Policial morto em Alvorada (RS) é enterrado com sirenaço e aplausos
Página 1 de 1
Policial morto em Alvorada (RS) é enterrado com sirenaço e aplausos
Sepultamento de Valdeci Machado ocorreu na tarde desta sexta-feira, no Cemitério Jardim da Paz, em Porto Alegre
Por: Caetanno Freitas
17/07/2015 - 16h22min | Atualizada em 17/07/2015 - 19h51min
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
O dia seguinte ao assassinato do policial Valdeci Machado, morto na quinta-feira, em Alvorada, foi marcado por forte comoção entre familiares e colegas de corporação que compareceram ao enterro no Cemitério Jardim da Paz, em Porto Alegre. O sepultamento, ocorrido nesta sexta-feira, teve aplausos de pelo menos uma centena de pessoas e um intenso sirenaço de viaturas.
— Que linda homenagem que fizeram ao meu pai. Que Deus abençoe a polícia — agradeceu, emocionada, a filha de Machado.
Valdeci foi morto quando tentava recapturar Amilton Ferreira da Silva, de 23 anos, que estava detido na Delegacia de Pronto Atendimento de Alvorada, suspeito de crime contra a mulher, e fugiu. Os dois entraram em luta corporal. O homem conseguiu pegar a arma do policial e atirou contra ele.
Repetindo o ato realizado horas antes, policiais civis saíram, no início da tarde, em carreata pela cidade, ainda com as sirenes ligadas, em direção ao Palácio Piratini. Enfrentando a chuva, que não deu trégua durante boa parte do dia, usaram os corredores de ônibus até chegar à sede do governo estadual, no Centro.
Mobilizados em protesto por mais segurança, a chegada ao Piratini teve “anúncio”. Primeiro, as viaturas fizeram muito barulho no contorno da Praça da Matriz. Em seguida, voltaram pela Rua Duque de Caxias e bloquearam o trânsito em frente ao prédio.
O presidente da Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz, foi barrado e empurrado por um segurança na porta do Piratini, o que motivou um princípio de confusão e exaltou ainda mais os ânimos para o ato que se avizinhava.
Com as viaturas enfileiradas, os policiais promoveram, além do sirenaço quase ensurdecedor, um buzinaço para chamar a atenção das autoridades e pressionar por um encontro com o governador José Ivo Sartori. Ortiz usou o rádio comunicador de um dos veículos oficiais do Estado para iniciar um discurso forte:
— Não vamos permitir qualquer ataque àquilo que mais prezamos: as nossas vidas. Chega de policiais civis e militares tombados em serviço. O governador tem de tirar a Segurança Pública deste decreto irresponsável que vem causando inúmeras vítimas — declarou Ortiz, em referência ao decreto que barra a contratação e o chamamento de novos policiais aprovados em concurso.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Isaac Ortiz discursou em frente ao Piratini Foto: Tadeu Vilani / Agência RBS
O presidente da categoria ainda falou em terrorismo promovido pelo governo e antecipou que os policiais farão um novo ato no próximo mês.
— Nós voltaremos de novo, no dia 18 de agosto, marquem bem esta data. Voltaremos para ocupar a Assembleia Legislativa e fazer os deputados da base aliada entender que nós não estamos brincando. Não vamos permitir este terrorismo feito por esta equipe do governo do Estado. Todos os dias é um terrorismo. Ameaça de salário, ameaça de corte de ponto, ameaça de tudo. Não vamos mais permitir.
Em frente ao Piratini, o protesto dos policiais durou cerca de 30 minutos. No entanto, a categoria esteve mobilizada durante todo o dia no Estado. Delegacias fecharam no horário do enterro de Machado, entre 14h e 15h, e agentes de Santa Maria, cidade natal da vítima, também prestaram homenagens.
A coordenação de assessoria de imprensa do governador José Ivo Sartori preferiu não se manifestar. O secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini, enviou um comunicado por sua assessoria de imprensa.
“Este é um momento de luto. Estamos agora prestando a nossa solidariedade e lamentando a morte do policial. Reiteramos o envio das nossas condolências à família e a todos os servidores da Polícia Civil pelo falecimento do colega”, diz o texto, sem nenhuma referência ao protesto.
*Zero Hora
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Por: Caetanno Freitas
17/07/2015 - 16h22min | Atualizada em 17/07/2015 - 19h51min
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
O dia seguinte ao assassinato do policial Valdeci Machado, morto na quinta-feira, em Alvorada, foi marcado por forte comoção entre familiares e colegas de corporação que compareceram ao enterro no Cemitério Jardim da Paz, em Porto Alegre. O sepultamento, ocorrido nesta sexta-feira, teve aplausos de pelo menos uma centena de pessoas e um intenso sirenaço de viaturas.
