UFRJ adia início das aulas por atraso no pagamento de funcionários
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UFRJ adia início das aulas por atraso no pagamento de funcionários
A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) decidiu adiar para o dia 9 de março o início das aulas para os cursos de ensino superior, devido à paralisação dos prestadores de serviços terceirizados, por falta de pagamento. O calendário do Colégio de Aplicação da universidade também sofreu alterações. As aulas começam hoje (26), para o terceiro ano do ensino médio e a direção prevê que todos os alunos retornem na próxima segunda-feira (2).
A medida foi tomada para garantir a normalização dos serviços de limpeza na universidade e, de acordo com a UFRJ, não oferecerá prejuízos ao calendário acadêmico deste ano. Os funcionários terceirizados estão sem receber o salário do mês de janeiro. Segundo a assessoria da UFRJ, os pagamentos referentes ao mês de outubro e novembro foram feitos em janeiro e o de dezembro foi efetuado este mês.
O reitor da universidade, Carlos Levi, disse, em nota, que a UFRJ vem enfrentando uma série de dificuldades para honrar os compromissos financeiros.
"Em virtude do orçamento da União para 2015, não ter sido aprovado, a universidade tem recebido recursos do Governo Federal em parcelas mensais, correspondentes a apenas 1/18 do orçamento proposto para este ano. No ano passado, deixaram de ser repassados à UFRJ quase R$ 60 milhões, cerca de 20% de nosso orçamento. Assim, a reitoria tem mantido contato permanente com o MEC (Ministério da Educação), para garantir a liberação de recursos necessários a nossa universidade", disse.
De acordo com o reitor, os serviços terceirizados correspondem a cerca da metade do orçamento anual de custeio da universidade.
"Qualquer alteração nos repasses para as empresas tem impacto imediato e direto sobre a rotina da universidade. Nos últimos dias, parte dos serviços de limpeza foi interrompida e, mesmo após a liberação de recursos pelo MEC, os trabalhos estão sendo retomados gradativamente", acrescentou.
A estudante de Comunicação Social Júlia Nasra afirma que a situação da universidade precisa melhorar. "Acho válido esperar uma semana e entrar num ambiente limpo, mas acho péssimo que as pessoas não estejam sendo pagas. É frustrante quando a gente pensa para onde está indo nosso dinheiro. A UFRJ é uma das maiores universidades do país e, se está assim, imagina as outras", disse.
Segundo a estudante de filosofia Fabiana Lessa, não é a primeira vez que os terceirizados da universidade recebem salários atrasados.
"Ano passado, eles sofreram com a falta de pagamento, por várias vezes dei 20 reais para ajudar alguns funcionários que vinham me pedir algum dinheiro, para comprarem comida ou gás de cozinha. É algo que precisa ser resolvido, pois em alguns lugares, como o Centro de Tecnologia, que fica no campus do Fundão, já estão interditando todos os banheiros. Isso, por consequência, torna impossível as atividades da UFRJ. Os dois lados saem perdendo", ressaltou.
Os funcionários terceirizados da UFRJ não são os únicos a sofrerem com atrasos no pagamento. Em dezembro, a Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) teve de antecipar o recesso das aulas, após os funcionários da limpeza, que, sem receber por dois meses, protestaram espalhando lixo em todo o campus, no bairro do Maracanã, zona norte do Rio.
O reitor da Uerj disse, na época, que uma crise financeira impediu de pagar os gastos com serviços terceirizados, como limpeza e segurança, devido aos "problemas graves com a arrecadação por conta da diminuição dos royalties do petróleo e outras situações", e afirmou que o déficit chega a R$ 23 milhões.
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Prioridade é isso, dá-se auxilio-moradia para juiz, helicóptero novo para presidente da república, aumento de verbas de parlamentares e não tem dinheiro para universidade...mas, claro os três poderes melhoraram suas condições de trabalhar pelo interesse do povo
A medida foi tomada para garantir a normalização dos serviços de limpeza na universidade e, de acordo com a UFRJ, não oferecerá prejuízos ao calendário acadêmico deste ano. Os funcionários terceirizados estão sem receber o salário do mês de janeiro. Segundo a assessoria da UFRJ, os pagamentos referentes ao mês de outubro e novembro foram feitos em janeiro e o de dezembro foi efetuado este mês.
O reitor da universidade, Carlos Levi, disse, em nota, que a UFRJ vem enfrentando uma série de dificuldades para honrar os compromissos financeiros.
"Em virtude do orçamento da União para 2015, não ter sido aprovado, a universidade tem recebido recursos do Governo Federal em parcelas mensais, correspondentes a apenas 1/18 do orçamento proposto para este ano. No ano passado, deixaram de ser repassados à UFRJ quase R$ 60 milhões, cerca de 20% de nosso orçamento. Assim, a reitoria tem mantido contato permanente com o MEC (Ministério da Educação), para garantir a liberação de recursos necessários a nossa universidade", disse.
De acordo com o reitor, os serviços terceirizados correspondem a cerca da metade do orçamento anual de custeio da universidade.
"Qualquer alteração nos repasses para as empresas tem impacto imediato e direto sobre a rotina da universidade. Nos últimos dias, parte dos serviços de limpeza foi interrompida e, mesmo após a liberação de recursos pelo MEC, os trabalhos estão sendo retomados gradativamente", acrescentou.
A estudante de Comunicação Social Júlia Nasra afirma que a situação da universidade precisa melhorar. "Acho válido esperar uma semana e entrar num ambiente limpo, mas acho péssimo que as pessoas não estejam sendo pagas. É frustrante quando a gente pensa para onde está indo nosso dinheiro. A UFRJ é uma das maiores universidades do país e, se está assim, imagina as outras", disse.
Segundo a estudante de filosofia Fabiana Lessa, não é a primeira vez que os terceirizados da universidade recebem salários atrasados.
"Ano passado, eles sofreram com a falta de pagamento, por várias vezes dei 20 reais para ajudar alguns funcionários que vinham me pedir algum dinheiro, para comprarem comida ou gás de cozinha. É algo que precisa ser resolvido, pois em alguns lugares, como o Centro de Tecnologia, que fica no campus do Fundão, já estão interditando todos os banheiros. Isso, por consequência, torna impossível as atividades da UFRJ. Os dois lados saem perdendo", ressaltou.
Os funcionários terceirizados da UFRJ não são os únicos a sofrerem com atrasos no pagamento. Em dezembro, a Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) teve de antecipar o recesso das aulas, após os funcionários da limpeza, que, sem receber por dois meses, protestaram espalhando lixo em todo o campus, no bairro do Maracanã, zona norte do Rio.
O reitor da Uerj disse, na época, que uma crise financeira impediu de pagar os gastos com serviços terceirizados, como limpeza e segurança, devido aos "problemas graves com a arrecadação por conta da diminuição dos royalties do petróleo e outras situações", e afirmou que o déficit chega a R$ 23 milhões.
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Prioridade é isso, dá-se auxilio-moradia para juiz, helicóptero novo para presidente da república, aumento de verbas de parlamentares e não tem dinheiro para universidade...mas, claro os três poderes melhoraram suas condições de trabalhar pelo interesse do povo
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
- Mensagens : 6877
Data de inscrição : 15/06/2010
Re: UFRJ adia início das aulas por atraso no pagamento de funcionários
Dilma já disse que a culpa é do FHC
Tatuador- Farrista: Tem algo estranho acontecendo comigo
- Mensagens : 95
Data de inscrição : 26/01/2015
Re: UFRJ adia início das aulas por atraso no pagamento de funcionários
O orçamento já tinha que ter sido aprovado, caso não ocorre-se não tem recesso parlamentar, mas ninguém tá nem aí para lei por que na ponta dos poderes ninguém sente, só quem trabalha em atividades-fins como é o caso da UFRJ.
E o executivo cinicamente usa a não aprovação, faz um decreto, o atual Decreto nº 8.412/2015, de 26 de fevereiro de 2015, estabeleceu a programação financeira dos órgãos, dos fundos e das entidades do Poder Executivo para o primeiro quadrimestre de 2015 que é um modo de controlar a despesa de forma duríssima.
Usando o gráfico do ano passado do governo:
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Em abril, no máximo o governo pretende gastar 15 bi com PAC, ou seja regrediu a níveis de 2013. Enquanto isso a TJLP, juros subsidiado do BNDES não sobe, a conta ano passado foi de apenas 80 BI só aí em incentivos.
Tem um estudo do funcionários do BC que demostra estatisticamente as características e os impactos da política de empréstimos do BNDES e dos outros empréstimos incentivados pelo governo após a crise de 2008.
