A.R.R.A.F.
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Arandu Arakua

Ir para baixo

Arandu Arakua Empty Arandu Arakua

Mensagem por alancosme32 Ter Nov 11, 2014 5:31 pm

Série - Escola de Magia Africana

Y de Yorubá

Alan Almeida

“Até onde você iria contra os seus princípios para salvar alguém que se ama”.

Essa é uma obra de ficção baseada na cultura africana, mas com nenhum vinculo relacionado às suas religiões. Apesar do autor da obra ser adepto do candomblé e ter posto nela um pouco de sua visão de fé, isso aqui não é um livro exotérico ou um estudo sobre o tema. É uma ficção cuja única meta é o entretenimento. Porém, é bem plausível que você, meu caro leitor, acabe aprendendo uma coisa ou outra sobre candomblé, quimbanda, ketu e angola.

Não se mesura a eternidade, logo é impossível dizer ao certo em que parte do tempo essa história ocorreu, ocorre ou ocorrerá. Wakanda é um reino muito similar aos países da África que temos na nossa “realidade”, porém com várias diferenças significativas. Algumas ridículas de tão pequenas, outras gritantes. A África, obviamente, é só um nome genérico para delimitar um local. Aqui nós temos desde orientais, europeus e latino-americanos. Quem é de fora acredita que todos são iguais. Mas uma olhada mais atenta fará com que perceba que o fenótipo deles é diferente dos africanos daqui, nem que ligeiramente.

No meio do reino há um castelo onde se é ensinado magia yorubá. Magia misteriosa que nem mesmo as pessoas que rondam aquela construção confiam muito nela.

- Isso é coisa de Papa Legba. - Diziam alguns. Papa Legba é uma das entidades mais temidas de Wakanda. Além dele havia os Exús, os Eguns, as Padilhas, os Faes e toda sorte de criatura. Inclusive os Anjos, os mais altos na hierarquia, eles eram tão poderosos que ninguém se referia a eles nem para dizer seus nomes em voz alta. Nem mesmo oferendas e presentes podiam ser entregues aos anjos. Caso alguém quisesse fazer isso era só invocar um orixá. Que por serem imperfeitos são mais parecidos com os humanos. Já os anjos não respeitavam a noção simétrica de beleza humana. Eram Horrorosos. De fazer alguém enlouquecer só de olhar para eles.

Nessa cidade você encontrará de tudo um pouco, tal como na vida, só que no mesmo lugar. Gente nua andando na rua, gente seminua e gente vestida. Dentre as criaturas imaginárias que dividem espaço com os mortais estão eguns, egunguns e faes.

Eguns são espíritos dos mortos que ficaram desonrados. A depender da ofensa cada um recebe a punição que lhe cabe. Ateus viram algum tipo de robô. Espiritas viram fumaça. Católicos viram estatuas sentadas em tronos e por aí vai. Candomblezeiros e evangélicos são os que mais sofrem, ficam invisíveis, surdos e mudos.

Como há mais de quatro mil religiões é praticamente impossível ver dois eguns iguais. Quando isso ocorre é sinal de mal presságio. Os eguns são usados pelos mortais para varias finalidades, desde armas até para empregado domésticos e prazeres sexuais. Para capturar um egun é necessário o uso de arcas. Pequenas esferas usadas para captura de entidades, mas ou menos como pokébolas espirituais. Quem inventou tal aparato foi o rodante Noah.

No centro de Wakanda há a insuperável Escola de Magia Yorubá, onde os iniciados são selecionados para tomarem aula nos cursos de:



Tecnomancia – Magia através da tecnologia

Capoeira – luta marcial desenvolvida por Shing-Ling.

Criptozoologia – estudo de animais imaginários (que são basicamente todos).

Oclumência – ver o futuro

Glossolália – falar através de egunguns e eguns (não recomendada a primeira opção).

Invocação – chamar um egun ou um egungun (esses são mais difíceis).

Evocação – expulsar um egungun ou um egun (esses são mais fáceis)

Feiticharia – tirar magia de um objeto e não do praticante em si (Perigosíssimo, mas bem mais eficaz). Dentre suas disciplinas está a de Simonia, que é a venda de milagres. Mas ou menos como um pacto com o diabo, ou, como é o caso aqui, Papa Legba.

Dentro da escola, no átrio principal, os estudantes se reuniam à espera de serem convocados pelo diretor da escola, o Doutor Exu, para selecionar em qual grupo melhor se enquadrariam. O grupo eram três:

Rodantes – os que recebem os órixas em seus corpos, falando e lutando através deles.

Ekedes – sempre mulheres, lutam mais corporalmente e usam armas brancas.

Ogans – sempre homens, lutam com força bruta e usam armas de fogo pesadas.

Doutor Exu usa roupa de gala branca e chapéu, é imortal, ou quase isso. A cada incarnação sua roupa, cor de pele e personalidade mudam. Algumas mudanças são praticamente imperceptíveis. Já outras são gritantes, podendo até se tornar uma mulher. Nesse caso se tornando Doutora Padilha.

Os alunos que mais se destacam na escola são três – o rodante de Iemanjá Thomas, que é criticado por ser albino, a ekede Sheila, uma morena de corpo escultural e Brolly, o maior dos rodantes.

O principal é Thomas, Sheila é sua namorada e personagem secundária e Brolly faz o papel de gigante estupido.

Alias, Brolly é filho de uma gigante com um meio gigante. Geneticamente falando ele puxa mais ao pai, fenotipicamente a mãe e espiritualmente a uma tia ciclope há muito tempo esquecida.

Thomas é filho de pai Atlante e uma mãe de santo. Geneticamente ele puxou o pai, fenotipicamente a mãe e espiritualmente a Arandu, uma tia-avó de seu primo.

Sheila é lésbica, a não ser nas quintas e sextas feiras, quando namora seu namorido. Seu totem sagrado é a onça, a do seu marido é uma jaguatirica.

Brolly era péssimo em tecnomancia, sheila muito boa em capoeira e Thomas perfeito para oclumência e invocação.  Mas, claro, nada na vida ou na pós-pré-vida é prefeito. Ele falhava quando sua namorida estava por perto.

Mulher só dá problema!
alancosme32
alancosme32
Farrista das "Árvores Somos Nozes"
Farrista das

Mensagens : 788
Data de inscrição : 09/06/2010

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos