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O que os adolescentes russos ocultam dos pais

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Mensagem por Questao Sáb Jul 20, 2013 11:32 am

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Possivelmente alguém achará incrível, mas na Rússia muitos rapazes e moças ocultam dos parentes que são voluntários em organizações beneficentes. A Voz da Rússia tentou entender o que leva a juventude russa a cair em tal "clandestinidade" para realizar boas ações.
Anna Volkova tem 19 anos, ela é estudante, futura artista plástica e, além disso, voluntária numa organização que ajuda idosos solitários vivendo em lares de terceira idade. Mas só seus melhores amigos sabem disso. A família desconhece o que ela faz nas horas livres do estudo. Por que ela oculta tarefa tão nobre de seus parentes? Anna explica sua posição:
"Na realidade, é tudo muito simples. Quando eu apenas pretendia ser voluntária, eu, naturalmente, partilhei meus planos com meus pais. Mamãe e papai aceitaram a ideia com entusiasmo, o que não se pode dizer em relação à minha avó. Eu disse que queria ajudar justamente pessoas idosas que ficaram totalmente sós. Então, minha avó foi contra. Disse que não via sentido nisto, eu não podia cuidar de mim mesma, para assumir tal responsabilidade perante outras pessoas. E, em geral,, eu lhe dedicava pouca atenção. Eu comecei a passar mais tempo com ela, porém não desisti de meu desejo de ser voluntária. Simplesmente desde então faço isto em segredo. Apesar disso, acho que em breve deixarei o segredo, porque passei por um ano e meio de teste de estabilidade. Nenhum de meus conhecidos e parentes sofreu com falta de atenção de minha parte durante todo esse tempo. Além da ajuda a outras pessoas, eu própria me ajudei a distribuir melhor meu tempo e me tornei mais responsável. Eu não fico simplesmente sentada diante do computador e televisor, mas faço uma ação útil. Eu sei que, ainda que por pouco tempo, torno o mundo melhor".
Anna não está só. Segundo pesquisas, mais de um terço dos voluntários confessaram que, no início, os membros de suas famílias e até mesmo amigos sentiam ciúmes do novo "hobby" e procuravam convencer de que não valia a pena assumir "tal responsabilidade". Entretanto, depois de algum tempo, eles mudaram de ponto de vista e às vezes eles se uniam e se tornavam também voluntários. Como diz Anton Melnikov, aluno de 16 anos de Moscou, que ajuda um dos abrigos de animais abandonados, o voluntariado aproxima muito as pessoas:
"Minha história começou há cerca de dois anos, quando eu, como sempre sem fazer nada, passava as férias de verão. Eu e meus amigos procurávamos na Internet aonde ir para nos divertirmos e minha atenção foi atraída por um cartaz com uma fotografia de um cão totalmente macilento. Eu acessei o site de um abrigo de animais abandonados. Fiquei impressionado com a quantidade de animais infelizes, doentes, sem casa que vivem entre nós. Uns precisam de operação, outros de remédios, outros ainda de cuidados prolongados, mas todos, sem exceção, precisam de cuidados e de um dono amoroso.
Meus pais nunca permitiram que eu tivesse um cão, mas sempre quis muito ter um amigo de quatro patas. Então, eu decidi testar minhas forças e fui ao asilo pela primeira vez. Meus pais não sabiam de nada, pois minha mãe, com certeza, começaria a tirar isso da minha cabeça, temendo que eu pegasse alguma doença dos animais abandonados. Eu fui lá em segredo. E sabe, isto me prendeu. Quando eu olhei pela primeira vez nos olhos desses "meninos" eu entendi que minha vida nunca mais seria a mesma".
Anton passou a ajudar regularmente o abrigo. Ia lá, cuidava dos animais doentes, levava-os passear, às vezes trazia ração. Então não podia ajudar com dinheiro, mas tinha uma atividade entre os amigos e conhecidos. Juntos eles colocavam nas redes sociais informações sobre seus tutelados, distribuíam pela cidade panfletos com fotografias de cães e gatos, contando como eles eram, descrevendo seu caráter, informando que eles esperam muito seus donos. Aos poucos seu pequeno trabalho começou a dar resultados. Uns ajudavam com dinheiro, outros com ração e outros com remédios, e alguns, que merecem maior respeito, levavam os animais para casa, sendo que não apenas saudáveis, mas também doentes – com três patas, cegos, surdos e estes, infelizmente, são muitos. Anton lembra:
"Quanto a mim, aquele cão que estava no cartaz agora vive connosco. Ele se chama Jack e meus pais o adoram. Sobretudo mamãe. E acho que eles estão orgulhosos de mim e recriminam por eu não ter confessado antes o que fazia no tempo livre. Agora nós vamos juntos nos fins-de-semana ao abrigo. Eu posso dizer que o voluntariado uniu muito nossa família".
E se em algumas famílias a notícia de que a criança quer se dedicar à atividade voluntária é aceite com alegria, em outros os pais e parentes encaram com ceticismo a ideia de que seus filhos irão ajudar alguém, pois "eles próprios ainda não sabem cuidar de si".
Mas a nova geração de russos não quer provar nada para ninguém. Ela simplesmente assume e faz boas ações.

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