Com candidatura de Marina, PSL vai deixar coligação do PSB, afirma presidente do partido
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Com candidatura de Marina, PSL vai deixar coligação do PSB, afirma presidente do partido
Com Marina Silva prestes a ser anunciada como substituta de Eduardo Campos na candidatura do PSB à Presidência, tendo o deputado federal Beto Albuquerque como vice, o Partido Social Liberal Nacional (PSL) vai deixar a coligação “Unidos Pelo Brasil”, da qual fazem parte mais cinco partidos, entre eles, o PSB. É o que afirmou ao GLOBO o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar. Ele afirmou que a sigla está “desconfortável” com Marina, que o político afirma estar “assoberbada”, encabeçando a chapa.
— A gente não foi ouvido em nada. Temos conhecimento dessa coisa toda, mas a gente está muito desconfortável — declarou — Acho muito difícil a gente seguir junto com o PSB com a Marina à frente. Com toda a boa vontade que o Roberto Amaral [presidente do PSB] tem, ele não tem cacife pra falar por Marina — afirma Bivar, que disse ter conversado com Amaral por telefone na terça-feira e hoje.
Bivar acredita que apostar em Marina seria dar um “cheque em branco” para uma candidata que ele acredita que ter ideias “nebulosas”.
— Você vai dar um cheque em branco pra uma candidata que a gente não sabe se vai honrar esse Código Florestal que foi aprovado, não sabe a política exterior? Tudo isso está nebuloso. A Marina não está dizendo a que ela veio — conta o presidente da legenda, ressaltando que, com Eduardo Campos, houve diálogo prévio.
Luciano Bivar afirma que o partido não vai apoiar outro candidato à Presidência.
— Se a gente não sair desse campo do desconfortável, a gente vai sair sozinho. Com os outros [presidenciáveis] a gente também não conseguiu conversar, mesmo porque a gente estava num projeto que essa tragédia interrompeu.
O líder do partido conta que se encontrou nesta quarta-feira com os presidentes nacionais do PHS, Eduardo Machado, e do PRP, Ovasco Resende, integrantes da mesma chapa. Ele afirma que os dois relataram insatisfação pelo fato de não terem sido consultados pelo PSB, mas que não houve nenhuma decisão consolidada como a do PSL.
PHS DIZ QUE PSB FOI ‘DESELEGANTE’
O presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, conta que o partido não foi consultado pelo PSB sobre a nova formação da chapa, mas negou qualquer oposição ao nome de Marina Silva e de Beto Albuquerque.
— [O partido] não foi consultado, não temos absolutamente nada contra o nome do Beto nem da Marina, mas acredito que a atitude do PSB ao indicar o vice sem consultar a coligação foi um ato deselegante. Não tínhamos candidato, mas acreditamos que deveríamos ter participado desse processo de escolha. A partir de uma convenção nacional como houve, deixa de existir o nome do partido e passa existir a coligação.
Machado ressalta que o partido não vê problema na candidatura de Marina à Presidência e diz que, na data em que a Rede Sustentabilidade foi indeferida, o PHS ofereceu legenda à ex-senadora. Ele acredita, por outro lado, que é importante que Marina reafirme compromissos de Eduardo Campos, reunidos em um documento que será entregue pelo PSB à ex-ministra.
— Seria importante ela assinar não no sentido literal, mas no sentido de ela reafirmar os compromissos.
PRP SE DIZ ‘NATURALMENTE FAVORÁVEL’ A MARINA
Ovasco Resende, presidente nacional do PRP, chegou a colocar seu nome à disposição para a candidatura a vice, mas afirma que já havia consenso em torno do nome de Beto, que ele diz ser “um bom representante”. Ao contrário do que contou Bivar, Ovasco Resende disse que o PRP foi consultado pelo PSB.
— Estamos naturalmente a favor da candidatura dela. Só dependeria da aceitação dela ou não. Eu já vinha em campanha com Eduardo há muito tempo. Só estamos agora aguardando a executiva nacional do PSB.
