Terrorismo em Boston: Julgamento

A culpa é do irmão, defende advogada de terrorista de Boston

A sala de audiências do tribunal federal de Boston ficou cheia para o primeiro dia de julgamento do único suspeito vivo dos atentados de há dois anos, na maratona de Boston.

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A 15 de abril de 2013, duas bombas explodiram junto à meta da prestigiada maratona de Boston. Três pessoas morreram e mais de 260 ficaram feridas. Os irmãos Tsarnaev foram acusados do crime. Tamerlan, o mais velho, foi abatido ela polícia. Dzhokhar, o mais novo, apresentou-se em tribunal esta quarta-feira. A sua advogada tem uma estratégia clara de defesa: Dzhokhar foi influenciado pelo irmão.


O New York Times, que está a acompanhar o caso em tribunal, dá-nos a conhecer a versão dos acontecimentos. Enquanto a acusação, liderada por William Weinreb, não tem dúvidas de que Dzhokar “tinha homicídio no coração”, a advogada de defesa Judy Clarke admite que os atos não são desculpáveis. Mas foi Tamerlan quem “planeou e orquestrou” o atentado.

Embora defendendo que o seu arguido “deve ser responsabilizado”, ficou a perceber-se que a defesa de Dzhokar, nascido no Quirguistão em 1993, deverá apostar as suas ‘cartas’ no argumento de que foi o irmão mais velho, na altura dos atentados com 26 anos, o principal responsável.

“Dzhokar passava a maior parte do seu tempo na Internet a fazer as coisas que os jovens fazem”, coisas essas que envolveriam o Facebook,  carros e raparigas, explicou a advogada em tribunal, que pediu aos jurados que mantenham “os corações e mentes abertas” para os argumentos de defesa.

Recorde-se que o arguido se declarou “não culpado” das 30 acusações federais relacionadas com os ataques e do assassinato de um agente da polícia na altura em que estava em fuga com o seu irmão mais velho. Se for condenado, Dzhokar poderá mesmo ser condenado à morte, como já dava conta a CNN em 2014.

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