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Mensagem por marcelo l. Qua Fev 19, 2014 1:14 pm

BANJUL, Gâmbia - O presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, chamou os homossexuais de “vermes” na terça-feira e anunciou que seu governo vai combatê-los da mesma forma como faz com mosquitos transmissores da malária.

- Vamos combater esses vermes, chamados de homossexuais ou gays, da mesma forma como lutamos contra os mosquitos da malária ou até mesmo de forma mais agressiva - afirmou Jammeh em discurso televisivo na ocasião do aniversário de 49 anos da independência da Gâmbia em relação ao Reino Unido.

Para defender sua soberania e ideais islâmicos, o presidente assegurou que a Gâmbia “não aceitará qualquer (gesto de) amizade, ajuda ou de outra natureza que esteja condicionado à aceitação de homossexuais ou da comunidade LGBT”. O Reino Unido e outros países ocidentais já ameaçaram cortar o envio de ajuda a países que aprovem legislação contra gays.
- Até onde eu sei, LGBT significa lepra, gonorreia, bactérias e tuberculose, e todas essas representam perigo para a existência dos seres humanos - argumentou Jammeh.

Os comentários do presidente - que já havia dito no ano passado que os homossexuais constituem uma ameaça à humanidade - coincidem com uma nova onda de restrições a homossexuais na África. Relações entre pessoas do mesmo sexo são consideradas ilegais em 37 países daquele continente.

Em 20 de dezembro, o Parlamento de Uganda aprovou projeto de lei contra o homossexualismo. O texto prevê prisão perpétua a “homossexuais reincidentes”. O projeto deve ser ratificado pelo presidente, Yoveri Museweni. Também nos últimos meses, a Nigéria classificou de ilegal a relação homossexual.

Yahya Jammeh preside a Gâmbia desde 1994, quando tomou o poder por meio de um golpe. Em 2012, foi alvo de críticas da comunidade internacional ao executar vários prisioneiros. Apesar de seu combalido histórico humanitário, diplomatas da União Europeia aventaram a possibilidade de dobrar o envio de ajuda ao país nos próximos sete anos


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Mensagem por marcelo l. Qua Fev 19, 2014 1:18 pm

Mês passado, o governo nigeriano aprovou o Ato de Proibição do Casamento Entre Pessoas do Mesmo Sexo, o que criminaliza, efetivamente, festas e reuniões gays. A lei também tornou crime não reportar homossexuais e proibiu demonstrações públicas “indiretas” de afeto entre o mesmo sexo. O que isso significa ninguém sabe exatamente, mas uma coisa é certa: apesar de a homossexualidade sempre ter sido ilegal na Nigéria, agora ficou realmente perigoso sair do armário. Na verdade, a semana passada terminou com relatos sobre prisões, espancamentos e assaltos a pessoas gays no estado de Oyo, sudoeste da Nigéria.

Por um curto período, a comunidade LGBT do país teve a atenção do mundo. Mas desde o começo das Olimpíadas de Sochi, todo o foco se voltou para a Rússia e suas próprias leis antigays. No entanto, ainda há pessoas na Nigéria se posicionando oficialmente contra a homofobia e a discriminação. No mês passado, falei com dois nigerianos, gays, sobre suas vidas. Um deles é Rashidi Williams, o fundador da Queer Alliance Nigeria, e o outro é Julius (não é seu nome real).

VICE: Vocês sentem que precisam esconder sua sexualidade?
Rashidi Williams: Desde garoto, eu sabia que era diferente. Mas só fui entender essa diferença no final da adolescência. Por quê? Porque não há informação sobre a questão e minha mãe era muito conservadora. Meu pai era liberal, mas estava sempre ausente. Quando entendi qual era essa diferença, nunca senti que precisava esconder minha sexualidade. Eu me assumi quando tinha 20 anos, então, não acho que precisei esconder minha sexualidade.

Julius: Minha resposta é SIM. Sempre foi assim mesmo antes da lei ser aprovada. Ser gay não é algo que você demonstra na frente da família ou amigos, porque as chances de eles não entenderem isso são grandes.

