Livros raros de botânica roubados em SP
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Livros raros de botânica roubados em SP
Quinze volumes do século XIX e do começo do século XX foram levados da Biblioteca do Instituto de Botânica do Estado de SP
EPTV GLOBO
Seria triste, se não fosse trágico. Ao menos quinze volumes da Biblioteca de Botânica, do Instituto de Botânica do Estado de São Paulo, foram roubados ontem à tarde, por volta das 16 horas. Duas pessoas armadas invadiram as dependências do espaço, renderam os funcionários, entre eles bibliotecários e estagiários.
Das 15 obras, do século XIX e começo do século XX, três eram consideradas muito raras: Sertum palmarum brasiliensium, 1903, Autor: João Barbosa Rodrigues; Flora Fluminensis, 1827, Autor: Frei Velloso; e Bambusees, 1913, Autor: F.G. Camus. Por se tratarem de obras raras e técnicas, elas são de difícil comercialização. Quem tiver informações sobre o paradeiro das raridades, basta entrar em contato com o Instituto pelos telefones (11) 5073-2860 e (11) 8787-1414.
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Funcionários foram rendidos na primeira sala da biblioteca (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Investigações
O G1 entrou em contato com a Polícia Federal no Rio, que não comentou o assunto até as 12h desta sexta.
A Polícia Civil de São Paulo investiga o roubo para tentar identificar suspeitos, prender os criminosos e tentar recuperar as obras. De acordo com o delegado Enjolras Rello de Araújo, titular do 83º Distrito Policial, no Parque Bristol, o crime foi encomendado.
“Tudo indica que algum colecionador encomendou esse roubo porque as obras não têm valor material, têm apenas valor histórico”, disse Araújo. Segundo ele, imagens das câmeras de monitoramento de segurança do instituto serão analisadas para saber se conseguiram gravar os suspeitos no prédio. “Apesar disso, não haviam câmeras dentro da biblioteca onde as obras estavam guardadas.”
O delegado informou ainda que pediu ajuda à Delegacia de Crimes contra o Patrimônio, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), para auxiliar na investigação. Ele também afirmou que avisou à Polícia Federal em São Paulo sobre o roubo. Até esta manhã, nenhum suspeito havia sido detido.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, o instituto estava aberto para visitação nesta sexta-feira - a biblioteca, entretanto, foi fechada e só voltará a funcionar na próxima segunda-feira (6). Peritos da Polícia Técnico-Científica que foram ao local deverão elaborar um laudo sobre como os criminosos conseguiram entrar e tentar levantar pistas que possam levar a eles.
Importância
A diretora do Instituto afirmou que as obras têm importância histórica, pois são as primeiras feitas no Brasil sobre alguns temas – “o começo da ciência no Brasil”, afirmou – e também por terem figuras de artistas da época. Elas ficam em uma sala isolada, e só podem ser consultadas por pesquisadores da área – estudantes só têm acesso com requerimento de seus orientadores. Quem faz a consulta precisa fazer um cadastro, e vai até a sala acompanhado do bibliotecário – as obras não deixam o cômodo.
“Elas têm um valor inestimável. Por outro lado, não tem valor de mercado”, afirmou Vera. “Eu prefiro achar que é um colecionador [que encomendou o roubo], porque uma pessoa da área também teria essa ciência de que isso é de todos, não levaria para sal casa. Não consigo imaginar um botânico fazendo uma coisa dessas.”
EPTV GLOBO
Seria triste, se não fosse trágico. Ao menos quinze volumes da Biblioteca de Botânica, do Instituto de Botânica do Estado de São Paulo, foram roubados ontem à tarde, por volta das 16 horas. Duas pessoas armadas invadiram as dependências do espaço, renderam os funcionários, entre eles bibliotecários e estagiários.
Das 15 obras, do século XIX e começo do século XX, três eram consideradas muito raras: Sertum palmarum brasiliensium, 1903, Autor: João Barbosa Rodrigues; Flora Fluminensis, 1827, Autor: Frei Velloso; e Bambusees, 1913, Autor: F.G. Camus. Por se tratarem de obras raras e técnicas, elas são de difícil comercialização. Quem tiver informações sobre o paradeiro das raridades, basta entrar em contato com o Instituto pelos telefones (11) 5073-2860 e (11) 8787-1414.
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Funcionários foram rendidos na primeira sala da biblioteca (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Investigações
O G1 entrou em contato com a Polícia Federal no Rio, que não comentou o assunto até as 12h desta sexta.
A Polícia Civil de São Paulo investiga o roubo para tentar identificar suspeitos, prender os criminosos e tentar recuperar as obras. De acordo com o delegado Enjolras Rello de Araújo, titular do 83º Distrito Policial, no Parque Bristol, o crime foi encomendado.
“Tudo indica que algum colecionador encomendou esse roubo porque as obras não têm valor material, têm apenas valor histórico”, disse Araújo. Segundo ele, imagens das câmeras de monitoramento de segurança do instituto serão analisadas para saber se conseguiram gravar os suspeitos no prédio. “Apesar disso, não haviam câmeras dentro da biblioteca onde as obras estavam guardadas.”
O delegado informou ainda que pediu ajuda à Delegacia de Crimes contra o Patrimônio, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), para auxiliar na investigação. Ele também afirmou que avisou à Polícia Federal em São Paulo sobre o roubo. Até esta manhã, nenhum suspeito havia sido detido.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, o instituto estava aberto para visitação nesta sexta-feira - a biblioteca, entretanto, foi fechada e só voltará a funcionar na próxima segunda-feira (6). Peritos da Polícia Técnico-Científica que foram ao local deverão elaborar um laudo sobre como os criminosos conseguiram entrar e tentar levantar pistas que possam levar a eles.
Importância
A diretora do Instituto afirmou que as obras têm importância histórica, pois são as primeiras feitas no Brasil sobre alguns temas – “o começo da ciência no Brasil”, afirmou – e também por terem figuras de artistas da época. Elas ficam em uma sala isolada, e só podem ser consultadas por pesquisadores da área – estudantes só têm acesso com requerimento de seus orientadores. Quem faz a consulta precisa fazer um cadastro, e vai até a sala acompanhado do bibliotecário – as obras não deixam o cômodo.
“Elas têm um valor inestimável. Por outro lado, não tem valor de mercado”, afirmou Vera. “Eu prefiro achar que é um colecionador [que encomendou o roubo], porque uma pessoa da área também teria essa ciência de que isso é de todos, não levaria para sal casa. Não consigo imaginar um botânico fazendo uma coisa dessas.”
Jamm- Farrista além das fronteiras da sanidade
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