Ele minimiza a entrega de um documento com compromissos de Campos que o PSB entregará a Marina, afirmando que são apenas questões “que estavam de boca e agora vão ser formalizadas”.
— O que nós queremos é que ela cumpra aquilo que o Eduardo já fazia, nos dando apoiando em candidaturas do PRP.
OUTROS PARTIDOS
Outra sigla coligada ao PSB, o PPL está satisfeito com os nomes indicados para a chapa. É o que afirmou ao GLOBO o secretário de Organização Miguel Manso. Ele afirma que a legenda foi consultada pelo PSB quanto à indicação, mas que preferiu deixar o partido de Campos e Marina “à vontade”
— Confesso a você que fico feliz com a indicação do Beto. Ele compõe muito bem o perfil da chapa, tem muitos anos na militância do PSB e representa a história da luta do partido.
Ele afirma que é desnecessário qualquer documento que cobre compromissos de Marina Silva.
— Do nosso ponto de vista não é necessário documento nenhum. As posições da Mariana e do Eduardo sempre foram muito claras, o programa foi feito de forma conjunta — disse ele.
O GLOBO procurou o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, mas não obteve retorno. Nesta quarta-feira, entretanto, o PPS divulgou uma nota em que considera Marina Silva “o nome natural para assumir a responsabilidade de levar adiante” a candidatura da coligação.
A nota diz ainda que “o PPS também está em sintonia com o PSB na indicação do deputado Beto Albuquerque para a vice”. “Ele é garantia de que não apenas o legado de Eduardo Campos, mas também os compromissos que assumira com partidos e aliados e, sobretudo, com a sociedade brasileira serão mantidos, pois são fundamentais para a vitória de nossa coligação”, afirma o texto.
TSE AFIRMA QUE CASO PRECISA SER JULGADO
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que a única forma, prevista em resolução, para um partido sair de uma coligação é alegando irregularidade na convenção partidária, o que deve ser feito entre o dia da convenção e o prazo final para a impugnação dos registros de candidatura. Como não é o caso do PSL, a sigla deve entrar com representação no tribunal e aguardar seu julgamento.
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— A gente não foi ouvido em nada. Temos conhecimento dessa coisa toda, mas a gente está muito desconfortável — declarou — Acho muito difícil a gente seguir junto com o PSB com a Marina à frente. Com toda a boa vontade que o Roberto Amaral [presidente do PSB] tem, ele não tem cacife pra falar por Marina — afirma Bivar, que disse ter conversado com Amaral por telefone na terça-feira e hoje.
Bivar acredita que apostar em Marina seria dar um “cheque em branco” para uma candidata que ele acredita que ter ideias “nebulosas”.
— Você vai dar um cheque em branco pra uma candidata que a gente não sabe se vai honrar esse Código Florestal que foi aprovado, não sabe a política exterior? Tudo isso está nebuloso. A Marina não está dizendo a que ela veio — conta o presidente da legenda, ressaltando que, com Eduardo Campos, houve diálogo prévio.
Luciano Bivar afirma que o partido não vai apoiar outro candidato à Presidência.
— Se a gente não sair desse campo do desconfortável, a gente vai sair sozinho. Com os outros [presidenciáveis] a gente também não conseguiu conversar, mesmo porque a gente estava num projeto que essa tragédia interrompeu.
O líder do partido conta que se encontrou nesta quarta-feira com os presidentes nacionais do PHS, Eduardo Machado, e do PRP, Ovasco Resende, integrantes da mesma chapa. Ele afirma que os dois relataram insatisfação pelo fato de não terem sido consultados pelo PSB, mas que não houve nenhuma decisão consolidada como a do PSL.
PHS DIZ QUE PSB FOI ‘DESELEGANTE’
O presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, conta que o partido não foi consultado pelo PSB sobre a nova formação da chapa, mas negou qualquer oposição ao nome de Marina Silva e de Beto Albuquerque.
— [O partido] não foi consultado, não temos absolutamente nada contra o nome do Beto nem da Marina, mas acredito que a atitude do PSB ao indicar o vice sem consultar a coligação foi um ato deselegante. Não tínhamos candidato, mas acreditamos que deveríamos ter participado desse processo de escolha. A partir de uma convenção nacional como houve, deixa de existir o nome do partido e passa existir a coligação.
