2000 AD - A Ilustre Desconhecida

Por Antonio Marcelo
Fonte: Paragons

O que me deixa espantado em nosso pais é que certas coisas não são conhecidas na comunidade de jogos / quadrinhos. Talvez por eu já estar ficando velho, ranzinza e saudosista estou numa cruzada para trazer as gerações mais novas coisas dos saudosos anos 80, que servem como inspiração para nossos dias atuais.

Me lembro quando era “mulequi”, ávido consumidor de quadrinhos de super heróis (ah, o saudoso Jack “King” Kirby!!) livros de ficção científica e tudo que me vinha parar nas mãos nos obscuros anos 80. Imagine um projeto de nerd na era pré-internet e pré-compras online, deparando-se pela primeira vez em 1979 com uma revista diferente nas bancas. Era uma revista chamada 2000 AD, vinda da Inglaterra (descobri isso bem depois) e que trazia uma série de heróis nunca antes vistos. A mesma foi lançada pela extinta Ebal, famosa por publicar a maior parte de quadrinhos no Brasil nas décadas de 50, 60 e 70.

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Eu era um cara que adorava ler de tudo e de repente me deparei com uma revista totalmente diferente dos super heróis. Me vi de cara com personagens como Bill Savage, no épico Invasão, os Heróis do Harlem, com seu sangunário Aerobol (eu já tinha visto Rollerball, imagina o que aquilo fez com a cabeça de um moleque de 10 anos), Carne, sobre caçadas de dinossauros, Dan Dare (que encontrei anos depois pelas republicações da Eagle Comics), Mach 1 (uma cópia barata do homem de 6 milhões de dólares) e um dos maiores cults dos quadrinhos: Juiz Dredd (por favor não confundam com aquele desastre do cinema com o “arteiro” Stallone).

Meu objetivo com esta série de artigos, é falar sobre esta revista (que é publicada até hoje) e que pouca gente conhece (na realidade eu estou escrevendo é para não ficar parecendo mais jurássico do que me sinto atualmente em certas rodas de conversa, em eventos e mesas de bar), que é por demais injustiçada em nosso país e que lançou tantos personagens fantásticos.

injustiçada em nosso país e que lançou tantos personagens fantásticos.

Tudo começa em 1977...

No dia 26 de fevereiro de 1977 chegava às bancas inglesas uma nova revista quinzenal: a 2000 AD. Sob as mãos dos já conhecidos Pat Mills e John Wagner, criadores de uma outra revista chamada Action, uma revista de vida mais que curta criada em 1976. Mills e Wagner já tinham lançado a violenta revista de guerra chamada Battle Picture Weekly alcançando estrondoso sucesso e levando os mesmos a lançarem a Action, da qual devido a sua violência excessiva foi cancelada por culpa da pressão da conservadora sociedade inglesa. A 2000 AD foi criada por Mills para preencher o lugar da Action, com uma visão focada na Ficção Científica (boom da época com o Star Wars) e mais comportada (nem tanto...)

Mills resolveu trazer a tona o velho Dan Dare da Eagle, juntamente com uma série de novos personagens (O Bill savage, o Heróis do Harlem, O MACH 1 e o Carne) que tinham um perfil totalmente diferente da comportada Eagle e que eram no início coadjuvantes, mas depois acabaram se tornando astros principais da revista (irônico isso). Quando a número 2 saiu, houve a estréia do Juiz Dredd, que iria se tornar um dos ícones da revista e que teria sua revista própria no futuro.

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Dredd é um Juiz, que vive numa cidade gigantesca chamada Mega City I (aglomerado de alguns estados americanos, que se juntaram depois de uma guerra nuclear, numa grande megalópole), numa sociedade totalmente fascista e louca. Os Juízes são um misto de policiais, juízes que zelam pela lei, prendem criminosos (psicóticos e alucinados) e os julgam na hora, inflingindo suas penas. É um ambiente caótico e totalmente louco em que este anti-herói vive. Criado pelas mãos de John Wagner e pelo desenhista Carlos Ezquerra, alcançou um sucesso tão grande que nomes como Brian Bolland, Ron Smith, Simon Bisley, entre outros deram vida ao personagem. Nesta época sai também um dos vilões mais conhecidos do Universo de Dredd: O Juiz Morte (Judge Death). Ele se torna um dos vilões mais conhecidos dos quadrinhos da 2000 AD e se torna também um cult. Além dos quadrinhos, o personagem passou por uma série de jogos de tabuleiro, videogames e RPGs (A Moongose tem os RPG´s da 2000 AD e do Juiz Dredd). Como citamos anteriormente, o filme saiu em 1995, mas não agradou em nada os fãs. Talvez Dredd seja o personagem mais conhecido da 2000 AD, mas a coisa não para por aí...

A Década de 80

Os anos 80 foram riquíssimos para a 2000 AD com o surgimento de diversos outros personagens totalmente desconhecidos no Brasil, mas que fizeram sucesso na Inglaterra. A revista continuava sendo quinzenal com um formato de 32 páginas em PB e algumas coloridas. Cada história tinha cerca de 5 a 6 páginas e os destaques eventualmente vinham em cores. O público começou a ser apresentado a outros personagens como o Rogue Trooper, um soldado bio engendrado que vivia no planeta Nu Earth, numa guerra civil sem fim, entre duas facções: os nortistas e os sulistas. Nu Earth é um inferno químico biológico, onde os humanos normais só podem sobreviver no ambiente natural em trajes que os protegem deste clima adverso. Rogue é um GI (Genetic Infantryman) que foi traído por um general corrupto, perdendo todos os seus companheiros numa emboscada. Suas aventuras são em busca deste general para poder vingar seus amigos.

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A série é uma das mais aclamadas da revista, e totalmente desconhecida no Brasil... E sabem quem é um dos criadores? Dave Gibbons. Uma das coisas mais legais é que as memórias de seus amigos foram colocadas em chips e cada um deles foi colocado na sua arma, no capacete e na sua mochila (os nomes destes são: Runnar, Helm e Bagman!), e ficam interagindo/ajudando o herói em suas aventuras. Pena que o público brasileiro nunca leu nada deste fantástico personagem!

Além do Rogue Trooper outros personagens também ficaram muito famosos: os Guerreiros ABC ou ABC Warrriors. Vindos da revista Starlord, originalmente era uma série humorística criada por Pat Mills, chamda Ro-busters estrelada por dois robôs de segunda mão, Ro-Jaws e Hammerstein (os nomes são “homenagem” à dupla de compositores britânicos Rogers e Hammerstein). Ambos são salvos do ferro-velho para fazerem parte de uma equipe especializada em resgate, os Ro-Busters. No início essa série não fez muito sucesso, mas quando Mills trocou a linha de tempo para época em que os dois eram soldados nas chamadas Guerras Volgânicas, a série estourou. ABC vem de ‘Atomic’ ‘Bacterial’ e ‘Chemical’, onde estes robôs especializados em combate vivem diversas aventuras liderados por Hammerstein.

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Artistas como Kevin O’Neill, Mike McMahon, Brett Ewins, Brendan McCarthy, Carlos Ezquerra, Dave Gibbons, Simon Bisley, Kev Walker, Henry Flint, entre outros trabalharam nos Robôs ABC. Tá aí outra série que passou batida no Brasil!!!

Um outro personagem, este conhecido no Brasil, é o celta Sláine. Criação de Pat Mills, é um “clone celta de Conan” e uma das raras histórias de fantasia da 2000 AD. Originalmente o personagem era desenhada pela ex-esposa de Mills, Angie Kincaid, mas foi parar nas mãos de Simon Bisley, Bryan Talbot, entre outros. No Brasil foi publicada a série do bárbaro celta pela Pandora Books.

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Nemesis, The Warlock é um outro personagem desconhecido no Brasil, mas muito famoso na 2000 AD. Novamente pelas mãos de Pat Mills, Nemesis, um alienígena demoníaco com bafo de fogo, aparece em 1980, desenhado por Kevin O´Neill num dos visuais mais bizarros de quadrinhos até hoje feitos. Nemesis tem uma série de referências à Inquisição Espanhola, ao chamado Comic Rock do conjunto inglês The Jam com seu hit Going Underground e com diversos momentos políticos na Inglaterra.

