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Godard doa mil euros para ajudar em defesa de internauta francês acusado de baixar mp3

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Mensagem por Convidad Qui Set 16, 2010 7:53 am

Godard doa mil euros para ajudar em defesa de internauta francês acusado de baixar mp314/09 às 11h34 O Globo
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RIO - Acusado de baixar mais de 13 mil arquivos de mp3 ilegalmente, um fotógrafo francês encontrou uma ajuda inesperada em sua defesa contra a indústria fonográfica: Jean-Luc Godard. O diretor francês doou mil euros para bancar parte dos custos legais de James Climent, de 37 anos, condenado a pagar multa de 20 mil euros, segundo o jornal Libération .


Godard soube da história por um artigo no próprio Libération e resolveu ajudar. No primeiro contato, Climent achou que estava sendo vítima de um golpe, mas logo viu que era realmente seu grande herói quem queria ajudá-lo. Godard já havia revelado uma posição fortemente favorável ao compartilhamento de arquivos pela web. Em uma entrevista ao site InRocks , disparou "direito de autor? Um autor só tem deveres".

"Eu sou contra a Hadopi (projeto de lei francês de controle da internet), é claro. Não existe propriedade intelectual. Sou contra a herança (das obras), por exemplo. Os filhos de um artista deveriam se beneficiar dos trabalhos do pai até, digamos, que atinjam a maioridade. Depois disso não é claro para mim porque os filhos de Ravel devem receber qualquer renda pelo Bolero...", disse o diretor de "Acossado".

Segundo o artigo original, os problemas de Clement começaram em 2005, quando ele criou o hábito de baixar músicas em programas p2p. Poucas semanas depois policiais apareceram em sua casa e ele acabou condenado a pagar 20 mil euros para a SACEM e a SDRM, sociedades que representam os detentores dos direitos autorais.

Mesmo tendo perdido a apelação ele se nega a pagar a multa. Defendendo a "cultura da partilha", disse que essa é uma questão de princípios e levou o caso ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

- Eu tinha 13.788 arquivos de mp3 em meu disco-rígido quando a polícia apareceu. Hoje tenho mais de 30 mil - afirma ele ao jornal, em tom provocador.

Em agradecimento ao cineasta, o fotógrafo publicou um post em seu blog entitulado "God(ard) bless us", apresentando um balanço das doações já recebidas para ajudar em sua defesa nos tribunais. Segundo Climent, foram 104,38 euros pelo PayPal, 19,24 pelo Flatrr, entre mil e 1.200 euros de uma ONG e os mil euros de Godard.

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Mensagem por Convidad Qui Set 16, 2010 1:50 pm

Fiquei sabendo desse primeiro depoimento dele, mas estava sabendo pouca coisa, sobre isso. Não adianta ficar tentando combater isso. Não tem jeito. Se ele pagar a dívida, vai ser um dos milhões que faz a mesma coisa. "God(ard) bless us"? Brilhante, rs.

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Mensagem por Convidad Seg Set 20, 2010 9:13 pm

luccasf escreveu:Fiquei sabendo desse primeiro depoimento dele, mas estava sabendo pouca coisa, sobre isso. Não adianta ficar tentando combater isso. Não tem jeito. Se ele pagar a dívida, vai ser um dos milhões que faz a mesma coisa. "God(ard) bless us"? Brilhante, rs.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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Mensagem por Jamm Seg Set 20, 2010 9:17 pm

Cool
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Mensagem por Convidad Ter Set 21, 2010 1:21 pm

boa Godard.
Esse cara devia era ganhar algum prêmio. 30 mil??? isso que é gostar de música...

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Mensagem por Convidad Ter Set 21, 2010 6:19 pm

Saguenite escreveu:boa Godard.
Esse cara devia era ganhar algum prêmio. 30 mil??? isso que é gostar de música...

Provocação bem questionável, rs.
Também acho que deveriam aplaudir o mérito.

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Mensagem por Rafael Zoia Qua Set 22, 2010 2:33 am

Estou na casa dos 10 mil!! Só não não me denunciem.kkkk
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Mensagem por Convidad Qua Set 22, 2010 3:05 pm

Zoia escreveu:Estou na casa dos 10 mil!! Só não não me denunciem.kkkk

Se fecharem o fórum por causa disso...Rs.

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Mensagem por Convidad Qui Set 23, 2010 8:21 am

agora saiu no NY Times com tradução na VEJA o/


Film Director Comes to the Defense of a Convicted Internet PirateBy ERIC PFANNER
Published: September 21, 2010

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PARIS — A Frenchman convicted of copyright theft for illegally downloading thousands of songs on the Internet has found an unlikely patron: a famous film director.

The director Jean-Luc Godard recently told a cultural magazine that “there is no such thing as intellectual property.”
Jean-Luc Godard, the 79-year-old director of movies like “Breathless” and “Alphaville,” has come to the support of James Climent, a photographer who faces a fine of 20,000 euros ($26,520) for violating musical copyrights.

Mr. Climent, who lives in Barjac, a picturesque old town of artists and organic farmers in the Gard region of southern France, wants to take his case to the European Court of Human Rights in Strasbourg. The highest French court rejected his last appeal in June, siding with music royalty collection agencies that brought the complaints against Mr. Climent five years ago.

Mr. Climent said Mr. Godard this month donated 1,000 euros to his fund, helping him get him more than halfway toward the 5,000 euros he needs for legal fees and other costs of taking his case to the European Court.

While Mr. Godard’s views on intellectual property are widely shared on the libertarian fringes of the Internet, they might seem surprising coming from a director who, under French law, retains editorial control over his work and derives financial benefit from it.

Yet Mr. Godard, a pioneer of the New Wave of French cinema in the 1960s, whose films skewered the conventions of bourgeois society, clearly still delights in provoking the establishment, even if it could cost him money.

Mr. Godard’s support for Mr. Climent comes as the debate over file-sharing is growing ever more politically charged in France.

Mr. Climent was convicted under longstanding copyright legislation. But now the authorities are ready to begin enforcement of a tough new law, under which the Internet connections of persistent pirates could be suspended.

“Downloading is a citizen’s right,” Mr. Climent said. “Even if there is only a small chance, there is a chance that a favorable judgment could change the laws across Europe.”

Mr. Godard has yet to comment publicly on Mr. Climent’s case, but he laid out the rationale for his opposition to French copyright rules in a recent interview with the cultural magazine Les Inrockuptibles, in which he declared, “There is no such thing as intellectual property.”

“Copyright really isn’t feasible,” Mr. Godard said. “An author has no rights. I have no rights. I have only duties.”

Mr. Godard could not be reached, but an associate, who insisted on anonymity because the director had not authorized him to speak, confirmed the donation. Mr. Godard, the associate said, wanted to make a “symbolic” gesture to draw attention to what he described as Mr. Climent’s plight.

In addition to the money, Mr. Climent said he had received a handwritten note that included a picture of a model sailboat and the valediction, “Surcouf, Jean-Luc Godard” — referring to Robert Surcouf, a maritime pirate of the French Revolutionary era.

Mr. Godard’s support for Mr. Climent reflects some unusual twists in the debate over piracy in France, where digital sales of media content from authorized, licensed services have been far slower to take hold than in the United States.

The conservative government of President Nicolas Sarkozy has championed tough measures to strengthen intellectual property enforcement. His efforts have been fiercely resisted by the opposition Socialists, which poses a bit of a paradox since they are traditionally the party with closer links to the cultural establishment.

The centerpiece of Mr. Sarkozy’s crackdown on piracy is the so-called graduated response law, under which people who share digital songs, films or other media content could face the suspension of their Internet connections if they ignore repeated warnings to quit.

The first e-mailed warnings will be sent to people accused of piracy within days, according to the government agency set up to administer the law.

It could be many months, however, until the government’s resolve to disconnect people from the Internet is actually tested; more than a year can pass before people accused sharing files will receive their final warning, notifying them that they may be taken to court.

To have a chance of a hearing at the high court in Strasbourg, Mr. Climent must file suit there by the end of the year. European high court cases can drag on for years.

Nicolas Gallon, Mr. Climent’s lawyer, acknowledged that Mr. Climent’s chances of victory were slim, given the series of judgments against him in France.

“In all honesty, it will be very difficult,” said Mr. Gallon, who has previously represented other counterculture figures, like the French anti-globalization campaigner José Bové. “We are not very optimistic. But we have to take this debate as far as we can.”



22/09/2010 - Godard defende um condenado por pirataria na internet
James Climent é fotógrafo e enfrenta uma multa de 20 mil euros por violar direitos autorais musicais


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Um francês condenado por roubo de direitos autorais ao baixar milhares de músicas na internet encontrou um padrinho improvável: Jean-Luc Godard, o famoso diretor de cinema de 79 anos, que fez filmes como Acossado e Alphaville. Ele defende James Climent, um fotógrafo que enfrenta uma multa de 20 mil euros por violar direitos autorais musicais.

Climent, que mora em Barjac, uma pitoresca cidade antiga de artistas e fazendeiros de produtos orgânicos na região do Gard, no sul da França, quer levar seu caso ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo. A mais alta corte francesa rejeitou sua última apelação, em junho, ficando ao lado das agências que recolhem royalties musicais e que denunciaram Climent cinco anos atrás.

O fotógrafo disse que Godard doou 1 mil euros esse mês para seu fundo, dos 5 mil euros necessários para pagar advogados e outros custos necessários para levar seu caso ao tribunal europeu.

Enquanto as opiniões de Godard sobre propriedade intelectual são amplamente compartilhadas na periferia libertária da internet, pode parecer surpreendente que venham de um diretor que, segundo a lei francesa, detém o controle editorial sobre seu trabalho e obtém vantagem financeira disso.

No entanto, Godard, um dos pioneiros da Nouvelle Vague francesa na década de 1960, cujos filmes alfinetam as convenções da sociedade burguesa, claramente ainda se deleita em provocar o establishment, mesmo que isso possa lhe custar dinheiro.

Leis - O apoio de Godard a Climent mostra como o debate sobre compartilhamento de arquivos é cada vez mais politicamente carregado na França. Climent foi condenado em virtude da legislação de direitos autorais há muito tempo. Mas agora as autoridades estão prontas para começar a executar uma lei nova e dura, nas quais as conexões de piratas contumazes podem ser suspensas.

"O download é um direito do cidadão", disse Climent. "Mesmo se houver uma pequena chance, há uma possibilidade de que uma decisão favorável possa mudar as leis em toda a Europa."

Godard ainda não fez comentários públicos sobre o caso de Climent, mas expôs as razões para sua oposição às regras de direitos autorais francesas em uma entrevista recente à revista cultural Les Inrockptibles, na qual declarou: "Não há nada como a propriedade intelectual".

"O copyright realmente não é viável", disse Godard. "Um autor não tem direitos. Eu não tenho direitos. Tenho só deveres."

Godard não foi encontrado, mas um sócio, que insistiu em se manter anônimo porque não tinha autorização do diretor para falar, confirmou a doação. Godard, disse o sócio, queria fazer um "gesto simbólico" para chamar a atenção sobre a situação de Climent.

Além do dinheiro, Climent disse que recebeu um bilhete manuscrito e a foto de um modelo de veleiro e a despedida, "Surcouf, Jean-Luc Godard"– referindo-se a Robert Surcouf, um pirata dos tempos da Revolução Francesa.

França - O apoio de Godard a Climent reflete algumas reviravoltas incomuns no debate sobre pirataria na França, onde as vendas de conteúdo digital por serviços autorizados tem sido mais lentas do que nos Estados Unidos. O governo conservador do presidente Nicolas Sarkozy tem defendido medidas duras para reforçar a aplicação da propriedade intelectual. Seus esforços encontram resistência feroz da oposição socialista, o que representa um paradoxo, já que tradicionalmente é o partido com laços mais estreitos com a área cultural.

A peça central da repressão de Sarkozy sobre a pirataria é a chamada lei de resposta gradual, em que as pessoas que compartilham músicas digitais, filmes ou outros conteúdos de mídia podem ter sua conexão com a internet suspensa se ignorarem repetidos avisos para interromper a prática.

Os primeiros avisos por e-mail serão enviados a pessoas acusadas de pirataria dentro de poucos dias, de acordo com a agência governamental criada para administrar a lei.

Pode levar muitos meses, no entanto, até que o governo resolva desconectar pessoas da internet. É possível passar mais de um ano antes que o acusado de compartilhar arquivos receba a última advertência, informando que poderá ser levado a um tribunal.

Para ter a chance de uma audiência na corte de Estrasburgo, Climent pode ter de esperar até o final do ano. Casos em altas cortes europeias podem se arrastar por anos.

Nicolas Gallon, o advogado de Climent, reconheceu que as chances de vitória são pequenas, dada a série de julgamentos contra ele na França. "Com toda a honestidade, será muito difícil", disse Gallon, que já representou outras figuras da contracultura francesa, como o militante anti-globalização José Bové. "Não estamos muito otimistas. Mas temos de levar esse debate tão longe quanto pudermos."

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