte de clientes contra vendedores, garçons, caixas de supermercado, telefonistas, atendentes, empregadas domésticas formam parte do já árduo cotidiano desses empregos. De outro, pra complementar, a supercidadania de uns poucos que usufruem – porque só tem direitos, e não deveres -, por sua posição social, de privilégios que os demais mortais e cidadãos não gozam plenamente como se deveria, sendo transformados, por isso, em subcidadãos cujos deveres são muito mais reais e efetivos do que o gozo dos direitos. Afinal, é de se impressionar a celeridade e a prestatividade da Polícia Militar que, prontamente, mobilizou 4 viaturas para apaziguar um mero bate-boca e para atender o pedido do excelentíssimo. Porém, indago, e se fosse o garçom a chamar a mesma Polícia Militar para denunciar o desembargador? O que aconteceria? Deixo a resposta ao leitor.
Ao que parece, mesmo quando os “supercidadãos” humilham, constrangem e abusam, eles contam com todo o apoio e suporte das instituições para lhes proteger e lhes assegurar a razão e seus privilégios de status e autoridade. Sobretudo no judiciário, que, no Brasil, consiste numa verdadeira “nobreza de estado”, o comportamento aristocrático diante dos mais “comuns” é quase regra, inclusive quando os magistrados estão fora de seus tribunais, como no imbróglio da Mercatto. Especialmente em estados como o Rio Grande do Norte, cujos traços históricos do coronelismo e do provincianismo colonial são ainda fortes, o Estado, em suas camadas mais altas, é um instrumento de aristocratização e de distinção social, e não um canal que deve servir a sociedade. É esta a concepção que anima a nossas elites do poder. Daí o uso da máquina em proveito pessoal.
Para os “supercidadãos”, ao contrário do que apregoa a noção de cidadania, não existem deveres nem contrapartida, somente direitos. Mais do que um péssimo exemplo de civilidade, o que, com efeito, o comportamento do desembargador dirigido contra o trabalhador e o cliente que o questionou mostra é o quão frágil é a noção de cidadania e igualdade nas relações sociais. A ideia de cidadania entre nós, brasileiros, é extremamente recente. Há não muito tempo, e, creio, ainda hoje, “cidadão” possui um sentido tipificador pejorativo para designar indivíduos de comportamento suspeito ou que foram flagrados em infração: “É aquele cidadão ali” ou “Este cidadão aqui”. Não por acaso, a PM é quem mais se vale da palavra “cidadão”.
Mais ainda: a ideia de que todos são iguais é algo, ainda, chocante para uma sociedade histórica e culturalmente tão hierárquica e autoritária quanto a brasileira, marcada por práticas escravocratas e anti-povo ao longo de sua história – inclusive na República. É a partir dessa matriz cultural que o comportamento do desembargador deve ser entendido e analisado, como sintomático da realidade social brasileira, especialmente do famigerado“Você sabe com quem está falando?!”.
A atitude do desembargador durante a discussão é um cristalino exemplo do “Você sabe com quem está falando?!”, que é, conforme arrogante2descreve-o perspicazmente o antropólogo Roberto Damatta, um rito de autoridade para colocar as coisas e as pessoas em seu devido lugar quando estas ousam contestar ou se esquecem do pacto social tácito acerca da posição e valor de cada qual na vida social. Esse rito visa repor a verticalidade social, pois ela por si só já garante um conjunto de vantagens sobre os que “não tem nome nem sobrenome”.
No episódio da Mercatto, uma face preocupante da magistratura emerge diante de todos. E não consiste no mau humor e na falta de paciência que por ventura acomete os excelentíssimos. Não. Ao vermos o quanto se irritou o desembargador e o modo como reagiu contra o suposto “desacato” do cliente, ordenando sua prisão, o que podemos concluir é que o aristocratismo togado, acostumado a dar ordens e à reverência submissa, não aceita questionamentos e cobranças. Ora, grupos e pessoas que não toleram críticas e questionamentos, que não as aceitam como atividades legítimas e direito de cidadãos livres, não estão devidamente preparados para a democracia.
“O você sabe com quem está falando” constitui um profundo obstáculo para tirar do papel as ideias de igualdade e cidadania no Brasil – e condutas como a vista na padaria Mercatto só reforçam, ainda mais vindo de alguém cujo ofício é zelar pela lei e as garantias legais. Por isso, não entendamos o episódio do desembargador Dilermando Motta como um caso individual, isolado, uma cena de destempero pessoal e de excesso. É bem mais grave e revelador. É preciso repudiar, criticar e cobrar os devidos esclarecimentos e apurações. Uma sociedade comprometida com a igualdade, o grande triunfo das democracias, não pode de modo algum tolerar ou ser cúmplice por tais atitudes. Assim como o garçom e o cliente da padaria, qualquer dia pode ser um de nós, meros mortais e plebeus, a esbarrar com estes nobres e aristocratas diplomados e de anel no dedo.