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Nemesis é uma mistura de ficção-científica com fantasia, regado a personagens bizarros e com direito a aparições no ABC Warriors e a jogos de computador. É mais um personagem totalmente obscuro em nosso país.

Influências da 2000 AD

A 2000 AD na década de 80 influenciou um monte de gente principalmente em jogos. Uma das empresas que foi responsável por diversos jogos e que se tornaria um gigante da indústria é a inglesa Games Workshop. A Games lançou diversos jogos licenciados pela 2000 AD, inclusive um de miniaturas do Juiz Dredd e diversos outros baseados em suas aventuras como o Block Mania.

Além disso, a Games publicou jogos do Rogue Trooper, e teve várias influências em seus jogos com a 2000 AD. Na área de computadores os estúdios que desenvolviam jogos para o saudoso computador ZX-Spetcrum, fizeram vários títulos da 2000 AD, entre eles o Nemesis Warlock, Rogue Trooper, Judge Dreed.

Falando de quadrinhos, acho que não preciso me extender no assunto, já que na lista acima vocês devem ter visto diversos nomes bem conhecidos, que estiveram na 2000 AD. Só Brian Bolland vale um artigo a parte, mas não tenho intenção de extender muito o assunto. Basta dizer que a 2000 AD foi escola para muita gente boa, e que realmente na década de 80 influenciou escolas de quadrinhos. O anos 70/ 80 vão fechando para 2000 AD e gostaria de citar algumas histórias que ficaram famosas na 2000 AD neste período:

- Robot Wars – Primeira guerra de Robôs na Mega City do Juiz Dredd
- Tharg’s Future Shocks – Diversas histórias curtas de SCIFI
- The Cursed Earth – Outro Épico do Juiz Dredd
- Block Mania - A guerra entre prédios em Mega City pré Apocalipse War
- The Apocalypse War - A guerra entre russos e americanos e adestruição de boa parte de Mega City e sua prima russa East Megacity
- Rogue Trooper – Quem quiser ler online o primeiro episódio - aqui (em inglês)
- ABC Warriors – ABC Warriors
- Oz – Outro Épico do Juiz Dredd
- Judge Child – Épico de Juiz Dredd

Me perdoem se eu esqueci ou não citei alguma coisa, mas acho que temos que falar ainda muita coisa e isto eu vou deixar para a segunda parte deste artigo! Gostaria muito de ouvir a opinião de vocês!

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Por Antonio Marcelo
Fonte: Paragons

Nesta segunda parte do artigo pretendo falar dos anos 90 e 2000 da revista, que continua hoje no mercado trazendo ainda muitas novidades.

Uma outra coisa é que um dos leitores, o Luis Fernando, me lembrou de um personagem muito famoso da 2000 AD, o Strontium Dog, do qual eu não falei uma linha. MEA CULPA! O mutante caçador de recompensas mais famoso da 2000 AD, Johnny Alpha, merecia um destaque na primeira parte do artigo. Espero que pelo menos agora citando, colocando a referência, eu possa reparar esta grave falha!

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Bom espero pelo menos assim começar meu artigo já trazendo mais novidades para vocês.

Os Anos 90

Os anos 90 foram anos atribulados para a 2000 AD. Apesar do sucesso da década de 80 e a criação de diversos personagens fortes, a revista foi sacudida por uma série de crises, nessa década conturbada. A década de 90 aparentava começar bem, iniciando com a revista mensal do Juiz Dredd lançada como título a parte (Judge Dredd Megazine), devido ao seu sucesso editorial. Em 1991 a 2000 AD se torna oficialmente colorida, dando uma nova vida e mudando a qualidade visual da mesma.

Contudo, apesar deste bom início, começaram a acontecer alguns percalços com a 2000 AD. Os pesos pesados e criadores originais da revista como Pat Mills e John Wagner, se afastaram da revista dando lugar a uma nova geração como Garth Ennis e Mark Millar, que começaram a tropeçar na linha editorial da 2000 AD. Uma onda de séries novas como a mudança dos ABC Warriors - de filosofia e de roteiro sob as mãos de Pat Mills e Tony Skinner, desenhada pelo brilhante Kev Walker (que foi desenhista da Games Workshop em diversos jogos como o Warhammer 40k), caiu no desagrado dos fãs.