Machado ressalta que o partido não vê problema na candidatura de Marina à Presidência e diz que, na data em que a Rede Sustentabilidade foi indeferida, o PHS ofereceu legenda à ex-senadora. Ele acredita, por outro lado, que é importante que Marina reafirme compromissos de Eduardo Campos, reunidos em um documento que será entregue pelo PSB à ex-ministra.
— Seria importante ela assinar não no sentido literal, mas no sentido de ela reafirmar os compromissos.
PRP SE DIZ ‘NATURALMENTE FAVORÁVEL’ A MARINA
Ovasco Resende, presidente nacional do PRP, chegou a colocar seu nome à disposição para a candidatura a vice, mas afirma que já havia consenso em torno do nome de Beto, que ele diz ser “um bom representante”. Ao contrário do que contou Bivar, Ovasco Resende disse que o PRP foi consultado pelo PSB.
— Estamos naturalmente a favor da candidatura dela. Só dependeria da aceitação dela ou não. Eu já vinha em campanha com Eduardo há muito tempo. Só estamos agora aguardando a executiva nacional do PSB.
Ele minimiza a entrega de um documento com compromissos de Campos que o PSB entregará a Marina, afirmando que são apenas questões “que estavam de boca e agora vão ser formalizadas”.
— O que nós queremos é que ela cumpra aquilo que o Eduardo já fazia, nos dando apoiando em candidaturas do PRP.
OUTROS PARTIDOS
Outra sigla coligada ao PSB, o PPL está satisfeito com os nomes indicados para a chapa. É o que afirmou ao GLOBO o secretário de Organização Miguel Manso. Ele afirma que a legenda foi consultada pelo PSB quanto à indicação, mas que preferiu deixar o partido de Campos e Marina “à vontade”
— Confesso a você que fico feliz com a indicação do Beto. Ele compõe muito bem o perfil da chapa, tem muitos anos na militância do PSB e representa a história da luta do partido.
Ele afirma que é desnecessário qualquer documento que cobre compromissos de Marina Silva.
— Do nosso ponto de vista não é necessário documento nenhum. As posições da Mariana e do Eduardo sempre foram muito claras, o programa foi feito de forma conjunta — disse ele.
O GLOBO procurou o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, mas não obteve retorno. Nesta quarta-feira, entretanto, o PPS divulgou uma nota em que considera Marina Silva “o nome natural para assumir a responsabilidade de levar adiante” a candidatura da coligação.
A nota diz ainda que “o PPS também está em sintonia com o PSB na indicação do deputado Beto Albuquerque para a vice”. “Ele é garantia de que não apenas o legado de Eduardo Campos, mas também os compromissos que assumira com partidos e aliados e, sobretudo, com a sociedade brasileira serão mantidos, pois são fundamentais para a vitória de nossa coligação”, afirma o texto.
TSE AFIRMA QUE CASO PRECISA SER JULGADO
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que a única forma, prevista em resolução, para um partido sair de uma coligação é alegando irregularidade na convenção partidária, o que deve ser feito entre o dia da convenção e o prazo final para a impugnação dos registros de candidatura. Como não é o caso do PSL, a sigla deve entrar com representação no tribunal e aguardar seu julgamento.
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Re: Com candidatura de Marina, PSL vai deixar coligação do PSB, afirma presidente do partido
"Da Marina, quero distância", diz coordenador da campanha de Campos
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O secretário-geral do PSB e coordenador da campanha de Eduardo Campos à Presidência da República, Carlos Siqueira, deixou nesta quinta-feira, a função. A indicação de Marina Silva para liderar a chapa não agradou ao político identificado com o partido.
— Da senhora Marina Silva eu quero distância. Eu não participo de campanha de Marina Silva. Ela não é do PSB — disse.
Ainda na quarta-feira, havia sido anunciado que Siqueira permaneceria na função, mas que teria ao seu lado o deputado licenciado Walter Feldman (SP), também porta-voz do partido. Bazileu Margarido, homem de confiança de Marina, que era adjunto de Siqueira durante a campanha de Eduardo Campos, foi transferido para o comitê financeiro da campanha. Bazileu vai dividir a tarefa com Dalvino Franca.
Presidente da Fundação João Mangabeira, do PSB, Siqueira disse que continuará no partido. Ele afirmou que se rende à decisão da maioria, responsável por garantir o apoio a candidatura de Marina, porque é disciplinado. O secretário-geral do partido prefere não dar detalhes sobre essa decisão, porque seriam “detalhes desagradáveis”.
Nesta manhã, o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, se reuniu com dirigentes de partidos que compõem a coligação. Amaral ainda não comentou a saída de Siqueira.
Walter Feldman diz esperar participação de Siqueira na campanha
O novo coordenador de campanha indicado pela candidata presidencial Marina Silva, Walter Feldman, disse na manhã desta quinta-feira que ainda espera pela participação de Carlos Siqueira na campanha presidencial. Em mensagem de texto, ele afirmou: “Temos esperança”.
Pouco antes, Feldman havia dito que todos, inclusive ele, Marina e o grupo da Rede Sustentabilidade esperavam que o secretário-geral do PSB voltasse ao posto de coordenação.
— Ela (Marina) quer o Carlos, mas não pode impor essa condição ao PSB — disse Feldman.
Feldman classificou como um desentendimento sobre quem deveria indicar a coordenação-geral de campanha.
— Para nós, a indicação do cargo é do PSB. Carlos Siqueira ficou chateado porque ele achava que era da Marina. Estava tudo certinho, foi apenas uma questão de neurolinguística — explicou.
Sobre possíveis atritos entre Rede e PSB, além dos demais partidos da coligação PPS, PPL, PRP, PHS e PSL, Feldman disse que houve conflitos naturais, dada a situação extraordinária de recomposição da chapa após a morte trágica de Eduardo Campos.
— O pessoal ficou nervoso, mas nós vivemos um furacão, é natural — contou.
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O secretário-geral do PSB e coordenador da campanha de Eduardo Campos à Presidência da República, Carlos Siqueira, deixou nesta quinta-feira, a função. A indicação de Marina Silva para liderar a chapa não agradou ao político identificado com o partido.
— Da senhora Marina Silva eu quero distância. Eu não participo de campanha de Marina Silva. Ela não é do PSB — disse.
Ainda na quarta-feira, havia sido anunciado que Siqueira permaneceria na função, mas que teria ao seu lado o deputado licenciado Walter Feldman (SP), também porta-voz do partido. Bazileu Margarido, homem de confiança de Marina, que era adjunto de Siqueira durante a campanha de Eduardo Campos, foi transferido para o comitê financeiro da campanha. Bazileu vai dividir a tarefa com Dalvino Franca.
Presidente da Fundação João Mangabeira, do PSB, Siqueira disse que continuará no partido. Ele afirmou que se rende à decisão da maioria, responsável por garantir o apoio a candidatura de Marina, porque é disciplinado. O secretário-geral do partido prefere não dar detalhes sobre essa decisão, porque seriam “detalhes desagradáveis”.
Nesta manhã, o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, se reuniu com dirigentes de partidos que compõem a coligação. Amaral ainda não comentou a saída de Siqueira.
Walter Feldman diz esperar participação de Siqueira na campanha
O novo coordenador de campanha indicado pela candidata presidencial Marina Silva, Walter Feldman, disse na manhã desta quinta-feira que ainda espera pela participação de Carlos Siqueira na campanha presidencial. Em mensagem de texto, ele afirmou: “Temos esperança”.
Pouco antes, Feldman havia dito que todos, inclusive ele, Marina e o grupo da Rede Sustentabilidade esperavam que o secretário-geral do PSB voltasse ao posto de coordenação.
— Ela (Marina) quer o Carlos, mas não pode impor essa condição ao PSB — disse Feldman.
Feldman classificou como um desentendimento sobre quem deveria indicar a coordenação-geral de campanha.
— Para nós, a indicação do cargo é do PSB. Carlos Siqueira ficou chateado porque ele achava que era da Marina. Estava tudo certinho, foi apenas uma questão de neurolinguística — explicou.
Sobre possíveis atritos entre Rede e PSB, além dos demais partidos da coligação PPS, PPL, PRP, PHS e PSL, Feldman disse que houve conflitos naturais, dada a situação extraordinária de recomposição da chapa após a morte trágica de Eduardo Campos.
— O pessoal ficou nervoso, mas nós vivemos um furacão, é natural — contou.
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Re: Com candidatura de Marina, PSL vai deixar coligação do PSB, afirma presidente do partido
'Ela que vá mandar na Rede dela', diz dirigente do PSB sobre Marina Silva
Um dia após o PSB oficializar a candidatura de Marina Silva para a Presidência, o coordenador-geral da campanha de Eduardo Campos , Carlos Siqueira, anunciou nesta quinta-feira (21) seu desligamento do posto alegando divergências com a ex-senadora. Ao sair de reunião do PSB, Siqueira – que é secretário-geral do partido –, mandou um recado para Marina:“ela que vá mandar na Rede dela”, disse o dirigente, referindo-se ao grupo político da presidenciável, a Rede Sustentabilidade. Tentando evitar polêmicas com a cúpula do PSB, Marina disse que a divergência era motivada por um "mal entendido".
Quadro histórico do PSB, Siqueira confirmou sua saída da coordenação da campanha na manhã desta quinta, pouco antes de os dirigentes socialistas se reunirem, em Brasília, com os demais partidos da coligação. Indagado por repórteres se estava magoado com a candidata ao Planalto, o secretário-geral criticou o fato de Marina ter feito indicações para cargos-chave da campanha sem consultar o PSB.
“Magoado, eu não estou, não. Não tenho mágoa nenhuma dela. Apenas acho que quando se está numa instituição como hospedeira, como ela [Marina] é, tem que se respeitar a instituição, não se pode querer mandar na instituição. Ela que vá mandar na Rede dela porque no PSB mandamos nós”, disse Siqueira.
O ex-coordenador da campanha disse ainda que Marina não representa o legado de Eduardo Campos e que, por isso, não vai fazer campanha para ela.
“Acho que ela não representa o legado dele [Eduardo Campos] e está muito longe de representar o legado dele. Eu não vou fazer campanha para ela porque eles eram muito diferentes, politicamente, ideologicamente, em todos os sentidos”, afirmou Siqueira.
O ex-coordenador também criticou o fato de, na opinião dele, Marina ter feito alterações na equipe da campanha sem consultar o PSB.
“Ora, ela nomeou o presidente do comitê financeiro da campanha, cuja responsabilidade da prestação de contas é do partido. Ela não perguntou nada ao PSB, ao invés de discutir o assunto com o partido […] Nós não podemos oferecer o partido a uma candidatura que procede dessas maneiras”, disse.
Segundo o Blog do Camarotti, o mal-estar público entre Siqueira e Marina preocupou dirigentes do PSB. A cúpula do partido teme que as críticas do ex-coordenador possam gerar novas baixas na campanha presidencial.
'Equívoco'
Pouco depois das declarações de Siqueira, Marina deixou a reunião que estava fazendo com os demais partidos da coligação e foi questionada por jornalistas sobre a reação do secretário. Ela classificou a fala como “equívoco” e “incompreensão” e a atribuiu à “gravidade do momento, ao tensionamento”.
“Há que ter compreensão com as sensibilidades das pessoas e essa compreensão, essa capacidade eu tenho. Sempre digo que prefiro sofrer uma injustiça a praticar uma injustiça”, disse. Ela ainda acrescentou que tem “profundo respeito” pelas pessoas. “Ainda mais nesse momento de dor”, disse em referência à morte de Eduardo Campos.
Trocas na campanha
Durante longa reunião dos dirigentes do PSB e da Rede nesta quarta-feira (20), Marina acertou algumas trocas entre os integrantes da coordenação da campanha. Ela deu mais poderes a dois integrantes da Rede que são de sua confiança.