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Pegando um resumo já pronto do Ricardo Gallo das principais conclusões são:
"Empresas grandes e mais tradicionais, que teriam maior acesso a diversas fontes de recursos, se beneficiaram mais de empréstimos patrocinados pelo governo. Ou seja, foi emprestado dinheiro para quem tem acesso fácil a outras fontes de captação de recursos e não a empresas menores e emergentes que de fato precisariam deste apoio. Logo, a função social desses empréstimos é bastante questionável;
O efeito destes créditos no crescimento dos investimentos das empresas que tomaram tais recursos não é relevante;
Empresas mais monopolistas têm maiores chances de receberem empréstimos do BNDES;
Empréstimos do BNDES não foram primariamente direcionados a empresas ou projetos com maiores externalidades (benefícios) sociais, como agro, farmacêutico, serviços públicos, Infra, educação, saúde, etc;
E o executivo cinicamente usa a não aprovação, faz um decreto, o atual Decreto nº 8.412/2015, de 26 de fevereiro de 2015, estabeleceu a programação financeira dos órgãos, dos fundos e das entidades do Poder Executivo para o primeiro quadrimestre de 2015 que é um modo de controlar a despesa de forma duríssima.
Usando o gráfico do ano passado do governo:
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Em abril, no máximo o governo pretende gastar 15 bi com PAC, ou seja regrediu a níveis de 2013. Enquanto isso a TJLP, juros subsidiado do BNDES não sobe, a conta ano passado foi de apenas 80 BI só aí em incentivos.
Tem um estudo do funcionários do BC que demostra estatisticamente as características e os impactos da política de empréstimos do BNDES e dos outros empréstimos incentivados pelo governo após a crise de 2008.
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"Empresas grandes e mais tradicionais, que teriam maior acesso a diversas fontes de recursos, se beneficiaram mais de empréstimos patrocinados pelo governo. Ou seja, foi emprestado dinheiro para quem tem acesso fácil a outras fontes de captação de recursos e não a empresas menores e emergentes que de fato precisariam deste apoio. Logo, a função social desses empréstimos é bastante questionável;
O efeito destes créditos no crescimento dos investimentos das empresas que tomaram tais recursos não é relevante;
Empresas mais monopolistas têm maiores chances de receberem empréstimos do BNDES;
Empréstimos do BNDES não foram primariamente direcionados a empresas ou projetos com maiores externalidades (benefícios) sociais, como agro, farmacêutico, serviços públicos, Infra, educação, saúde, etc;
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
- Mensagens : 6877
Data de inscrição : 15/06/2010
Re: UFRJ adia início das aulas por atraso no pagamento de funcionários
Caramba Tatuador, tú não dá uma dentro.... para chegar o nível por governo FHC tem de piorar muito mesmo.... tipo trabalhar no escuro por não ter dinheiro para pagar a luz, (nem a água ), congelamento de salários de 10 anos (foram 8 mais o plano era mínimo de 10 anos sem qualquer reajuste... não confundir com aumento que esses acho que devem fazer décadas e décadas...até hoje), discurso do presidente xingando os fracassados (nome carinhoso que ele dava aos professores) de serem vagabundos muito cedo (vagabundos era o nome carinhoso que o FHC dava aos aposentados ), funcionários tendo de receber adicional salarial para alcançar um salário mínimo, etc.
A situação das universidade está uma mesbla por causa desse governo que não dá a mínima para a educação e para a população e tenta a todo custo enfiar o pessoal terceirizado "garganta abaixo" ... mas felizmente falta muito para chegar na repulsa e no nojo de governos anteriores (estaduais do paraná que o digam).
Agora um adendo... será que são as reitorias que não pagam as firmas ou é como aqui que as firmas simplesmente recebem e pagam salario mês sim... mês não... outro também não... volta a pagar nesse (sem correção).. no outro para.... e as universidades estão encobrindo isso por ser "proposta de governo para administração universitária"?
A situação das universidade está uma mesbla por causa desse governo que não dá a mínima para a educação e para a população e tenta a todo custo enfiar o pessoal terceirizado "garganta abaixo" ... mas felizmente falta muito para chegar na repulsa e no nojo de governos anteriores (estaduais do paraná que o digam).
Agora um adendo... será que são as reitorias que não pagam as firmas ou é como aqui que as firmas simplesmente recebem e pagam salario mês sim... mês não... outro também não... volta a pagar nesse (sem correção).. no outro para.... e as universidades estão encobrindo isso por ser "proposta de governo para administração universitária"?
Victor Pax- Farrista já viciei...
- Mensagens : 4157
Data de inscrição : 05/07/2010
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