A série Firekind, de tématica mais leve, teve um problema editorial, onde os capítulos foram publicados em ordem errada, causando enorme confusão entre os leitores. Em 1993 sob as mãos de Grant Morrison, Mark Millar e John Smith aconteceu a famosa “ofensiva de verão” onde foi publicada uma história do Juiz Dredd, chamada Inferno, que se tornou bem popular e esquentando um pouco as vendas da revista, que dava sinais de queda.

Neste mesmo ano surgiu o que seria a série mais controversa e por muitos odiada da 2000 AD: Big Dave. Essa série, criada pelos famosos Grant Morrison, Mark Millar e desenhada por Steve Parkhouse, satirizava a famiíla real, inclsuive mostrando a Princesa Diana e a A Duquesa de York, Sara Fergusson, como duas prostitutas bêbadas. A série ainda mostrava Adolf Hitler como técnico de uma equipe de futebol de crianças aleijadas nazistas. Totalmente nonsense, a série foi recebida a pedradas, e foi considerada por muitos leitores como algo que nunca deveria ter sido publicado.

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Mas a coisa não parou por aí. Em 1995 outra bomba ia cair na 2000 AD, com o lançamento do filme do Juiz Dredd com Sylvester Stallone. Com uma produção grandiosa, mas totalmente infiel ao roteiro da revista, o filme foi recebido de maneira morna e sem sal pelos fãs. Isto não contribuiu em nada pela melhora das vendas da revista, que já dava sinal de uma queda real.

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Em 1995 David Bishop assume a direção da edição da revista e tenta lançar diversas séries que não fazem sucesso como Sinister Dexter (na trilha do filme Pulp Fiction), Nikolai Dante (que vamos falar mais a frente) e outras como The Spacegirls. Nem mesmo o Juiz Dredd consegue dar uma vida à revista, e a decadência se instala. A 2000 AD parece caminhar para o fim e com grandes chances de não ver o ano 2000. Em 1999 tentam resgatar Nemesis de volta, depois de quase 10 anos sem ser publicado, dando um gás na revista. O ano 2000 chega com um especial de 100 páginas e um futuro incerto.

É aí que a empresa Rebellion entra em cena...

Ano 2000 em diante...

Em junho de 2000 a empresa desenvolvedora de jogos inglesa, Rebellion, compra a 2000 AD. Nesse momento começa uma série de mudanças, as quais iriam dar um revival na revista e colocá-la novamente em seu patamar. Inicialmente há uma troca de direção com a entrada de Andy Diggle, Alan Barnes e Matt Smith. A revista começa a publicar novas séries como Shakara, The Red Seas e Caballistics Inc.

A revista chega no número 1500 trazendo com uma nova história do Juiz Dredd, “The Connection”, que revela mais sobre o passado deste controverso personagem. Além disso começa a investir pesado na produção de diversos games dos personagens como Juiz Dredd, Rogue Trooper (para PS2) e em 2008 entrou na área de jogos de celular para o IPhone.

Nessa década, além dos personagens tradicionais que sempre faziam sucesso, o russo Nikolai Dante é um dos destaques atuais. No século XXVII a Terra monta um império estelar controlado pela antiga Rússia Imperial, ressurgida nesta época. Dante é o filho ilegítmo do rival do Czar, uma espécie de pirata e agente especial. A hsitória é muito bacana e com um visual muito bonito. Trata-se de um novo personagem que hoje é bem querido pelos fãs.

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Em 2007 a a 2000 AD faz 30 anos de história começando a voltar novamente para sua posição original. A Rebellion, com uma nova linha de negócios, começou a disponibilizar a 2000 AD em PDF para venda e iniciou a republicação de histórias antigas em edições especiais encardenadas. Além disso adquiriu em 2008 a Moongose Publishing (responsável pelos RPGs do Juiz Dredd). A 2000 AD continua sendo publicada até hoje semanalmente na Inglaterra, e com seu especial de Natal de Dezembro de 100 páginas, mostrando que tem fôlego para mais 30 anos.

Legado

Falar de tudo que a 2000 AD contribuiu para a indústria de entretenimento é tentar fazer uma homenagem modesta a um gigante. Com um curriculum de nomes de roteiristas e desenhistas que contriburiam para ela e hoje são lendas vivas no mercado, além dos jogos eletrônicos e de computador inspirados por ela e de toda uma geração que cresceu e foi influenciada pela revista, a 2000 AD ainda é inovadora e atual. A cena inglesa e americana dos quadrinhos tem hoje uma herança muito grande desta revista e os seus personagens ainda cativam e fazem as pessoas se inspirarem.

É uma grande pena que a EBAL tenha falido e apenas tivemos no Brasil poucos números desta revista, mas mesmo este pouco serviu para despontar em algumas pessoas uma chama criativa. Hoje a 2000 AD está disponível para todos que estiverem interessados na mesma, pela Amazon, pela loja no site e até pela web, através de meios não muito ortodoxos...

Vale a pena a leitura, e acho que todos os mestres, aspirantes a quadrinistas, designers de jogos, artistas, etc. deveriam conhecer essa revista em toda a sua glória.

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Bom, esse artigo foi publicado em agosto e setembro de 2009. Por isso ele não menciona alguns fatos relevantes.

O primeiro deles é o novo filme do Juiz Dredd, chamado "Dredd 3D". Esse, apesar de não ter sido um grande sucesso de bilheteria, foi um excelente filme, agradou aos fãs e à crítica. Pode-se dizer que redimiu o personagem no cinema, sendo bastante fiel aos quadrinhos, inclusive com relação à violência.

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E o segundo, é o recente anúncio de que a Mythos Editora vai lançar uma revista com histórias da 2000 AD. A princípio são 6 edições já garantidas, mas dependendo das vendas a revista pode continuar e se tornar um título fixo.

Além do Juiz Dredd, a revista vai ter também histórias de Sláine, Nikolai Dante e Área Cinzenta, além de algumas histórias curtas e auto-contidas que a 2000AD costuma publicar (algumas escritas pelo Alan Moore).

O nome da revista é Juiz Dredd Megazine, e a capa da primeira edição é esta:
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caramba! este ultimo filme do dredd! é muito bom! me faz querer esqquecer sem remorso o filme com o silveter estalonge. isso que nem botafa fe neste novo dredd!

Há uns 2 anos atrás eu baixei várias delas em inglês e até pensei em traduzir, mas como são muitas páginas não me animei. kkkkk

Essa revista é muito show! Por mim, começavam a publicar no Brasil, misturando as HQs dos anos 80 e 90 com as atuais, mas provavelmente não ia vender (como o excelente "Face Oculta" não vendeu) porque fanboy só compra o lixo que a Marvel e a DC jogam nas bancas há uns 15 anos, afinal..."O Batmaaaaaan é foooooooooooooodaaaaaaaaaaa!"

Alguém sabe onde consigo downloads dela? Pode ser em inglês mesmo.

Li algumas qndo moleque, familia grande, primos adolescentes..., em meados dos 90s tinha uma banca perto de casa que vendias alguma HQs diferentes e cheguei comprar algumas edições, infelizmente na epoca ñ tinha o cuidado que tenho hj, emprestava e ñ me preocupava em pegar de volta e aí já viram.

zkrk escreveu:...mas provavelmente não ia vender (como o excelente "Face Oculta" não vendeu) porque fanboy só compra o lixo que a Marvel e a DC jogam nas bancas há uns 15 anos

Somos 2!

$ 10,90 por 68 pgs, salgado, vou esperar pelos scans!

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Acabei de comprar a Juiz Dredd Megazine, e adivinhem o que a Mythos fez na contracapa da revista?

Publicou capas dos futuros lançamentos, e eetirou uma das imagens de um scan do Darkseid Club! huahauahuahaua

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Não encontro essa revista a venda!

Tem que olhar com atenção, porque ela tem o tamanho (formato) diferente dos quadrinhos Marvel & DC. Os donos de banca acabam se confundindo e colocando ela junto com as revistas, tipo as de videogame. É muito fácil passar despercebida, e acho que isso vai acabar prejudicando as vendas.

Sim, ela é maior que o formato americano, e o estilo da capa realmente confunde com uma revista de PC.

Parallax escreveu:Sim, ela é maior que o formato americano, e o estilo da capa realmente confunde com uma revista de PC.

Achei, Parallax! Ótima revista! comprei e recomendo!

legal como um voto de confiança pode ser bem recompensado.
comprei a tal revista e gostei bastante do material apresentado.
claro que alguns títulos me chamaram mais a atenção que outros,
mas a minha surpresa maior ficou com o conto de alan moore e dave gibbons.
ao contrário da maioria esmagadora de usuários deste fórum e de leitores de quadrinhos em geral, nunca fui muito fã do trabalho deles em watchmen, embora reconheça sua qualidade e relevancia como hq.
com um trabalho bem diferente dos apresentados pelas grandes editoras norte-americanas, pude finalmente apreciar como leitor de hq o trabalho desta competente dupla.

eu também não sou fãzoca do Moore, mas aquele Cronocana foi muito bom.

n-rod escreveu:legal como um voto de confiança pode ser bem recompensado.
comprei a tal revista e gostei bastante do material apresentado.
claro que alguns títulos me chamaram mais a atenção que outros,
mas a minha surpresa maior ficou com o conto de alan moore e dave gibbons.
ao contrário da maioria esmagadora de usuários deste fórum e de leitores de quadrinhos em geral, nunca fui muito fã do trabalho deles em watchmen, embora reconheça sua qualidade e relevancia como hq.
com um trabalho bem diferente dos apresentados pelas grandes editoras norte-americanas, pude finalmente apreciar como leitor de hq o trabalho desta competente dupla.

Cara, HQ europeia são outros 500... em geral muito melhor que quase tudo feito pela Marvel, DC e Image.

talvez até pela liberdade criativa que o autor tem.
percebe-se claramente que a história flui diferente, o traço do gibbons não está tão "técnico" ou tão "realista".
infelizmente, o mercado mainstream ainda "engessa" muito o artista.

Muito bom o artigo!

Quando eu vi a foto do Stalone com o capacete lembrei do filme: lembro de ter visto ele alguma vez quando era criança, mas não imaginava que poderia ter vindo dos quadrinhos.

Consegui uns scans de umas compilações das histórias do Moore na revista, mas ainda não tive tempo de ler. Parecem ser umas histórias de ficção-científica das mais doidas.

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Esparsadamente saiu alguma coisa no Brasil pelo que me lembro comprei (nas bancas só para esclarecer) Slaine, Judge Dredd, deve ter algumas histórias soltas, hoje em dia só li CRADLEGRAVE que está sendo divulgada pela Ndrangheta.

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Finalmente chegou por aqui a segunda edição da Juiz Dredd Megazine.


Alguém sabe porque eles usam a expressão "Dreus"?

Parallax escreveu:Finalmente chegou por aqui a segunda edição da Juiz Dredd Megazine.


Alguém sabe porque eles usam a expressão "Dreus"?

Comprei também. Deve ter sido uma tradução para se aproximar do termo usado originalmente. Acho que até o aspecto religioso do mundo do Dredd é caótico, daí usam esse termo para refletir isso.

Muito boa esta edição também. 
Acabei curioso com o final do arco da história do Dreed, e o desenrolar de Nicolai Dante.
Moore retorna bem acompanhado com Alan Davis num conto descompromissado, mas divertido e outras história que demonstram valer a pena continuar acompanhando.

Agora estou a fim de baixar em inglês só para ver o que eles usam no lugar de "Dreus".

Aquela "Área Cinzenta" ainda não me disse ao que veio.

área cinzenta e nikolai dante pra mim são duas boas incógnitas.
boas pela perspectiva da história poder deslanchar. mas ainda são incógnitas por não mostrarem o potencial que aparentam ter.