O deputado federal Walter Feldman, que era o porta-voz da Rede, foi colocado como coordenador-geral adjunto para atuar ao lado de Siqueira. Bazileu Margarido, um dos militantes que trabalharam pela fundação da Rede, foi nomeado titular do comitê financeiro da campanha. Ele ocupava o lugar que foi designado a Feldman.
O gesto de Marina foi interpretado por Siqueira como uma demissão, segundo avaliaram pessoas ligadas a candidata. O secretário gostaria de ter sido indicado pessoalmente pela ex-senadora e não gostou do fato de ela ter designado ao PSB a tarefa de escolher seus integrantes na coordenação.
“Ele me disse que foi uma maneira elegante de a Marina o destituir do cargo”, relatou Bazileu Margarido. Durante a reunião, a senadora chegou a pedir desculpas a Siqueira, mas ele não voltou atrás e decidiu romper com a candidata.
Novo coordenador-geral
O presidente do PSB, Roberto Amaral, concedeu entrevista ao lado candidata e reiterou que “não há nenhum ruído entre o PSB e a Rede”. A declaração de Siqueira, segundo Amaral, é um “mal entendido”. “Uma reação puramente pessoal que eu respeito sem nenhum conteúdo político”, concluiu.
Ele também disse que o partido indicará um novo coordenador-geral para a campanha ainda nesta tarde. Ele disse ainda que Siqueira – que é primeiro-secretário da legenda - trabalhará ao seu lado no comando do partido.
Coligação
Após parte dos seis partidos que integram a coligação do PSB reclamar de não ter sido consultado sobre a escolha de Marina e Beto Albuquerque para a disputa presidencial, os dirigentes socialistas se reuniram nesta quinta com as siglas aliadas. Ao final do encontro, as legendas aprovaram a nova chapa. Além do PSB, integram a aliança PPS, PPL, PHS, PRP e PSL.
O PSL foi o único que não deu o aval. O presidente da sigla, Luciano Bivar, não compareceu à reunião na sede nacional do PSB. Nesta quarta, o PSL já havia anunciado que não ficou satisfeito em ter Marina como candidata e advertiu que poderia deixar a coligação.
Ao G1, Bivar disse que se reunirá nesta sexta-feira (22) com Marina Silva, em Recife, para definir o futuro do partido dentro da coligação.
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Um dia após o PSB oficializar a candidatura de Marina Silva para a Presidência, o coordenador-geral da campanha de Eduardo Campos , Carlos Siqueira, anunciou nesta quinta-feira (21) seu desligamento do posto alegando divergências com a ex-senadora. Ao sair de reunião do PSB, Siqueira – que é secretário-geral do partido –, mandou um recado para Marina:“ela que vá mandar na Rede dela”, disse o dirigente, referindo-se ao grupo político da presidenciável, a Rede Sustentabilidade. Tentando evitar polêmicas com a cúpula do PSB, Marina disse que a divergência era motivada por um "mal entendido".
Quadro histórico do PSB, Siqueira confirmou sua saída da coordenação da campanha na manhã desta quinta, pouco antes de os dirigentes socialistas se reunirem, em Brasília, com os demais partidos da coligação. Indagado por repórteres se estava magoado com a candidata ao Planalto, o secretário-geral criticou o fato de Marina ter feito indicações para cargos-chave da campanha sem consultar o PSB.
“Magoado, eu não estou, não. Não tenho mágoa nenhuma dela. Apenas acho que quando se está numa instituição como hospedeira, como ela [Marina] é, tem que se respeitar a instituição, não se pode querer mandar na instituição. Ela que vá mandar na Rede dela porque no PSB mandamos nós”, disse Siqueira.
O ex-coordenador da campanha disse ainda que Marina não representa o legado de Eduardo Campos e que, por isso, não vai fazer campanha para ela.