— Que linda homenagem que fizeram ao meu pai. Que Deus abençoe a polícia — agradeceu, emocionada, a filha de Machado.
Valdeci foi morto quando tentava recapturar Amilton Ferreira da Silva, de 23 anos, que estava detido na Delegacia de Pronto Atendimento de Alvorada, suspeito de crime contra a mulher, e fugiu. Os dois entraram em luta corporal. O homem conseguiu pegar a arma do policial e atirou contra ele.
Repetindo o ato realizado horas antes, policiais civis saíram, no início da tarde, em carreata pela cidade, ainda com as sirenes ligadas, em direção ao Palácio Piratini. Enfrentando a chuva, que não deu trégua durante boa parte do dia, usaram os corredores de ônibus até chegar à sede do governo estadual, no Centro.
Mobilizados em protesto por mais segurança, a chegada ao Piratini teve “anúncio”. Primeiro, as viaturas fizeram muito barulho no contorno da Praça da Matriz. Em seguida, voltaram pela Rua Duque de Caxias e bloquearam o trânsito em frente ao prédio.
O presidente da Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz, foi barrado e empurrado por um segurança na porta do Piratini, o que motivou um princípio de confusão e exaltou ainda mais os ânimos para o ato que se avizinhava.
Com as viaturas enfileiradas, os policiais promoveram, além do sirenaço quase ensurdecedor, um buzinaço para chamar a atenção das autoridades e pressionar por um encontro com o governador José Ivo Sartori. Ortiz usou o rádio comunicador de um dos veículos oficiais do Estado para iniciar um discurso forte:
— Não vamos permitir qualquer ataque àquilo que mais prezamos: as nossas vidas. Chega de policiais civis e militares tombados em serviço. O governador tem de tirar a Segurança Pública deste decreto irresponsável que vem causando inúmeras vítimas — declarou Ortiz, em referência ao decreto que barra a contratação e o chamamento de novos policiais aprovados em concurso.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Isaac Ortiz discursou em frente ao Piratini Foto: Tadeu Vilani / Agência RBS
O presidente da categoria ainda falou em terrorismo promovido pelo governo e antecipou que os policiais farão um novo ato no próximo mês.
— Nós voltaremos de novo, no dia 18 de agosto, marquem bem esta data. Voltaremos para ocupar a Assembleia Legislativa e fazer os deputados da base aliada entender que nós não estamos brincando. Não vamos permitir este terrorismo feito por esta equipe do governo do Estado. Todos os dias é um terrorismo. Ameaça de salário, ameaça de corte de ponto, ameaça de tudo. Não vamos mais permitir.
Em frente ao Piratini, o protesto dos policiais durou cerca de 30 minutos. No entanto, a categoria esteve mobilizada durante todo o dia no Estado. Delegacias fecharam no horário do enterro de Machado, entre 14h e 15h, e agentes de Santa Maria, cidade natal da vítima, também prestaram homenagens.
A coordenação de assessoria de imprensa do governador José Ivo Sartori preferiu não se manifestar. O secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini, enviou um comunicado por sua assessoria de imprensa.
“Este é um momento de luto. Estamos agora prestando a nossa solidariedade e lamentando a morte do policial. Reiteramos o envio das nossas condolências à família e a todos os servidores da Polícia Civil pelo falecimento do colega”, diz o texto, sem nenhuma referência ao protesto.
*Zero Hora
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Tópicos semelhantes
» Policial desabafa após colega ser morto e gera polêmica
» Ao tentar tomar spray de pimenta de policial, ambulante é morto!
» ''Esse policial acabou com a vida dele e com a minha'', diz pai de jovem morto por PM
» Cão que passou 12 horas enterrado em SP está em estado grave
» Phillip Marshall, pesquisador, escritor e ex-piloto da CIA, foi encontrado morto em 2 de fevereiro de 2013, com sua esposa e filhos, até o cão da família foi morto
» Ao tentar tomar spray de pimenta de policial, ambulante é morto!
» ''Esse policial acabou com a vida dele e com a minha'', diz pai de jovem morto por PM
» Cão que passou 12 horas enterrado em SP está em estado grave
» Phillip Marshall, pesquisador, escritor e ex-piloto da CIA, foi encontrado morto em 2 de fevereiro de 2013, com sua esposa e filhos, até o cão da família foi morto
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos