Censo vai mapear todas as espécies da Amazônia
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Censo vai mapear todas as espécies da Amazônia
Censo vai mapear todas as espécies da Amazônia
FOLHA
Pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, lançam nesta sexta-feira (18) um plano ambicioso: o de disponibilizar na internet a lista completa de todas as milhares de espécies de animais e plantas da Amazônia.
O Censo da Biodiversidade (que já pode ser acessado pela internet ) por enquanto agrega apenas uma lista de mais de 3.000 espécies de animais, de mamíferos a aranhas, todos eles nativos do Pará.
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O lagarto "Gonatodes nascimento", uma das 130 espécies descobertas pelo Museu Paranaense Emílio Goeldi
"O plano é que, até o fim do ano, a gente consiga atingir toda a Amazônia brasileira", disse à Folha o biólogo Ulisses Galatti, um dos coordenadores da iniciativa.
O projeto se une a outras ferramentas virtuais Brasil e mundo afora cujo objetivo é concluir a tarefa aparentemente simples, mas na prática extremamente cabeluda, de contar quantas espécies existem no planeta.
Sem esse dado básico, fica muito difícil proteger as áreas mais ameaçadas pela pressão humana ou estudar as raízes evolutivas de plantas ou animais. No entanto, problemas como a escassez de profissionais especializados em sistemática (o ramo da biologia que classifica os seres vivos) atrapalham um bocado.
Mesmo em grupos já estudados de cabo a rabo, como mamíferos e aves, a expectativa é que 10% das espécies amazônicas ainda sejam desconhecidas, diz Galatti.
"Quando se fala de répteis e anfíbios, então, ainda há muita coisa desconhecida", afirma o biólogo do Goeldi.
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REFERÊNCIA
Por enquanto, o internauta tem acesso apenas aos nomes científicos e ao status de conservação (se a espécie está criticamente ameaçada de extinção ou é apenas vulnerável, por exemplo) dos bichos paraenses.
O plano, no entanto, é indicar, para cada espécie, em que museu estão seus exemplares de referência, ou seja, os indivíduos (empalhados ou preservados em álcool, digamos) que serviram de base para que o descobridor da espécie a descrevesse.
Essa informação é crucial para que outro cientista, diante de uma criatura parecida, consiga dizer se ela pertence a uma espécie ainda desconhecida ou à mesma.
Os pesquisadores também devem incluir imagens e até sons de cada espécie. Em última instância, a iniciativa do censo pretende incluir espécies amazônicas dos países vizinhos e também de outros ecossistemas do país.
Junto com o site, o Goeldi também está lançando a publicação "Espécies do Milênio", que reúne as 130 novas criaturas descobertas pelos pesquisadores do museu entre o ano 2000 e 2011.
O museu também promove hoje um debate sobre a Rio+20, conferência ambiental da ONU que ocorre no Rio de Janeiro em junho, e a biodiversidade da Amazônia.
"É louvável discutir a economia verde na Rio+20, mas para isso é preciso pensar num desenvolvimento amazônico baseado em ciência e no potencial econômico da biodiversidade", diz Galatti.
FOLHA
Pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, lançam nesta sexta-feira (18) um plano ambicioso: o de disponibilizar na internet a lista completa de todas as milhares de espécies de animais e plantas da Amazônia.
O Censo da Biodiversidade (que já pode ser acessado pela internet ) por enquanto agrega apenas uma lista de mais de 3.000 espécies de animais, de mamíferos a aranhas, todos eles nativos do Pará.
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O lagarto "Gonatodes nascimento", uma das 130 espécies descobertas pelo Museu Paranaense Emílio Goeldi
"O plano é que, até o fim do ano, a gente consiga atingir toda a Amazônia brasileira", disse à Folha o biólogo Ulisses Galatti, um dos coordenadores da iniciativa.
O projeto se une a outras ferramentas virtuais Brasil e mundo afora cujo objetivo é concluir a tarefa aparentemente simples, mas na prática extremamente cabeluda, de contar quantas espécies existem no planeta.