“Acho que ela não representa o legado dele [Eduardo Campos] e está muito longe de representar o legado dele. Eu não vou fazer campanha para ela porque eles eram muito diferentes, politicamente, ideologicamente, em todos os sentidos”, afirmou Siqueira.
O ex-coordenador também criticou o fato de, na opinião dele, Marina ter feito alterações na equipe da campanha sem consultar o PSB.
“Ora, ela nomeou o presidente do comitê financeiro da campanha, cuja responsabilidade da prestação de contas é do partido. Ela não perguntou nada ao PSB, ao invés de discutir o assunto com o partido […] Nós não podemos oferecer o partido a uma candidatura que procede dessas maneiras”, disse.
Segundo o Blog do Camarotti, o mal-estar público entre Siqueira e Marina preocupou dirigentes do PSB. A cúpula do partido teme que as críticas do ex-coordenador possam gerar novas baixas na campanha presidencial.
'Equívoco'
Pouco depois das declarações de Siqueira, Marina deixou a reunião que estava fazendo com os demais partidos da coligação e foi questionada por jornalistas sobre a reação do secretário. Ela classificou a fala como “equívoco” e “incompreensão” e a atribuiu à “gravidade do momento, ao tensionamento”.
“Há que ter compreensão com as sensibilidades das pessoas e essa compreensão, essa capacidade eu tenho. Sempre digo que prefiro sofrer uma injustiça a praticar uma injustiça”, disse. Ela ainda acrescentou que tem “profundo respeito” pelas pessoas. “Ainda mais nesse momento de dor”, disse em referência à morte de Eduardo Campos.
Trocas na campanha
Durante longa reunião dos dirigentes do PSB e da Rede nesta quarta-feira (20), Marina acertou algumas trocas entre os integrantes da coordenação da campanha. Ela deu mais poderes a dois integrantes da Rede que são de sua confiança.
O deputado federal Walter Feldman, que era o porta-voz da Rede, foi colocado como coordenador-geral adjunto para atuar ao lado de Siqueira. Bazileu Margarido, um dos militantes que trabalharam pela fundação da Rede, foi nomeado titular do comitê financeiro da campanha. Ele ocupava o lugar que foi designado a Feldman.
O gesto de Marina foi interpretado por Siqueira como uma demissão, segundo avaliaram pessoas ligadas a candidata. O secretário gostaria de ter sido indicado pessoalmente pela ex-senadora e não gostou do fato de ela ter designado ao PSB a tarefa de escolher seus integrantes na coordenação.
“Ele me disse que foi uma maneira elegante de a Marina o destituir do cargo”, relatou Bazileu Margarido. Durante a reunião, a senadora chegou a pedir desculpas a Siqueira, mas ele não voltou atrás e decidiu romper com a candidata.
Novo coordenador-geral
O presidente do PSB, Roberto Amaral, concedeu entrevista ao lado candidata e reiterou que “não há nenhum ruído entre o PSB e a Rede”. A declaração de Siqueira, segundo Amaral, é um “mal entendido”. “Uma reação puramente pessoal que eu respeito sem nenhum conteúdo político”, concluiu.
Ele também disse que o partido indicará um novo coordenador-geral para a campanha ainda nesta tarde. Ele disse ainda que Siqueira – que é primeiro-secretário da legenda - trabalhará ao seu lado no comando do partido.
Coligação
Após parte dos seis partidos que integram a coligação do PSB reclamar de não ter sido consultado sobre a escolha de Marina e Beto Albuquerque para a disputa presidencial, os dirigentes socialistas se reuniram nesta quinta com as siglas aliadas. Ao final do encontro, as legendas aprovaram a nova chapa. Além do PSB, integram a aliança PPS, PPL, PHS, PRP e PSL.
O PSL foi o único que não deu o aval. O presidente da sigla, Luciano Bivar, não compareceu à reunião na sede nacional do PSB. Nesta quarta, o PSL já havia anunciado que não ficou satisfeito em ter Marina como candidata e advertiu que poderia deixar a coligação.
Ao G1, Bivar disse que se reunirá nesta sexta-feira (22) com Marina Silva, em Recife, para definir o futuro do partido dentro da coligação.
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