Como é a cena gay em Lagos? Onde vocês costumam ir e já aconteceu de a polícia fazer batidas nesses lugares?
Rashidi: A cena gay tinha se aberto um pouco na última década. Mas com a aprovação da lei, a cena terá que se esconder. Por quanto tempo, não sabemos. A visibilidade que tínhamos criado como comunidade foi novamente tirada de nós em nome da religião e práticas culturais. Algumas pessoas em Lagos podem contar a você onde a comunidade LGBT se reúne para socializar nos finais de semana; algumas podem até nomear alguns bares gay friendly na cidade. Resumindo, a cena gay no Lagos era relativamente livre e pacífica. A lei ameaçou isso.

Então vocês nunca tiveram problemas antes?
Rashidi: No passado, tivemos a polícia e outras agências de segurança invadindo festas gays em Lagos. Mas isso foi há muito tempo. A última batida aconteceu uns cinco anos atrás — pelo menos pelo até onde sei. As comunidades LGBT se reúnem vez ou outra para celebrar sua sexualidade e, às vezes, a polícia sabe sobre isso. No entanto, como agora há uma lei que proíbe explicitamente festas gays, devemos esperar ver cada vez mais batidas em festas e outros eventos. O objetivo principal, em geral, não é prender ninguém, mas sim, extorquir as pessoas por meio de chantagem.

Julius: Veja, a maioria dos gays — numa tentativa de esconder sua sexualidade e não se expor — dificilmente frequenta festas gays. Na verdade, eu não sabia que existiam bares gays e coisas do gênero até alguns anos atrás. Esses estabelecimentos são um grande segredo. No passado, havia festas gays com convites em código, mas nunca fui a uma delas, só ouvi falar. Eu tento proteger minha identidade a qualquer custo.

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Se acabar a ajuda como ocorreu no Mali, a maioria dos governantes da África não dura um ano.
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Mensagem por marcelo l. Ter Mar 18, 2014 3:06 pm

Expostos! Diz a manchete do Red Pepper, um tabloide de Uganda cujos editores acharam uma boa ideia publicar os nomes de 200 pessoas suspeitas de serem gays. Com as tensões anti-LGBT em países africanos como Nigéria e Uganda se intensificando, as pessoas abertamente gays desses países se sentem exatamente assim: expostas.

Infelizmente, essa não foi a primeira vez que a imprensa local tentou expor publicamente pessoas associadas, que apoiam ou fazem parte da comunidade LGBT. No dia 3 de fevereiro, o The Nigerian Observer publicou os nomes de 57 pessoas supostamente membros da Sociedade da Casa do Arco-Íris, uma organização cristã que tenta ajudar as comunidades LGBT da Nigéria.

O jornal defendia que amigos, familiares e vizinhos dos “acusados” deveriam entregar essas pessoas às autoridades, que os prenderiam pelo crime de homossexualidade. A versão on-line do artigo foi excluída no dia 6 de fevereiro, mas o estrago já estava feito.

O começo de 2014 marcou a aprovação da Lei de Proibição do Casamento Entre o Mesmo Sexo em Uganda. A legislação, apoiada pelo presidente nigeriano Goodluck Jonathan, proíbe não só o casamento, mas também o apoio aos direitos gays e impõe uma sentença de até 10 anos de prisão para qualquer pessoa envolvida com organizações LGBT de qualquer tipo.

Desde que a lei entrou em vigor, a Nigéria tem visto um surto de ataques violentos a pessoas LGBT por parte da polícia e justiceiros. Dois dias antes do Dia dos Namorados (comemorado no dia 14 de fevereiro em Uganda), 14 rapazes foram emboscados em Abuja, capital do país. O New York Times informou que eles foram arrancados de suas camas e espancados por um grupo de pessoas armadas com tacos cobertos por pregos e chicotes.

No final de janeiro, um vídeo foi postado na internet mostrava dois homens gays sendo obrigados a fazer sexo anal em público, enquanto um grupo de pessoas zombava deles e filmava tudo com seus celulares.

O perigo para as pessoas LGBT na Nigéria é real e as coisas estão piorando — assim disse Jide Macaulay, diretor do projeto e fundador da Casa do Arco-Íris. Macaulay é um reverendo abertamente gay descendente de nigerianos, que se dedica a ajudar as pessoas LGBT da Nigéria. A Casa do Arco-Íris é uma organização cristã que visa conciliar sexualidade e espiritualidade. A Igreja Casa do Arco-Íris na Nigéria foi estabelecida em 2006, antes que as tensões sobre orientação sexual chegassem ao discurso político e social no país.

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