Dois anos após invasão, beagle vive abandonada perto do Instituto Royal
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Dois anos após invasão, beagle vive abandonada perto do Instituto Royal
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Dois anos após a invasão do Instituto Royal - que resultou no furto de 178 beagles usados em testes para a indústria farmacêutica -, uma cadela da mesma raça vive nas proximidades do laboratório, na zona rural de São Roque (SP). Um morador do bairro garante que o animal é um dos que foram furtados do laboratório. "Eu tenho certeza que esse animal é do Instituto Royal, pois eu estou todos os dias perto do instituto, que é meu local de trabalho há mais de cinco anos", afirma o empresário Isaque Martins.
Em entrevista ao G1 nesta terça-feira (20), Martins diz que a cadela foi abandonada no local um mês após a invasão, quando o local já havia sido fechado. "Certamente a pessoa que a pegou do laboratório ficou com medo por causa da investigação policial e resolveu largar o animal", acredita o empresário.
Eu tenho certeza que essa cadela
é do Instituto Royal. Ela está passando fome e comendo lixo.
Dá dó."
Isaque Martins,
empresário
A reportagem do G1 tentou contato com representantes do Instituto Royal, mas ninguém foi encontrado. O laboratório encerrou as atividades na cidade depois que os ativistas levaram os beagles e, dias depois, todos os roedores do local.
O G1 também entrou em contato com o setor de Serviço de Controle de Zoonoses de São Roque, mas foi informado que nunca recebeu relato de cachorro abandonado na região onde funcionava o Instituto Royal. A Delegacia de Investigações Gerais de Sorocaba (SP) instaurou inquérito para apurar o furto dos animais, mas a investigação foi encerrada sem que ninguém fosse indiciado.
Martins conta também que uma vizinha chegou a cuidar da cachorra, mas ela se mudou para o estado do Paraná e o beagle voltou a ser abandonado. "A mãe dessa minha vizinha mora em São Paulo e costuma vir para São Roque uma vez por semana e até cuida da cadela, mas nos demais dias da semana ela fica abandonada, procurando água e comida nos lixos das casas", explica.
O empresário, que acompanhou toda a repercussão do caso do Instituto Royal, em outubro de 2013, diz que já tentou ajudar, mas a cadela é arredia e parece não gostar do contato humano. "Uma outra vizinha também tenta ajudar, deixa ração logo cedo para a cachorra e eu quando chego coloco água, mas ela está bem judiada e até com sarna", conta.
Martins diz que procurou ajuda de ONGs protetoras de animais e passou a situação para alguns ativistas por meio das redes sociais.
"Animal está judiado e até com sarna", conta morador do bairro (Foto: Arquivo Pessoal/Isaque Martins)
"Animal está judiado e até com sarna", conta
morador (Foto: Arquivo Pessoal/Isaque Martins)
"Com certeza é do Royal"
A aposentada Maria Inês Simões Pastana é outra moradora do bairro que costuma alimentar a cadela. Ela conta que também tem certeza que trata-se de um animal do antigo laboratório que funcionava na região. "Eu moro no bairro há mais de 10 anos e antes da invasão no Instituto Royal não tinha nenhum beagle aqui. Eu tenho certeza que ela era de lá. Afinal, só apareceu depois aqui para gente."
Além de se preocupar com os cuidados da cadela, Maria Inês ainda teme que o animal possa passar doenças para os seus cães de estimação. "A cadela não tem nenhum tipo de cuidado veterinário, está sem vacina, com sarna. A pele dela da cintura para baixo está até caindo", acrescenta a aposentada.
Sensibilizados com a situação do animal, os moradores entraram em contato com o G1 para tentar arrumar uma nova família para a beagle. "Eu já tenho três cães grandes, tenho medo que eles machuquem-na, mas ela está passando fome e comendo lixo. Dá dó. A rua tem poucos moradores. Então, são poucas pessoas que podem ajudar", lamenta Martins.
Durante a madrugada o grupo de ativistas conseguiu entrar no prédio (Foto: Divulgação/São Roque Notícias)
Grupo de ativistas conseguiu entrar no prédio na
madrugada (Foto: Divulgação/São Roque Notícias)
Relembre o caso
Em setembro de 2013, após denúncias de maus-tratos em animais usados em pesquisas e testes de produtos farmacêuticos - incluindo cães da raça beagle, camundongos e coelhos -, ativistas passaram a protestar em frente ao Instituto Royal. Os manifestantes acusaram o instituto de usar metódos cruéis na realização de experimentos. Já no dia 12 de outubro, ativistas se acorrentaram no portão da unidade e prometeram ficar no local até terem uma lista de reivindicações atendidas. Na época, representantes do laboratório conversaram com os manifestantes, mas, segundo uma das organizadoras do protesto, não houve acordo.
Em seguida, uma reunião foi marcada entre ativistas, funcionários da Prefeitura de São Roque e representantes do laboratório no dia 17 de outubro, mas foi cancelada porque o Instituto Royal informou que, por uma questão de segurança, não mandaria um representante. Diante da situação, os ativistas registraram um boletim de ocorrência de denúncia de maus-tratos.
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Re: Dois anos após invasão, beagle vive abandonada perto do Instituto Royal
Humanistas humanando.
Afinal, tirar os animais dos capitalistas opressores é importante.
Cuidar deles?
Ah, isso dá trabalho. Melhor largar na rua que alguém assume o problema.
Afinal, tirar os animais dos capitalistas opressores é importante.
Cuidar deles?
Ah, isso dá trabalho. Melhor largar na rua que alguém assume o problema.
Goris- Farrista Cheguei até aqui. Problem?
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