Sem esse dado básico, fica muito difícil proteger as áreas mais ameaçadas pela pressão humana ou estudar as raízes evolutivas de plantas ou animais. No entanto, problemas como a escassez de profissionais especializados em sistemática (o ramo da biologia que classifica os seres vivos) atrapalham um bocado.
Mesmo em grupos já estudados de cabo a rabo, como mamíferos e aves, a expectativa é que 10% das espécies amazônicas ainda sejam desconhecidas, diz Galatti.
"Quando se fala de répteis e anfíbios, então, ainda há muita coisa desconhecida", afirma o biólogo do Goeldi.
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REFERÊNCIA
Por enquanto, o internauta tem acesso apenas aos nomes científicos e ao status de conservação (se a espécie está criticamente ameaçada de extinção ou é apenas vulnerável, por exemplo) dos bichos paraenses.
O plano, no entanto, é indicar, para cada espécie, em que museu estão seus exemplares de referência, ou seja, os indivíduos (empalhados ou preservados em álcool, digamos) que serviram de base para que o descobridor da espécie a descrevesse.
Essa informação é crucial para que outro cientista, diante de uma criatura parecida, consiga dizer se ela pertence a uma espécie ainda desconhecida ou à mesma.
Os pesquisadores também devem incluir imagens e até sons de cada espécie. Em última instância, a iniciativa do censo pretende incluir espécies amazônicas dos países vizinhos e também de outros ecossistemas do país.
Junto com o site, o Goeldi também está lançando a publicação "Espécies do Milênio", que reúne as 130 novas criaturas descobertas pelos pesquisadores do museu entre o ano 2000 e 2011.
O museu também promove hoje um debate sobre a Rio+20, conferência ambiental da ONU que ocorre no Rio de Janeiro em junho, e a biodiversidade da Amazônia.
"É louvável discutir a economia verde na Rio+20, mas para isso é preciso pensar num desenvolvimento amazônico baseado em ciência e no potencial econômico da biodiversidade", diz Galatti.
Jamm- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 18746
Data de inscrição : 18/06/2010
Re: Censo vai mapear todas as espécies da Amazônia
Muito bom, embora eu acredito ser impossível conhecer TODAS as espécies existentes na Amazônia...
Existe um site com banco de dados de peixes, agrupados por biomas, países, regiões, que eu sempre uso para conhecimento em meu hobby:
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Quem tem curiosidade em saber as espécies de peixes existentes em determinados rios no mundo, vale a pena dar uma conferida lá. Mas os dados não são completos, acho que a descrição foi realizada para os rios mais importantes, ou os de melhor acesso...
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_________________
Porque um homem que foge do seu medo pode descobrir que, afinal, apenas enveredou por um atalho para ir ao seu encontro. (J. R. R. Tolkien, em Os filhos de Húrin)
Mogur- Não tenho mais vida fora daqui
- Mensagens : 8799
Data de inscrição : 09/06/2010
Idade : 45
Re: Censo vai mapear todas as espécies da Amazônia
Foi exatamente isso que eu pensei... mas ainda bem, né?Mogur escreveu:Muito bom, embora eu acredito ser impossível conhecer TODAS as espécies existentes na Amazônia...
Imagina quantos invertebrados passam desconhecidos?
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 20441
Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Censo vai mapear todas as espécies da Amazônia
130 mil invertebrados....90% devem ser besouros! hahahahaha
Conheço uma galera que trabalha na tentativa de criar um banco de dados de lepidópteras do Brasil. Isso é doido demais! Mas ainda temos MUITO chão de pesquisa pela frente.
Coletar borboletas na Amazônia é bem dificil, o dossel de metros e metros de altura complica o trabalho, o puçá(ou rede entomológica, ou aquela coisinha que o bob esponja usa para pegar água viva) tem de ter uns 2 m de altura...
Conheço uma galera que trabalha na tentativa de criar um banco de dados de lepidópteras do Brasil. Isso é doido demais! Mas ainda temos MUITO chão de pesquisa pela frente.
Coletar borboletas na Amazônia é bem dificil, o dossel de metros e metros de altura complica o trabalho, o puçá(ou rede entomológica, ou aquela coisinha que o bob esponja usa para pegar água viva) tem de ter uns 2 m de altura...
Convidado- Convidado
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