Iraque: 14 jovens são mortos a pedradas por serem "emo"
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Iraque: 14 jovens são mortos a pedradas por serem "emo"
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Pelo menos 14 jovens foram apedrejados até a morte em Bagdá nas últimas três semanas em uma suposta campanha de militantes xiitas contra adolescentes que se vestem com o estilo chamado de "emo". Segundo a Reuters, xiitas distribuíram listas neste sábado identificando mais jovens marcados para serem mortos caso eles não mudem as roupas que usam.
As mortes ocorreram depois que o Ministério do Interior iraquiano chamou a atenção, no mês passado, para a cultura "emo". As autoridades chamaram-na de "satanismo" e ordenando a polícia comunitária a combater a moda entre os jovens. "Emo" é um gênero de música desenvolvido nos Estados Unidos,e seus fãs são conhecidos por suas roupas características, geralmente com calças jeans justas, camisetas com nomes de bandas ou marcas e cabelos alisados.
Ao menos 14 corpos foram levados a três hospitais na região leste de Bagdá com sinais de agressão com pedras ou tijolos, segundo fontes de segurança e dos hospitais que falaram à Reuters sob condição de anonimato. Seus outros jovens, incluindo duas garotas, ficaram feridos em espancamentos interpretados como alertas, de acordo com as fontes de segurança.
"Na semana passada, eu assinei os atestados de óbito de três desses jovens, e a causa da morte que eu escrevi foi graves fraturas no crânio", disse um médico do hospital al-Kindi. "Uma pancada muito forte na cabeça causou essas fraturas, que esmagaram totalmente o crânio da vítima", afirmou.
Um folheto distribuído no bairro xiita de Bayaa, no leste de Bagdá, tinha 24 nomes de jovens marcados para morrer. "Nós alertamos você fortemente, a todos os homens e mulheres obscenos, se você não deixar esse trabalho sujo dentro de quatro dias, a punição de Deus descerá até você na mão dos Mujahideen", dizia o anúncio. Outro folheto em Sadr City listava 20 nomes. "Nós somos as Brigadas do Ódio. Nós avisamos, se você não voltar à sanidade e ao caminho certo, você será morto", dizia o papel.
Pelo menos 14 jovens foram apedrejados até a morte em Bagdá nas últimas três semanas em uma suposta campanha de militantes xiitas contra adolescentes que se vestem com o estilo chamado de "emo". Segundo a Reuters, xiitas distribuíram listas neste sábado identificando mais jovens marcados para serem mortos caso eles não mudem as roupas que usam.
As mortes ocorreram depois que o Ministério do Interior iraquiano chamou a atenção, no mês passado, para a cultura "emo". As autoridades chamaram-na de "satanismo" e ordenando a polícia comunitária a combater a moda entre os jovens. "Emo" é um gênero de música desenvolvido nos Estados Unidos,e seus fãs são conhecidos por suas roupas características, geralmente com calças jeans justas, camisetas com nomes de bandas ou marcas e cabelos alisados.
Ao menos 14 corpos foram levados a três hospitais na região leste de Bagdá com sinais de agressão com pedras ou tijolos, segundo fontes de segurança e dos hospitais que falaram à Reuters sob condição de anonimato. Seus outros jovens, incluindo duas garotas, ficaram feridos em espancamentos interpretados como alertas, de acordo com as fontes de segurança.
"Na semana passada, eu assinei os atestados de óbito de três desses jovens, e a causa da morte que eu escrevi foi graves fraturas no crânio", disse um médico do hospital al-Kindi. "Uma pancada muito forte na cabeça causou essas fraturas, que esmagaram totalmente o crânio da vítima", afirmou.
Um folheto distribuído no bairro xiita de Bayaa, no leste de Bagdá, tinha 24 nomes de jovens marcados para morrer. "Nós alertamos você fortemente, a todos os homens e mulheres obscenos, se você não deixar esse trabalho sujo dentro de quatro dias, a punição de Deus descerá até você na mão dos Mujahideen", dizia o anúncio. Outro folheto em Sadr City listava 20 nomes. "Nós somos as Brigadas do Ódio. Nós avisamos, se você não voltar à sanidade e ao caminho certo, você será morto", dizia o papel.
Brainiac- Farrista ninguém me alcança
- Mensagens : 15575
Data de inscrição : 29/11/2010
Idade : 35
Localização : Planeta Colu
Re: Iraque: 14 jovens são mortos a pedradas por serem "emo"
No começo do ano passado, fui fazer um concurso no Espírito Santo.
Lá me contaram uma história cabulosa.
Numa cidadezinha lá perto, homossexuais masculinos jovens pertencentes a esse mesmo grupo social, foi flagrado em práticas amorosas.
Os mesmo foram executados a golpes de "facão" por indivíduos intolerantes em relação a suas práticas.
Lá me contaram uma história cabulosa.
Numa cidadezinha lá perto, homossexuais masculinos jovens pertencentes a esse mesmo grupo social, foi flagrado em práticas amorosas.
Os mesmo foram executados a golpes de "facão" por indivíduos intolerantes em relação a suas práticas.
Quero Café- Farrista "We are the Champions"
- Mensagens : 7858
Data de inscrição : 12/06/2010
Localização : Às vezes em Marte, às vezes no espaço sideral
Re: Iraque: 14 jovens são mortos a pedradas por serem "emo"
Lamentável...
Mas se fosse no Brasil ia ter muita gente fazendo piadas, já que os caras provavelmente seriam fãs de Restart...
Mas se fosse no Brasil ia ter muita gente fazendo piadas, já que os caras provavelmente seriam fãs de Restart...
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 20441
Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Iraque: 14 jovens são mortos a pedradas por serem "emo"
O iraquiano Hasan, 30, raspou o longo cabelo negro na semana passada. "Para não me matarem", diz à Folha. Trancado em casa, em Bagdá, ele tem medo de ser o próximo alvo da onda de violência que vitima gays no país.
Ativistas falam em até 90 mortes desde janeiro. Nos últimos seis anos, a estimativa é de cerca de 800 vítimas.
Os cabelos compridos e as calças jeans justas vêm sendo associadas à cultura "emo", ligada à música "emotional hardcore" americana. No Iraque, os adeptos desse estilo são vistos como gays.
Em 13 de fevereiro, o Ministério do Interior do Iraque emitiu comunicado dizendo que emos são "adoradores do demônio" e autorizando a polícia a "eliminar" a moda.
Encorajadas pela nota, milícias patrulham bairros dando conta dessa tarefa. Segundo testemunhas, as vítimas são apedrejadas até a morte.
Os assassinatos têm causado pânico no país. Daí o corte forçado de Hasan, que considerava o penteado um componente de sua identidade.
"Era lindo. Como o cabelo dos japoneses, preto e liso. Parecia uma nuvem na minha cabeça", diz, aos prantos.
NORMAL
Hasan costumava manter o cabelo longo e as calças jeans justas. Hoje, prefere evitar o risco. "Quando polícia e milícias veem alguém que se cuida, que veste alguma coisa especial, que é bonito, que é limpo, eles batem nele. Dizem que não é normal."
Há debate público no Iraque, hoje, para elucidar as razões da violência contra gays.
Autoridades políticas e religiosas condenaram os assassinatos, chamando os atos de "terrorismo" e de "ameaça".
As críticas têm se voltado contra o governo. Apesar de o comunicado do Ministério do Interior do Iraque, retirado do ar na semana passada, ser ambíguo ao autorizar a "eliminação" de emos, ativistas apontam que o texto ajudou a incentivar as mortes.
"O ministério tem de ser responsabilizado pelo fracasso em proteger os cidadãos e por incitar a violência", diz Rasha Moumneh, pesquisadora do grupo Human Rights Watch -que emitiu parecer sobre o episódio.
A histeria pública, afirma Moumneh, serve para distrair a população das "questões reais", como a insegurança.
Para Andre Banks, diretor-executivo da ONG All Out, se o governo iraquiano não incentivou os assassinatos, também "não fez absolutamente nada para impedir".
