Ator conta que experimentou mais de 300 pares de óculos até achar o perfeito para "O Espião Que Sabia Demais"
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Ator conta que experimentou mais de 300 pares de óculos até achar o perfeito para "O Espião Que Sabia Demais"
Ator conta que experimentou mais de 300 pares de óculos até achar o perfeito para "O Espião Que Sabia Demais"
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O ator Gary Oldman em cena de "O Espião Que Sabia Demais"
"O Espião Que Sabia Demais" filme que estreou no Brasil nesta sexta-feira (13) baseado no livro "Tinker, Taylor, Soldier, Spy", de John le Carré, é o filme que mais polarizou opiniões da safra do fim de ano na zona norte do planeta. Há quem adore a homenagem aos filmes mais cerebrais do gênero, especialmente os produzidos nos anos 70, fonte de inspiração para o diretor sueco Tomas Alfredson, do pungente "Deixe Ela Entrar". Mas a oposição também é forte --parte da crítica torceu o nariz para o filme passado na Guerra Fria, com sacadas psicológicas e diálogos sofisticados, em oposição à explosão de ação do cinema-pipoca da série Bourne ou da revitalizada "Missão Impossível".
Gary Oldman é a encarnação de George Smiley, o agente aposentado do serviço de inteligência britânica secretamente contactado pelo governo para investigar um suposto informante soviético trabalhando na cúpula do MI-6. Aos 53 anos, o inglês que fez Vlad de "Drácula de Bram Stoker" e, mais recentemente, o Comissário Gordon de "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge", de Chris Nolan, foi eleito o melhor ator do ano pela Associação de Críticos de San Francisco e fala-se em uma possível indicação para o Oscar.
Um personagem emblemáticio, Smiley pouco fala, resmunga frases aparentemente sem sentido, vive uma relação conturbada com a esposa infiel, usa óculos de lentes grossas e se movimenta de modo tão vagaroso quanto o ritmo implantado por Alfredson no filme. Ele funciona como a consciência da trama, um homem que ainda acredita na ética como arma importante no jogo perigoso dos serviços de inteligência, no auge da Guerra Fria. No elenco, além de Oldman --que foi o último ator a aceitar o papel, deppois de uma busca de seis meses pelo Smiley ideal-- estão Colin Firth, John Hurt, Tom Hardy, Mark Strong e Ciarán Hinds.
O ator falou ao UOL sobre detalhes de seu personagem, tais como seus óculos, que lhe renderam certo trabalho para serem encontrados. Confira a entrevista:
UOL - Você parece ter nascido para este papel. É possível fazer um paralelo entre o trabalho de espião e o de ator?
Gary Oldman - De certa maneira, sim. Nós também gostamos de analisar o outro, entrar na cabeça do outro, nos travestimos do outro, ainda quem por alguns instantes. Mas, por outro, o verdadeiro ator não pode compactuar com nenhuma mentira, tem de ir, ou ao menos tentar ir, no cerne da verdade. Honestidade, para nós, é fundamental. Se há duas coisas que não tolero na vida são a falsidade e a infidelidade. São peças que não fazem parte de meu make-up, se é que você me entende.
UOL - Mas o filme não deixa de ser uma busca do seu personagem pela verdade. É este aspecto o de maior poder de atração para você quando pensa no seu Smiley?
Gary Oldman - Gosto dele ser uma pessoa que tem a mais completa certeza em suas crenças, ele não se coloca em dúvida, nunca. É uma pessoa leal, a quem todos respeitam. Mas ele também pode ser cruel, pode ser um juiz maldoso, sádico.
UOL - Este é um de seus papéis de interpretação mais contida, o que não é o lugar comum de sua carreira...
Gary Oldman - Não, meus personagens tendem a ser bastante explícitos. Por isso o meu interesse no Simley. Mas todas as pistas para como levá-lo ao cinema estão no roteiro e no livro. Tudo o que você precisa saber sobre George está no livro. Há uma passagem em que se diz que ele é o homem que pode regular sua temperatura para ficar de acordo com o ambiente. Ele é como um réptil. É dali que eu encontrei esta sensação de que ele está sempre plácido.
Jamm- Farrista além das fronteiras da sanidade
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Re: Ator conta que experimentou mais de 300 pares de óculos até achar o perfeito para "O Espião Que Sabia Demais"
Estou seco para ver esse filme!
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