Liga da Justiça Internacional uma das melhores fases das hqs

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pós a Crise nas Infinitas Terras , o que redefiniu o Universo DC e seus principais personagens , a revista da Liga da Justiça sofreu uma grande reformulação .


O escritor J.M. DeMatteis vinha escrevendo a revista Justice League of America já a alguns tempo com parceria com o artista Luke McDonnell , mas a equipe não era muito reconhecível . Com exceção ao Caçador de Marte, os heróis que faziam parte do grupo integravam o terceiro escalão da DC. Ainda que as aventuras fossem boas, os heróis como Vibro, Vixen e Cigana não conseguiam fazer ninguém saltar da poltrona – e o resultado vinha sendo observado nas vendas e popularidade do título .


Mas DeMatteis, um escritor experiente e acima da média na indústria, resolveu dar a volta por cima. Em primeiro lugar, aproveitando que Crise oferecia um momento ideal para mudanças , encerrou a fase na revista de forma impressionante – literalmente matando quase todo mundo . Tudo Bem que ele só matou heróis desconhecidos, mas,ainda assim, a trama que criou foi o suficiente para chamar a atenção e servir como epílogo para uma era . Com a morte dos heróis, veio também a morte do título na edição 261 (Abril de 1987),
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No entanto, já no mês seguinte, um novo título chegava às bancas: Liga da Justiça Internacional (Justice League International) De Matteis continuava escrevendo, agora com a ajuda do seu amigo e colaborador Keith Giffen, acompanhado do desenhista Kevin Maguire, um mestre em expressões faciais. A abordagem que o trio resolveu adotar, longe de heroica, era a comédia. Isso se deveu a vários fatores. Em primeiro, DeMatteis vinha de uma fase Densa e sinistra na revista e queria escrever roteiros mais leves, e em segundo, a DC deixou a maior parte dos
seus maiores nomes como, Superman, Mulher-Maravilha, fora dos limites de uso, já que eles estavam sendo reformulados desde suas origens por grandes nomes da indústria...

O resultado foi que os criadores, conseguindo pelo menos fazer isso do Batman, cercaram-no de uma galeria de divertidos personagens coadjuvantes, cheios de vontade de ascenderem o “primeiro escalão” e se provarem mais do que eram. Além de uma trama que alçava a Liga em um patamar internacional, já passou a ser organizada pela ONU (feita pelo empresário Maxwell Lord, muito antes de se tornar um vilão), o título trazia os tradicionais supervilões em versões cômicas. Assim, a partir desta inusitada abordagem, foi criada uma das melhores séries do final dos anos 80 e início dos 90.



Elenco de Classe:
O Homem-Morcego, mais taciturno do que nunca, proporcionou alguns dos melhores momentos da série. Ele e a dinâmica que cria com Guy Gardner, o Lanterna Verde escolhido pelos criadores para integrar a equipe. É de Guy a primeira página da primeira edição, em que se imagina arrogantemente na condição de líder da equipe e, aos poucos instantes, causa uma enorme confusão entre todos os heróis presentes. Guy Gardner finalmente bem escrito após amargar anos sendo subaproveitado, arrancava gargalhadas dos leitores dadas pela sua prepotência, orgulho, piadas inteligentes e malícia. É memorável o momento em que ele decide enfrentar Batman sem seu anel, julgando que podia derrotá-lo “na porrada” (risos). O ocorrido rendeu uma piada interna que durou muitas edições, em que o Besouro Azul brinca o tempo todo, dizendo – Um soco! Só um soco! Em referência ao lindo nocaute dado pelo Morcegão.


Gardner tem um enorme destaque nessa série. E em outra ocasião quando a nave do Besouro Azul faz uma freada brusca, a linda Canário diz para Guy – Gardner, não pense que não vi que você fez de tudo pra cair encima de mim! Os leitores, exclusivamente os homens se identificaram muito com Guy, assim, o Lanterna proporciona grandes momentos de descontração. Mas, apesar de o grupo estar cercado de mulheres lindas como Canário e Dra.Luz , Guy é apaixonado por Tora Olafsdotter, a Heroína Gelo .

· Ela e a heroína Fogo (Beatriz Bonilla) entram na série poucas edições depois de sua estreia.

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Com grande destaque, temos também o Senhor Milagre , Caçador de Marte, Senhor Destino, Oberon e SHAZAM (Capitão Marvel). Este último, apelidado por Guy de Capitão Fraldinha (grandes risos) Batson não suporta as brincadeiras por muito tempo, e abandona a equipe, desfalcando-a de grande poder.
Muitos heróis entram e saem do time, incluindo Gladiador Dourado (atual líder nos novos 52) e o Soviete Supremo. Isso porque o tema foi expandido e novas unidades da Liga criadas, como a Liga da Justiça da Europa, que contou com a Mulher-Maravilha, Metamorfo, Capitão Átomo e Poderosa, e a inesquecível Liga da Justiça Antártica, composta pelos vilões mais fracassados do mundo.

Liga da Justiça Antártica
Com o tempo o conceito se desgastou e o público ficou mais sério , e com isso histórias mais sérias, pautadas ao heroísmo, o que acarretou uma reversão de tramas mais convencionais, estreladas pelos grandes heróis da editora que vocês conhecem : Superman, Batman, Mulher-Maravilha, etc ... Ainda assim, essa sensacional fase permanece na memória de todos daquela época, e de inspiração para novos escritores, como a mais recente e cancelada Liga da Justiça Internacional , nos novos 52 .


· * As histórias da LJI saíram pela primeira vez no Brasil em revista própria pela Abril (Liga da Justiça-67 edições) e as primeiras edições pela Mythos ( Liga da Justiça: Um novo começo – 4 edições)