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Universidades, calouros e trotes na Idade Média

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Mensagem por Questao Seg Fev 04, 2013 12:09 pm

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Hoje, a palavra mais usada para a referência aos alunos recém-chegados à Universidade é “calouro”, um sentido novo para uma velha palavra que vem do grego medieval, kalógéros, “bom velho”, nome que se dava aos monges da Ordem de São Basílio. Essa passagem de sentido, de “monge” para “estudante”, pode ter-se dado, segundo os etimologistas (cf. Houaiss), pelo fato de os estudantes internos viverem em congregações, como os monges.

As primeiras universidades surgiram na Europa em plena Idade Média. Foram um sopro de liberdade. Permitiram progressivamente ao homem atuar segundo a razão, em vez de apenas obedecer a dogmas. Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que nasciam os centros de estudo, surgia uma instituição muito mais tributária da ideia que hoje fazemos da "Idade das Trevas": o trote.

Raspar o cabelo de um calouro e chamá-lo de “bicho” pode parecer uma parte inofensiva do “trote” nas universidades de hoje, mas remete a uma tradição de humilhação que se inicia na era medieval, afirmam pesquisadores que estudaram a história da prática. Ninguém sabe exatamente quando ocorreu o primeiro trote, mas é certeza que foi antes mesmo de as universidades serem chamadas de “universidades”. “As universidades medievais se formaram como apêndices da Igreja, quase como departamentos da Igreja Católica”, explica Glauco Mattoso, autor do livro “O calvário dos carecas”, de 1985, que conta como surgiu o trote.

“Os padres detinham os livros e o conhecimento. Paralelo a isso, as oficinas, fora da Igreja, ensinavam coisas práticas, como alfaiataria. A união dessas duas partes deu origem aos primeiros centros universitários da Europa”, explica Mattoso.

Nessa época, o conhecimento era completamente restrito ao ambiente universitário. “Na Idade Média, todo mundo era analfabeto. Isso é antes do surgimento da imprensa, então os livros eram todos escritos à mão e muito raros. Era muito caro estudar. Quando alguém entrava em uma universidade, era um privilegiado”, explica o pesquisador.

“Os alunos que já estavam na faculdade viam o novato como um verdadeiro bicho do mato. É daí que vem a ideia de chamar calouros de 'bichos’”, conta Mattoso. “E isso não era longe da realidade. Quem chegava à universidade pela primeira vez era geralmente analfabeto e tinha longos cabelos, unhas sujas e barba comprida. Estamos na Idade Média, afinal. Os veteranos viam o novato como alguém que precisava ser literalmente civilizado”, explica.

"Os alunos veteranos descontavam nos mais novos a repressão promovida em sala de aula por professores rigorosos", afirma Antônio Zuin, professor do Departamento de Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e autor do livro “O Trote na Universidade: Passagens de um Rito de Iniciação”. Quando o novo aluno chegava, os veteranos imediatamente cortavam sua barba e seu cabelo, e raspavam seus pelos. “A tradição de raspar os cabelos dos calouros é algo que vem dessa época, para supostamente civilizar o recém-chegado. Eles também davam banhos e faziam ritos de ‘purificação’. É aí que entra a violência”, conta o pesquisador.

Os primeiros registros de trote são encontrados em praticamente todas as primeiras universidades da Europa, como Paris, na França; Coimbra, em Portugal; e Heidelberg, na Alemanha. É em Heidelberg que são encontrados também os primeiros relatos de violência na recepção aos calouros, em um livro chamado “Manuale Scholarium”, de 1481 e autoria desconhecida. A obra era usada para ensinar latim e, como exemplos de conversação na língua, eram usados diálogos sobre a vida estudantil na universidade entre os personagens fictícios do calouro Joannes e dos veteranos Camillus e Bartoldus.

Em um dos episódios descritos, os veteranos entram no quarto do calouro fingindo nojo do “terrível fedor” do local. Procuram a causa do cheiro e encontram o calouro, “um bicho do mato, um monstro de horrendo aspecto, com enormes chifres e dentes, nariz recurvo como um bico de coruja, olhar feroz e boca ameaçadora”. Depois de insultarem o novato, eles afirmam ter pena do “pobre bicho, que afinal é um futuro colega” e oferecem um “vinho”, que, na verdade, é apenas urina. Joannes, o calouro, se recusa a beber e é forçado. A partir daí, os veteranos decidem “curar” o “monstro” para que seja aceito na comunidade universitária. É aí que começa o “trote”.

O calouro sofre intensas agressões físicas, é forçado a andar nu e se alimentar de comida com fezes, e constrangido a admitir diversos “pecados”, principalmente de origem sexual. Ele fica sob o comando de um “mestre”, a quem tem que vestir, calçar, servir à mesa e até, em alguns casos, masturbar. Se o novato se rebelasse, seria espancado pelos veteranos – prática que muitas vezes levava à morte. Se sobrevivesse, o calouro então jurava que iria repetir com os próximos novatos tudo o que lhe foi feito. Só então ele passava a ser aceito na vida universitária de Heidelberg, como legítimo veterano.

O trote é uma demonstração de que, a despeito de avanços inegáveis, o mundo não mudou tanto assim em quase 800 anos. Preserva no século XXI um tanto de século XIV. Prova disso é que o trote se mantém no calendário como uma atividade acadêmica regular: encerrada a fase de vestibulares, se inicia a de divulgação de listas de candidatos aprovados e explode a agressão e a humilhação dos novatos. Americanos e franceses, entre outros, também tem motivos para lamentar. Lá, como aqui, o trote persiste, preocupa e não raramente escapa do controle.


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Mensagem por Luke Skyw. Seg Fev 04, 2013 2:09 pm

Eu tive uma experiência ruim relacionada a isso quando entrei na faculdade.. A maioria dos calouros tiveram seus cabelos raspados no 0.. eu tinha um amigo lá que foi uma espécie de "padrinho". Eu concordei em raspar meu cabelo (tava comprido até nos ombros) e meu amigo me fez um moicano, e esse meu amigo me protegia dos outros veteranos de rasparem totalmente o meu cabelo..

Ae no final da primeira semana aconteceu a festa de calouros.. e foi bacana.. entrei na brincadeira e eu buscava cerveja pros meus amigos e tal, uma brincadeira saudável e tranquila... tava rolando uma banda bacana e tudo certo..
Em um determinado momento eu estava passando perto da piscina e uma galera me segurou pra me atirar na piscina. Mas como tava com o celular no bolso eu pedi pra pelo menos tirar o celular e tal, enquanto isso uns quatro caras iam me arrastando pra piscina. Ai eu senti meu moicao sendo puxado pra trás e instintivamente coloquei a mão. Resultado: um corte de sete pontos no meu dedo indicador... um maluco retardado tentou cortar meu moicano com uma faca de churrasco.................

fui parar no pronto socorro e suturaram meu dedo e tal.. tive sorte.. fiquei só com uma cicatriz..

Eu poderia ter fodido com a vida do cara que fez isso.. mas achei melhor deixar quieto.. não ia ganhar nada com isso..

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Mensagem por Dona Sancha Seg Fev 04, 2013 5:03 pm

Eu não tive problemas com trote, o pessoal de modo geral respeitava, mas o problema é que tem sempre um maluco que estraga a festa...

Quanto a reportagem achei ela meio estranha... o livro do Glauco Mattoso parece não ser muito confiável, mas não posso afirmar nada pois nunca li o livro.

De qualquer forma, trote em oficinas aparentemente também era comum, tem um trecho do "Grande massacre dos gatos" que cita um ritual para trabalhar numa oficina de impressão.


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Mensagem por Koppe Seg Fev 04, 2013 7:58 pm

Sempre tive um profundo desprezo por esse tipo de coisa, agora que li esse texto tenho um bom motivo pra ter mais desprezo ainda.

Acho o trote algo muito patético. Na parte de quem aplica, vem de uma mentalidade muito porca, de exercer domínio, poder sobre os mais fracos, associados à mentalidade do "não quero ser o último otário, se fizeram comigo vou descontar em alguém". Na parte de quem aceita, vem da necessidade idiota de ser aceito a qualquer preço. Mesmo que pra isso precise passar por humilhações, agressões e até ser ferido, como no caso que o Luke Skyw. relatou.

Eu como sou meio anti-social mesmo, alguns diriam ignorante, não dou a mínima pra aceitação do grupo (que na minha opinião se conquista por mérito, e não se submetendo a humilhações), não me imagino passando por isso. Nunca estive em uma universidade, o mais próximo que estive de trotes foi no serviço militar. Pra mim sempre teve uma linha bem nítida entre o que era dever ou obrigação daquilo que era palhaçada dos soldados mais antigos. Posso ter cometido muitos erros, mas esse não: nunca me sujeitei a nada disso, cheguei até a ameaçar soldado mais antigo, se ele me aprontasse alguma, de revidar à altura quando ele estivesse dormindo (e eu pretendia fazer mesmo), e com isso comprovei que eles também têm medo - me deixaram em paz a partir dali. E não virei 'persona non grata' como muitos disseram que ia acontecer. Pelo contrário, passei a perceber um certo respeito da parte de alguns deles.

Eu já me envolvi em agressões físicas com colegas de trabalho, por motivos bem parecidos, e não me arrependo disso. Quem toma a iniciativa de alguma brincadeira sem noção dessas se torna automaticamente o culpado por todas as conseqüências.

Nunca esqueço o que um oficial ensinou pra minha turma durante as instruções: brincadeira, diversão, é quando os dois lados da situação estão rindo. Quando um dos lados não está mais rindo, passa a ser outra coisa, brincadeira não é mais. E aí as regras de brincadeira não valem mais. O que é muito comum nessas situações de trotes.
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Mensagem por elcioch Qui Fev 07, 2013 9:04 am

fica dificil enteder porque o humano sempre age pensado na violencia e achar divertido, mas fica façil entender o porque alguns alunos piram e saem matando outros
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Mensagem por Luke Skyw. Qui Fev 07, 2013 10:21 am

elcioch escreveu:fica dificil enteder porque o humano sempre age pensado na violencia e achar divertido, mas fica façil entender o porque alguns alunos piram e saem matando outros

é aquela coisa insana de comportamento em grupo, parece que ser idiota em grupo é aceitável...

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Mensagem por Victor Pax Qui Fev 07, 2013 3:30 pm

Na minha facul cortaram o cabelo porque eu deixei, mas quando passei a veterano eu não me envolvi com o trote.

Pena que os alunos aqui na federal ainda fazem essa baixaria (enchem uma piscina de lona com lama e dão um banho nos calouros, ficam gritando slogans de baixaria ... que não estão aqui para estudar e se formar, mas para Met e Fu.

Acho tão fútil e babaca.... não sei se estou velho.

Koppe, penso e ago assim como você... comigo não tem dessa de "sim senhor" ou "concordo" para fazer politica ou ficar bem quisto.
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Mensagem por Luke Skyw. Qui Fev 07, 2013 3:35 pm

Victor Pax escreveu:Na minha facul cortaram o cabelo porque eu deixei, mas quando passei a veterano eu não me envolvi com o trote.

Pena que os alunos aqui na federal ainda fazem essa baixaria (enchem uma piscina de lona com lama e dão um banho nos calouros, ficam gritando slogans de baixaria ... que não estão aqui para estudar e se formar, mas para Met e Fu.

Acho tão fútil e babaca.... não sei se estou velho.

Koppe, penso e ago assim como você... comigo não tem dessa de "sim senhor" ou "concordo" para fazer politica ou ficar bem quisto.

Eu também não me envolvi com o trote dos anos seguintes.. e cara, você não ta velho não, alguns tipos de trote são ridículos...

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Mensagem por ediv_diVad Qua Fev 13, 2013 10:01 pm

Minha opinão sobre o assunto é basicamente como a do Koppe, eu sempre tive sorte de não ser pego em trote de nenhum tipo, num curso que não concluí éramos da primeira turma e inventamos de levar a calourada pra recolher lixo de uma praia, transformamos num evento com camiseta e tudo e foi muito produtivo. Foi um exemplo muito bacana, como a ideia do trote solidário - sempre bom ver ótimas iniciativas de recepções saudáveis, de humanos para humanos.

Agora, juntar dinheiro pra encher a cara, humilhar novatos (alguns nada novatos, como o meu exemplo que já trabalhava na área antes de entrar na universidade e tinha mais experiência que muitos "veteranos"), pagar de fodão experiente e praticar o poder (de merda) rebaixando os outros, isso explica muito sobre os profissionais diplomados de hoje em dia.

Tradições medievais com grandes contribuições para a vida... Rolling Eyes (espero me livrar de todas elas um dia...)

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Mensagem por ediv_diVad Qua Fev 13, 2013 10:03 pm

Luke Skyw. escreveu:
elcioch escreveu:fica dificil enteder porque o humano sempre age pensado na violencia e achar divertido, mas fica façil entender o porque alguns alunos piram e saem matando outros
é aquela coisa insana de comportamento em grupo, parece que ser idiota em grupo é aceitável...
Comportamento de manada, vc simplesmente repete os atos alheios sem ter a mínima noção do porque ou quando começou aquilo...

Já ouviu falar dos neurônios-espelho?

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Mensagem por ediv_diVad Qui Fev 14, 2013 12:56 pm

ediv_diVad escreveu:inventamos de levar a calourada pra recolher lixo de uma praia, transformamos num evento com camiseta e tudo e foi muito produtivo. Foi um exemplo muito bacana, como a ideia do trote solidário - sempre bom ver ótimas iniciativas de recepções saudáveis, de humanos para humanos.
Frisando que nesse dia os "veteranos" botaram a mão na massa junto dos calouros, sem distinções. Nada de neguinho metido com as mãos no bolso berrando pra calouro trabalhar...

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Mensagem por ediv_diVad Qui Fev 14, 2013 12:58 pm

No dia ainda teve discurso de entidade ecológica...
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