Revoltados com falta de luz, moradores sequestram funcionários da AES/Eletropaulo
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Revoltados com falta de luz, moradores sequestram funcionários da AES/Eletropaulo
No 3º dia sem luz, moradores 'sequestram' equipe da Eletropaulo
Estadão - São Paulo
15/01/201515h25
Uma equipe da AES Eletropaulo foi feita de "refém", nesta quinta-feira (15), por moradores da rua Daniela Crespi, no Butantã, zona oeste da cidade, que passam pelo 3º dia consecutivo sem luz. Durante a visita da reportagem ao local, um carro da empresa que estava nas imediações foi chamado pelos moradores.
Um funcionário disse que não teria como resolver o problema naquele momento porque o carro estava atendendo outra ocorrência no bairro. Em protesto, vizinhos fecharam a via com veículos para impedir que ele fosse embora --a rua é sem saída. A caminhonete só foi liberada após a chegada de um caminhão da AES Eletropaulo, que nesta tarde fazia os reparos na rede aérea e nos transformadores.
Desde a tarde da última segunda-feira (12), os moradores passaram a uma rotina de geladeiras com comida estragada, velas em todos os cômodos e gelos ensacados. Apesar de reclamações diárias à Eletropaulo, a vizinhança alega não ter recebido atendimento. "Só vão sair quando chegar outra viatura. Não tem outra coisa a ser feita", afirmou o químico José Luiz Pastre, 64.
"Vamos fechar a rua. Só assim para nos atenderem", afirmou a dona de casa Madalena Ybañez, 63. Ela disse que pediu a todos os vizinhos que protocolassem denúncias na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O estudante de engenharia Danilo Duarte Costa, 26, disse que ele e os vizinhos fizeram "inúmeras" ligações à Eletropaulo, mas não houve retorno. "É a primeira vez que fica tanto tempo sem luz. Às vezes cai quando chove, mas no máximo por cinco ou seis horas", disse.
A mãe de Danilo, a dona de casa Elenita Costa, disse que precisou deixar todos os alimentos na geladeira de uma amiga, para que não estragassem. Além disso, os moradores têm comprado sacos de gelo --já esgotados no supermercado mais próximo durante a visita da reportagem.
O administrador de empresas Luiz Argelino, 60, disse que recebeu uma mensagem da Eletropaulo afirmando que o problema poderia ser resolvido "até sexta". Na casa dele está a neta de apenas um mês, Maria Fernanda. "Ela precisa ir na casa da minha filha para tomar banho, água gelada não dá".
"Perdi carne, o freezer estava lotado", reclamou a professora aposentada Maria Teresa Carloni. "Ontem [quarta-feira, 14] fui ver a novela na casa da minha empregada. O celular carreguei no cabeleireiro". Na casa dela, onde moram quatro pessoas, todos estão almoçando fora. "A casa fica cheia de velas à noite."
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Cansados de esperar, moradores 'prendem' técnicos da Eletropaulo
Felipe Souza & Zanone Fraissat
17/01/2015 - São Paulo
Inconformados por estarem há quase cinco dias sem água e sem o elevador, por causa da falta de luz, um grupo de moradores de um prédio fez “refém” um funcionário da Eletropaulo na tarde desta sexta (16).
O homem consertava um transformador na rua Latif Fakhouri, no Jabaquara (zona sul), quando foi cercado. Os moradores chegaram a dizer que ele só deixaria o local após terminar o conserto.
O funcionário disse que não poderia fazer o serviço porque não tinha o material necessário. Ele argumentou que, para arrumar a peça que acionaria os equipamentos mais potentes, seria necessário um caminhão especial.
A síndica, Jane Pereira Jesper, 57, disse que a situação no edifício estava insuportável. “Nosso prédio tem muitos idosos e já estávamos nessa situação desde segunda [12] às 23h. Quando acabou a água da caixa, tudo piorou, porque não encontramos uma bomba a gasolina ou um gerador para alugar.”
Segundo ela, os moradores desse condomínio fizeram 300 reclamações à empresa.
O funcionário da Eletropaulo não chegou a ser contido, mas ficou no local por mais cerca de uma hora, até a energia ser restabelecida, por volta das 14h.
Cervejinha
Os moradores da Vila Joaniza, na zona sul, também fizeram manifestação, mas só voltaram a ter luz em casa após 76 horas no breu.
A jornalista Denise Moraes, 26, disse que o problema só foi resolvido após encontrarem técnicos da Eletropaulo em uma rua próxima.
Segundo ela, os funcionários disseram que o expediente havia terminado.
“Insistimos e eles foram até a nossa rua averiguar o problema, quando constataram que uma chave de energia havia caído no temporal. O reparo durou menos de cinco minutos”, disse.
Um morador que pediu para não ser identificado afirmou que os técnicos receberam uma “caixinha” e um deles ainda ficou mais um tempo tomando cerveja - até as 2h.
Um dia antes, os moradores do bairro amanheceram com cenário de “pós-guerra”, com agências bancárias destruídas, lixo espalhado, ônibus queimado e sinais do confronto com a polícia.
“O que parte dos moradores fez não se justifica, mas foi uma tentativa desesperada de chamar atenção para o abandono”, afirmou Denise.
Na quinta (15), no Butantã (zona oeste) uma equipe da Eletropaulo foi encurralada por moradores, que bloquearam a rua com carros.
Em nota, a empresa informou que 80 mil clientes continuavam sem fornecimento de energia na Grande São Paulo na noite de sexta.
Disse ainda que o atendimento é feito em ordem de proximidade, conforme o padrão definido pela central.