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O jornalista mossoroense Cezar Alves postou em seu youtube, dois vídeos que mostram a confusão:
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Re: O Desembargador “supercidadão” e o Garçom: Ou, “Você sabe com quem está falando?!”
É claro que ninguém tem o direito de humilhar ninguém, mas o que afinal o tal garçom disse?
Eu já vi algo parecido uma vez.
Uma atendente fez algo que não me lembro mais o que era e uma autoridade reagiu com o que se pode chamar de abuso.
Mas o pior é que a atendente tinha realmente sido muito folgada com o cara. Sorte a dela que a autoridade foi contida por seus companheiros.
Não que uma atitude reprovável por parte de um garçom ou atendente justifique uma resposta desproporcional amparada pela influência de uma autoridade pública, mas também tem que ser observado o que tal funcionário fez para despertar essa reação.
Eu já vi algo parecido uma vez.
Uma atendente fez algo que não me lembro mais o que era e uma autoridade reagiu com o que se pode chamar de abuso.
Mas o pior é que a atendente tinha realmente sido muito folgada com o cara. Sorte a dela que a autoridade foi contida por seus companheiros.
Não que uma atitude reprovável por parte de um garçom ou atendente justifique uma resposta desproporcional amparada pela influência de uma autoridade pública, mas também tem que ser observado o que tal funcionário fez para despertar essa reação.
Quero Café- Farrista "We are the Champions"
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Re: O Desembargador “supercidadão” e o Garçom: Ou, “Você sabe com quem está falando?!”
Eu não ajudei a tal atendente como essa camarada ajudou o garçom.
Não porque eu sabia que a tal autoridade na verdade tinha razão e muito menos porque eu tivesse parte com a tal autoridade (nunca o tinha visto e nem voltei a ver), mas talvez por comodismo ou falta de coragem.
Vai saber.
Não porque eu sabia que a tal autoridade na verdade tinha razão e muito menos porque eu tivesse parte com a tal autoridade (nunca o tinha visto e nem voltei a ver), mas talvez por comodismo ou falta de coragem.
Vai saber.
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Re: O Desembargador “supercidadão” e o Garçom: Ou, “Você sabe com quem está falando?!”
Demorei para sacar que o gordinho era o defensor.
De primeira, achei que ele fosse o ofensor.
De primeira, achei que ele fosse o ofensor.
Quero Café- Farrista "We are the Champions"
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Re: O Desembargador “supercidadão” e o Garçom: Ou, “Você sabe com quem está falando?!”
Se fosse um país descente, esse cara já estava no olho da rua, no Brasil vai dar em nada para ela, assim como o Presidente do STJ contra um garoto na fila do caixa eletrônico.
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
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Re: O Desembargador “supercidadão” e o Garçom: Ou, “Você sabe com quem está falando?!”
Olho da rua também é exagero.
Uma boa suspensão está de bom tamanho.
...
Acho que fiquei sabendo desse caso.
É um em que o ministro, desembargador ou juiz pediu para um estagiário sair da fila para que ele pudesse usar o caixa eletrônico e então a autoridade demitiu o funcionário diante da recusa?
Uma boa suspensão está de bom tamanho.
...
Acho que fiquei sabendo desse caso.
É um em que o ministro, desembargador ou juiz pediu para um estagiário sair da fila para que ele pudesse usar o caixa eletrônico e então a autoridade demitiu o funcionário diante da recusa?
Quero Café- Farrista "We are the Champions"
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Localização : Às vezes em Marte, às vezes no espaço sideral
Re: O Desembargador “supercidadão” e o Garçom: Ou, “Você sabe com quem está falando?!”
Dan Shimaru (Ex Hal 9000) escreveu:Olho da rua também é exagero.
Uma boa suspensão está de bom tamanho.
...
Acho que fiquei sabendo desse caso.
É um em que o ministro, desembargador ou juiz pediu para um estagiário sair da fila para que ele pudesse usar o caixa eletrônico e então a autoridade demitiu o funcionário diante da recusa?
Foi o presidente do STJ, ele demitiu um rapaz por que não queria que ele (rapaz) ficasse na linha de espera dos caixas.
O procurador Roberto Gurgel demorou 3 anos para analisar o caso que foi arquivado por que "caducou" segundo o Celso de Mello pelo visto.
Tem sim que demitir, autoridade tem se dar o respeito faz parte do cargo ter uma conduta ética na sociedade.
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
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Data de inscrição : 15/06/2010
Re: O Desembargador “supercidadão” e o Garçom: Ou, “Você sabe com quem está falando?!”
Não há como repreender um cara desses, isso é que assusta e revolta!
Rafael Zoia- Farrista o que está acontecendo comigo?
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