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Cientistas utilizam o DNA de salmões para o armazenar dados

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Cientistas utilizam o DNA de salmões para o armazenar dados Empty Cientistas utilizam o DNA de salmões para o armazenar dados

Mensagem por Questao Qui Jan 12, 2012 12:35 am

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Cientistas da Universidade Nacional de Tsing Hua (Taiwan) e do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (Alemanha) criaram um dispositivo de memória que combina electrodos, nanopartículas de prata e… DNA de salmão. Isso mesmo.
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O silício é um metalóide com um número atômico de 14 e fica exatamente entre o Carbono (acima) e o Germânio (abaixo) na tabela periódica de elementos, caso sua primeira professora de química não tenha chamado tanto a sua atenção quanto a minha.

É o oitavo elemento mais comum no universo em massa, porém, muito raramente ocorre na natureza em estado puro. Ou seja, não é algo exatamente fácil de se achar por aí no estado que precisamos.

Ele assume um papel ainda mais incrível se pensarmos que a sua primeira purificação ocorreu em 1824 e, de lá para cá, ele já foi convertido zilhões de vezes em cerâmica, concreto, explosivos, o peito de silicone da funkeira, células fotoelétricas, a tampa da panela que obtura os seus molares, painéis solares e tudo o que nós já usamos para nos comunicar.

Tecnologicamente falando, ele é mais útil que o fogo para a vida moderna e carrega em si a aura de um milagre para os desdobramentos rumo ao futuro. Mas se você pensa que o homem está na sombra e que existem limites para a criatividade na busca por novos inventos, pense de novo.

A traquitana é popularmente conhecida como mais um tipo de memória W.O.R.M. (write-once-read-many-times) — grave uma vez, leia muitas — e embora não passe neste momento de apenas uma prova científica de que o conceito pode realmente se converter em método, ela derrubou queixos em todo o mundo após ser publicada nas maiores revistas de ciência e tecnologia.
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Segundo os pesquisadores declararam, o DNA pode de fato se converter em uma alternativa mais barata que aquelas tradicionalmente usadas por meio de materiais inorgânicos, como o silício. E se isso não lhe faz pensar em como será o futuro, meu amigo…

O modelo é constituído por um finíssimo filme com o DNA de salmões totalmente impregnado de átomos de prata e que serve como recheio para um sanduíche entre dois electrodos. Quando a luz ultra-violeta é irradiada para dentro do sistema, os átomos se clusterizam (perdão pelo neologismo) em nanopartículas altamente sensíveis.

O próximo passo é quando uma baixa (ou nula) voltagem é aplicada aos electrodos, apenas uma baixa corrente elétrica é capaz de navegar por entre o DNA irradiado com ultra-violeta. Esse seria o estado em que o sistema está “off” (desligado).

Já quando a voltagem aplicada aos electrodos excede um certo limiar, uma corrente elétrica de maior latência viaja pelo filme de DNA ‘salmônico’ (que legal dizer isso), o que por sua vez configura o estado “on” (ligado) do sistema. Vai dizer que isso não é demais?

Mas tem mais. Essas mudanças na condutividade elétrica do modelo não são reversíveis, ou seja, uma vez que ele seja acionado ON ou OFF, ele permancerá assim, independentemente de qual nível de corrente voltaica ou carga eletromotora sejam aplicados.

Esse estado de captura é mantido por mais de 30 horas, até onde se pode pesquisar. O que por sua vez mareja os olhos de qualquer um que imagina novas formas e designs para dispositivos ópticos de armazenamento.

É verdade que não é a primeira vez que tentamos utilizar o DNA para fins parecidos. O Imperial College de Londres já criou portas lógicas utilizando uma combinação de DNA e bactérias.

Os norte-americanos dos departamentos de biologia e matemática do Davidson College da Carolina do Norte e da Missouri Western State University, respectivamente, já utilizaram o DNA da bactéria e.Coli para resolver um problema computacional de um modelo matemático.

De qualquer maneira, penso que essa possa ser a primeira vez que se contemplou o DNA com tanto sucesso como um possível descanso para o silício. Pelo menos, fora da ficção.

Faz sentido, afinal o DNA é aquilo que representa a maior densidade no armazenamento de informações em meio a tudo o que existe no nosso planeta. Mas, quem diria, o estreante seria o salmão.

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