Homem colocou veneno em achocolatado que matou criança para "pegar" ladrão
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Homem colocou veneno em achocolatado que matou criança para "pegar" ladrão
Em São Paulo
01/09/2016 - 18h36
Dois homens foram presos nesta quinta-feira, 1º, suspeitos de envolvimento no assassinato de uma criança de dois anos, que morreu após tomar um achocolatado no último dia 25 de agosto, em Cuiabá (MT). A Anvisa havia suspendido, na terça-feira (29), o lote do produto da marca Itambé em todo o Brasil, a pedido da polícia de Mato Grosso.
As investigações apontaram que o produto foi envenenado por Adônis José Negri, 61, que queria usar a bebida como "isca" para punir um ladrão que já havia arrombado sua residência várias vezes, em um bairro na periferia da cidade. O segundo suspeito, Deuel Soares, 27, acabou vendendo o achocolatado roubado para o pai da criança.
De acordo com a polícia, Negri arquitetou a vingança fazendo uso de uma seringa para injetar um veneno para ratos nas bebidas. Ele já havia ameaçado outras vezes Soares, que, segundo as investigações, era usuário de drogas e costumava roubar empreendimentos e casas no bairro.
O laudo toxicológico da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) deu positivo para envenenamento nas amostras de achocolatado e no material biológico da criança que morreu após ingerir a bebida. Foi descartada a hipótese de contaminação por bactéria ou fungo, decorrente do processo de fabricação do produto. Também foi encontrado um furo na parte superior das embalagens, onde Negri teria inserido o veneno com uma seringa.
Os dois suspeitos foram presos na manhã desta sexta, após serem expedidos os mandados de prisão pela 14º Vara Criminal de Cuiabá. Na casa de Negri, foram apreendidos amostras do veneno, uma bandeja supostamente utilizada na manipulação do veneno e embalagens lacradas do achocolatado.
Negri foi autuado por homicídio qualificado e por tentativa de homicídio, já que um amigo da família do menino também ingeriu o produto e precisou ser internado. Soares vai responder por furto qualificado. Os dois foram encaminhados para o CRC (Centro de Ressocialização de Cuiabá).
A mãe da criança, Dani Cristina Perpetua da Silva, disse que comprou o achocolatado porque estava barato. O menino, de 2 anos, foi levado a um hospital da cidade com parada cardiorrespiratória após ter bebido uma caixinha do achocolatado. No boletim de ocorrência, a mulher contou que, por volta de 9 horas do dia 25, o filho tinha passado mal após ter ingerido achocolatado e teria ficado com "falta de ar, corpo mole e princípio de desmaio". No hospital, "os médicos chegaram a tentar reanimar a criança por cerca de uma hora", disse a mãe, mas a criança não resistiu.
Itambé
Por meio de nota, a Itambé reforçou que desde o dia 25/05, data de fabricação do lote em questão, já foram comercializadas mais de 5 milhões de unidades e não foram registradas reclamações de nenhuma natureza. A empresa lamentou o ocorrido e reforçou o "compromisso com os consumidores brasileiros ao entregar produtos da mais alta qualidade".
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01/09/2016 - 18h36
Dois homens foram presos nesta quinta-feira, 1º, suspeitos de envolvimento no assassinato de uma criança de dois anos, que morreu após tomar um achocolatado no último dia 25 de agosto, em Cuiabá (MT). A Anvisa havia suspendido, na terça-feira (29), o lote do produto da marca Itambé em todo o Brasil, a pedido da polícia de Mato Grosso.
As investigações apontaram que o produto foi envenenado por Adônis José Negri, 61, que queria usar a bebida como "isca" para punir um ladrão que já havia arrombado sua residência várias vezes, em um bairro na periferia da cidade. O segundo suspeito, Deuel Soares, 27, acabou vendendo o achocolatado roubado para o pai da criança.
De acordo com a polícia, Negri arquitetou a vingança fazendo uso de uma seringa para injetar um veneno para ratos nas bebidas. Ele já havia ameaçado outras vezes Soares, que, segundo as investigações, era usuário de drogas e costumava roubar empreendimentos e casas no bairro.
O laudo toxicológico da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) deu positivo para envenenamento nas amostras de achocolatado e no material biológico da criança que morreu após ingerir a bebida. Foi descartada a hipótese de contaminação por bactéria ou fungo, decorrente do processo de fabricação do produto. Também foi encontrado um furo na parte superior das embalagens, onde Negri teria inserido o veneno com uma seringa.
Os dois suspeitos foram presos na manhã desta sexta, após serem expedidos os mandados de prisão pela 14º Vara Criminal de Cuiabá. Na casa de Negri, foram apreendidos amostras do veneno, uma bandeja supostamente utilizada na manipulação do veneno e embalagens lacradas do achocolatado.
Negri foi autuado por homicídio qualificado e por tentativa de homicídio, já que um amigo da família do menino também ingeriu o produto e precisou ser internado. Soares vai responder por furto qualificado. Os dois foram encaminhados para o CRC (Centro de Ressocialização de Cuiabá).
A mãe da criança, Dani Cristina Perpetua da Silva, disse que comprou o achocolatado porque estava barato. O menino, de 2 anos, foi levado a um hospital da cidade com parada cardiorrespiratória após ter bebido uma caixinha do achocolatado. No boletim de ocorrência, a mulher contou que, por volta de 9 horas do dia 25, o filho tinha passado mal após ter ingerido achocolatado e teria ficado com "falta de ar, corpo mole e princípio de desmaio". No hospital, "os médicos chegaram a tentar reanimar a criança por cerca de uma hora", disse a mãe, mas a criança não resistiu.
Itambé
Por meio de nota, a Itambé reforçou que desde o dia 25/05, data de fabricação do lote em questão, já foram comercializadas mais de 5 milhões de unidades e não foram registradas reclamações de nenhuma natureza. A empresa lamentou o ocorrido e reforçou o "compromisso com os consumidores brasileiros ao entregar produtos da mais alta qualidade".
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