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Estadão - São Paulo
15/01/201515h25
Uma equipe da AES Eletropaulo foi feita de "refém", nesta quinta-feira (15), por moradores da rua Daniela Crespi, no Butantã, zona oeste da cidade, que passam pelo 3º dia consecutivo sem luz. Durante a visita da reportagem ao local, um carro da empresa que estava nas imediações foi chamado pelos moradores.
Um funcionário disse que não teria como resolver o problema naquele momento porque o carro estava atendendo outra ocorrência no bairro. Em protesto, vizinhos fecharam a via com veículos para impedir que ele fosse embora --a rua é sem saída. A caminhonete só foi liberada após a chegada de um caminhão da AES Eletropaulo, que nesta tarde fazia os reparos na rede aérea e nos transformadores.
Desde a tarde da última segunda-feira (12), os moradores passaram a uma rotina de geladeiras com comida estragada, velas em todos os cômodos e gelos ensacados. Apesar de reclamações diárias à Eletropaulo, a vizinhança alega não ter recebido atendimento. "Só vão sair quando chegar outra viatura. Não tem outra coisa a ser feita", afirmou o químico José Luiz Pastre, 64.
"Vamos fechar a rua. Só assim para nos atenderem", afirmou a dona de casa Madalena Ybañez, 63. Ela disse que pediu a todos os vizinhos que protocolassem denúncias na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O estudante de engenharia Danilo Duarte Costa, 26, disse que ele e os vizinhos fizeram "inúmeras" ligações à Eletropaulo, mas não houve retorno. "É a primeira vez que fica tanto tempo sem luz. Às vezes cai quando chove, mas no máximo por cinco ou seis horas", disse.
A mãe de Danilo, a dona de casa Elenita Costa, disse que precisou deixar todos os alimentos na geladeira de uma amiga, para que não estragassem. Além disso, os moradores têm comprado sacos de gelo --já esgotados no supermercado mais próximo durante a visita da reportagem.
O administrador de empresas Luiz Argelino, 60, disse que recebeu uma mensagem da Eletropaulo afirmando que o problema poderia ser resolvido "até sexta". Na casa dele está a neta de apenas um mês, Maria Fernanda. "Ela precisa ir na casa da minha filha para tomar banho, água gelada não dá".
"Perdi carne, o freezer estava lotado", reclamou a professora aposentada Maria Teresa Carloni. "Ontem [quarta-feira, 14] fui ver a novela na casa da minha empregada. O celular carreguei no cabeleireiro". Na casa dela, onde moram quatro pessoas, todos estão almoçando fora. "A casa fica cheia de velas à noite."
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Cansados de esperar, moradores 'prendem' técnicos da Eletropaulo
Felipe Souza & Zanone Fraissat
17/01/2015 - São Paulo
Inconformados por estarem há quase cinco dias sem água e sem o elevador, por causa da falta de luz, um grupo de moradores de um prédio fez “refém” um funcionário da Eletropaulo na tarde desta sexta (16).
O homem consertava um transformador na rua Latif Fakhouri, no Jabaquara (zona sul), quando foi cercado. Os moradores chegaram a dizer que ele só deixaria o local após terminar o conserto.
O funcionário disse que não poderia fazer o serviço porque não tinha o material necessário. Ele argumentou que, para arrumar a peça que acionaria os equipamentos mais potentes, seria necessário um caminhão especial.
A síndica, Jane Pereira Jesper, 57, disse que a situação no edifício estava insuportável. “Nosso prédio tem muitos idosos e já estávamos nessa situação desde segunda [12] às 23h. Quando acabou a água da caixa, tudo piorou, porque não encontramos uma bomba a gasolina ou um gerador para alugar.”
Segundo ela, os moradores desse condomínio fizeram 300 reclamações à empresa.
O funcionário da Eletropaulo não chegou a ser contido, mas ficou no local por mais cerca de uma hora, até a energia ser restabelecida, por volta das 14h.
Cervejinha
Os moradores da Vila Joaniza, na zona sul, também fizeram manifestação, mas só voltaram a ter luz em casa após 76 horas no breu.
A jornalista Denise Moraes, 26, disse que o problema só foi resolvido após encontrarem técnicos da Eletropaulo em uma rua próxima.
Segundo ela, os funcionários disseram que o expediente havia terminado.
“Insistimos e eles foram até a nossa rua averiguar o problema, quando constataram que uma chave de energia havia caído no temporal. O reparo durou menos de cinco minutos”, disse.
Um morador que pediu para não ser identificado afirmou que os técnicos receberam uma “caixinha” e um deles ainda ficou mais um tempo tomando cerveja - até as 2h.
Um dia antes, os moradores do bairro amanheceram com cenário de “pós-guerra”, com agências bancárias destruídas, lixo espalhado, ônibus queimado e sinais do confronto com a polícia.
“O que parte dos moradores fez não se justifica, mas foi uma tentativa desesperada de chamar atenção para o abandono”, afirmou Denise.
Na quinta (15), no Butantã (zona oeste) uma equipe da Eletropaulo foi encurralada por moradores, que bloquearam a rua com carros.
Em nota, a empresa informou que 80 mil clientes continuavam sem fornecimento de energia na Grande São Paulo na noite de sexta.
Disse ainda que o atendimento é feito em ordem de proximidade, conforme o padrão definido pela central.
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Re: Revoltados com falta de luz, moradores sequestram funcionários da AES/Eletropaulo
PQP
Os pobre-coitados dos técnicos não têm nada a ver com isso.
Os pobre-coitados dos técnicos não têm nada a ver com isso.
Quero Café- Farrista "We are the Champions"
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