Ele cita as listas que circularam em Bagdá nas últimas semanas, impressas com os nomes das futuras vítimas, a respeito das quais não foram tomadas medidas.
"Eles mataram meus amigos", lamenta Hasan. Anos atrás, ele perdeu também o namorado -ao descobrir
a relação entre os rapazes, o pai atirou na cabeça do filho.
O ativista gay Ali Hili, 38, que trocou Bagdá por Londres em 2002, diz que a situação piora "a cada dia" no Iraque. Ele mantém a ONG Iraqi LGBT, com que diz lutar "para que haja diversidade no país".
"Bagdá era como um paraíso quando eu estava lá. Havia áreas para a paquera, bares gays, e ninguém ligava."
Hoje, Hasan reluta em se queixar de sua vida ao repórter. Ele diz que não quer reclamar, que precisa ter paciência. Que vai ficar tudo bem.
"É só não sair de casa. É a única coisa que posso fazer."
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Ativistas falam em até 90 mortes desde janeiro. Nos últimos seis anos, a estimativa é de cerca de 800 vítimas.
Os cabelos compridos e as calças jeans justas vêm sendo associadas à cultura "emo", ligada à música "emotional hardcore" americana. No Iraque, os adeptos desse estilo são vistos como gays.
Em 13 de fevereiro, o Ministério do Interior do Iraque emitiu comunicado dizendo que emos são "adoradores do demônio" e autorizando a polícia a "eliminar" a moda.
Encorajadas pela nota, milícias patrulham bairros dando conta dessa tarefa. Segundo testemunhas, as vítimas são apedrejadas até a morte.
Os assassinatos têm causado pânico no país. Daí o corte forçado de Hasan, que considerava o penteado um componente de sua identidade.
"Era lindo. Como o cabelo dos japoneses, preto e liso. Parecia uma nuvem na minha cabeça", diz, aos prantos.
NORMAL
Hasan costumava manter o cabelo longo e as calças jeans justas. Hoje, prefere evitar o risco. "Quando polícia e milícias veem alguém que se cuida, que veste alguma coisa especial, que é bonito, que é limpo, eles batem nele. Dizem que não é normal."
Há debate público no Iraque, hoje, para elucidar as razões da violência contra gays.
Autoridades políticas e religiosas condenaram os assassinatos, chamando os atos de "terrorismo" e de "ameaça".
As críticas têm se voltado contra o governo. Apesar de o comunicado do Ministério do Interior do Iraque, retirado do ar na semana passada, ser ambíguo ao autorizar a "eliminação" de emos, ativistas apontam que o texto ajudou a incentivar as mortes.
"O ministério tem de ser responsabilizado pelo fracasso em proteger os cidadãos e por incitar a violência", diz Rasha Moumneh, pesquisadora do grupo Human Rights Watch -que emitiu parecer sobre o episódio.
A histeria pública, afirma Moumneh, serve para distrair a população das "questões reais", como a insegurança.
Para Andre Banks, diretor-executivo da ONG All Out, se o governo iraquiano não incentivou os assassinatos, também "não fez absolutamente nada para impedir".
Ele cita as listas que circularam em Bagdá nas últimas semanas, impressas com os nomes das futuras vítimas, a respeito das quais não foram tomadas medidas.
"Eles mataram meus amigos", lamenta Hasan. Anos atrás, ele perdeu também o namorado -ao descobrir
a relação entre os rapazes, o pai atirou na cabeça do filho.
O ativista gay Ali Hili, 38, que trocou Bagdá por Londres em 2002, diz que a situação piora "a cada dia" no Iraque. Ele mantém a ONG Iraqi LGBT, com que diz lutar "para que haja diversidade no país".
"Bagdá era como um paraíso quando eu estava lá. Havia áreas para a paquera, bares gays, e ninguém ligava."
Hoje, Hasan reluta em se queixar de sua vida ao repórter. Ele diz que não quer reclamar, que precisa ter paciência. Que vai ficar tudo bem.
"É só não sair de casa. É a única coisa que posso fazer."
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